sexta-feira, 28 de setembro de 2012

CESTAS DE POESIA (CCXXVIII)

 
 
 
Foto da semana 1 - O tanque das lavadeiras antes da intervenção de limpeza do António Calhau e do Ricardo Calhau ( foto António Calhau)
 
 
 Foto da semana 2 - O tanque das lavadeiras durante a intervenção de limpeza do António Calhau e do Ricardo Calhau ( foto António Calhau)
 
 
 
 Foto da semana 3 -  O tanque das lavadeiras depois da intervenção de limpeza do António Calhau e do Ricardo Calhau ( foto António Calhau)
 
 

 

Na semana em que,

a fazer fé na última edição do Jornal Ecos do Sôr, a vila de Avis ficou altamente prestigiada nos Jogos Literários de Montargil 2012 pelo facto de, na modalidade de conto, ter obtido cinco dos onze prémios distribuídos, a saber:
1º lugar – MARIA ALBERTINA DORDIO, de ERVEDAL
2º lugar – FERNANDO MÁXIMO, de AVIS
7º lugar – FERNANDINO LOPES, de AVIS
8ª lugar – FERNANDO MÁXIMO, de AVIS
1º do Alentejo – MARIA ALBERTINA DORDIO, de ERVEDAL


na semana em que,

exercendo o seu direito de cidadania, dois Benavilenses meteram mãos à obra e limparam o antigo tanque das lavadeiras, em Benavila, que habitualmente submerso pelas águas da albufeira do Maranhão, agora se encontra a descoberto, merecendo por isso o nosso aplauso e divulgação dos seus nomes: ANTÓNIO CALHAU e RICARDO CALHAU;

Foto(s) da semana

 
na semana em que

se anuncia para dia 30, Domingo, um convívio piscatória organizado pelo Associação de Columbófilos de Avis;

 
na semana em que

a nível nacional se organiza mais uma manifestação de protesto contra as medidas de austeridade, a ocorrer amanhã, em Lisboa:

 

na semana em que,

será inaugurado no próximo Domingo o Pavilhão Multiusos de Benavila com um programa que se inicia às 9 horas da manhã e que irá durar até para lá do sol-posto;

 

na semana em que

foi tornada pública uma lista de vinhos com a chancela ABREU CALLADO que foram premiados recentemente em certames internacionais: nada mais nada menos que TRÊS MEDALHAS D EOURO e QUATRO MEDALHAS DE PRATA, o que só reforça a categoria destes vinhos do nosso concelho;

na semana em que,

parece ter começado a chover a sério – “Chuvas verdadeiras, pelo S. Mateus as primeiras”, diziam os mais antigos do que eu…:


eis que chega mais uma Cesta de Poesia.


JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, é um poeta multifacetado. Porque gosta de apresentar apenas e tão somente aquilo que escreve, tem certa dificuldade em aceitar que haja quem apresente coisas feitas por outros e que as rotule como sendo suas, que as plagie.

Daí ter escrito as seguintes Décimas:

O PLAGIADOR

 

Eu dou muito mais valor
A uma quadra imperfeita
Do que a quem se diz autor
Da quadra por outro feita

 

Tenho lido quadras belas

Feitas com arte e saber

Mas loge de mim eu qu’rer

Ir tirar proveito delas;

Quadras perfeitas aquelas

Que são feitas com amor,

Mesmo que seja um pastor

Quem sua autoria encobre,

A esse poeta pobre

Eu dou muito mais valor.

 

A quem escreve e não copia

Mostrando aquilo que sabe

Responsabilidade cabe

Tenha ou não maestria;

Exprime aquilo que cria

Outros trabalhos não espreita,

Sua poesia enfeita

Com sua imaginação,

Eu até dou atenção

A uma quadra imperfeita.

 

Digo que não compreendo

Como é que certos sujeitos

A fazer versos já feitos

Gastam um tempo tremendo!

Mais valia ir escrevendo

Mesmo sem ter professor,

Dando aos versos sua cor

Com princípio, meio e fim,

Pois tem mais valor p’ra mim

Do que quem se diz autor.

