segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

"DO CASTELO" DESEJA-LHE UM FELIZ 2008

FOTO 1 - "A nostalgia de um rebanho de ovelhas..."
FOTO 2 -"...e um por do sol que...não terá sido o...mais bonito...em 2007..."


Neste último dia dum ano que me foi “madrasto”, deixo-vos as duas últimas fotografias por mim captadas este ano, no concelho de Avis (tinha que ser no concelho de Avis!), freguesia de Ervedal.
A nostalgia de um rebanho de ovelhas que a pouco e pouco se vai despedindo, não sei se de uma tarde solarenga, se de um ano taciturno e um pôr de sol que por certo não terá sido o por do sol mais bonito havido em 2007 no concelho de Avis, (mas que de certeza foi o último) são o meu cartão de despedida para este ano.
Para todos aqueles que têm a paciência de irem passando os olhos pelas páginas “DO CASTELO” desejo, do fundo do coração, um 2008 que seja o culminar de todos os vossos sonhos inacabados.
Sejam muito felizes!

sábado, 29 de dezembro de 2007

POR CÁ:PERCURSOS PEDONAIS, CICLO-VIAS E ESTACIONAMENTOS...

No passado dia 26, apesar da “frialdade” fui dar uma volta nocturna pela nossa vila, com o intuito de captar algumas fotos. Por pura casualidade, acabei por estrear a novíssimo percurso pedonal (ainda inacabado) de Avis, bem como a ciclo-via, precisamente no troço da Estrada Nacional 244.
Assim à primeira vista, parece-me de difícil utilização em simultâneo por duas bicicletas lado a lado e ainda mais difícil o cruzamento de dois ciclistas em sentidos opostos, dada a diminuta largura da referida ciclo-via. Quanto ao “pedestre” parece-me igualmente demasiado estreito para dois ou três amigos passearem e falarem lado a lado.
Mas descobri uma utilização para estes espaços, ou melhor alguém já descobriu. Pasmem meus amigos e minhas amigas: nestes espaços que se pretendem para utilização de peões e bicicletas, estavam estacionados, com duas rodas no percurso pedestre e as outras duas na ciclo-via, nada mais nada menos do que três automóveis, três! Tive que utilizar a estrada para os contornar e seguir o meu percurso.
E pensar eu que o Zé Mancha estava tão preocupado com o seu parque de estacionamento….

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

AH! GRANDE CARLOS DO CARMO....

Carlos do Carmo sempre foi o meu fadista de eleição. Ora oiçam lá este fadinho e digam se não é de estalo.
Clique aqui e oiça com os seus próprios ouvidos: * http://www.youtube.com/watch?v=Xmfw2qJhWnQ *
Então, o "puto" canta bem ou não canta????

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

JÁ HÁ MAIS UMA TRADIÇÃO NATALÍCIA ( E NÃO SÓ...) EM AVIS!

Já há mais uma “tradição” no Natal de Avis. Eu passo a explicar-me: desconfiado do que me iria sair certo, na passada segunda-feira, dia 24, pelas dezoito horas fui fazer um "périplo" pelas Caixas Multibanco da nossa praça. Primeiro a do Totta Santander: além da lâmpada de iluminação do teclado continuar fundida, já não tinha dinheiro disponível. Depois fui ao Multibanco exterior da Caixa Geral de Depósitos e embora com luz, uma cruz a encarnado indicava não haver dinheiro disponível. Por fim o Multibanco da Caixa Agrícola, iluminada, mas em termos de dinheiro disponível…às escuras. Confesso que só agora me lembrei de que poderia ter espreitado a caixa Multibanco interna da C.G.D., mas esqueci-me dessa e como tal não sei se tinha ou não dinheiro "para dar".
Resumindo, quem precisou de levantar dinheiro por Avis a partir das 18 horas do dia 24 (ao certo, quanto tempo antes teria sido?) não teve hipóteses.
Não é a primeira vez que tal acontece. Daí o já fazer parte da tradição Natalícia como o é igualmente da tradição da Páscoa e da tradição de sempre que um feriado se cola a um fim-de-semana.
Os “plafonds” não devem ser excedidos. Talvez. Mas penso que seria possível, ainda que a título excepcional, ter um pouco mais de respeito pelo “Zé-povinho”….

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

PROVÉBIOS ILUSTRADOS

Foto/Provérbio: "P'LO NATAL, BICO DE PARDAL"

Significa isto que os alhos devem ser semeados numa época em que, por alturas do Natal, já estejam nascidos mas ainda pequenos, assim do tamanho do bico de um pardal. Talvez que em consequência das temperaturas amenas, para a época, os do meu amigo João Narciso já sejam quase do tamanho do bico de uma cegonha. ..Mas outros que por aí vi, estão idênticos.


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL

Como não podia deixar de ser, "DO CASTELO" deseja...

"...QUE SEJA UM BOM NATAL PARA TODOS VÓS!!!!!!...."

sábado, 22 de dezembro de 2007

AMIGO, EU TAMBÉM NÃO GOSTO LÁ MUITO DO NATAL!

Foto 1 : "...um dos vários Pai Natal que vi em Avis..."

Foto 2: "...ou a um dos que vi em Ponte de Sor?"


Subscrevo as palavras de Aníbal Fernandes no último número do Jornal aponte: também eu não gosto do Natal.
O consumismo frenético que esta época se transformou, nada tem a ver com o Natal dos meus tempos de petiz. Não tenho pejo nenhum em afirmar que certos Subsídios de Natal são gastos inteiramente em compras desnecessárias. Após os breves segundos de curiosidade em abrir algo que permanece escondido, vai-se o encanto e o(a) menino(a) abre pressuroso outro e outro embrulho, ao fim de meia hora está farto de tanta bugiganga e começa logo ali, a pensar quando haverá outra vez Natal. Os mais velhos, chamemos-lhe adultos, além de todo esse frenesim, ainda acabam por fazer juízos de valor sobre quem ofereceu o quê e a quem… Enfim é o Natal que temos.
Entretanto surgiu essa ideia igualmente consumista dos jantares de Natal. Aproximam as pessoas, é um facto, e vão-se multiplicando cada vez mais, quer a expensas dos patrões, quer a expensas dos que nelas querem participar. Quando há uma nova “ceia de Natal” poderá significar que tudo vai bem por aí, mas quando instituições que o fazem há vários anos o deixam de fazer, será que algo vai mal por lá? Necessariamente que não. Mas…
Outra dificuldade acrescida que eu tenho agora é a quem hei-de endereçar as cartas de pedidos. Antigamente havia apenas uma pessoa encarregue desse serviço: o Menino Jesus. Centralizador, era Ele que trazia as prendas e providenciava para que os nossos desejos fossem cumpridos. Agora essa tarefa foi delegada, não sei por quem, no Pai Natal e, imagine-se, até já nas Mãe Natal. Tenho uma carta para entregar, mas sei que já não vai chegar a tempo, por causa dessa dúvida que tenho em a entregar ao Pai Natal certo. Deveria tê-la entregues a um dos vários Pai Natal que vi em Avis ou a um dos que vi em Ponte de Sôr? O melhor deveria ser mesmo ter individualizado, do género:
(Passo a enumerar uma ínfima parte da minha relação de pedidos:)
- Ao Pai Natal responsável pela limpeza das ruas de Avis: um varredor que varra a minha rua amiudadas vezes e que não seja apenas o vento forte e a chuva a limpá-la;
Ao Pai Natal responsável pela Zona Industrial de Avis:
que obrigue aqueles que possuem ali terrenos a construírem de imediato, ou não o fazendo, que os cedam ( ao preço que lhes custaram) a quem pretenda ali construir, para que daqui a um ano a referida Zona Industrial não continue com o mesmo aspecto que tem agora;
Ao Pai Natal responsável pelos políticos deste país:
dai-lhe a clarividência necessária para que não continuemos a ser os últimos da Europa no que a coisas boas para todos os portugueses dizem respeito;
Ao Pai Natal responsável pelas árvores de natal:
que para o ano utilize a antena instalada na GNR para dela fazer a mais alta árvore de natal do Alentejo, afim de calar as bocas discordantes em relação à construção, necessidade e falta de estética da mesma;
Ao Pai Natal disto, Ao Pai Natal daquilo….
Mas não o fiz e duvido que os meus pedidos sejam cumpridos.
Resta-me a esperança, numa sofreguidão diluída por mais um ano, para ver se pelo uma das minhas ambições será satisfeita.
Quem sabe se para o ano, até eu já gostarei mais do Natal...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

