domingo, 29 de janeiro de 2006

NA SEXTA-FEIRA SAIU-ME O "EUROMILHÔES"...POR DUAS VEZES!

Saiu-me o “Euromilhões”, por duas vezes e no mesmo local. Uma da parte da manhã e outra da parte da tarde. Eu passo a explicar: na parte da manhã de sexta feira, já perto do meio dia, venho a descer a R. 1º de Maio, de carro, no sentido poente –nascente, quando junto à Caixa Geral de Depósitos vejo passar à minha frente um jipe que apressadamente descia a R. Machado dos Santos ignorando pura e simplesmente o sinal de STOP que ali se encontra. Penso que se eu fosse apenas cinco segundos mais adiantado nada me livraria de ser abalroado de maneira brutal, porque também não tenho dúvidas que o referido jipe circulava a mais de 50Km/hora. “Amandei-lhe” um buzinão e vi que junto do posto da GNR ainda o condutor infractor ia a fazer um gesto que eu interpretei como indicativo de eu ser maluco. Pois da parte da tarde, precisamente no mesmo local, uma carrinha branca fez o mesmo “espectáculo” com a única diferença de me parecer que esta ia a velocidade mais moderada que o jipe e o condutor não reagiu mal ao meu buzinão. Embora não acreditando em bruxas, mas no pressuposto de que não há duas sem três, durante o resto do dia de sexta feira evitei conduzir na R. 1º de Maio e muito menos no cruzamento com a Machado dos Santos. A verdade é que já ali aconteceram vários acidentes. Estou-me a lembrar que um dos últimos foi com o Sequeira. Não haverá nada que chame a atenção – além, claro, do sinal STOP que está lá bem escarrapachado!- a estes condutores de “fim de semana” que têm que ali parar? Talvez a colocação de uma banda sonora que obrigasse à paragem de quem desce a Machado dos Santos, fosse suficiente. Não sei. Aqui fica o alerta na certeza de que a mim de pouco ou nada me valia ter razão, depois de ficar com a carrinha esfarrapada e certamente com mazelas graves no corpo. O facto de me ter salvo destas situações é a razão que me leva a dizer que me saiu o “Euromilhões” duas vezes.

À parte: parabéns ao Sporting que apesar de só ter acertado três números enquanto o Benfica apenas acertou uma estrela, levou o prémio dos três pontos no “Euromilhôes” da segunda circular.
E bem que o Sporting podia ter acertado os cinco números, apesar do prémio ser o mesmo...

EM CIMA DA HORA:

São dez horas e quase dez minutos minutos da manhã e caem pequeninos flocos de neve em Avis. Por certo que não vão dar para branquear o solo, mas deixam-me antever uma Serra de S. Mamede com muita neve.
Vou esperar para ver o que se passa por cá.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

AINDA REFLEXOS DAS PRESIDENCIAIS

Para testar o estado físico do candidato Mário Soares aquando das últimas eleições presidenciais, este respondeu em junta médica que estava em forma e pediu, para o provar , que lhe trouxessem duas brasileiras. Um dos médicos presentes saiu da sala e trouxe-lhe...duas canadianas(!)

domingo, 22 de janeiro de 2006

SOMOS UM PAÍS DE CINZENTÕES!

Como bom Português, ontem foi um dia que dediquei à reflexão. Logo pela manhã reflecti sobre a vida e a morte. Sobre os mistérios de uma e de outra. Rumei ao cemitério e fui depositar um cravo no mausoléu do meu amigo e colega Tó Quim, que se fosse vivo completaria ontem 48 anos. Não sei se ele apreciaria o cravo, até penso que nem por isso, mas tinha apenas duas flores no meu quintal e eram dois cravos: levei-lhe um e fiquei com o outro. Senti ali no cemitério aquela paz que só nos cemitérios se sente. O silêncio apenas era interrompido pelo pouco barulho do aparentemente fraco mercado mensal.
Depois regressei a casa. Pelo caminho ouvi meia dúzia de pessoas queixarem-se das dores, mais da carestia de vida, mais do facto dos ciganos já “nascerem” reformados e que isso se devia a, imagine-se, Sá Carneiro! Outro queixava-se que o desemprego da filha o obrigava a ajudá-la, embora a sua reforma mal desse para ele. Fiquei perplexo e entrei no meu quintal. Os meus canários soltavam estridentes cânticos à mãe natureza que os prendava com um lindo dia de sol. Tinham comida e água que mais precisavam? Liberdade? Mas se os pusesse em liberdade iriam morrer à fome porque nunca ninguém os ensinou a procurar comida ou a precaverem-se dos gatos. Do que ouvira lá fóra fazia agora o meu juízo: todos tinham liberdade mas alguns não tinha comida. Só água e pouca! O que fazer para inverter essa situação? Hoje é dia de votos. Para se chegar a este dia constou-me que se gastaram 10 milhões de euros. 10 milhões! Para quê? O que foi que cada um de nós aprendeu com esta campanha, que ainda não soubesse? Em qual campanha, fosse ela para que cargo fosse, nunca ninguém prometeu coisas que desde logo sabemos, assim como quem promete, serem impossíveis de cumprir? Confesso, não aprendi nada. Amanhã vou votar, cumprindo uma obrigação cívica e um direito de cidadania que me assiste. Vou votar em quem sempre pensei votar. Para mim não era preciso ter havido campanha. Os tais 10 milhões poderiam ter servido para tanta coisa necessária... Talvez fosse uma ajuda para nos tirar da cauda da Europa; talvez fosse um empurrãozito para esbater o nosso pessimismo, consubstanciado num futuro sem futuro. Somos um país de “cinzentões” e eu sou um “cinzentão”.
Irei votar, em convicção mas sem convicção
de que algo mude, tudo continuará na mesma, a lamúria lusa continuará e eu continuarei a engrossar o enorme número de "cinzentões”, até que cheguem as próximas eleições com um chorrilho de promessas, com o seu dia de reflexão, e com o seu dia “after” e com uma mudança anunciada mas não cumprida!
Sou um cinzentão desencantado.
Só os meus canários me alegram...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

