sábado, 31 de dezembro de 2005

ATÉ P'RÓ ANO E... DESENRASQUEM-SE!

Termina hoje mais um ano. E termina hoje mais um período de frases feitas do género: Bom Natal para si e sua família e, hoje mais que ontem, se já não nos virmos, uma boa passagem de ano e bom ano novo, é o que eu lhe desejo.
Devo confessar que nunca fui muito neste tipo de palavreado e muito menos em relação a essa de desejar um melhor Ano para o que vem. Mas será possível, na actual conjuntura ou em conjunturas anteriores, eu ter um melhor ano? A situação económica vai desagravar e eu posso gerir melhor a minha vida, economicamente falando? É mentira. Não vou. Para o ano vou rejuvenescer e as minhas atrozes vão ser só recordações? É mentira, não vai ser assim. Vou estar menos preocupado com o modo como os políticos governam mal este meu país, por o passarem a fazer melhor? É mentira. Não vão. Vou seguir o rifão de que “ano novo, vida nova”?. É mentira, amanhã, ano novo, será tudo igual a hoje , ano velho. O mundo continuará a ser assaltado por uma onda de ódio transformada em morte e miséria; continuará a morrer gente inocente, incluindo muitas crianças, em guerras injustas e onde os principais responsáveis sairão sempre a salvo; a natureza irá impor a sua disciplina com novos tremores de terra, cheias, secas, devastação.
No próximo ano irá morrer, não sei quem. Mas por certo gente que eu muito amo e respeito. Tudo se repetirá. Tudo, tal como há um ano atrás. Tudo, menos uma coisa: é que eu neste ano já não vou desejar Bom Ano para ninguém. Quem quiser ser mais feliz, que seja, mas não em atenção a ser ano novo.
Desenrasquem-se!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

QUE É FEITO DO GRUPO DE CANTARES DA ASRPICA?

Que aconteceu ao Grupo de Cantares da Associação de Reformados Pensionistas e Idosos do Concelho de Avis? Assisti a várias actuações deste grupo e penso que para além de ser um modo de entretenimento das pessoas mais idosas, representava uma mais valia para o nosso concelho. Ultimamente não tenho tido conhecimento de actuações e soaram-me uns “zunz-zuns” de que algo de meio complicado por lá se passa, mas estou em crer que não será nada que não possa ser ultrapassado. Certamente que dentro de pouco tempo podermos deliciar-nos de novo com as vozes do grupo e seus instrumentistas, de que realço, a título de exemplo, o modo exemplar como o Gaiato toca as suas castanholas.
Um Grupo de cantadores tem que ser um grupo e não poderá jamais ser um cantador ou um casal de cantadores...
Força, que o Grupo da ASRPICA faz-nos falta !

sábado, 24 de dezembro de 2005

DEIXEM-ME SONHAR E SEJAM FELIZES!

A noite caiu sobre Avis com um frio que, em meu entender, não é muito agreste. Digamos que estando frio não o está tanto de molde a podermos dizer que está frio de Natal. Das chaminés vai saindo o fumo sinalizador de que algumas famílias já se encontram reunidas para a noite da consoada.
Mas deixem-me recuar no tempo. Tirem-me cinquenta anos e devolvam-me os pinheiros que revestiam as serras da freguesia de S. Julião em Portalegre e que os incêndios de 2003 destruíram. Restituam-me a minha mãe e deixem-me sonhar um pouco....
...o ano é o de 1957, ali mesmo na segunda metade do século passado. O lume, tal como os de hoje em Avis, faz fumo que sobe lentamente pelas chaminés, mas o cheiro que anda no ar é o de lenha de esteva acendida com giestas secas. O lume de 1957 tinha outro cheiro...e a consoada também. O bacalhau era menos mas certamente mais saboroso. A esta hora já as filhoses tinham sido amassadas e “tendidas” pelas mãos habilidosas da minha saudosa mãe. Sobre a trempe, a sertã fumegava com intensidade, sinal evidente que o azeite – não havia óleo nessa altura- estava quente. O meu pai ajudava no que podia e, apesar de perceber pouco do assunto, atrevia-se a comentar:
- A massa ficou muito grossa...
- É para se mastigar melhor..., argumentava a minha mãe, como
que desculpando-se por algo que não tinha corrido bem.
O serão não era muito grande pois que o Menino Jesus tinha que distribuir as prendas por todas as casas antes da meia-noite. Quando o azeite por vezes “espirrava” por qualquer motivo menos conhecido, diziam os mais velhos que era o Menino Jesus que estava a fazer chi-chi lá da chaminé. Esta tinha sido devidamente vasculhada, por mor do Menino não se sujar quando a descesse. Não havia árvore de Natal. O sapatinho, quantas vezes roto, era posto ali bem junto às brasas, pois era certo e sabido que o Menino, quando por ali passasse se iria aquecer um pouco. A noite era mal dormida. Bem cedo lá me levantava eu na esperança de que algo mudasse em termos de prendas. Mas invariavelmente elas eram sempre as mesmas: uma tablete de chocolate espanhola ( ou a fronteira não estivesse ali tão perto!), um lencinho de mão e um brinquedo confeccionado pelo meu pai. Talvez uma roda de arame com um guiador do mesmo material. E com que sofreguidão, meu Deus, eu me dirigia para a chaminé mal o dia 25 rompia: Mãe, gritava, o Menino Jesus já cá passou! E era sempre só a 25 de manhã que as prendas se abriam. E esse hábito ainda hoje se mantém em minha casa. Como eram bons esses tempos em que não havia “modas” para árvores de natal nem Pai Natal, mas havia o carinho de uns pais que delegavam noutro menino, o Jesus, a incumbência de distribuir as prendas.
Mas o sonho tem que terminar. Mãe, lá onde estiveres recebe o agradecimento de tudo aquilo que me deste e de tudo aquilo que querias e já não tiveste tempo de me dar. Estarás sempre no meu coração e não haverá Natal nenhum em que tu não estejas presente.

QUANTO A VÓS QUE ME IDES LENDO (obrigado por me terem dedicado esse vosso tempo) “DO CASTELO” ENVIA DESEJOS DE UMA SANTA E FELIZ NOITE DE NATAL, EM COMPANHIA DE QUEM MAIS DESEJAREM!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

POR ESTES DIAS...

Assisti ao último debate televisivo entre os prováveis finalistas à conquista da Presidência da República e vi como um candidato se esforçou por denegrir a imagem do outro candidato, continuando a chamar a atenção para os pontos negativos do adversário sem apontar os seus próprios pontos positivos. É no mínimo de uma deselegância sem limites tratar o opositor por “ele”... Com o devido respeito, ou eu me engano muito ou o Dr. Mário Soares está a postar no "cavalo" errado...

Apercebi-me como é difícil comprar no comércio tradicional local, quando o nosso comércio tradicional local cobra pelos mesmos artigos quase o dobro do que cobra o comércio tradicional local de Ponte de Sôr...E não estou a falar do comércio tradicional local chinês....

Vi como o Benfica
, com braços do Luisão ou sem braços do Nuno Gomes lá se foi sorrateiramente abeirando do 2º lugar da classificação geral. Já temos campeão de Inverno, mas o que conta é o campeão da Primavera...

Chamaram-me a atenção para o facto de que o nome das ruas e respectiva colocação de placas não foi de iniciativa da Junta de Freguesia mas sim da Câmara. Ao fim e ao cabo o que interessa é que estão devidamente identificadas. Há dias tive dificuldade em explicar a uma visita que tive, qual a contribuição directa do Dr. Francisco Salgado Zenha para o desenvolvimento da vila de Avis. Pensava ele, que dada a localização da Rua, tinha inaugurado o Centro de Saúde. Mas isso são contas de outro rosário.

Hoje mesmo tive conhecimento que a candidata por mim apoiada para a Presidência da República conseguiu angariar o número de votos suficientes para se candidatar. O descrédito em políticos profissionais ou semi-profissionais, levaram-me a apoiar explicitamente a Srª Drª MANUELA MAGNO, professora na Universidade de Évora.
Claro que não é para ganhar mas o exercício de cidadania é um direito que diz respeito a todos nós e há que exercê-lo...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

FRANCISCO ALEXANDRE EXPÕE EM ALTER DO CHÃO!

Francisco Alexandre inaugurou hoje uma exposição de escultura em Alter do Chão, ultrapassando assim a sua fama as raias do nosso concelho. Avisense por adopção, este genial artista continua a ser um desconhecido por parte dos responsáveis pela Cultura da sua terra natal, Ponte de Sôr.