EU GULOSO ME CONFESSO...

Foto: "...chegam a ter encomendas de mais de duas centenas..."
O que é de Avis é bom. Ponto final.
O melhor bolo-rei que alguma vez já comi é confeccionado na AVISPÃO.

Por alguma razão, chegam a ter encomendas de mais de duas centenas para um só dia.
“DO CASTELO” dá os parabéns a todas(os) que fazem esta grande maravilha gastronómica.
Vá por mim e prove um. Depois diga-me se não tenho razão.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

APLICANDO O SISTEMA SIMPLEX...


Foto: "DO CASTELO" descobriu em Beja esta ternurinha de rotunda.

Há quem alinde as suas rotundas das mais diversas formas: fontanários, lagos, vinhas, monumentos, plantação de oliveiras e até há quem as utilize para fins mais necessariamente comunitários como por exemplo para parques de estacionamento.
“DO CASTELO” descobriu em Beja esta ternurinha de rotunda: pequena, simples, pintada no chão. Economia de verbas, originalidade ou simplesmente…preguiça dos nossos compadres Baixo Alentejanos?
Simplex mais Simplex é impossível….

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

OS PREÇOS E OS CÓDIGOS DE BARRAS!

Ontem fiz uma compra numa superfície comercial de Ponte de Sôr. Vi o preço, e dirigi-me à caixa tendo pago e guardado o respectivo talão no bolso. Hoje ia a deitar fora o talão quando verifiquei, casualmente, que a importância paga não correspondia àquela que eu tinha visto escrita em números. Pagara exactamente mais sete euros do que o referenciado no preço. Perante esta situação, e porque hoje tive que ir de novo a Ponte de Sôr, fui ao local onde tinha comprado o objecto e confirmei o preço em números árabes: 24,50€. Eu tinha razão. Fui ao descodificador de preços da superfície comercial e o ecrã indicava: 31,50€. A caixa tinha razão. Reclamei verbalmente na recepção e fui reembolsado, sem qualquer problema, dos sete euros pagos a mais. Chamei a atenção para a necessidade de rectificarem a situação o mais rapidamente possível e efectivamente vi que ainda antes de eu sair, já andavam a mexer na mercadoria. Não duvido que não era com intenção que este engano se estava a verificar.
A questão que se põe é a seguinte: e se eu trouxesse o carrinho das compras cheio? Saberia por acaso o preço de tudo quanto lá trazia? E quantos objectos iguais ao comprado por mim o foram por um preço superior ao legal? E quantas mais situações (involuntárias) destas se registarão?
Por isso aqui fica o meu conselho: sempre que lhe for possível, certifique-se de que o preço inscrito em números é igual ao inscrito na barra de códigos.
Agora que é Natal os enganos ainda são mais fáceis de acontecerem. Ponha-se a pau…

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

JÁ MEXE!!!!

Foto : "O Hotel...da Cortesia já mexe"



O Hotel a instalar na Herdade da Cortesia já mexe. Como a foto comprova os primeiros trabalhos já se iniciaram. Louva-se a iniciativa de se investir, como deve ser, por terras do Mestre. Oxalá ele seja um polo de emprego para os naturais do nosso concelho. Hoje, da meia dúzia de trabalhadores que por lá labutam, apenas reconheci um deles como sendo de Avis. Mas ainda é muito cedo para tirar conclusões.
"DO CASTELO" regista com agrado o início das obras deste importante empreendimento.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O POSITIVO E O NEGATIVO

Foto: "A D. Alexandrina Matias...já tem o telhado arranjado."




O POSITIVO:

Será que à terceira é de vez? A D. Alexandrina Matias está muito contente porque já tem o telhado arranjado. O “novo” pedreiro assegurou-lhe de que ficará tudo em ordem, que já lá não voltará a chover e que “aquilo estava ali uma grande aldrabice”. Por isso teve mais trabalho do que o inicialmente previsto e levou-lhe mais caro do que combinara. Agora a D. Alexandrina não sabe como há-de pagar a mensalidade à Santa Casa.
A vida dos pobres é sempre a mesma coisa…

O NEGATIVO

Algumas ruas da nossa vila andam muito “sujinhas”. Bem sei que agora é a época da queda das folhas e que tudo se torna mais difícil em termos de manutenção de limpeza. Acontece porém que em ruas onde nem árvores existem, as folhas ( e não só) amontoam-se por lá, levadas pelo vento, dando um ar de abandono e desleixo à nossa vila, que é tão bonita.
Não se junta fotografia porque qualquer pessoa pode constatar esta realidade e para não ter que ouvir dizer:
- E porque é que não tirou a fotografia na minha rua?
A parte Baixa/Este de Avis, então, é demais…

domingo, 9 de dezembro de 2007

"À DIÁSPORA AVISENSE"

Foto : ... é assim que vão encontarar a Rua Machado dos Santos...
Em conversa tida há dias com um nosso conterrâneo, de visita a Avis, dizia-me ele para eu ir sempre escrevendo qualquer coisa no Blogue para que quem está longe se vá inteirando do que por cá se passa. Respondi-lhe de que as notícias nem sempre são assim tão abundantes que permitam uma escrita diária, ao que ele me retorquiu:
- Ao menos ponha umas fotografias de Avis que sempre mata as saudades da terra à “ Diáspora Avisense ”.
É então para essa dita “Diáspora Avisense”, (entenda-se por Diáspora Avisense, tão somente: aqueles avisenses que um dia tiveram que deixar a sua terra para poderem singrar na vida) que de quando em vez irei publicando umas fotos.
Para Silves, Pombal, Lisboa, Bélgica, Luxemburgo, Amadora e onde quer que esteja um(a) avisense que leia este Blogue, é essencialmente para eles que são dedicadas as fotos da coluna “À Diáspora Avisense”.
Quando, pelo Natal, regressarem a Avis, é assim que vão encontrar a Rua Machado dos Santos…

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

CURSO DE ESCRITA CRIATIVA


Para saber mais pormenores sobre este Curso promovido pela Folha Informativa "ÁGUIA", da Amigos do Concelho de Aviz - Associação Cultural, clique na imagem, ampliando-a e leia os pormenores.
"DO CASTELO" tem informação de que para um máximo de 20 inscrições, já existem 15 efectuadas.
Sendo assim, se estiver interessado em se inscrever, não se atrase...inscreva-se já!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

AVIS INAUGUROU HOJE O SEU PRIMEIRO MINI-CENTRO-COMERCIAL!!!