 

Gosto de colher seara

Na terra que eu próprio amanho

Ovelha de outro rebanho

Não ter a minha piara;

Custa-me os olhos da cara

Ver seguir essa receita,

Meu critério nãoi aceita

Por ser feio e sem sentido

Um qualquer tirar partido

Da quadra por outro feita.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

CESTAS DE POESIA (CCXXVII)


Palavras à Lua: Marta Alexandre recriando a lenda da Moura do Poço da Fradina...ou seria a do Lobisomem Benjamim, residente que foi em Avis ainda não há muitas décadas?...



Na semana em que

voltou hoje mesmo ao Jardim Público de Avis, com a presença de Marta Alexandre, o único elemento dos três convidados que estiveram presentes, - João Moreira e Francisca Almeida não compareceram - mais uma sessão de “Palavras à Lua”, uma iniciativa do Município de Avis que organizou um serão diferente ouvindo contos ao luar;

FOTO DA SEMANA

na semana em que

Não me causou mossa nenhuma o facto de ter sido interceptado pela mega-operação Stop que a GNR hoje montou em Avis, aplaudindo estas iniciativas com a mesma sinceridade com repudio as máquinas de caçar multas por excessos de velocidades - por ser à traição...;

na semana em que

a água consumida nas freguesias de Avis, Benavila e Alcórrego passou a ser da captada no nosso concelho, devido ao facto da fornecida pela Águas do Norte Alentejano não garantir a necessária qualidade;

na semana em que

se despede mais um Verão, já que amanhã mesmo se iniciará o Outono que, segundo se prevê, irá trazer alguma precipitação já no próximo Domingo;

Eis que chega mais uma Cesta de Poesia:

Dado que, como se disse amanhã mesmo irá iniciar-se o Outono, então nada melhor do que deixar-vos hoje umas Décimas que falam precisamente de Outono, ainda da Autoria desse grande poeta popular que se chama JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, natural de Ponte Velha, Marvão e residente em Santo António das Areias:

 

OUTONO


Cai a folha da figueira

Num bailado estranho e lindo

Também eu em que não queira

Pouco a puco vou caindo

 

Quando o Outono aparece

Com uma capa de bom,

Os campos mudam de tom

O que é verde amarelece;

É sempre assim que acontece

Nem será de outra maneira,

Com o Inverno à sua beira

Dá-se a mudança de clima

O frio vem lá de cima

Cai a folha da figueira.

 

Basta uma simples aragem

Embalar o ramo esguio

Horas e dias a fio

Para deslocar a folhagem;

É de tristeza a imagem

A que vamos assistindo,

Vendo as folhas ir caindo

Uma a uma, lentamente,

Ir p’ró chão suavemente

Num bailado estranho e lindo.

 

É no Reino vegetal

Que o fenómeno é repetido,

Todo o vigor é perdido

E recuperado afinal;

É benesse sem igual

Ano a ano, a vida inteira

Mas na hora derradeira

Já não será bem assim,

Tudo o que nasce tem fim

Também eu em que não queria!

 

É o chão que tudo cria

O chão onde tudo cai;

É p’ro chão que tudo vai

Se a vida acabar um dia;

Em contraste e ironia

Do chão se vai subsistindo,

Vamos aos poucos subindo

Até o cume atingir,

Eu, sem poder mais subir

Pouco a pouco vou caindo!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

...E NO DOMINGO NO ALCÓRREGO...


Se no sábado passado houve muita poesia declamada na Figueira e Barros, pois sempre lhes digo que no passado Domingo houve muita poesia cantada em Alcórrego
 
A Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Alcórrego organizou o I Encontro de Grupos de Cantares, que contou com a presença do Grupo anfitrião, do Grupo Coral e Instrumental “Moinhos de Maré”, de Corroios, do Grupo de Cantares de Vendas Novas e do Grupo de Cantares Alentejanos, de Brotas.

Numa noite amena foram vários amantes da boa música portuguesa que assistiram a este espectáculo.
 

Abriu a sessão o Grupo da Casa que cantou o seu cartão-de-visita - a “Marcha de Alcórrego”. Sempre muito aplaudido, não deixa de ser curioso o facto de ser precisamente no Domingo que festejavam o seu segundo aniversário.

 

Seguidamente subiu ao palco o Grupo Coral Instrumental “Moinhos de Maré”, que nos apresentou um reportório bastante variado com cobertura a nível nacional e que tem entre os seus componentes o elemento mais jovem de todos quantos pisaram o palco de Alcórrego.