A exposição de Alter está muito bem concebida e poderá ser visitada até dia 31 de Janeiro no anfiteatro de acesso ao auditório daquela localidade.

Parabéns amigo e não pares, olha que mal a gente se descuida e já é tempo de Feira Franca outra vez!!!!!

Nota de rodapé: passei hoje à noite pelas aldeias de Figueira e Barros e Ervedal e há por lá iluminações de Natal. Talvez que as da nossa vila estejam a caminho. A estrela da Figueira até é muito parecida com a nossa...

O HOMEM ANDA CHEIO DE MEDO!

O candidato Mário Soares anda cheio de medo. Cheio de medo da direita, cheio de medo dos candidatos da Esquerda, cheio de medo do candidato Cavaco Silva. E vai daí, em vez de pedir para votarem nele por aquilo que ele - Mário Soares- se compromete a fazer, entretem-se a dizer mal, preferencialmente, do Anibal ( não, não é do pai do Manel, é do outro) e a achar que os restantes candidatos devem desistir em seu favor. Então porque não desiste ele em favor de um outro candidato da Esquerda? Mas afinal, ó Sr. Dr. Mário Soares, se o senhor não me diz o que vai fazer, como poderei votar em si?
Ou será que já está desesperadamente convicto de que vai perder e logo à primeira volta?
Cá por mim, vou nessa!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

2 - NOVIDADES -2

Abriu hoje ao público a AUTO-MARTINS, ( a tal que já havia sido referenciada aqui “DO CASTELO”) – 1ª novidade. Para substituir pneus, escapes e outros biscates de mecânica, não exite, dirija-se à R. António Alberto Ferreira Franco em Avis –( 2ª novidade) e ali será devidamente atendido. Oportunamente será distribuída a publicidade referente a este novo espaço, que segundo penso saber foi subsidiado pelo Centro de Emprego.Parabéns ao proprietário da Auto-Martins a quem “DO CASTELO” endereça os desejos dos maiores êxitos, e parabéns à Junta de Freguesia de Avis que já colocou as placas identificativas das ruas do Bairro situado nas imediações do Centro de Saúde e do Cemitério. Já era do domínio público os nomes que as mesmas iriam ter,( sem novidade), daí não adiantar mais qualquer comentário sobre esse assunto. Mas, já agora:
Sr. Presidente da Junta, aproveite a embalagem e coloque identificação nas ruas que, embora “baptizadas”, ainda não têm cédula pessoal visível....

NEM TUDO O QUE PARECE ...É!

Como nota introdutória quero relembrar que fez precisamente ontem oito dias que na Fundação Arquivo Paes Teles, em Ervedal,foi lançado o livro de Poesia intitulado “SENTIRES” da autoria da escritora Ervedalense Maria Albertina Dordio. Devo dizer que conheço a Professora Maria Albertina há ainda relativamente pouco tempo mas o necessário para compreender que existe nela uma Senhora com S muito grande. A sua generosidade manifestou-se mais uma vez, expressando que o produto da venda dos livros efectuados aquando do lançamento do mesmo revertesse a favor da Escola de Ervedal, nomeadamente para a aquisição de material escolar para as crianças mais desfavorecidas. Feita esta introdução prévia, passo a explicar a razão da minha conversa de hoje.
Como parte final da cerimónia houve a actuação do “GRUPO DE CANTARES DO ERVEDAL”, que foi para mim uma agradável surpresa. Aproveitei a ocasião para dar os parabéns ao Grupo na pessoa da “ensaiadora” bem como ao Sr. Presidente da Junta, com votos de que tal projecto não seja abandonado. Sou um “cota”, no dizer da minha afilhada, e daí gostar de ouvir música popular portuguesa. O grupo coral começou a actuação com 14 elementos adultos, sendo que 13 eram do sexo feminino e um do sexo masculino. Depois juntaram-se cinco crianças para cantar canções de Natal. Mas, o que despertou a minha curiosidade foi o facto das treze mulheres cantarem auxiliadas por uma cábula existente na pasta das canções, enquanto o cavalheiro cantava sem ser preciso tal muleta. O meu “machismo” veio ao de cima: valente homem, faz ver àquelas mulheres todas que não precisa de ler, pois sabe tudo de cor. Findo o espectáculo dirigi-me ao senhor, perguntei-lhe o nome e disse-me que se chamava Freixo ( esqueci-me do nome próprio) e dei-lhe os parabéns por actuar de maneira tão solta, sem ser preciso “muletas”. Surpresa das surpresas! A sorrir, disse-me:
- Sabe uma coisa? É que eu não sei ler e por isso ter pasta ou não ter é a mesma coisa...
Fiquei “banzado” com o caricato da situação, mas nem por isso deixei de admirar a coragem daquele “cantor” que apesar da sua proveta idade acompanha, e de que maneira!, o resto do Grupo e dei-lhe um abraço. Para todos, os renovados e repisados parabéns, mas ao Sr. Freixo aquele abraço especial de consideração!
Como se pode constatar, nem tudo o que parece, é!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

O FURA GREVES!

Havia vários dias que não dormia descansado por causa da greve. Por um lado sentia a obrigação moral de fazer greve, porque, se daí alguns proventos adviessem eles seriam repartidos por todos e ele, não fazendo greve estava a beneficiar de algo porque não lutara. Por outro lado, fazer greve e logo por dois dias, era um rombo no já magro ordenado mensal. A mulher não o largava:
- Tu não sejas parvo. Vai trabalhar que os gaiatos precisam de comer! Os do Sindicato andam só em grandes almoços, não os vejo fazer nada e tu é que fazes greve?
E a sua consciência a gritar-lhe:
- Faz greve, junta-te aos teus camaradas porque é a união que faz a força. Unidos vencerão!
No dia aprazado para a greve, alta madrugada, o Zé das Máquinas ainda se debatia com este terrível dilema. Não sabia o que fazer. A mulher às sete e meia lá foi para o trabalho no campo e ele indeciso entre ficar deitado, enquanto ela ia trabalhar, ou meter-se em cima da motorizada e rumar ao seu local de trabalho.
- Zé, os gaiatos precisam de comer! ...Zé a União faz a força!...que raio de baralhação a azucrinar-lhe a cabeça e o sentido!
Porque será que há dias em que é tão difícil tomarmos uma atitude minimamente aceitável? De repente, saltou da cama, bebeu o resto do que restava do caldo de farinha frio, comeu um naco de pão com toucinho e foi trabalhar. Chegado ao serviço, assinou o livro de ponto e ficou por ali sozinho, sem fazer nada ( mas isso era o menos, pois já estava habituado). Mas sentiu-se muito mal com a sua consciência. É certo que os gaiatos tinham que comer, mas os outros camaradas de serviço tinham feito greve. E se houvesse benefícios ele usufruiria deles de igual modo. A consciência “saltou-lhe” em cima:
- Zé, porque vieste?
Ao chegar a casa a mulher sentenciou:
- Assim é que tu és um bom chefe de família, a trabalhar! Já viste: então se fôssemos os dois empregados da “Cambra” descontavam-nos quatro dias? Era quase uma semanada...
Escusado será dizer que esta noite foi passada em claro. Não queria ir trabalhar por imperativos de consciência, mas tinha que o fazer por imperativos matrimoniais. Quando a mulher se levantou para ir para o campo, o Zé das Máquinas levantou-se também, convencendo assim a sua companheira que iria trabalhar, como era desejo desta. Mas não. Havia tomado uma decisão. Hoje, segundo dia da greve não iria. Estava solidário com os camaradas! Porque não tinha quintal onde, como alguns dos outros colegas, pudesse ir semear as favas e ervilhas ou pôr cinza nos alhos que já iam a ter “bico de pardal”, e nem sequer tinha nenhum outro “furo”, o Zé juntou-se casualmente com o Manel das Açordas. Foram até ao café, contaram das suas mágoas e afogaram-nas numas cervejas. “Umas”, porque lhe perderam o conto. Ah! E comeram uns chouriços assados e mais uns bocados de entremeada. Comeram muito, e beberam muito. Ao pedir das contas, o Zé disse que não tinha dinheiro e que no fim do mês logo lá iria pagar....
A mulher do Zé nem queria acreditar. Então aquele malandro além de não ter ido trabalhar para ganhar o dia ainda esbanjara o dinheiro que tanta falta fazia lá em casa? O Zé não estava em condições de perceber nada. Estava embriagado. Ouvia a mulher ralhar e ouvia a voz da consciência a elogiar-lhe a atitude de ter feito greve e ao mesmo tempo a repreendê-lo por ter gasto o que não devia. Perdera duplamente.
Ao outro dia, ao chegar ao emprego, os colegas olharam-no de soslaio e houve mesmo um que, entre dentes, lhe disse:
- Fura greves da merda....
O Zé sentiu como que um forte murro no estômago e um tremedalho nas entranhas, só por pensar que qualquer dia, quando menos esperado, poderá haver greve outra vez e ele ficará de novo entre a espada e a parede, que é como quem diz, entre a mulher e a consciência.
A vida de um pobre é muito dura!