Foto 1 - JORGE TRAQUINAS : "Não quero que a minha vida seja um filme a preto e branco..."
Foto 2 - MARCELINA SOEIRO : "Aqui vejo um futuro mais promissor..."


Está inaugurado com alguma pompa e muita expectativa o primeiro MINI-CENTRO-COMERCIAL de Avis.
Situado onde antes foi a famosa “tasca do Ti Luís Pexirra” (a quem prometo dedicar um dia destes umas palavras neste blogue), eis que surge um remodelado edifício para implantação de quatro lojas.
Com entrada pela Avenida da Liberdade Nº 38-A ou pela E. N. 244, Nº 40 temos já a funcionar a AVIS FOTO, do Jorge Traquinas e com entrada pela E.N. 244, Porta Nº 42 a ÓPTICA AVIS de Marcelina Soeiro. Está prevista a curto prazo a abertura da loja de uma Companhia de Seguros e ainda uma quarta loja irá ali funcionar após concretização de arrendamento.
Os espaços são amplos, e enquanto o Jorge apresenta novas ofertas como a estampagem de fotos em tecidos, portas-chaves ou azulejos, já a Marcelina prevê a curto prazo a realização de consultas de oftalmologia, no seu espaço.
Para estes dois jovens empreendedores, que decidiram enveredar por um negócio por conta própria, contrariando assim a ideia preconcebida de que “aqui quem não fôr para a Câmara não se safa”, “DO CASTELO” endereça os mais sinceros parabéns e deseja as maiores venturas.
Só uma pequena chamada de atenção – seria de bom-tom retirar aqueles montes de terra que se situam junto à entrada da ÓPTICA AVIS. É que se assim não fôr, pobre da Marcelina que, quando começar a chover, terá que andar sempre de esfregona na mão a limpar o chão da loja…


sexta-feira, 30 de novembro de 2007

SOL E GATOS!!!

Foto 1 - Sol à janela ( R: António José de Almeida)
Foto 2 - Sol à varanda ( Rua de Santa Luzia)

Foto 3 - Sol no quintal ( Largo Sérgio de Castro)
Hoje deu-me para o sentimentalismo. Como até segunda-feira "DO CASTELO" vai estar fechado e vou ter saudades vossas, resolvi desejar a todos os meus queridos(as) leitores(as) um bom fim-de-semana com desejos de que, como os gatos da nossa vila, aproveitem convenientemente este Sol maravilhoso que continua a visitar-nos diariamente.
É que amanhã já pode ser tarde....



quinta-feira, 29 de novembro de 2007

CAMINHANDO POR AÍ...

Foto: Ilusão óptica
Caminhando por aí, pelas ruas da nossa vila, deparei ontem com estas laranjeiras - aparentemente cheias de neve, apesar do sol que fazia - na Rua Luís de Camões ( bem sabe você onde é a Rua Luis de Camões... mas eu também não lhe digo! Descubra-a!).
Logo alguém me explicou, em surdina, que aquilo era para os ciganos não roubarem as laranjas.
Vá lá uma pessoa saber se é verdade ou não...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A ESCOLA ÀS COSTAS


“As crianças em idade escolar andam sobrecarregadas e não é apenas em ensinamentos – é em quilos. Por culpa de mochilas demasiado pesadas, que, mais cedo ou mais tarde, se vão ressentir na saúde das costas. Há, pois, que aliviar-lhes este facto.

Façamos as contas: um manual, um livro de fichas e um caderno por cada disciplina – a partir do 5º ano, podem ser cinco ou seis no mesmo dia – estojos e outro material escolar, um dicionário ou uma gramática, o equipamento de ginástica, a carteira e um ou outro objecto supérfluo. É assim que se enche a mochila de um aluno, mesmo quando na escola tem à sua disposição um cacifo.
Podem ser muitos os quilos que um aluno suporta às costas ou ao ombro. São certamente mais do que os recomendados internacionalmente – uma mochila deverá corresponder a dez por cento do peso do aluno. O que – só para dar um exemplo – numa criança de 30 quilos significa que a mochilas deverá pesar, no máximo, três quilos.
……”
Isto e muito mais pode ler-se na Revista "Farmácia/Saúde" Nº133 de Outubro de 2007, com distribuição gratuita na sua farmácia.
Outros artigos de interesse:
Daltonismo
Tabaco - Onde há fumo há perigo
Bebés
Alopecia - cabelos frágeis
Incontinência
Troca de seringas

domingo, 25 de novembro de 2007

BIBLIOTECA MUNICIPAL DE AVIS - UM ESPAÇO COM VIDA


Contrariamente ao que muitos julgam, uma biblioteca não é um espaço morto a cheirar a bolor de livros milimetricamente arrumados em prateleiras que pareecem nunca mais ter fim.
É UM ESPAÇO VIVO!
Isso mesmo tem tentado com certo sucesso a equipa que está à frente da Biblioteca Municipal de Avis. Por certo que os objectivos nunca foram alcançadas na sua plenitude, mas o esforço está lá e os resultados irão aparecendo a pouco e pouco. "DO CASTELO" apresenta os parabéns a toda essa esforçada equipa.
Neste momento e até ao fim do mês, decorre na “nossa” Biblioteca uma actividade denominada de “ Leituras à Mesa”. Trata-se de uma mostra de livros sobre gastronomia que nos apresenta mais de sessenta volumes diferentes para venda. Sabendo como é difícil por vezes escolher uma prenda de Natal, porque é que não passa por lá e compra um livro de receitas para ofertar?
Eu já o fiz e olhe que delícia não será esta “CANJA DE POMBO”, retirada da página 150 do Livro "A Caça – perspectiva histórica e receitas tradicionais”, da autoria de Alfredo Saramago:
“ Dizem que é a canja mais saborosa.
Depois de limpar os pombos, meta-os numa panela de água a ferver onde deve juntar uma cebola cortada em quatro e uma cabeça de alho inteira. Tempere de sal. Corte em pequenos bocados o fígado do pombo e ponha-o também a cozer. Deixe ferver durante uma hora até deitar o arroz para que a água absorva bem o sabor da carne do pombo. Ao fim deste tempo, retire os pombos, desfaça a carne e misture-a na canja. Deve deitar um pouco de vinagre antes de tirar a canja do lume.”
Depois deste “cheirinho” só me resta pedir-lhe que passe pela Biblioteca Municipal, que ajuda com a sua presença a que a mesma seja um lugar cada vez mais vivo servindo igualmente a sua comparência para dar mais força a todos os que tornam possíveis as diversas actividades ali desenvolvidas. Quanto a mim, porque já lá fui, vou tentar matar um pombinho (que se me afigura extremamente difícil!) para experimentar a canja.
É muito mais fácil eu voltar à Biblioteca do que matar o tal pombinho, mas enfim…
Ah! Só uma nota final: achei os preços um pouco “salgados” em termos de preço, e todos sabemos como o sal em excesso nos faz tanto mal...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

ASSIM, SIM!

