terça-feira, 31 de julho de 2007

PEDRAS PRECIOSAS


Numa Conferência, um especialista em Gestão do Tempo colocou em cima da mesa um frasco grande de boca larga junto a uma bandeja com pedras.
Começou a meter pedras lá dentro até que encheu o frasco. Depois perguntou:
- Está cheio?
Toda a gente assentiu. Então, ele tirou debaixo da mesa um saco com gravilha. Meteu parte da gravilha dentro do frasco e agitou-o. As pedrinhas penetraram pelos espaços que deixavam as pedras grandes. O especialista repetiu:
- Está cheio?
Desta vez, os assistentes duvidaram: talvez não.
-Muito bem!
E pousou na mesa um saco com areia que começou a despejar no frasco. A areia infiltrava-se nos pequenos buracos deixados pelas pedras e pela gravilha. “Está cheio?”, perguntou de novo. “Não!”, exclamaram os assistentes.
Pegou num jarro de água, que começou a verter para dentro do frasco. O frasco absorvia a água sem transbordar.
- Bom, o que é que acabámos de demonstrar? – perguntou.
- Que não importa quão cheia está a nossa agenda, se quisermos, sempre conseguiremos fazer que nela caibam mais coisas – respondeu alguém.
Não! – concluiu o especialista – O que esta lição nos ensina é que, se não colocamos as pedras grandes primeiro, nunca poderemos colocá-las depois.
Quais são as grandes pedras nas nossas vidas? Os nossos filhos, a pessoa amada, os amigos, os nossos sonhos, a nossa saúde.
Ponham-nos sempre primeiro. O resto encontrará o seu lugar!
(- Ouvido num workshop da Associação para a Cooperação Entre os Povos, Lisboa)

sexta-feira, 27 de julho de 2007

"PROIBIDO" ( ONTEM...E HOJE?)

TÍTULO : TRÊS EM UM!

Acabo de assistir, há menos de uma hora, a uma reportagem na SIC a que deram o nome de "ERA PROIBIDO”. Baseada num livro escrito e agora lançado por António Costa Santos, intitulado “PROIBIDO”, retrata uma série de proibições antes de 25 de Abril de 1974. Já ontem ( 26/7) a reportagem tinha sido emitida à noite, mas só hoje assisti à sua reprodução completa. Por curiosidade e porque vivi algumas das situações ali retratadas vou tentar comprar o livro e talvez que ainda aqui faça menção a algumas dessas proibições do “tempo da outra senhora”.
Entretanto, e até lá, deixo-vos esta fotografia que, por mera coincidência, obtive precisamente ontem num “monte” muito próximo dos limites do concelho de Avis e cujas proibições garanto que não estavam lá à data dos factos relatados em "Proibido"...
Quando e quem se atreverá a escrever as proibições actuais?

quinta-feira, 26 de julho de 2007

DIÁLOGOS (IM)POSSÍVEIS "DO CASTELO"

A PLACA


Ia eu a subir pelo Arco da Torre da Rainha quando ouvi:
- Psst! Psst! Senhor da máquina…
Olhei em redor e não vi ninguém.
- Sou eu, esta placa “altalhona” que aqui está ao pé destas pequenas…
Fiquei admirado mas aproximei-me.
- Desculpe mas eu gostava de falar consigo um bocadinho…
- Tá bem, mas despacha-te que o sol bate aqui de chapa e está um calor do caraças…
- Eu sei senhor, eu sei, que o apanho aqui todos os dias…
- Mas afinal o que é que tu queres?
- Ó senhor, eu estou muito triste. Já viu que me puseram aqui duas placas novas, todas bonitas e para mim, que é suposto ser um sinal de trânsito ninguém repara em mim com olhos de ver? Já viu que eu não me pareço com coisa nenhuma? Sei lá…se calhar pareço para aí uma boca a que falta um dente ou outra coisa qualquer incompleta. Em tempos tive duas setas: uma azul (seria? já não me lembro) do lado direito que indicava que quem sobe tem prioridade e outra de uma cor preta/acastanhada do lado esquerda. Há anos que me caiu o dente, quer dizer, que me saltou a seta azul e agora para aqui estou inesteticamente tentando cumprir uma obrigação que faço mal – sou deficiente. Mais um(a) neste Portugal a cair aos bocados…
- Olha lá, não estarás a exagerar? Eu, que me lembre, sempre te conheci assim.
- Tenho tantos anos que já não sei há quanto tempo aqui estou, mas se calhar já aqui estou desde os tempos do Ti Tonho. E não acredito que eles me iam colocar aqui já defeituosa.
- Lá isso…
- E repare: a minha mana que está do lado de cima do arco, no Largo do Convento, apesar de ser minha irmã, tem as duas setas e é redonda. Porque é que eu hei-de ser diferente?
- Ó pá não te chateies com isso. Há coisas muito mais importantes para resolver.
- Isso diz você que não tem coração. Eu a precisar de ajuda, e nada…
- Tá bem, talvez eu vá tentar encontrar uma lata de tinta azul para te pintar todo o fundo; uma de tinta branca e pintar-te a seta que te falta do lado direito no sentido ascendente e pintar a outra seta de vermelho no sentido descendente. Ficas contente?
- Fico senhor. Olhe, tire-me um retrato para eu depois ver como era e como vou ficar. E para lhe pagar esse seu favor quero dizer-lhe que já pode passar ali para os lados da Cerca do Convento de carro. Vá lá ver que dizem que está bonito. À volta para cá conte-me.
…….///….