Nota do autor: este texto é pura ficção. Qualquer semelhança com factos ou personagens reais, é pura coincidência.

domingo, 11 de dezembro de 2005

QUE É FEITO DO ESPÍRITO DE NATAL?

Ontem à noite estava frio. Não havia vento e o frio era daquele frio que antevê uma noite de geada e se tolera se nós nos pusermos a caminhar. E foi o que eu fiz. Meti-me num velho mas quente casacão, enrolei um cachecol ao pescoço e aí fui eu dar uma volta pela vila. Era minha intenção descobrir o “espírito de Natal”, dado que estamos em plena época natalícia. A primeira descoberta que fiz foi a dum Natal artificial que passa por iluminações das mais diversas variedades, algumas até muito pouco a ver com a época. Este é o espírito do Natal consumista que leva as pessoas a tentarem ter algo que as diferencie das vizinhas pela colocação de artefactos chamativos para realidades inexistentes. Mas é claro que estamos em pleno século XXI e Jesus já nasceu há tanto tempo... E lá fui, Machado dos Santos acima, rua do Convento, Serpa Pinto, Portas de Évora, Cisternas, Arrabaldes. E foi aqui, nos Arrabaldes que apurei o meu olfacto e perante aquelas colunas de fumo que das velhinhas chaminés subiam a pique, indicadoras de um brasido que por ali aqueciam alguns pés mais frios, retirei o cachecol do nariz e absorvi o ar frio mas deliciosamente perfumado: cheirava a “filhoses”. Haja Deus por haver quem faça filhoses em casa e não se limite a comprá-las, ainda que no comércio tradicional. Lá da outra banda da vila, já próximo da Mouraria cheirava a belhoses. Fiquei satisfeito. Bem sei que o Natal não é só fazer filhoses e belhoses. Mas também é. E lá regressei a casa com os pés muito mais quentes que as orelhas. De Natal além do apontado nada mais.
A habitual Estrela da Torre da Rainha deve estar a caminho.
Antes de me deitar e aproveitando os preços mais económicos, fui dar uma voltita pelos blogues da minha eleição. Como qualquer ser mortal tenho as minhas preferência. E voltei a esbarrar com o “espírito de Natal”, melhor com a tal falta de “espírito de Natal”. Então é assim, porque a Lena (da Biblioteca) tem boa memória, faça um clique na sua “boamemória” para ver os resultados da campanha de um brinquedo para as crianças mais desfavorecidas, por ela idealizada: ofereceram prendas 8 (oito) pessoas. Quanto ao número, de ofertas passem por lá para saberem. Como é possível, um evento desta natureza, tão publicitado e só oito almas se terem lembrado que há crianças que ficariam imensamente felizes se recebessem um brinquedo por este Natal.( não esquecer que nem sequer se pediam brinquedos ou livros novos!) Porque, e isto é importante que se diga, em Avis, como em tantos outros locais do mundo, há crianças que não vão receber nada! Arriscar-me-ia a dizer que muito mais de cem pessoas sabiam desta iniciativa: Referia-o o Portal de Avis, foi referido aqui “ Do Castelo” ( obrigado D. Manuela Mendes por ter respondido via correio ao pedido da Lena, referido neste espaço) e certamente na Agenda Municipal (desculpem mas não me lembro se também lá vinha). E as pessoas que habitualmente frequentam a biblioteca ou passaram na R. da Cantina, não se aperceberam de tal?
Afinal o espírito de Natal só vai existindo ( e se calhar de um modo cada vez mais esbatido) na recordação daqueles que ainda acreditaram que quem dava as prendinhas era o Menino Jesus, que descia pelas chaminés e não o Pai Natal que agora por aí chega montado num bom carro ou numa mota de quatro rodas!

Ainda falta tanto para o Natal que vai a tempo de ser solidário com os mais desfavorecidos do nosso concelho. Terá um Natal mais feliz, acredite: você e os "outros"!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

...E FINALMENTE A ASSOCIAÇÃO DE PAIS!

O último trimestre deste ano foi farto em eleições, pelo menos a nível de Freguesia de Avis. Foram as eleições Autárquicas, foram as eleições para a Santa Casa da Misericórdia de Avis, foram as eleições para a ASRPICA( Associação de Reformados Pensionistas e Idosos do Concelho de Avis) e finalmente ontem as eleições para a Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas do Concelho de Avis, doravante denominada simplesmente Associação de Pais. Desconheço se até ao fim do ano haverá mais alguma. Regozijo-me por se ter verificado um enorme envolvimento das pessoas, querendo tomar parte activa na resolução dos problemas da sociedade em que estão inseridas. Esse direito é lhe conferido pela própria Constituição e é assumidamente um direito de cidadania. Mas a participação activa na sociedade não se pode, não de deve esgotar com o terminar da contagem dos votos. Deve continuar para lá disso e em qualquer situação em que se verifiquem eleições. Quem ganhou não se pode dar ao privilégio de tomar conta do “poder” que lhe foi conferido e quem perdeu não pode pura e simplesmente alhear-se esfregando as mãos e dizendo “ isso agora é com eles que ganharam, até fiquei mais descansado porque perdi...”
As considerações que vou fazer são de âmbito estritamente pessoal e como sempre o faço retractam única e simplesmente a minha opinião : vou então falar da Associação de Pais.
Aqui aplica-se exactamente o atrás exposto. Há muita coisa a fazer na Associação de Pais. E, dada a movimentação conseguida em torno destas eleições, penso que não se deveria agora “desligarmo-nos” todos dela (Associação) deixando que os eleitos da Lista B ( a quem endereço os meus parabéns) sejam eles a fazer tudo que, se não tiverem uma demonstração de interesse por parte de todos os envolvidos, se poderá resumir a fazer muito pouco, como aliás tem sido feito até agora. Não poucas vezes a Senhora Presidente se me queixou de que as convocatórias de reuniões, para os pais e encarregados de educação seguiam e que às ditas reuniões iam os elementos da Direcção ( ...e nem sempre todos!) e mais uma ou duas pessoas. Para ela, isso era desmotivante e compreende-se porquê. Agora que, ao contrário do que vinha sendo habitual, houve duas listas a concorrer, há que se mudar o rumo dos acontecimentos. Não compreendo, por exemplo, como é que eu, que até já cheguei a fazer parte dos Órgãos Sociais desta Associação,( o que me leva a assumir publicamente de que enquanto tal também não fiz tudo o que deveria ter feito) ontem, para votar tive que preencher uma ficha de inscrição. Há que remodelar, há que melhorar, há que aparecer quando e sempre que as Assembleias sejam convocadas sejam elas convocadas pela Direcção ou pelos Sócios. (Sócios? Eu nunca paguei qualquer quotização...)
Continuo com a firme convicção de que uma Associação de Pais, devidamente organizada, sem compadrios e que exerça a sua actividade dentro da estrita e exclusiva finalidade de defender os interesses dos alunos, tem tanta força e é tão importante em Avis, quanto o é no Porto, em Lisboa ou Faro.
Estou certo que com estas eleições e a vontade de todos, vamos ter uma nova dinâmica na Associação de Pais em Avis,
que saiba responder às necessidades de toda a família escolar de Avis, não descurando, como é óbvio, também as excursões que são sempre um salutar meio de convívio, mas que sabem a muito pouco.
Assim todos nós o queiramos! Ah! se a lista a ganhar tivesse sido a "A" o meu comentário seria exactamente igual...

(Desculpem este remate a desprepósito, que não tem nada a ver com a matéria tão séria acima tratada, mas que está com toda a actualidade: sabem qual foi a chave do sucesso da vitória do Benfica sobre o Manchester?Foi uma chave inglesa!)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

BENFICA - 2 MANCHESTER - 1

AO MEU BENFICA – VIII

O BENFICA DESFALCADO
DEPOIS DE ESTAR A PERDER,
DEU A VOLTA AO RESULTADO
ACABANDO POR VENCER!

GRITAM NO ESTÁDIO DA LUZ
CHEINHO QUE NEM UM OVO:
É AQUI QUE SE PRODUZ

A ALEGRIA DUM POVO!

domingo, 4 de dezembro de 2005

A BARRAGEM VAI-SE COMPONDO!