Ontem utilizei os sanitários públicos que se encontram no Jardim, nas proximidades da escola EB em Avis, e fiquei surpreendido pela positiva. A última vez que os tinha utilizado (há bastante tempo) apresentavam um total aspecto de abandono, com torneiras inoperacionais, bacias e sanitas partidas, paredes escritas e “porcamente” sujas.
Ontem pude constatar a remodelação a que as mesmas foram submetidas, e o asseio que lá se mantém. Assim, sim!
Apraz-me aqui registar este facto.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

RUAS DAS VIDEIRAS, Nº 2 - FREGUESIA DE AVIS

Foto 1 - "...alguidares de plástico que tem distribuidos pela casa..."

Foto 2 - "O telhado está roto!"

Foto 3 - " As roupas estão todas molhadas!"




Reza assim a Constituição da República Portuguesa:

Artigo 65.º (Habitação e urbanismo)


Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.

Seria ideia do legislador que a Constituição Portuguesa abrangesse todos os cidadãos? Se era, não é novidade para ninguém que tal não corresponde à realidade. E em Avis esta realidade é bem visível. Vamos a casos concretos:
Alexandrina Matias mora no nº 2 da Rua das Videiras em Avis. Desde Agosto que espera lhe venham arranjar o telhado pela terceira vez. (Que terão lá andado a fazer das duas anteriores vezes, além de ganharem o dinheiro?...) Apesar do Verão ter sido generosamente extenso, tal não aconteceu. Já uma vez aqui fiz eco dos queixumes da D. Alexandrina sobre o estado lastimoso em que fica a sua habitação sempre que chove. Hoje resolvi ir ver com os meus próprios olhos o que tinha acontecido a noite passada. Desolada, Alexandrina Matias diz que não pregou olho, passando toda a noite a despejar os alguidares de plástico que tem distribuídos pela casa para que a água não se espalhe pelo chão e cause ainda maiores estragos. Chove em todo o lado! O telhado está roto! Chove em casa como se fosse na rua! As roupas estão todas molhadas! Alexandrina Matias não tem dinheiro para mandar fazer as obras. Perguntada sobre qual o valor da reforma diz que não sabe quanto é, mas que é pouco, pois que é da Casa do Povo. Estranha que outras situações de aflição tenham sido resolvidas de um dia para o outro e que ela continue a sofrer com toda esta situação. Não acha mal que aos outros tenham acudido tão rapidamente, só não percebe é porque é que a ela demoram tanto tempo a acudir. Não chora por vergonha, por habituação, por raiva, ou porque já não tem mais lágrimas para chorar.
Em pleno século XXI, com mais de 30 anos de democracia, a Constituição Portuguesa ainda não chega a todos os portugueses.
Haja alguém, com responsabilidades, que acuda de imediato à D. Alexandrina Matias. A constituição garante-lhe (no papel) “…uma habitação…em condições de higiene e conforto…”
D. Alexandrina Matias é Portuguesa mas não lhe é aplicada a Constituição do seu país. É pobre mas é gente e a Constituição também não permite descriminações!

sábado, 17 de novembro de 2007

ENA PÁ!!!!!!

Foto 1 : A nossa torre vai alta; mais alto que a nossa torre vai o avião; mais alta que a nossa torre e mais alta que o avião vai a lua; mas mais alta que a nossa torre e mais alta que o avião e mais alta que a lua vai a coragem de quem trabalha naquelas alturas! Parabéns!
Foto 1 : A Nossa Torre não pára de crescer...sem vertingens! Quando parará???





sexta-feira, 16 de novembro de 2007

PARQUE JURÁSSICO? NÃO!!!!

Foto 1 : "...o começo da montanha russa..."
Na capa do último número do Jornal “A Ponte” pode ler-se que o Sr. Presidente da Câmara de Avis afirmou que ”Avis não pode ser um Park Jurássico”. Não sei em que contexto foi afirmado pois ainda não li a entrevista na íntegra.
Alertado pelo meu amigo “DESABAFOS” passei hoje pela Rua Infante D. Henrique onde obtive a foto acima. Ora bem, sabedores dos problemas que as antenas colocadas em meios urbanos podem causar à saúde, desculpe lá ó Desabafos, mas aquilo não pode ser uma antena de transmissões/recepções. Então se em outros locais as estão a tirar, iam colocar uma aqui que fizesse mal, bem no centro da malha urbana de Avis? O Infante D. Henrique não merecia isso, quanto mais todos nós que além de estarmos vivos desejamos ter uma cada vez melhor qualidade de vida.
Para mim aquilo deve ser a instalação de um parque de diversões, estilo antiga Feira Popular na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa. Talvez seja o ali o começo da montanha russa...
Ainda coloquei a hipótese de ser o início da construção da réplica de um dinossauro, já que a estrutura acho que vai subir aos 50 metros, mas com a afirmação do Sr. Presidente esta hipótese também já foi posta de parte: Parque “dinossáurico”, também não.
Então o que será? Uma coisa é certa: é um mamarracho igualzinho (ou pior) àquele onde se instalou em tempos um Banco que deu pelo nome de Crédito Predial Português, desenquadrado de tudo quanto é paisagem urbana alentejana.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O IP 2 - O BOLETIM MUNICIPAL DE ALVITO - A RTP 1


O IP 2

Ontem lá tive que fazer mais uma vez o percurso Portalegre - Avis, via Monforte, ou seja lá tive que utilizar o IP2, ou seja lá tive que passar, por enquanto mais uma vez incólume ( porque me fizeram sinal de luzes) ao radar da brigada de trânsito. É uma amizade “fidagal” esta que me prende aos radares da BT ( NÃO A QUEM CUMPRE ORDENS....) Mas não posso fazer nada, a não ser desabafar. Cerca da 17h15 lá estava um carro preto afastado da estrada uns bons trinta metros, camuflado entre uma árvores, fios estendidos até à “máquina” que furtivamente ia identificando quem excedia os limites de velocidade. Não sei porquê lembrei-me do programa que a RTP 1 está a transmitir sobre a Guerra Colonial, lembrei-me de emboscadas e de outras coisas que me coíbo aqui de referenciar.
Talvez que ao quarto para as seis da (já) noite os agentes já não estivessem no tal carro preto, mas bom seria que estivessem fora do carro para ver como eu consegui ver (e felizmente que consegui ver) entre o Ervedal e Avis, primeiro uma máquina de colher azeitonas sem qualquer sinal luminoso e depois, um pouco mais adiante, um tractor igualmente sem luz. Um perigo! Tal como os elementos do carro da BT…descaracterizados!
Não tenho dúvidas nenhuma que se evitam mais acidentes por excesso de velocidade com um simples sinal de luzes (quem é que não abranda?) do que com cem máquinas escondidas…
Apareçam na estrada senhores elementos da BT. A fiscalização efectiva é deveras importante, mas por favor não se escondam!

O Boletim Municipal de Alvito

Tenho acesso regularmente o Boletim Municipal de Alvito. Se bem que os boletins Municipais sejam assim como o Jornal do Benfica, o Avante ou o Portugal Livre que só dizem bem deles próprios, gosto de lhes dar uma vista de olhos. Que terá acontecido ao de Avis que se eclipsou há tantas luas?
Mas voltemos ao Boletim Municipal de Alvito. Na página 2 informa que se registaram no concelho de Alvito dois nascimentos (em Vila Nova da Baronia), enquanto os óbitos registados foram de 4 em Vila Nova da Baronia e 8 em Alvito. Ou seja no terceiro trimestre deste ano Alvito diminuiu em 10 o número da sua população efectiva.
E vem-me ao pensamento essa febre que o nosso primeiro-ministro tem de combater esta situação, este défice: dê-se abono aos nascimentos, aumentem-se os subsídios de nascimento, de aleitamento, etc. Mas surge-me uma dúvida: então por um lado queremos mais “gente” pequena e por outro difunde-se a prática do aborto?
Afinal em que ficamos?