A FRASE DO DIA

- O País precisa da força da Democracia - Francisco Louçã

A FRASE DO DIA 17

- Não tenho dinheiro para alugar camionetas - Manuel Alegre referindo-se a "certos e enormes" comícios...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

A FRASE DO DIA

- Estamos a regressar ao 24 de Abril - Jerónimo de Sousa, referindo-se à necessidade de emigrar devido à falta de emprego.

domingo, 15 de janeiro de 2006

"DO CASTELO" VI UM "VELHO DO RESTELO"

Na semana passada, numa noite de luar gélido e límpido de Janeiro, estava eu a descansar numa ameia “DO CASTELO”, quando visionei sentado um pouco mais à frente noutra ameia, um ancião de longas barbas e semblante carregado. Por não o conhecer por estas bandas perguntei-lhe quem era e o que o desgostava assim tanto para estar tão sorumbático. Eis a resposta que obtive:
- Eu sou um “Velho do Restelo”, daqueles que custam a perceber o porquê de certas coisas que dia a dia se cruzam no nosso caminho. Ouve-me com atenção e não me interrompas. Fico perplexo quando um Governo de um país onde dois milhões de pessoas vivem abaixo do limiar da pobreza tem o arrojo de ir construir um novo aeroporto onde vai “enterrar” literalmente milhões e milhões de contos...desculpa, ainda não me habituei a esta modernice do euro... Não concordo com isso como é lógico. Repara lá, meu filho, eu que já vi tantas coisas, tantos avanços técnicos, desde o tempo em que o Infante D. Henrique iniciou as descobertas, porque é que daqui a dez ou quinze anos os aviões não poderão descolar e aterrar na vertical, assim como os helicópteros? E se tal acontecer para quê um aeroporto novo? Outro esbanjamento de dinheiro mal gasto vai ser essa coisa do TGV. Mas para quê essas velocidades loucas? Vocês aqui no Alentejo, desculpa-me a brincadeira, mas se se descuidam já ele tem passado pelo Caia e ainda vocês estão a olhar para Lisboa à espera que ele de lá parta...Desculpa lá a gracinha.
- Mas o Sr. “Velho do Restelo” acha que os descobrimentos de nada serviram para nós? Tudo foi em vão?
- Disse-te para não me interromperes. Lembra-te dos Descobrimentos mas lembra-te de quantas vidas por lá ficaram. Ah! E não te esqueças de acrescentar as vítimas do Ultramar, alguns até teus amigos aqui de Avis e outros teus familiares. Olha, meu filho chega aqui mais para junto da Torre da Rainha. Vês ali aquelas obras na antiga Escola Primária? Então pensa lá um bocadinho comigo: a Escola 2,3 mestre de Avis não tem condições para albergar os alunos que a frequentam – deficientes instalações, falta de material didáctico e no entanto estão lá os alunos todos da Freguesia de Avis. Ora se este dinheiro gasto na remodelação da “Primária” fosse empregue na melhoria da 2,3 Mestre de Avis, se calhar ficava a ganhar toda uma comunidade escolar e com condições muito melhores para todos. A integração dos mais pequenos seria feita mais cedo no seio da Escola Mãe e com qualidade bastante.
- Mas ó Sr. “Velho do Restelo”......Olhei mas já não vi nada e fiquei a pensar naquelas palavras de alguém que eu agora já não sabia se eram reais se tinham sido fruto da minha imaginação.
Mas uma coisa é certa: deixou-me a pensar sózinho e quem sabe eu dia por lá encontrarei um qualquer D. Sebastião!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

SABE O QUE É E PARA QUE SERVE A CPCJ DE AVIS?