 
O Grupo de Cantares de Vendas Novas, actuou em terceiro lugar e fez questão de sublinhar que o principal autor das letras era o seu acordeonista, o Ti Xico, apesar dos seus oitenta e dois anos.
 
Para fechar este I Encontro de Grupos de Cantares, actuou o Grupo de Cantares Alentejanos de Brotas. Debaixo da “batuta” do professor Sertório – tocador de acordeão, ensaísta, recolhedor de modas, recolhedor de trajes dos finais do século XIX princípios do século XX - salienta-se aquele que é considerado o “menino” do Grupo: o Sr. Manuel que apesar dos seus noventa e dois anos (não me enganei, repito: noventa e dois anos) continua a ter uma ctividade de fazer inveja a muitos mais novos. Foram várias as saias cantadas e cuja recolha foi efectuada na nossa vizinha Freguesia de Casa Branca (Sousel).

 

Porque uma foto vale mais que mil palavras, então substituamos uns milhares de palavras pelas seguintes fotos, não sem antes deixar um grande abraço de parabéns, na pessoa do Sr. Matono, a todos quantos conseguiram por de pé um evento desta grandeza.

 

Bem-hajam!
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 1 - O retemperar das forças...
 
 
Foto 2 - João Milheiras, o profissional...
 
 
Foto 3 - No melhor pano cai a nódoa...
 
 
Foto 4 - As "meninas" da quermesse...
 
 
Foto 5 - Sr. Matono, o anfitrião

 
 Foto 6 - A caminho do palco...
 
 
 
Foto 7 - Panorâmica geral
 
 
 Foto 8 - ALEGRIA foi a palvra de ordem...

 
Foto 9 - Apaludindo colegas...
 
 
 
Foto 10 - "Moinhos de Maré" : à direita o elemento mais novo de todos os Grupos
 
 
Foto 11 - O Grupo de Vendas Novas com o Ti Xico (à direita) de 82 anos, no acordeão

 
 Foto 12 - O Grupo de Brotas, que encerrou a sessão
 
 
Foto 13 - Aos 92 anos, o Sr. Manuel é o "menino" do Grupo de Brotas. Parabéns, para ele!
 
 
 
 

 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

NO SÁBADO NA FIGUEIRA...


No passado sábado, dia 15, tal como estava anunciado, houve poesia declamada em Figueira e Barros. E houve muita amizade partilhada. O evento intitulou-se “HÁ POETAS NA FIGUEIRA” e foi uma iniciativa da Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural (ACA) que em parceria com o Centro Cultual de Figueira e Barros, contou com o apoio da Junta de Freguesia da Figueira e com o sempre imprescindível apoio do Município de Avis.
Na Junta de Freguesia juntaram-se os trinta poetas e poetisas que acudiram ao convite, sendo que uns rumaram primeiro à Sede da ACA e outros directamente a Figueira e Barros. Depois do almoço, superiormente confeccionado pela D. Maria José Silveira, foi altura de ouvirmos poesia popular variada, que passou desde os elogios à terra que os acolheu a acérrimas críticas ao governo e à actual situação económica em que nos encontramos. O poeta Adísio dos Santos, homem da casa iniciou as “Hostelidades”…e o poeta Maurício, igualmente de Figueira e Barros, quase que as encerrou…

No final era convicção unânime de todos que assistiram a este espectáculo de que efectivamente foi uma tarde bem passada, tendo mesmo sido afirmado por alguém que foi a primeira vez que esteve em Figueira e Barros, que esperava bem não ser a última.
Para a posteridade ficam algumas imagens, sendo que várias fotos e alguns vídeos podem ser vistos no facebook, bastando para tal consultarem Aca Aviz (http://www.facebook.com/#!/aca.aviz )


Foto 1 - O lauto almoço...(com os pratos momentaneamente vazios...)
 
 
Foto 2 - Uma casa bem composta de público...
 
 
Foto 3 - Feliz Martins - o anfitrião e ao fundo a representante da Rádio Telefonia de Évora, Crisália Toscano...
 
 
Foto 4 - Dinis Subtil, de Aldeia Velha, o Benjamim...