A RTP 1

Nas notícias de ontem da RTP 1 foi noticiado de que iria ser aumentado o preço do leite. Inevitável, …tudo aumenta. Mas este aumento é provocado pela pouca produção de leite. Mas o que me deixa um pouco perplexo é que ainda não há muito tempo, os Açores, Portugal portanto, foram multados por produção excessiva de leite. A fartura deu em miséria.Será que há cada vez mais gente a mamar???
Pode-se ou não produzir leite? Ontem éramos penalizados por excesso de produção e hoje somos penalizados por falta de produção.
Afinal em que ficamos?








terça-feira, 13 de novembro de 2007

ROSA DE OUTONO

Foto 1 : ROSA DE OUTONO
Para si que é mulher e que habitualmente dá uma vista de olhos aqui "DO CASTELO", ofereço esta "Rosa de Outono", fotografada por mim no meu jardim.
Espero que gostem do gesto...e da rosa! (Experimente a ampliá-la e veja se não dá um optimo fundo de ambiente de trabalho.)
Eu acho-a soberba!

domingo, 11 de novembro de 2007

MARANHÃO RIMA COM PRISÃO

Foto 1 - MARANHÃO RIMA COM PRISÃO





Aproveitando este Verão anómalo que teima em se prolongar não se sabe bem até quando, fui ontem fazer aquilo de que tanto gosto: andar a pé por esses campo fora. Fui até ao Maranhão: estacionei ao cimo da rampa que dava acesso à antiga Central, e a pé ultrapassei a cancela que impede a passagem dos carros, descendo até lá bem abaixo, onde já não se pode descer mais. Tomei a direcção do canal e aí fui eu, feito tonto, dirão vocês, canal adiante ao longo da ribeira. Comi uns medronhos, coisa que já não fazia há bastante tempo, protegi-me das abelhas que trabalhavam nas suas colmeias e até me cheguei a assustar com os melros e tordos que, voando repentinamente, se viam escorraçados do seu habitat. Tirei várias fotografias e quando dei por mim já estava junto à estrada que vindo de Avis vai passar lá bem ao fundo do vale, já junto ao Maranhão-aldeia. Depois foi o percurso inverso, subindo e descendo altas escarpas sempre que o canal se transforma em pequenos túneis, chegando junto ao carro, uma hora e vinte minutos depois. Resolvi dar ainda uma vista de olhos pelo Miradouro onde, como diria uma figura da nossa Televisão, “já fui muito feliz” (e que, ao que pude constatar no local, ainda continua a haver gente que por lá o é assiduamente…). Rumei para as antigas casas daqueles que trabalharam directamente com a Barragem, quer na Central eléctrica quer em outras actividades de manutenção. Fiquei mais uma vez chocado com o estado de abandono a que as mesmas se estão a transformar. Imaginei como dali poderia surgir um importante centro de turismo rural; como aquelas casas poderiam ser aproveitadas para moradias, sabendo, como sei, de que havia até antigos funcionários que queriam adquirir as que já um dia foram suas, e o mesmo não lhes foi permitido. Mas não, as casas estão ali para apodrecer. Sei que um amigo que eu tenho, me virá dizer que antes de escrever o que vem a seguir, deveria indagar de quem é a culpa por aquilo estar naquele estado. Mas não sou jornalista, nem de investigação nem dos outros. Limito-me a constatar factos e dar, de quando em vez, a minha própria opinião, que, como tal vale o que vale que é o mesmo que dizer que não vale nada. E quanto a mim, o que se passa ali é um crime!
Uma das casas tem a porta da rua arrombada. Entrei, analisei
-a e admiro-me como é que ainda lá tem a banheira…Curiosamente, no soalho desta casa, um papel a dizer simplesmente uma palavra:”PRISÃO”. Não faço a mínima ideia o que aquele papel queria dizer nem como ali foi parar. Mas achei curioso, e concluí que efectivamente a Prisão deveria ser a pena a aplicar a quem (repito que não faço a mínima ideia a quem) de um modo completamente desleixado deixa perder-se uma riqueza que tanto valorizaria a tão empobrecida freguesia do Maranhão.
Tudo seria muito fácil se eu, ou alguém, pudesse convencer o Engenheiro Sócrates de que com a recuperação e a habitabilidade daquelas casas ele iria ali buscar uns largos milhares de euros de impostos….





sábado, 10 de novembro de 2007

VAMOS FESTEJAR A NOITE DE S. MARTINHO!

Foto 1 - Castanhas de S. Martinho
Festejar a noite de S. Martinho é uma tradição que não deve cair em desuso. Faça-o com alegria. Mas não se esqueça deste conselho "DO CASTELO": coma castanhas à vontade mas beba com moderação!
Acredite que assim terá muito mais hipóteses de chegar ao S. Martinho do próximo ano.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

INÊS FONSECA LANÇA LIVRO

Foto - Inês Fonseca, a autora

Foto 2 - "Arquitectura de Terra em Avis", o livro




Foi lançado hoje no salão nobre da Câmara Municipal de Avis o livro de Inês Fonseca, "Arquitectura de Terra em Avis".

"- Quem tem uma casa feita em adobe não pode dizer que tem uma casa pobre" - disse a autora (...por estas ou outras palavras...)

"DO CASTELO" endereça os parabéns à Arquitecta Inês Fonseca por ter contribuido de maneira tão marcante para o enriquecimento do panorama cultural em Avis.


quinta-feira, 8 de novembro de 2007

UMA CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA

O Engº Domingos Freire Cardoso é um meu amigo. É curioso que nunca nos olhámos olhos nos olhos, mas apesar disso é meu amigo. Pelo menos eu sei que sou seu amigo.
A carta que passo a reproduzir, de sua autoria subscrevo-a sem quaiquer reservas pois ela é bem o espelho da bandalheira que a educação ( SÓ? e o resto?) se transformou em Portugal a partir do dia 26 de Abril de 1 974 ( eu não disse 25 de Abril, disse 26...)
Seria curioso fazer-lhe chegar a sua opinião sobre este assunto já que os seus contactos estão aqui expressos. Eu já o fiz.
Com a devida vénia, aí vai pois a carta do meu amigo que, embora um pouco extensa, vale a pena ser lida:
Carta aberta ao Senhor Presidente da República Portuguesa

Ílhavo, 22 de Outubro de 2007

Senhor Presidente da República Portuguesa

Excelência:

Disse V. Excia, no discurso do passado dia 5 de Outubro, que os professores precisavam de ser dignificados e eu ouso acrescentar: “Talvez V. Excia não saiba bem quanto!”