Paulatinamente a nossa Barragem lá vai subindo o seu nível. A chuva caída ultimamente já fez subir bastante a reserva de água, embora eu pensasse que estivesse mais cheia. Passo a explicar: ontem fui à ponte para Valongo no pressuposto de que iria ver a Ribeira de Seda transbordando e invadindo ruidosamente a Barragem. Mas não. Na realidade apercebia-se perfeitamente que a água estava a chegar mas não na quantidade que eu supunha. Marquei uma referência – uma velha casa que estava rés-vés com o limite da água na parte superior – e hoje a casa já desaparecera engolida pelas águas. Sinal mais que evidente que as coisas se estão a recompor em termos de armazenamento de água. Os campos esses já estão verdes, tornando-se assim “bonitos” para quem não gosta do Alentejo: é que quem gosta, como eu gosto do Alentejo, não aprecia apenas os verdes, mas adora até os campos quando as temperaturas ultrapassam os mais de quarenta graus do Verão.
Ah! Antes que me esqueça, dois reparos que não são mais que dois apontamentos. Vi com pena, que tinha sido colocada uma vedação, com o respectivo arame farpado na fiada superior, delimitando o acesso às figueiras junto da ponte para Valongo. Agora será muito mais difícil aos Benavilenses e não só, irem-se ali aviar de figos, com as suas rocas. Certamente que saberão contornar a situação.
Outro registo e nada mais que isso, pois de pontes e sua conservação percebo tanto como de lagares de azeite. Mas o apontamento é este: a referida ponte para Valongo apresenta ao nível do alcatrão, duas fissuras em toda a largura da mesma, uma maior à entrada no sentido Avis-Valongo e outra menor do outro lado. Neste lado de cá (Avis-Valongo) cabem à vontade dois dedos travessos na abertura transversal. Mas, como disse, que percebo eu disto? Limito-me a referir a situação sem saber no entanto se é uma situação anómala ou normal. Apenas me chamou a atenção aquele buraco ali tão à vista desarmada.

sábado, 3 de dezembro de 2005

MARÍTIMO-0 BENFICA-1

AO MEU BENFICA - VII

INVALIDARAM-LHE UM GOLO,
AO NOSSO PEDRO MANTORRAS;
COMO O RAPAZ NÃO É TOLO
“BISOU”...POR CAUSA DAS PORRAS!

NESTE JOGO TÃO A SÉRIO
DISPUTADO À MANEIRA,
BENFICA TROUXE O "MINÉRIO"
DO BAILINHO DA MADEIRA!


(Para que conste: PARABÉNS aos miúdos do Avisense que chegando a estar a perder por 5-1 frente ao Alter, acabaram por ganhar, imagine-se, por 9 a 7!)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

CARTAZES E AUTÁRQUICAS 2005 : PONTO FINAL.

Tinha razão “alguém” que no Portal de Avis ( porque terá que ser sempre “alguém” que nós não conhecemos?) aconselhava a que “DO CASTELO” adquirisse uns óculos e isto ainda a propósito dos cartazes das Autárquicas 2005. Não comprei óculos mas regraduei as lentes dos óculos que tenho e depois de dar umas voltas pela nossa vila lá descobri ainda alguns dos cartazes referidos: nas escadas de acesso ao Jardim do Mestre, lá está um “ Vota CDU”, enquanto ali bem colado à AVISOURO (passe a publicidade) lá continuam as fotografias dos candidatos do PS, tiradas ainda quando a esperança era palavra de ordem. Como é óbvio, no largo dos Correios e no Humberto Delgado continuam os deteriorados cartazes do PSD.
Fui esta semana ao Alcórrego e aí,
meus amigos, não é necessário graduar ou usar óculos: pelo que me foi dado observar, fiquei convencido que dali ainda não foi tirado nada, parecendo que estamos por lá em plena campanha eleitoral, ou muito próximo do climax das mesmas...
Repito: obrigado a “alguém” e convença-se que eu não olho só para um lado, posso é às vezes não estar atento q.b., como aliás era desejável e espero que me releve por isso.
Cumprimentos!

terça-feira, 29 de novembro de 2005

ASSOCIAÇÃO DE PAIS VAI A VOTOS!

Li há dias no Portal de Avis, que muito me apraz visitar, um comentário que de algum modo me deixou a pensar alto e sozinho. Alguém, e os comentários no Portal de Avis são feitos por “alguém” que nunca sabemos efectivamente quem é, “alguém”, dizia eu, afirmava que se pretenderia acabar com a Associação de Pais. Estou convencido que quem o disse ou o fez sem ter noção da importância que uma Associação de Pais pode ter junto da comunidade escolar ou fê-lo no pressuposto de estar já a querer criticar algum elemento que supostamente pudesse integrar a Direcção da dita Associação e que não seria do seu agrado.
A Associação de Pais tem estado há vários anos entregue sempre à(s) mesma(s) pessoa(s). Por certo fará(ão) o que pode(m). Mas creio que não é muito, melhor, creio mesmo que não terá sido o suficiente. Muitos anos num mesmo lugar leva-nos a uma certa apatia, a um certo comodismo, pelo que a alternância é sempre salutar.
Por vezes não há quem queira preencher os lugares, mas segundo penso saber neste momento haverá quem queira tomar conta da Associação de Pais com vontade de mudar. E conviria que fossem educadores que tivessem educandos nos primeiros anos da escolaridade para assim poderem dar continuidade bastante às alterações que urge efectuar. Uma Associação de Pais bem estruturada, tem um poder altamente positivo e quando devidamente dinamizada não pode deixar indiferentes todos aqueles a quem a escola e a sua envolvência diz respeito.
Posto isto, não deixem passar esta oportunidade e agarrem-na com vontade de lutar pelo interesse dos vossos educandos. Mudem o que tiverem de mudar, legalizem o que houver que legalizar, mas não deixem perder mais esta oportunidade.
Eles, os vossos filhos e filhas, mais tarde, vos agradecerão.

sábado, 26 de novembro de 2005

MISERICÓRDIA!!!!

A esta hora continua a decorrer a votação para a eleição dos Corpos Sociais da Santa Casa da Misericórdia de Avis. A assembleia Ordinária começou a funcionar às 16h em virtude de às 15h não estarem presentes o número legal de irmãos para que a mesma pudesse funcionar. O Orçamento foi aprovado por maioria com uma abstenção e em seguida passou-se ao ponto quente da ordem de trabalhos: a Eleição dos Corpos Sociais. Agora não preciso que me expliquem mais nada. Isto é, o que eu deveria saber deveria ter sedo explicado até à Assembleia ou melhor ainda durante o decorrer da referida Assembleia. Das duas listas supostamente apresentadas a sufrágio apenas concorreu uma, a lista A, porque a lista B desistiu de ir a votos. Ali, em Assembleia Geral, onde se discutem e devem ser debatidos os assuntos mais prementes da Santa Casa ou de qualquer outra instituição que convoque reuniões de Assembleia, foi-nos dada a explicação do modo como decorreram as conversações quanto à constituição de uma lista única ( que para mim seria a lista ideal) e das razões porque tal não se conseguiu. As explicações foram dadas por um elemento afecto à lista A, logo à lista presente a votos. Ouvimos a sua opinião e perguntado se havia naquela Assembleia algum elemento da lista B que expusesse as suas razões, concluiu-se que não havia ninguém. O Sr. Presidente da Assembleia leu então uma comunicação da lista B fundamentando a sua desistência em factos inseridos no não cumprimento de uma série de decretos que como é lógico não sei enumerar e que tinham sido cometidos não por eles mas pela lista A. Seguidamente foi lida uma carta em que um dos elementos da lista B (desistente) expressava que fôra convidado para pertencer à referida lista como suplente e que pelo facto de ser incluído como efectivo declinava a sua participação na lista. Ultrapassados em Assembleia os impedimentos apresentados pela Lista B ( com maioria e com uma abstenção)procedeu-se então ao início da votação que, nos termos legais, decorrerá durante duas horas, o que quer dizer que irá até cerca das 19h00.
A mim que sou “irmão” votante, lamento que nenhum elemento da lista B tenha apresentado de viva voz a sua versão e as razões da desistência. Assim ficámos com a verdade da lista A .
Também registo situações como estas:
um “irmão” subscreveu ,como apoiante, a lista A e depois aparecia como candidato na lista B;

outro irmão apareceu inicialmente como candidato em ambas as listas;

um candidato da lista B só soube que a sua lista tinha desistido quando eu lhe disse, já dentro das instalações da Santa Casa, e quando ele ia disposto a defender a sua palavra.

