Na semana em que
o Professor de arqueologia da Universidade de
Évora, Dr. JORGE OLIVIERA, conseguiu um
dos melhores Café com Letras na sede da ACA, quer em explanação de ideias, quer
em número de assistentes;
na semana em que
a Selecção Nacional de Futebol nos apresentou
um novo equipamento, preto, de cores amorfas e sem qualquer realce às cores da
nossa bandeira – será que o preto espelhava logo à partida a tristeza pelo mau
jogo que iriam fazer?...-;
na semana em que
os homens de Avis chocalharam as comadres de Avis e deixaram
roubar a “boneca”, depois de na semana passada aquelas terem feito o mesmo aos
compadres, numa noite em que os homens de Avis desapareceram do universo
avisense, levando aquelas a dizer que “já não há homens como havia
antigamente….”;
na semana em que
a Casa do Benfica em Avis, anuncia a realização
do seu 1º passeio de BTT, a ocorrer no dia 17 deste mês de Fevereiro;
na semana em que
a mesma Casa convida todos os amigos e sócios
a estarem presentes no almoço comemorativo do 10º aniversário daquela Casa a
ter lugar no próximo dia 17, no seu casão e com direito a uma sessão de dança
pelo seu grupo de dança, “Dance Time” e animação por António Caldeira;
na semana em que
se prepara para o próximo dia 12,
terça-feira, o corso carnavalesco, aqui na vila de Avis, com lanche no final
para todos os mascarados participantes;
na semana em que
poderá amanhã mesmo “encostar a calça à saia”
– e vice-versa- no baile de carnaval que se vai realizar no Ervedal,
abrilhantado pelo Ervedalense, Carlos Graça;
na semana em que
a Associação Humanitária de Apoio aos
Diabéticos do Concelho de Avis, em parceria com o Município local, irá terminar
os rastreios que está a fazer em todas as freguesias do concelho, integradas no
“Anima Sénior” com visitas às freguesias de Benavila, Aldeia Velha e Ervedal,
nos próximos dias 11, 13 e 15, respectivamente;
na semana em que
na semana em que
amanhã mesmo, a Casa do Benfica em Avis encerra o seu campeonato aberto de Sueca com um almoço-convívio e a distribuição de prémiosa todos os participantes;
eis que
chega mais uma Cesta de Poesia.
Quando chegamos a uma certa idade, pouco mais
fazemos do que recordar o passado.
Também JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, o nosso poeta, o
faz, nos seguintes termos:
RECORDANDO
Roído
de saudade
Dos
tempos que já lá vão
Agora
com a idade
Recordo
os tempos de então
Calças
p‘lo meio da canela
Com
suspensórios cruzados,
Os
pés descalços, gelados,
Sempre
cheios de mazelas!
Produto
das “topadelas”
Que
dava sem piedade,
Sentia
felicidade
Duma
forma inconsciente,
Agora
vivo o presente
Roído
de saudade.
Depois,
na escola, ali perto
Iniciei
novas passadas:
Troquei
por outras fechadas
As
calças de cú aberto!
Mais
crescido estava certo
Dessa
minha situação,
Ia
estudando a lição
Que
dava sempre sabida,
Eu
me lembro dessa vida
Dos
tempos que já lá vão.
São
esses anos passados
Que
mais tenho na lembrança:
Esses
tempos de criança
Sem
ter lidas nem cuidados:
Alma
ingénua, sem pecados
P’ra
brincar sempre à vontade,
De
manhã até à tarde
À
chuva, ao frio e ao vento,
Tudo
aflui ao pensamento
Agora
com a idade.
As
várias fases da vida
Fazem
a vida da gente
Que
nós tocamos p’rá frente
Numa
ambição desmedida:
É
essa idade vivida
Que
lembro com emoção,
Quando
jogava o pião
No
terreno enlameado
E
ao pensar nesse passado
Recordo
os tempos de então.
3
de Outubro de 1999