1. Sou professor há mais de trinta e seis anos e no ano passado tive o primeiro contacto com a maior mentira e o maior engano (não lhe chamo fraude porque talvez lhe falte a “má-fé”) do ensino em Portugal que dá pelo nome de Cursos de Educação e Formação (CEF).
A mentira começa logo no facto de dois anos nestes cursos darem equivalência ao 9º ano, isto é, aldrabando a Matemática, dois é igual a três!
Um aluno pode faltar dez, vinte, trinta vezes a uma ou a várias disciplinas (mesmo estando na escola) mas, com aulas de remediação, de recuperação ou de compensação (chamem-lhe o que quiserem mas serão sempre sucedâneos de aulas e nunca aulas verdadeiras como as outras) fica sem faltas. Pode ter cinco, dez ou quinze faltas disciplinares, pode inclusive ter sido suspenso que no fim do ano fica sem faltas, fica puro e imaculado como se nascesse nesse momento.
Qual é a mensagem que o aluno retira deste procedimento? Que pode fazer tudo o que lhe apetecer que no final da ano desce sobre ele uma luz divina que o purifica ao contrário do que na vida acontece. Como se vê claramente não pode haver melhor incentivo à irresponsabilidade do que este.

2. Actualmente sinto vergonha de ser professor porque muitos alunos podem este ano encontrar-me na rua e dizerem: ”Lá vai o palerma que se fartou de me dizer para me portar bem, que me dizia que podia reprovar por faltas e, afinal, não me aconteceu nada disso. Grande estúpido!”

3. É muito fácil falar de alunos problemáticos a partir dos gabinetes mas a distância que vai deles até às salas de aula é abissal. E é-o porque quando os responsáveis aparecem numa escola levam atrás de si (ou à sua frente, tanto faz) um magote de televisões e de jornais que se atropelam uns aos outros. Deviam era aparecer nas escolas sem avisar, sem jornalistas, trazer o seu carro particular e não terem lugar para estacionar como acontece na minha escola.
Quando aparecem fazem-no com crianças escolhidas e pagas por uma empresa de casting para ficarem bonitos (as crianças e os governantes) na televisão.
Os nossos alunos não são recrutados dessa maneira, não são louros, não têm caracóis no cabelo nem vestem roupa de marca.
Os nossos alunos entram na sala de aula aos berros e aos encontrões, trazem vestidas camisolas interiores cavadas, cheiram a suor e a outras coisas e têm os dentes em mísero estado.
Os nossos alunos estão em estado bruto, estão tal e qual a Natureza os fez, cresceram como silvas que nunca viram uma tesoura de poda. Apesar de terem 15/16 anos parece que nunca conviveram com gente civilizada.
Não fazem distinção entre o recreio e o interior da sala de aula onde entram de boné na cabeça, headphones nos ouvidos continuando as conversas que traziam do recreio.
Os nossos alunos entram na sala, sentam-se na cadeira, abrem as pernas, deixam-se escorregar pela cadeira abaixo e não trazem nem esferográfica nem uma folha de papel onde possam escrever seja o que for.
Quando lhes digo para se sentarem direitos, para se desencostarem da parede, para não se virarem para trás olham-me de soslaio como que a dizer “Olha-me este!” e passados alguns segundos estão com as mesmas atitudes.

4. Eu não quero alunos perfeitos. Eu quero apenas alunos normais!!!
Alunos que ao serem repreendidos não contradigam o que eu disse e que ao serem novamente chamados à razão não voltem a responder querendo ter a última palavra desafiando a minha autoridade, não me respeitando nem como pessoa mais velha nem como professor. Se nunca tive de aturar faltas de educação aos meus filhos por que é que hei-de aturar faltas de educação aos filhos dos outros? O Estado paga-me para ensinar os alunos, para os educar e ajudar a crescer; não me paga para os aturar! Quem vai conseguir dar aulas a alunos destes até aos 65 anos de idade?
Actualmente só vai para professor quem não está no seu juízo perfeito mas se o estiver, em cinco anos (ou cinco meses bastarão?...) os alunos se encarregarão de lhe arruinar completamente a sanidade mental.
Eu quero alunos que não falem todos ao mesmo tempo sobre coisas que não têm nada a ver com as aulas e quando peço a um que se cale ele não me responda: “Por que é que me mandou calar a mim? Não vê os outros também a falar?”
Eu quero alunos que não façam comentários despropositados de modo a que os outros se riam e respondam ao que eles disseram ateando o rastilho da balbúrdia em que ninguém se entende.
Eu quero alunos que não me obriguem a repetir em todas as aulas “Entram, sentam-se e calam-se!”
Eu quero alunos que não usem artes de ventríloquo para assobiar, cantar, grunhir, mugir, roncar e emitir outros sons. É claro que se eu não quisesse dar mais aula bastaria perguntar quem tinha sido e não sairia mais dali pois ninguém assumiria a responsabilidade.
Eu quero alunos que não desconheçam a existência de expressões como “obrigado”, “por favor” e “desculpe” e que as usem sempre que o seu emprego se justifique.
Eu quero alunos que ao serem chamados a participar na aula não me olhem com enfado dizendo interiormente “Mas o que é que este quer agora?” e demorem uma eternidade a disponibilizar-se para a tarefa como se me estivessem a fazer um grande favor. Que fique bem claro que os alunos não me fazem favor nenhum em estarem na aula e a portarem-se bem.
Eu quero alunos que não estejam constantemente a receber e a enviar mensagens por telemóvel e a recusarem-se a entregar-mo quando lho peço para terminar esse contacto com o exterior pois esse aluno “não está na sala”, está com a cabeça em outros mundos.
Eu sou um trabalhador como outro qualquer e como tal exijo condições de trabalho! Ora, como é que eu posso construir uma frase coerente, como é que eu posso escolher as palavras certas para ser claro e convincente se vejo um aluno a balouçar-se na cadeira, outro virado para trás a rir-se, outro a mexer no telemóvel e outro com a cabeça pousada na mesa a querer dormir?
Quando as aulas são apoiadas por fichas de trabalho gostaria que os alunos, ao sair da sala, não as amarrotassem e deitassem no cesto do lixo mesmo à minha frente ou não as deixassem “esquecidas” em cima da mesa.
Nos últimos cinco minutos de uma aula disse aos alunos que se aproximassem da secretária pois iria fazer uma experiência ilustrando o que tinha sido explicado e eles puseram os bonés na cabeça, as mochilas às costas e encaminharam-se todos em grande conversa para a porta da sala à espera que tocasse. Disse-lhes: “Meus meninos, a aula ainda não acabou! Cheguem-se aqui para verem a experiência!” mas nenhum deles se moveu um milímetro!!!
Como é possível, com alunos destes, criar a empatia necessária para uma aula bem sucedida?
É por estas e por outras que eu NÃO ADMITO A NINGUÉM, RIGOROSAMENTE A NINGUÉM, que ouse pensar, insinuar ou dizer que se os meus alunos não aprendem a culpa é minha!!!

5. No ano passado tive uma turma do 10º ano dum curso profissional em que um aluno, para resolver um problema no quadro, tinha de multiplicar 0,5 por 2 e este virou-se para os colegas a perguntar quem tinha uma máquina de calcular!!! No mesmo dia e na mesma turma outro aluno também pediu uma máquina de calcular para dividir 25,6 por 1.
Estes alunos podem não saber efectuar estas operações sem máquina e talvez tenham esse direito. O que não se pode é dizer que são alunos de uma turma do 10º ano!!!
Com este tipo de qualificação dada aos alunos não me admira que, daqui a dois ou três anos, estejamos à frente de todos os países europeus e do resto do mundo. Talvez estejamos só que os alunos continuarão a ser brutos, burros, ignorantes e desqualificados mas com um diploma!!!