A CPCJ de Avis, é a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Avis.
Ultimamente têm vindo a lume notícias menos abonatórias em relação a CPCJ de outras localidades. Daí a reflexão que achei por bem fazer sobre esta matéria.
Para quem não sabe devo começar por informar que a CPCJ de Avis é composta por pessoas que nada auferem pelo desempenho dessa missão. A sua função é "promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento”. A competência de uma CPCJ exerce-se na área do município onde tem a sua sede. Como população alvo estão todas as crianças e jovens em perigo, sendo de salientar que se considera criança ou jovem a pessoa com menos de 18 anos ou a pessoa com menos de 21 anos que solicite a continuação da intervenção iniciada antes de atingir os 18 anos. Quanto à sua constituição pouco para aqui interessa, parecendo-me mais relevante desde logo sublinhar a dificuldade que estas comissões têm no “terreno” onde vão actuar. Não é fácil tratar com famílias que maltratam crianças ou jovens. Por vezes a violência é a resposta encontrada por parte de quem tenta solucionar estes problemas. A intervenção deverá efectuar-se tão precocemente quanto possível, sendo-o de imediato quando qualquer caso fôr detectado.
A nós todos cabe-nos uma responsabilidade acrescida na denúncia de situações anómalas. E a palavra “denúncia” não tem aqui qualquer sentido negativo, antes pelo contrário o seu significado é altamente positivo: denunciar atempadamente uma situação de maus tratos a crianças e jovens é desde logo estar a contribuir para uma melhor resolução de um problema que tratado mais tarde poderá ser de muito mais difícil resolução, se não mesmo insolúvel.
Para terminar deixo aqui os contactos da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Avis:

Câmara Municipal de Avis
Apartado 25
7480-999 Avis
Telef.: 242 412 207/ fax 242 410 209

Mail: cpcjavis@cm-avis.pt

Não exite : se tiver conhecimento ou desconfiar de alguma situação anómala, informe a CPCJ de Avis.
As primeiras pessoas a agradecer-lhe serão certamente as crianças e jovens em risco!

domingo, 8 de janeiro de 2006

ESTOU ENCAVACADO!

Começou hoje a campanha eleitoral para a Presidência da República.
A minha Pré-Candidata à Presidência da República não passou disso mesmo, de pré-candidata. O processo de candidatura não foi aceite e Manuela Magno ficou-se pelas intenções. Já aqui expliquei as razões que me levaram a apoiar explicitamente esta senhora: o desencanto dos políticos sejam eles profissionais ou semi-profissionais e a esperança em algo de diferente que a Senhora Doutora pudesse trazer. É que parafraseando um meu amigo “são sempre os mesmos”. Quantas vezes é que o Garcia Pereira já tentou a sua sorte? E o Louçã, e o Soares? O “Manel” mais o Cavaco são novos nestas andanças mas são conhecidos de outras. E agora em quem vou votar? Se calhar em quem disser menos mal dos adversários. Sempre fui assim: desconfio de quem só sabe apontar os defeitos dos outros, preocupando-se menos em apontar as suas virtudes. Quem sabe se por tais serem escassas...
Tenho a convicção de que tudo se irá resolver à primeira volta o que, a acontecer, pelo menos irá poupar uma “pipa de massa” ao erário público. Com a esquerda tão fraccionada, o mais certo é o Cavaco ganhar sem grandes dificuldades, logo à primeira.
Concluindo: estou eu, e vocês, enCAVACadOs!

sábado, 7 de janeiro de 2006

RECONHECIMENTO PÚBLICO!

Já uma vez afirmei aqui “DO CASTELO” que o que me dá mais gozo é poder dar os parabéns a alguém. E como primeira crónica deste ano de 2006, sinto imenso orgulho em endereçar os parabéns a quatro senhoras que constituem a equipa da ADI. Para quem não sabe, as iniciais ADI significam Apoio Domiciliário Integrado e é um serviço assegurado pelas Santas Casas das Misericórdias. No caso presente, e como é óbvio, refiro-me à ADI de Avis e as minhas felicitações vão direitinhas para as Donas ANA, GRACIOSA, LEOPOLDINA e ROSA, pela forma empenhada e competente como desempenham o seu trabalho, dignificando não só o seu nome como o da Instituição que lhe assegura o salário mensal.
Bem hajam e continuem a demonstrar que ainda é possível cumprir com dignidade a profissão que cada um tem de desempenhar!