A Santa Casa é uma Instituição demasiado importante para que se possa permitir a situações caricatas como as que rodearam estas eleições. Como é óbvio, e à falta de outra escolha, a lista A será a vencedora, a quem endereço desde já os meus parabéns, já que mais não seja, pelo facto de terem levado até ao fim um projecto a que meteram ombros.
Quanto ao futuro, esse, a Deus pertence, mas espero que seja melhor do que até aqui!

VAMOS TODOS SER SOLIDÁRIOS!

É altura de sermos solidários, respondendo ao apelo efectuado pela Lena, responsável pela Biblioteca Municipal de Avis. Se o seu filho tiver em casa um brinquedo ou livro que já não goste, entregue-o na Biblioteca, até dia 30 deste mês, para que os mesmos possam ser distribuídos pelas crianças mais desfavorecidas do nosso concelho. Se não tiver em casa nada que possa servir para o efeito, compre um brinquedo, barato, e ofereça-o do mesmo modo. Se por acaso ler esta mensagem e não residir em Avis, continue a ser solidário enviando a sua oferta pelos Correios para:

Biblioteca Municipal
Ao cuidado da Lena
Rua da Cantina
7480 AVIS

Você sentir-se-á imensamente bem consigo mesmo, a Lena agradece e as crianças que forem recebedoras das prendas sentir-se-ão incomensuravelmente felizes.
Sejamos solidários, até porque já existe no ar um cheirinho a Natal!

terça-feira, 22 de novembro de 2005

CONCURSOS DE FOTOGRAFIAS

Estando a quinze dias do fim do prazo da entrega das fotografias para o Concurso : Concelho de Avis - Gentes e Locais, e enquanto entrega e não entrega as suas fotos, ora carregue AQUI para ver fotos do Concurso de Fotografia AVIZ SÉCULO XXI.
A ACA recomenda-o!

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

É PRECISO MUDAR JÁ!

Eu diria mais: deveria ter sido mudado JÁ HÁ MUITO TEMPO. Como é óbvio estou-me a referir ao cartaz autárquico do PSD que hoje pelas 21 horas ainda permanecia no Largo Humberto Delgado. O facto de não ter sido retirado a tempo, levou a que o mesmo fosse deteriorado de uma maneira menos simpática, não só para o candidato e partido que o apoiou, como para o "artista" que fez aquele imundo trabalho.
É certo que só na semana passada as outras forças políticas retiraram os seus últimos cartazes, mas, ou este a que me refiro de lá sai brevemente, ou daqui a pouco não dá à conta retirá-lo e é mantê-lo para as próximas autárquicas...
Isto é que está uma moenga!

sábado, 19 de novembro de 2005

BRAGA - 3 BENFICA - 2

AO MEU BENFICA - VI



MEU CORAÇÃO NÃO RESISTE
É TAMANHA A MINHA MÁGOA...
FIQUEI AINDA MAIS TRISTE
COM OS GOLOS DO “BÉBÁGUA”!

O “FERREIRA” FOI AMIGO
DEU-NOS UM PENALTY E TUDO,
MAS ACABOU INIMIGO:

VIMOS BRAGA P’LO CANUDO!

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

CASTIGOS FÍSICOS NA EB 2,3 MESTRE DE AVIS

Não fui só eu que ouvi. Foi dito alto e em bom som: a professora da turma do 1º ano da EB 2,3 Mestre de Avis, castiga alguns dos seus alunos colocando-lhes fita-cola( adesivo?) na boca para que eles não falem. A afirmação foi feita com tal convicção por uma mãe de uma aluna dessa turma, que a mim não me restam grandes dúvidas de que tal possa ser verdade.
Este procedimento ( a ser verdade) é uma atrocidade, que merece ser denunciado publicamente, o que aliás penso já ter sido feito, inclusivamente a nível do Conselho Executivo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

AVIS VAI TER UM NOVO ESPAÇO COMERCIAL

Se as minhas fontes não me enganarem, (o que já não seria a primeira vez, como se sabe...), Avis vai ter a curto prazo um novo espaço comercial destinado à venda de pneumáticos, calibragem de rodas, alinhamento de direcções e similares. A sua localização será junto à Ziva, anexo ao espaço onde agora se transaccionam automóveis.
Vamos esperar para ver se é verdade, embora eu esteja em crer que sim!

terça-feira, 15 de novembro de 2005

EM BORBA OUVIU-SE: AVIS

Tal como prometido passo a transcrever o outro trabalho de um “Avisense” premiado no Concurso de Poesia Popular de Borba/2005.


MOTE:
Borba, vila hospitaleira
Que gosto de visitar,
Tem algo de feiticeira
Que me encanta e faz voltar.


I
EXAUSTO DE CAMINHAR
INTERROMPI A VIAGEM
POISANDO A MINHA BAGAGEM
QUIS UM POUCO DESCANSAR;
E ANTES DE ME SENTAR
À SOMBRA DUMA AZINHEIRA
(PENSANDO SER DA CANSEIRA)
ADMIROU-ME O QUE LIA
NUMA PLACA QUE DIZIA:
BORBA, VILA HOSPITALEIRA!

II
TINHA QUE ESTAR ALI PERTO
ESTE MEU PORTO DE ABRIGO
ONDE QUALQUER BOM AMIGO
ME ACOLHERIA POR CERTO;
ADORMEÇO MAS DESPERTO
COM VONTADE DE ENCONTRAR
ESSA TERRA ESSE LUGAR
QUE NO MEU IMAGINÁRIO
HÁ-DE SER ITINERÁRIO
QUE GOSTO DE VISITAR!

III
LÁ DO ALTO DUM CABEÇO
VEJO A TORRE DUMA IGREJA,
NÃO HÁ NADA QUE EU NÃO VEJA
E NÃO RENDA O MEU APREÇO!
SERÁ ALI O COMEÇO
DESTA HISTÓRIA PASSAGEIRA
COMO GATA BORRALHEIRA
SEM INVEJA DE NINGUÉM,
POIS BORBA, COMO CONVÉM,
TEM ALGO DE FEITICEIRA!

IV
DEI PASSEIOS SEM TER PRESSA
NUM PASSO INCERTO INDECISO
ESBOÇO UM LEVE SORRISO
AO PASSAR NUMA TRAVESSA
E OUVIR: ENTRE, ORA ESSA,
POIS FAÇA FAVOR DE ENTRAR
QUE NÃO VEM INCOMODAR!
...É O SER TÃO DIFERENTE
E A FRANQUEZA DESTA GENTE
QUE ME ENCANTA E FAZ VOLTAR!

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

ONTEM, EM BORBA, OUVIU-SE AVIS

Ontem, em Borba, teve lugar a sessão de encerramento do Concurso de Poesia Popular que coincidiu com o encerramento da festa da vinha e do vinho naquela localidade. De realçar que o nome de AVIS foi realçado duas vezes aquando da distribuição de prémios pois dois “filhos” de Avis foram premiados: um com o 2º lugar e outro com o 10º lugar. Porque o que menos interessa é saber qual dos trabalhos teve uma ou outra classificação, passo a transcrever hoje um dos trabalhos premiados e amanhã o outro. O de hoje é da autoria da D. Manuela Ascensão Mendes, moradora em Silves, que mais uma vez teve oportunidade de expressar que ,apesar de viver em Silves, é de Avis. Com um mote de Maria Aliete Cavaco Penha, poetisa de Faro, eis pois o trabalho da D. Manuela, com os meus renovados parabéns:

Mote:
Borba vila hospitaleira
Que gosto de visitar,
Tem algo de feiticeira
Que me encanta e faz voltar!

I
É grande a tua nobreza,
Muito branco é o teu manto
Transbordas o teu encanto
Fruto da tua beleza.
Recebes com gentileza
Não finges és verdadeira,
Honras a tua bandeira.
Bairrista é o teu povo,
Não digo nada de novo
BORBA VILA HOSPITALEIRA.
II
Da história és mensageira,
No celeiro tens cultura,
Na luta com vida dura
Sai o mármore da pedreira
E do operário a canseira
Que merece descansar.
Tens festas sabes reinar.
Repartes o teu carinho
És do país um cantinho
QUE GOSTO DE VISITAR!
III
Nos teus vinhedos verdinhos
Pendem cachos bem dourados
P’lo povo são vindimados
E são feitos os teus vinhos,
Tanto melhores se velhinhos...
És uma vila fagueira.
Tens recepção de primeira,
Murmura quem te visita
Borba é muito bonita
TEM ALGO DE FEITICEIRA!
IV
No Alentejo situada,
Essa província tão bela,
Tua gente por ti vela
Por todos tu és amada,
Para amar foste fadada.
Borba eu te quero saudar
Os teus manjares apreciar
Sem deixar de te dizer,
Que é teu modo de viver
QUE ME ENCANTA E FAZ VOLTAR!

domingo, 13 de novembro de 2005

AJUDA-ME "MANEL"

Manel, o que quer dizer isto... ?
Se é o que eu penso, o teu pai passou-se ou quê? Dá-lhe um puxão de orelhas por mim "porque afinal é preciso continuar a navegar". E imperioso!
Conto contigo, amigo!