6. São estes os alunos que, ao regressarem à escola, tanto orgulho dão ao Governo. Só que ninguém diz que os Cursos de Educação e Formação são enormes ecopontos (não sejamos hipócritas nem tenhamos medo das palavras) onde desaguam os alunos das mais diversas proveniências e com histórias de vida escolar e familiar de arrepiar desde várias repetências e inúmeras faltas disciplinares até famílias irresponsáveis.
Para os que têm traumas, doenças, carências, limitações e dificuldades várias há médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros técnicos, em quantidade suficiente, para os ajudar e complementar o trabalho dos professores?
Há alunos que têm o sublime descaramento de dizer que não andam na escola para estudar mas para “tirar o 9º ano”.
Outros há que, simplesmente, não sabem o que andam a fazer na escola…
E, por último, existem os que se passeiam na escola só para boicotar as aulas e para infernizar a vida aos professores. Quem é que consegue ensinar seja o que for a alunos destes? E por que é que eu tenho de os aturar numa sala de aula durante períodos de noventa e de quarenta e cinco minutos por semana durante um ano lectivo? A troco de quê? Da gratidão da sociedade e do reconhecimento e do apreço do Ministério não é, de certeza absoluta!

7. Eu desafio seja quem for do Ministério da Educação (ou de outra área da sociedade) a enfrentar ( o verbo é mesmo esse, “enfrentar”, já que de uma luta se trata…), durante uma semana apenas, uma turma destas sozinho, sem jornalistas nem guarda-costas, e cumprir um horário de professor tentando ensinar um assunto qualquer de uma unidade didáctica do programa escolar.
Eu quero saber se ao fim dessa semana esse ilustre voluntário ainda estará com vontade de continuar. E não me digam que isto é demagogia porque demagogia é falar das coisas sem as conhecer e a realidade escolar está numa sala de aula com alunos de carne, osso e odores e não num gabinete onde esses alunos são números num mapa de estatística e eu sei perfeitamente que o que o Governo quer são números para esse mapa, quer os alunos saibam estar sentados numa cadeira ou não (saber ler e explicar o que leram seria pedir demasiado pois esse conhecimento justificaria equivalência, não ao 9º ano, mas a um bacharelato…).
É preciso que o Ministério diga aos alunos que a aprendizagem exige esforço, que aprender custa, que aprender “dói”! É preciso dizer aos alunos que não basta andar na escola de telemóvel na mão para memorizar conhecimentos, aprender técnicas e adoptar posturas e comportamentos socialmente correctos.

Se V.Excia achar que eu sou pessimista e que estou a perder a sensibilidade por estar em contacto diário com este tipo de jovens pergunte a opinião de outros professores, indague junto das escolas, mande alguém saber. Mas tenha cuidado porque estes cursos são uma mentira…

Permita-me discordar de V. Excia mas dizer que os professores têm de ser dignificados é pouco, muito pouco mesmo…

Atenciosamente



Domingos Freire Cardoso
Professor de Ciências Físico-Químicas
Rua José António Vidal, nº 25 C
3830 - 203 ÍLHAVO
Tel. 234 185 375 / 93 847 11 04

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

MEMÓRIAS ( CADA VEZ MAIS SAUDOSAS) DE UM BENFIQUISTA

Foto 1 - Frente do bilhete
Foto 2 - Verso do bilhete




Ontem já vocês sabem como foi.(Parabéns ao Porto e boa sorte para o Sporting, logo à noite).
A maioria de vós não sabe ( como é que hão-de de saber se alguns ainda não eram nascidos?) é que faz hoje 24 anos que o Benfica ganhou ao Liverpool por 1-0, com golo de Maniche ( o autêntico).
Será que a diferença de qualidade das equipas de então do Benfica e a de agora residia no facto de que em vez dos actuais brincos nas orelhas e rabos de cavalo, usavam fartas bigodaças por baixo do nariz?
Vá lá a gente saber....

terça-feira, 6 de novembro de 2007

GHEGOU A ALTURA DE DIZER BASTA!!!!

Recebi o seguinte SMS que passo a transcrever. Como infelizmente não posso estar presente contribuo assim, como forma de apoio, com a divulgação do mesmo:

"HOJE DIA 6, ÀS 12H20M VAMOS PROTESTAR CONTRA INTERNET. CARACOL NOS CTT AVIS. PASSA SMS. A TV VAI ESTAR PRESENTE"

É ALTURA DE DIZER BASTA A QUEM CONNOSCO TEM ANDADO A "GOZAR" ULTIMAMENTE.
APARECE!!!

domingo, 4 de novembro de 2007

MEMÓRIAS (SAUDOSAS) DE UM BENFIQUISTA

Foto : 1

Foto - 2


Foto - 3 (verso bilhete foto 2)




Foto - 3 - UMA EQUIPA DE SONHO!





Foto - 4

No tempo em que só as camisolas do Benfica ganhavam era assim:
- Faz hoje 20 anos a vítima foi o Aarhus G.F. que perdeu na Luz por 1-0, com golo de Nunes ( Foto - 1)
-Há 24 anos (2/11/1983) foi a vez do Olympiacos (Pireu) as "mamar": 3 -0, com golos de Filipovic, Diamantino e Manich ( o autêntico...) (Foto -2)
- Há 18 anos (1/11/1989) despacharam o Honved S.E. por 7-0 com golos de Abel(1), Vata (2), Magnunson(2) e César Brito (2).
Que falta que nos faziam estes golos agora....
E na terça-feira como será????


sexta-feira, 2 de novembro de 2007

FLORES EM MEMÓRIA

FOTO 1 : FLORES EM MEMÓRIA...
Deixo aqui, como homenagem sentida, flores em memória de todo(a)s aquele(a)s que já me deixaram e que em vida fizeram o favor de terem sido meus (minhas) amigos (amigas).
Que descansem em PAZ!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

E VÃO 24!



Acaba de sair o número 24 da Folha Informativa "ÁGUIA" da Amigos do Concelho de Aviz - Associação Cultural. Dedicada à Freguesia do Maranhão e, como já nos vem habituando, vem com textos de muito interesse. "Bembelide" diz-lhe alguma coisa? Não? Pois então adquira uma Águia e descubra o quê e o porquê de Bembelide. E sabe quem foi o "parente" do Maranhão? Só não sabe porque não quere.

A Águia, ao que julgo saber, é a única "revista" que se publica com periodicidade regular no concelho de Avis. Não a deixemos morrer!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

TUDO TEM UMA RAZÃO DE SER!

fOTO 1 : "Certamente que há mais de três semanas que a sinalética...)


FOTO : 2 - "...a água escavou a barreira...)


Tudo tem uma razão de ser.
Certamente que há mais de três semanas que a sinalética da foto 1 se encontra à saída de Avis, no sentido para Ponte de Sôr, ali junto ao local onde se chegou a denominar de “Horta do Jeremias”. Passando de carro, bem tentava eu vislumbrar o porquê das placas e o porquê de ali estarem há tanto tempo (algumas já foram até “atropeladas”). Nada consegui no entanto descobrir até que hoje, resolvi averiguar, a pé, o que se passa. E o que se passa está à vista da Foto 2: a água escavou a barreira pondo em causa a sustentabilidade da estrada junto da berma mais chegada ao lado direito. Explicado que está o motivo das referidas placas lá se encontrarem, já não o estará o facto de se demorar tanto tempo a solucionar o problema. Esperemos que um carro mais pesado não cause por lá maiores e mais lamentáveis estragos do que aqueles provocados pelas enxurradas.
Para quando a reparação desta situação anómala? É que o tempo das chuvas aproxima-se a passos largos! (digo eu…)

domingo, 28 de outubro de 2007

OLHA A NOIVA SE VAI LINDA!