Foto 5 - A população da Figueira disse: presente!
 

Foto 6 - À procura do melhor ângulo...
 
 
Foto 7 - Quase 500 KM para estar presente: Aleixo dos Santos, O Poeta Destemido!
 

Foto 8 - Inácio Roque - gente de Paz...
 
 
Foto 9 - Matando o maldito vício...
 
 
Foto 10 - Apenas um pormenor...
 
 
Foto 11 - João Guilherme, de Ervedal, um versejador nato...
 
 
Foto 12 - Joaquim Martinho, da Aldeia, fala à Rádio Portalegre...
 
 
Foto 13 - Por causa da P.D.I....
 

Foto 14 - Um brinde aos poetas...
 

Foto 15 - O Patacho, do Alandroal, um aniversariante que já vai dando umas notas certas...
 
 
Foto 16 - O poeta Maurício, um poeta da terra...
 

Foto 17 - Mano-a-mano: Florentino Abelha versus Perdigoto...

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

CESTAS DE POESIA ( CCXXVI)

 
FOTO DA SEMANA
 
 
 
Na semana em que
mais uma vez constatei que algum comércio tradicional por vezes é vítima das suas próprias “asneiras” não sabendo de todo cativar os (poucos) clientes, já que o facto se estar atrás de um balcão e se usar uma bata branca não imune  os seus usuários a que o imaculado da sua côr não seja manchada por nela cair uma nódoa ( no melhor pano cai a nódoa, certo?) ;
na semana em que
fiquei um pouco baralhado ao ler em dois cartazes distintos que amanhã, sábado, se vão realizar em Avis duas garraiadas, á mesma hora mas em locais diferentes:
FOTO DA SEMANA
na semana em que
cheguei a pensar que esta situação se devia ao facto de se pretender despistar alguma manifestação de cidadãos anti touradas, levando-os a pensar que a garraiada é no Largo da Feira, quando EFECTIVAMENTE É NO LARGO DO CONVENTO;
na semana em que,
como já aqui largamente difundimos, se realizará amanhã, dia 15, a partir das 14 horas, no Salão da Junta de Freguesia de Figueira e Barros o VI Encontro de Poetas Populares no concelho de Avis, com entradas à borla;
na semana em que,
Alcórrego vai receber no Domingo, dia 16, o I Encontro de Grupos de cantares;
na semana em que
 
amanhã, na Rádio Portalegre (frequências 100.5 e 104.5 ou net: http://www.radioportalegre.pt/ ) entre as sete e as nove da manhã, passará uma entrevista de duas horas ao nosso convidado das Cestas de Poesia, Sr. JOSÉ DA SILVA MÁXIMO,
Eis que chega mais uma Cesta de Poesia:
Nem a propósito, já que temos 2 – duas – 2 garraiadas anunciadas para amanhã, JOSÉ DA SILVA MÁXIMO fala-nos assim das vacas que têm bravura:
 
A VACA BRAVA
Uma vaca com bravura
Tem de ser aproveitada
Quando chega a sua altura
De ser corrida e pegada
 
Uma vaca muito brava
Que na manada existia
Era tão rija e bravia
Que até no dono marrava!
Como ninguém respeitava
Sua enorme cornadura,
Era de raça tão pura
E tinha tanto valor,
Que ela era sem favor
Uma vaca com bravura.
 
Mas o seu dia chegou
Quando ela foi escolhida
P’ra ir a uma corrida
Que o seu dono lhe aprazou;
Tudo por quanto passou
Vai contar para a manada
Para que seja explicada
O que é ser vaca de lida
Porque a experiência vivida
Tem de ser aproveitada.
 
Fui com um laço apanhada
À traição, com mil cuidados,
Com os cornos embolados
Num camião fui levada;
Fui num curro despejada
Mas foi sol de pouca dura,
Abriram a fechadura
E saí cumprindo a sina
Da nossa raça bovina
Quando chega a sua altura.
 
Provocaram-me, citando,
Numa praça improvisada,
Apalpei muita „cuada“
Sempre que os ia apanhando;
Mas o pior veio quando
À força fui agarrada:
Puxaram-me p’la rabada,
Andei com eles no ar,
Não consegui evitar
De ser corrida e pegada!