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

ACONTECEU NO HOSPITAL DE SANTA LUZIA, EM ELVAS

Se calhar esta história verdadeira, embora sem qualquer razão de ser, poder-se-ia ter passado em qualquer outro lado. Mas não. Foi aqui e foi assim. Passemos aos factos.
No dia 7 deste mês, logo, na segunda-feira passada, a cama número 39 da enfermaria número doze da ala direita de medicina no Hospital de Santa Luzia em Elvas estava ocupado por uma doente de 75 anos de nome Eva. A D. Eva estava bastante debilitada, tendo-a eu próprio ajudado a ir à casa de banho mais do que uma vez. Na tarde desse mesmo dia 7 de Novembro de 2005 a D. Eva é transportada por uma auxiliar de acção médica numa cadeira de rodas para ir fazer um RX ao tórax. Passados alguns minutos chegou a notícia: a senhora tinha caído no local do RX, suspeitava-se de traumatismo craniano e foi transportada de urgência para o Hospital de S. José acompanhada de um médico e dois enfermeiros. A filha, desolada lamentava-se chorando. Por nos parecer a todos que se tratou de pura negligência e no sentido de apurar os factos, aconselhei-a a fazer uma reclamação no “livro” amarelo. Respondeu-me entre soluços:
- O que é que eu ganho? Além disso o meu marido está lá em baixo em S.O por estar pior do coração!
Hoje a notícia chegou bem cedo à ala direita do serviço de medicina do Hospital de Santa Luzia em Elvas: a D. Eva faleceu esta manhã em S. José. Na Rua de Olivença lá constava a sua foto na montra de uma Agência funerária: por atraso no levantamento do corpo não sabiam quando seria a missa e o funeral.

A notícia assume assim uma sobrecarga de dramatismo tanto maior por se ter passado dentro de um Hospital, onde, supostamente, alguém é internado para se curar dos seus males e vai ali encontrar a morte.
Ninguém vai ser chamado à responsabilidade. A incúria, desleixo e falta de profissionalismo de alguém, empurrou para a morte prematura uma mulher que procurou um hospital para se curar. E a filha nem pôde “protestar” porque o marido também lá está internado. Teve medo das represálias. E nós sabemos que as poderia haver.
À família enlutada que apenas conheci a partir do dia 31 de Outubro, as minhas condolências a que junto o meu sentimento de revolta e nojo pelo modo como as coisas se passaram. Ninguém jamais saberá exactamente o que aconteceu, pois a D. Eva, a única que poderia dizer a verdade, a única que poderia descrever a situação com isenção, já não está entre nós.
Paz à sua alma. Amanhã, se puder irei ao seu funeral.

terça-feira, 8 de novembro de 2005

DICIONÁRIO DE FALARES DO ALENTEJO

Ofertaram-me um Livro intitulado “ DICIONÁRIO DE FALARES DO ALENTEJO”, da autoria de Vítor Fernandes Barros e Lourivaldo Martins Guerreiro.
Passo a transcrever alguns vocábulos atribuídos a Avis, a sua “tradução” e o número da página onde os mesmos são referidos:

ABASTRUZ - Avestruz ( Pág.19)
ABESPRA - Vespa; pessoa que se irrita facilmente ( 20)
ALDRAVAZ – Trapaceiro; aldrabão ( 27)
ALMOFEIRA – Água negra que escorre da talha da azeitona ( 29)
AMINTAR – Lembrar, recordar (31)
APILHAR – Acostumar um animal a certo sítio (33)
ARRIMADOR – Semicírculo de ferro para amparar as panelas ao lume ( 36)
ASSENTE – Assento, cadeira (37)
BARRANHÃO – Tacho (44)
BURGUEXO – Pedra pequena (49)
CACARRUÇO – Qualquer vasilha pequena
CHUVINHAR – Chover pouco; chuvisco (67)
CUCÉGAS – Cócegas (71)
ENDURINHA – Andorinha (80)
ESBURRUNDAR – Cair (84)
HOME – Homem (105)
INDURINHA – Andorinha (107)
INTÉ – Até (108)
ISBURRONDAR – o m.q. Esburrundar
MALACUECOS – Fritos de massa de trigo (119)
MEDA(É) – Amontoado de molhos de trigo, cevada, etc. na eira (125)
MILHARADA – Quantidade de espigas de milho que se transportam para a eira (126)

Prometo ainda voltar a dar mais notícias deste "Dicionário de Falares do Alentejo", quando o tiver lido na sua totalidade.

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

DE "BAIXA"

Devido a doença de um membro do seu agregado familiar, "DO CASTELO" vai estar de baixa durante uns dias. Não fecha as portas mas vai retirar-se por uns tempos. Há situações na vida que nos tiram a vontade de quase tudo. É este o caso.
Antes de isso acontecer deixo dois recados:

1 - Apareçam sexta-feira na sede dos Amigos de Aviz para assistirem, a partir das 18 horas, à inauguração da exposição do I Concurso de Fotografia Aviz Século XXI, e distribuição dos respectivos prémios. Certamente que estarão tão curiosos quanto eu para saberem o que apareceu a concurso sobre esta temática e o modo como o júri fez a classificação.

2 - Ainda se podem inscrever para o Ciclo de Conferências Aviz Século XXI, a ter início este sábado a partir das 10 horas na Sede dos Amigos de Aviz. Se tiverem dúvidas, consultem aqui o respectivo programa.

Até um dia destes.

terça-feira, 1 de novembro de 2005

PEDIR OS SANTINHOS

Ao JOÃO RUIVO, por ser dos poucos que ainda se interessa pelo Dia de Santos, dedico estas quadras de autor identificado.


ERA ASSIM NO DIA DE TODOS OS SANTOS


Um de Novembro é o dia
Dos Santinhos, venerado;
Que bem me lembro a alegria
Que havia por todo o lado!

Longe de o dia chegar
Já se ouvia a nossa prece
Aos Santinhos do Altar
P’ra que a chuva não viesse.

Nesse dia desejado
‘inda o Céu escurecia,
Já estava levantado
Para ver se não chovia!

Como era antigamente!
Dizemos nós, afinal
Quem é dif’rente é a gente
Porque o dia é sempre igual.

Nesse dia a criançada
Como bandos de andorinhas,
P’las ruas em debandada
Em suas mãos as saquinhas.

Dê os Santinhos, dizíamos
Na nossa infantilidade!
Tudo quanto mais queríamos
Nos davam e de vontade.

Maçãs, nozes ou pão,
Castanhas, pêras, romãs;
Traziam satisfação
Às nossas almas louçãs.

Quero contar uma história
Que comigo se passou:
Ficou-me bem na memória
Muito me sensibilizou!

Minha mãe, para os Santinhos
Tinha muita amassadura;
Confeccionava pãezinhos
Para dar naquela altura.

Sempre um modelo ajeitava
Ao pão, quando era tendido
P’ra que esse pão que ela dava
Ficasse bem conhecido.

Algumas casas da aldeia
Nos faltava visitar;
Surgiu então a ideia
De ir a casa e voltar.

Com os saquinhos repletos
Logo fomos despejar;
Satisfeitos, indiscretos
Que iríamos encontrar?

Já bem cheios os saquinhos
Por Deus querer ajudar,
Também os meus irmãozinhos
Tinham pensado em voltar.

Mas que surpresos ficámos
Porque um pão dos que a mãe deu,
Quando os sacos despejámos
Quem o trazia era eu.

Assim se desenrascavam
As mães que menos podiam;
Aos filhos das outras davam
O que os seus filhos traziam!

Da esmola, Caridade
Fazia com devoção!
Exemplo de Santidade
Que dava seu coração.

Dia dos Santos ‘inda há
Só que hoje é tão dif’rente
Que muitos não sabem já
Como era antigamente!


A Págs. 174 e 175 do livro de poesia, “O REBUSCO”, de JOSÉ DA SILVA MÁXIMO.

domingo, 30 de outubro de 2005

TERCEIRA IDADE A IDADE MAIOR!

Agora que chegámos ao fim de mais um mês dedicado à Terceira Idade, que eu melhor diria dedicado à Idade Maior, deixo aqui dois sonetos cujos autores desconheço, mas cuja ternura me contagia.