Dedicado aos Noivos LAURA e EUCLIDES, com os meus parabéns e votos muito sinceros de felicidades, dedico estes versos do cancioneiro regional alentejano:

Olha a noiva se vai linda!



Compadre já te casaste
Já o laço te apanhou
Deus queira que sempre digas
Se bem estava
Se bem estava melhor estou

Olha a noiva se vai linda
No dia do seu noivado
Também eu queria ser (bis)
Também eu queria
Também queria ser casado.

Ser casado, e ter juízo,
Acho que é bonito estado!
Também eu queria ser (bis)
Também eu queria
Também queria ser casado!

À luz daquela candeia
Foi feito o meu casamento
Óh candeia não t’apagues
Hás-de ser
Hás-de ser um juramento

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

APESAR DE TUDO, GOSTAVA DE SABER!

O jogador mais caro das contratações do Benfica para a presente temporada, que dá pelo nome de Cardozo, veio rotulado de que vale 19 golos por temporada. Acho que há pouco tempo o próprio subiu a fasquia para os 20.
A minha dúvida é a seguinte: o rapaz vale 19 ou 20 golos por temporada mas é em golos marcados ou é em golos falhados??????

terça-feira, 23 de outubro de 2007

MEMÓRIAS (SAUDOSAS) DE UM BENFIQUISTA

Foto 1: Frente bilhete



Foto 2: Verso do bilhete - A CATEDRAL!

Faz hoje precisamente 22 anos foi assim: "arrumámos" a Sampdória com dois secos ( Diamantino e Rui Águas). E amanhã, como será?




Foto 1 : Frente do Bilhete de sócio



Foto 2: verso do bilhete




... e faz hoje precisamente 16 anos foi assim: empate a um golo. Cento e vinte mil assistimos a este jogo espectacular e ao não menos espectacular golo de ISAÍAS.
E amanhã, com menos noventa mil a assistir, como será?

sábado, 20 de outubro de 2007

HOMENAGEM AOS NOSSOS BOMBEIROS

Foto: Bombeiros em Avis - "...Ajudá-los vale a pena/ Que eles trabalham p'ra nós!"


Há dias necessitei sair de casa cedo e quando às 6 e 10 da manhã estava a “fazer-me à estrada” vejo chegar um ambulância dos Bombeiros de Avis, vinda dos lados do Ervedal. Pensei com os meus botões donde é que viria àquelas horas, o que é que aquele condutor terá dormido, como é que as coisas se teriam passado… E fiquei a pensar um bocado na vida difícil de ser bombeiro. Estes pensamentos vieram-me de novo à memória quando, há bocado em conversa de café, soube que ontem por volta das 19,30 uma ambulância dos Bombeiros de Avis saiu em direcção a Portalegre, com uma urgência. De seguida e acompanhada por uma técnica de saúde daquele Hospital Distrital foi necessário ir a Lisboa a um Hospital Central. A lógica simples, diz-nos que mais fácil seria seguir de Portalegre uma ambulância de lá pois que a Enfermeira que acompanhou o doente teria que regressar a Portalegre evitando-se assim mais de 50 km da ambulância de Avis para regressar a Portalegre levar a referida técnica, antes de rumar de novo a Avis. Mas não foi assim que aconteceu. A ambulância de Avis é que foi para Lisboa. Resumindo: com essas voltas todas, a ambulância que tinha saído às 19,30 de ontem chegou a Avis, hoje às 07,30 da manhã.
Realmente é preciso ter um grande espírito de sacrifício para exercer a profissão de Bombeiro, quanto mais o voluntariado de Bombeiro.
Por isso, pelo exemplo de amor ao próximo, deixo aqui registado o meu apreço a todos aqueles que não olhando a sacrifícios, empregam grande parte do seu tempo em benefício dos seus semelhantes. Os Bombeiros de todo o Mundo e os de Avis em particular merecem-me todo o meu respeito.
Permitam-me que reproduza para si que é bombeiro ou que de algum modo está relacionado com a sua actividade e em geito de louvor umas quadras escritas a páginas 179 do Livro de poemas “O REBUSCO” da autoria do poeta popular José da Silva Máximo:

"O BOMBEIRO

O bombeiro destemido
Seja voluntário ou não,
Merece ser distinguido
Com muita consideração.

Sempre pronto a actuar,
Seja de noite ou de dia,
Ouve a sirene tocar
Lá vai ele em correria.

Corre ao Quartel a saber
O que há acontecido
Se há bens que estão a arder
Se há vidas que correm p’rigo.

Com o machado à cintura
Ou com a máscara de gás,
Arriscada e muito dura
É a vida que ele faz.

Vai acima de um telhado
Com a mangueira na mão;
Ele vai onde é chamado
Em qualquer ocasião.

Se o fogo tudo devora
Deixa o campo calcinado,
O bombeiro sofre e chora
Por não o ter dominado.

Numa luta desigual
O bombeiro inteligente
Arrisca a vida afinal
E salva a vida da gente!

Acode a inundações,
Ajuda nos acidentes;
Em muitas ocasiões
Ele transporta doentes.

Quantos já a vida deram
Da forma mais honrosa;
Honrando até que puderam
Profissão tão perigosa.

Vida por vida é seu lema,
O grito da sua voz;
Ajudá-los vale a pena
Que eles trabalham p’ra nós!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

APLICAÇÃO DO "SIMPLEX" CÁ PELAS NOSSAS BANDAS...

Foto 1 : "Simplex" e directo...

foto 2: "Simplex" e eficiente


Foto 3 - "Simplex" e económico I



foto 3A - "Simplex" e económico II



O nosso governo determinou o Programa Simplex 2007, Programa de Simplificação, e nós por cá vamo-lo aplicando como bons cidadãos e como bons cumpridores das leis que somos. Vejamos três casos aleatoriamente escolhidos que bem demonstram a importância de simplificar:

Foto 1:
Em Avis, um comerciante farto dos calotes de que vem sendo vítima, resolveu fazer um aviso diplomático informando que não pode vender a crédito. Receoso de que o comunicado não fosse perceptível por todos quantos o lessem, colocou o aviso da esquerda e penso que aí está tudo dito e ninguém terá dúvidas.
Tudo Simplex como o nosso primeiro-ministro quer!

Foto2:
Espetar placas no chão
, à espera que o vento as derrube não é sistema. Daí que os nossos “compadres” de Pavia tenham colocado estas placas de veda municipal encostadas a um cedro, ali junto à estrada nacional e nas imediações dos tanques da lavagem da roupa. È só ir podando o cedro para as placas não desaparecerem.
Tudo Simplex como o nosso primeiro-ministro quer!

Fotos 3 e 3A –
Algures em Avis,
entre Frei Henrique e a Samarra, alguém achou por bem dar utilidade às velhas oliveiras que de azeitonas nada dão. Vai daí transformaram-nas em postes de alta tensão…dissimuladas, estilo gota-a-gota. Não poluem a paisagem, é mais económico e cumprem brilhantemente uma função para a qual se calhar ninguém antes tinha pensado que poderiam ser aproveitadas: transportadoras de energia eléctrica, desde a “nascente” (foto 3 A) até ao destino ( no monte lá ao fundo do caminho)
Tudo Simplex como o nosso primeiro-ministro quer!