- Olha placa, já fui ver a cerca. Fui por aí fora no carrinho e sabes o que me aconteceu? Mesmo ao fim das obras, lá na Porta do Postigo é que estava uma placa a dizer que era proibido passar. Estás a ver, fiquei entalado! Aproveitei para visitar uma pessoa que mora ali para os lados da Rua das Videiras, deixei o pópó e fui a pé. Depois fiz inversão de marcha e quando cheguei junto ao Bar do Convento (passe a publicidade), o caminho estava barrado com uma trave assente em duas pedras. Estava entalado de novo. Lá tive que, a grande custo desviar a pesada trave, mais o contentor do lixo, passar e depois colocar a trave e o contentor no mesmo sítio. Ora se ali estivesse uma placa igual à que se encontra no final das obras eu não teria avançado e era tudo muito mais fácil para mim que até tenho uma hérnia discal.
- Talvez que agora o senhor já dê a devida atenção às placas…
- Tá bem, amiga, mas apesar disso gostei do que vi. O espaço está agradável e começa a ficar bonito à vista. Olha faz-me um favor: hás-de tentar saber se as árvores que colocaram na cerca, com a finalidade de fazer sombra, são primas das que estão no estacionamento automóvel do Largo Sérgio de Castro, que de sombra não têm nada…
- Sim senhor, mas só se você me trouxer a tinta branca, a vermelha e a azul…lembra-se da nossa conversa desta manhã?
- Chantagista!








domingo, 22 de julho de 2007

COLECCIONADORES OCASIONAIS

Tenho um amigo que mora lá para os arrabaldes de Avis, embora não resida na rua dos ditos. Há dias mostrou-me, orgulhoso, uma pequena colecção de moedas antigas (algumas anteriores à monarquia) que ao longo dos anos tem encontrado no seu quintal quando o vai cavando para fazer as sementeiras. Algumas são mesmo muito antigas e encontram-se, digo eu, que pouco percebo de numismática, em muito bom estado de conservação. Disse-me que um vizinho seu tinha encontrado há pouco tempo duas também bastante antigas no quintal, mas que estavam muito gastas e que as tinha dado a um amigo.
É de supor que quem tem quintais agricolamente trabalhados dentro do perímetro urbano da vila e mais ainda junto ou dentro das muralhas, que alguma vez tenha achado uma ou outra moeda e seria deveras interessante poderem-se reunir esses “coleccionadores ocasionais” em local público para se apreciarem as moedas que possuem.
Salvaguardando obviamente os seus pequenos tesouros tendo ainda que haver muito cuidado não fosse o nosso Engenheiro “indiplomado” saber e querer logo que o seu ministro das Finanças aplicasse um imposto aos detentores destas pequenas fortunas…
Haverá alguém que queira pegar nesta ideia?...

terça-feira, 17 de julho de 2007

PAGAR PARA APRENDER!


A crise toca a todos (ou quase...), mas por vezes fá-lo de uma forma mais marcante. Comigo aconteceu o mês passado. Tive necessidade de ultrapassar o limite que o banco me permite utilizar (conta-ordenado) por razões de ordem vária. Aconteceu. Foram-me debitados juros devedores o que são perfeitamente lógicos: se eu utilizei dinheiro que não era meu, é claro que teria que pagar juros por isso. Portanto até aqui não aprendi nada.
Costumo conferir os movimentos da conta e deparei com um débito de 16,50€ encabeçados pela descrição “ COM. 02 CRED. N”. Dirigi-me à Instituição bancária onde tenho a conta domiciliada e explicara-me que aquele pagamento se deve ao facto de ter utilizado a conta por duas vezes, para além do permitido. Isto é, por cada utilização efectuada para além do “plafond”, cobram a módica quantia de 8,25€ (mais imposto de selo), muito superior aos juros devedores.
Confesso que não sabia e a razão de trazer à praça pública esta situação é no sentido de o alertar a si, que descura estes pormenores, de que tal acontece.
E para não lhe acontecer como me aconteceu a mim que foi preciso pagar para aprender…

quarta-feira, 11 de julho de 2007


UM INFERNO CHAMADO ALCÓRREGO!


Faz hoje precisamente um ano que o Alcórrego esteve cercado pelas chamas que ameaçaram casas e campos em redor. Certamente que as memórias das gentes de Alcórrego não vão esquecer este dia de autêntico Inferno que viveram.
Junto quatro fotografias obtidas por alguém que viveu o drama por dentro e não esquece o som "tenebroso" do rapidíssimo avanço das chamas em direcção à aldeia causado por um forte vento irrespirável, do estalar das canas a arderem no ribeiro situado à direita de quem entra na localidade vindo de Avis, nem dos gritos de aflição de quantos viram os seus bens a arder ou em perigo de tal.








domingo, 8 de julho de 2007


LIBERDADE DE ESCOLHA CADA VEZ MAIS CONDICIONADA



Fui a uma consulta médica a Lisboa. De Especialidade como se depreende, pois caso contrário não seria necessário ir tão longe. O médico foi-me recomendado por pessoa amiga, a consulta não demorou muito tempo a ser marcada – particular, óbvio – e tudo decorreu normalmente até à altura em que o Sr. Dr. me disse que eu precisava de fazer umas análises clínicas. E mais, que “gostava” que as mesmas fossem feitas no Laboratório X situado na Avenida Y em Lisboa. Logo, não liguei, parece que não me apercebi bem, mas pelo caminho vim a matutar: então se eu em Avis tenho dois laboratórios que fazem análises, se um deles até é certificado, por que cargas de água hei-de ir fazer análises a Lisboa?
Não conheço o médico pessoalmente pelo que não posso afirmar nem negar que algo de particular e pessoal o move a aconselhar a que as análises sejam feitas no laboratório X. Mas lá que acho estranho, acho.
Vivemos numa liberdade cada vez mais condicionada. Eu arrisco-me a levar um raspanete mas vou fazer cá as análises no tal laboratório certificado e… seja o que Deus quiser!