1 – PIOR VELHICE

Sou velha e triste. Nunca o alvorecer
Dum riso são andou na minha boca!
Gritando que me acudam, em voz rouca,
Eu, náufraga da vida, ando a morrer!

A Vida, que ao nascer, enfeita a touca
De alvas rosas a fronte da mulher,
Na minha fronte mística de louca
Martírios só poisou a emurchecer!

E dizem que sou nova...A mocidade
Estará só, então, na nossa idade,
Ou está em nós e em nosso peito mora?!

Tenho a pior velhice, a que é mais triste,
Aquela onde nem sequer existe
Lembrança de ter sido nova...outrora...


2 – VELHINHA

Se os que me viram já cheia de graça
Olharem bem de frente para mim,
Talvez, cheios de dor, digam assim:
“Já está velha! Como o tempo passa!...”

Não sei rir e cantar por mais que faça!
Ó minhas mãos talhadas em marfim,
Deixem esse fio de oiro que esvoaça!
Deixem correr a vida até ao fim!

Tenho vinte e três anos! Sou velhinha!
Tenho cabelos brancos e sou crente...
Já murmuro orações...falo sozinha...

E o bando cor-de-rosa dos carinhos
Que tu me fazes, olho-os indulgente,
Como se fosse um bando de netinhos...

sábado, 29 de outubro de 2005

NAVAL- 1 SLB-1

AO MEU BENFICA – V

AOS TREINADORES:

(da Naval)

MAS COM UM TREINADOR DESTES
NINGUÉM SABE O QUE É QUE FAÇA...
“UNS” PROIBEM OS FOGUETES
E ELE “ARRUMA-LHE” UM ...FOGAÇA!


(do Benfica)

POIS, FARTOU-SE DE FALAR,
MAS P’RA SAIR EMPATADO,
ANTES SOUBESSE TREINAR
E MANTER-SE MAIS CALADO!

A NEVIPLAS ENCERROU A SUA ACTIVIDADE

Soube hoje que a NEVIPLAS – Fábrica de Plásticos Lda. sediada em Benavila encerrou as suas portas. Digamos que foi uma morte mais ou menos anunciada. Perco uns minutos a ler a entrevista que Armindo Neves concedeu ao Jornal “A PONTE” em Setembro de 2003 e percebo que as coisas não iam já então muito bem. A dado passo diz o referido responsável pela área comercial da fábrica instalada por seu pai: “ Essa situação ( encerramento) não está nos nossos horizontes embora tenhamos consciência de que, se as principais directrizes da nossa economia não forem alteradas no sentido de ajudar as inúmeras P.M.E. que sustentam a economia deste país, o futuro possa ser ainda mais problemático”.
E foi problemático como se acaba de constatar. À altura trabalhavam na Neviplas 16 funcionários. Presentemente não sei quantos seriam. Não há dúvida é que é menos um factor de desenvolvimento para o nosso concelho. Foi a Cineiol, a Sulei, a Vegatex, a Neviplas...quem se seguirá? A Ziva?
Oxalá que não, pois caso contrário e com esta cadência, daqui a pouco só temos mesmo a Câmara como entidade empregadora, e que um dia também poderá “rebentar”.

sexta-feira, 28 de outubro de 2005

OUTONO

Está uma autêntica noite de Outono. Há pouco regressei da rua e estava a cair aquele “molha parvos” silencioso e miudinho onde nem um só sopro de vento se fazia sentir. Fez-me lembrar as noites em que eu, garoto, ia às dormidas dos pardais, nos eucaliptos, a fim de os matar com uma espingarda de pressão de ar. Senti um arrepio de tão distantes estarem já esses tempos.
Peguei num livro de poesia de JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, intitulado REBUSCOS, lançado no dia 8 deste mês pelo Município de Marvão e descobri este poema em décimas – que é a poesia mais genuinamente popular/alentejana que passo a transcrever-vos:

OUTONO

Mote:
CAI A FOLHA DA FIGUEIRA
NUM BAILADO ESTRANHO E LINDO
TAMBÉM EU, BEM QUE NÃO QUEIRA
POUCO A POUCO VOU CAINDO.


Quando o Outono aparece
Com a sua capa de bom,
Os campos mudam de tom,
O que é verde amarelece;
É sempre assim que acontece
Nem será de outra maneira.
Com o Inverno à sua beira
Dá-se a mudança do clima
O frio vem lá de cima
CAI A FOLHA DA FIGUEIRA!

Basta uma simples aragem
Embalar o ramo esguio
Horas e horas a fio
Para deslocar a folhagem;
É de tristeza a imagem
A que vamos assistindo,
Vendo as folhas ir caindo
Uma a uma, lentamente,
Ir p’ro chão suavemente
NUM BAILADO ESTRANHO E LINDO!

É no reino vegetal
Que o fenómeno é repetido,
Todo o vigor é perdido
E recuperado afinal;
É benesse sem igual
Ano a ano a vida inteira
Mas na hora derradeira
Já não será bem assim,
Tudo o que nasce tem fim
TAMBÉM EU, BEM QUE NÃO QUEIRA.!

É o chão que tudo cria
O chão onde tudo cai;
É pr’o chão que tudo vai
Se a vida acabar um dia;
Em contraste e ironia
Do chão se vai subsistindo,
Vamos aos poucos subindo
Até o cimo atingir,
Eu, sem poder mais subir
POUCO A POUCO VOU CAINDO!

Oxalá tenha gostado tanto quanto eu.

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

VOLTEI!

Ora depois de curada a minha pomba "Internet" do virus gripal, estou de volta. Por causa da gripe da "pomba" é que você me ganhou na história da ´"AGUIA" que garanto não tem gripe. A propósito, por acaso sabe o que é um "zanguinho"? Não? Então adquira um exemplar da "Àguia" Nº 16 e descubra. Mais fácil ainda é tornar-se sócio dos Amigos de Aviz. Quotas a 7,50€ anuais, já não se usam.
Já que everedámos pelos Amigos de Aviz, então é assim:

Dia 27 ( Amanhã) às 20h30'na Escola 2,3 Mestre de Avis, Debate com a participação do Director Regional de Educação do Alentejo, Dr. José Bravo Nico e o Prof. João Ribeirinho Leal, subordinado ao tema " EDUCAÇÃO PARTICIPADA". Você só tem a ganhar se aparecer.

Dia 04 de Novembro - às 18h00', na Sede da ACA, inauguração da exposição das fotografias concorrentes ao I Concurso Fotográfico Aviz Século XXI, distribuição de prémios e diplomas aos concorrentes. A exposição ficará patente ao público até dia 11 de Novembro entre as 10h00' e as 12h00' e entre as 14h00' e as 18h00', para se poderem deliciar com as 23 fotos apresentadas.

Dia 05 de Novembro : Início do Ciclo de conferências "AVIZ SÉCULO XXI". Primeiro painel: PATRIMÓNIO, AMBIENTE E TURISMO. Veja o aliciante programa por aí distribuido e inscreva-se através do 96 90 15 106,de acavis@sapo.pt, ou junto de qualquer membro da Direcção da ACA.

E para hoje chega!
Até amanhã!

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

VAMOS TODOS ADERIR AO MOVIMENTO DO 560!

Numa altura em que o nosso país cada dia vai estando mais mergulhado na fatídica crise, lanço um apelo a todos aqueles que queiram de algum modo ajudar a que o fundo do poço seja atingido o mais tarde possível. A regra é fácil: ao comprarem qualquer produto prefiram sempre os produtos cujo código de barras comece por 560.
Isso significa que os produtos ou são de produção nacional, ou são distribuídos por empresas portuguesas. Estaremos assim a ajudar a nossa já tão débil economia.
Vá lá, não se esqueçam que o que é Nacional é bom!

terça-feira, 18 de outubro de 2005

VILLARREAL-1 - SLB-1

AO MEU BENFICA - IV

JÁ TÍNHAMOS O MOREIRA
O QUIM, E QUE MAIS SEI EU...
E UM JOGADOR DE PRIMEIRA
QUE SE CHAMA DE NEREU?


CHEIO DE ESTRELAS A BRILHAR
O VILLARREAL COITADO,
PENSAVA QUE IA GANHAR
E EMPATOU MAL EMPATADO!

sábado, 15 de outubro de 2005

FCP-0 - SLB - 2

AO MEU BENFICA - III


UM HOLANDÊS DE SEGUNDA
QUE SÓ FALA EM INGLÊS
LEVOU DOIS "TOQUES" NA BUNDA
DO QUE FALA "ESPANHOLÊS"

NA DEFESA O LUISÃO
À FRENTE O NUNO SE VÊ
É O BENFICA À CAMPEÃO
ISTO PENSO EU DE QUÊ...

quinta-feira, 13 de outubro de 2005

HÁ-DE HAVER UMA RAZÃO...

Eu não vi mas quem me contou é pessoa idónea e assim tomo a informação como verdadeira. Tal como ele, também eu não percebo porque é que, depois do que choveu ontem, esta manhã têm andado a regar o jardim junto á Escola EBI, com o tractor a transportar água da barragem.
Se a tal razão desconhecida não existir eu direi que é, pelo menos,...CHOVER NO MOLHADO!

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

JÁ TEMOS "MAIS", AGORA FALTA O "MELHOR"!

Tal como eu esperava, as eleições Autárquicas em Avis decorreram dentro da “normalidade” habitual, que se verifica desde 1974. A CDU ganhadora prometeu MAIS e assim temos mais quatro anos para já. Mas prometeu igualmente MELHOR e é desse melhor que nós agora ficamos pendentes. Não considero que haja vencedores e perdedores. Todos os que se propuseram a um qualquer cargo autárquico recebem os meus parabéns, uns pela frontalidade em dar a cara e o nome por um projecto em que certamente acreditavam; outros porque o fizeram por uma qualquer obrigação, e parece que houve um destes (voluntário à força) que até acabou por sair vencedor! Sei que me vou (bi)repetir, mas essa “gente” que se considera não ganhadora, não devia desaparecer da vida activa do concelho.
Fico pois na expectativa de ver o que a CDU nos vai trazer de MELHOR conforme prometido.
Lamento não saber como é que o PSD iria resolver aquela “coisa” de inovar –lixo-novos-velhos-cães-gatos! Seria para meter tudo no mesmo saco?
E como já pertenço ao grupo dos idosos, custa-me que o PS não me possa dar apoio em pequenas reparações, que se prenderiam mais com as artroses do que propriamente com o trocar da borracha da torneira.
Dúvidas à parte, parabéns aos vencedores e honra aos vencidos!

domingo, 9 de outubro de 2005

PASSADO, PRESENTE E FUTURO

PASSADO

Ontem, sábado, a manhã apareceu carregada de nuvens como que se o tempo triste, se quisesse associar à desgraça que se abateu sobre Avis. O falecimento de qualquer filho da nossa terra é sempre motivo de tristeza, mas quando esse filho tem 33 anos e morre da maneira estúpida como estúpidos são todos os acidentes de viação, a nossa dor ainda é maior, é redobrada. Para o Artur Joaquim Carreiras vai o meu abraço cheio de memórias e saudades.

PRESENTE

Hoje é dia de irmos a votos. É importante irmos votar. Não importa onde, desde que o façamos em consciência e em liberdade. Os dados foram lançados, cada força política apresentou as suas razões para se apresentar a eleições. Uns te-lo-ão conseguido melhor que outros. Sempre foi assim. Agora, cabe a cada um de nós irmos dizer o que queremos para o futuro de Avis.
Não se acomode. Não deixe que os outros decidam por si. É que se não votar, nem sequer lhe assiste o direito de concordar ou discordar do que quer que seja. Ao meos uma vez em cada quatro anos seja participativo na vida da sua freguesia e do seu concelho.

VOTE!

FUTURO

Seja qual fôr o resultado que sair hoje das urnas, o amanhã não pode ser feito de abandono de responsabilidades na construção de uma sociedade mais justa, por parte daqueles que não forem eleitos. Penso que, como já há dias referi, será importante para o futuro da nossa terra que todos continuem a demonstrar interesse em contribuir para o desenvolvimento de Avis e não "hibernarem" até daqui a quatro anos.
O direito de cidadania assiste-nos a todos nós.

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

ELEIÇÕES POR TERRAS DO MESTRE: CASSETES E CD(s) COM FARTURA!

Estas eleições são as eleições da música. É certo que tem que haver alegria em tudo o que nos dá ou possa dar esperança. Mas é demais: hoje da parte da tarde passou à minha porta aí bem umas sete ou oito vezes o carro do PSD sempre a tocar música e sempre a mesma música. Sei que era do PSD porque ocasionalmente o vi passar uma das vezes.
Depois da parte da tarde estive para aí umas duas horas a ouvir, vindo não sei de onde, isto é não sei de que partido, pois só de música se tratava,a Maria Albertina. Ó meus senhores, eu gosto muito do Variações e sou muito amigo da Professora Maria Albertina ( a propósito, como vai doutora?) mas duas horas a ouvir o mesmo, é “desmasiado”! O carro da CDU não passou à minha porta mas enquanto o ouvi tocava igualmente música portuguesa.
Em Sousel, pelo menos um candidato tem um hino próprio em que o seu nome é lançado ao ar. Aqui em Avis, eu confesso, nas imediações da minha casa só se ouve música. Então não se apela ao voto neste ou naquele partido apresentando mesmo uma ou outra razão para tal? Será que terei que decorar a música de cada potencial candidato para depois votar?
Afinal dizem que a “cassete” não muda mas eu estou em crer que com os CD(s) se passa o mesmo,com a agravante de parecerem não terem fim.
UFA! Que nunca mais é sábado!

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

BENFICA 2 - GUIMARÃES 1

AO MEU BENFICA – III


A EQUIPA MAIS P’RIGOSA
NO MEU FRACO ENTENDER,
FOI A DO SIMÃO SABROSA:
NUNCA PODIA PERDER!


PINTASSILGO BEM CANTOU
MAS NO FINAL DESTA HISTÓRIA,
NÃO FOI ELE QUE GANHOU
FOI A ÁGUIA VITÓRIA!

DEI COMIGO A PENSAR!

É verdade, de quando em vez penso e como diria o outro: logo, existo! Então, tendo presente as candidaturas aos diversos órgãos autárquicos das várias forças políticas a que isso se propõem pelo e no concelho de Avis, começo por dar os parabéns a todos aqueles que deram o nome aparecendo, de motu próprio ou não, mas aparecendo como querendo fazer parte de uma equipa com objectivos bem definidos. Assiste-lhes a todos esse direito. E são muitos que assim tomaram em mãos projectos diversos mas que convergem todos num ponto: melhorar a funcionalidade do nosso concelho. Analisando as listas, encontramos ali muita gente válida e constatamos igualmente que muita gente com valor para intervir na vida do concelho ficou de fora. Uns por opção, outro por talvez não terem sido convidados para tal, pois constou-se-me que existe uma lista concorrente em Sousel que tem um munícipe de Avis como possível eleito. Como se diz em linguagem futebolística e não só, matematicamente, nesta altura do campeonato, ainda tudo é possível, inclusivamente eleger o último candidato de uma qualquer lista de uma qualquer candidatura. Verdade?
Hoje ouvi um candidato dizer que nem sabe os quilómetros que faz mas o que lhe interessa é saber a opinião das pessoas. E depois do dia 9? Se ganhar, quantos quilómetros mais irá fazer para saber a opinião das pessoas, a partir dessa data? E se não ganhar?
Ora é aqui que está o busílis da questão. As eleições levam a uma mobilização de gente que quer fazer coisas pelo nosso concelho, tendo neste período uma intervenção activa. Mas o direito de cidadania não se esgota, melhor não se deveria esgotar no dia 10 de Outubro para aqueles que não vencerem. Mas isso é o que vai acontecer. Quem perde, melhor dizendo, a grande maioria dos que perdem, alheia-se dos problemas da sua terra, fecha-se na sua concha e só daqui a quatro anos é que aparece de novo a dizer que por ele é capaz de fazer coisas e de apresentar projectos com soluções. E se aproveitássemos esta dinâmica eleitoral para se continuar a lutar por uma Avis mais justa mais desenvolvida e mais capaz? Todos juntos, ganhadores e perdedores, incluídos em listas, excluídos de listas. Todos!
Já sei, dirão que sou um lunático. Talvez tenham razão e os meus devaneios tenham a ver com o eclipse que aí vai chegar logo pela manhã, mas pelo menos deixem-me pensar, para saber que existo!

sexta-feira, 30 de setembro de 2005

AS MINHAS DESCULPAS E OS MEUS PARABÉNS!

Ontem não consegui ter acesso à minha escrita blogueira. A si, especialmente, que deu a sua voltinha habitual para ver a vista DO CASTELO, as minhas desculpas.


O que eu tinha para dizer é que fico muito satisfeito quando tenho que dar os parabéns a alguém. E hoje, deveria ter sido já ontem, os meus parabéns vão para a CASA MACHADINHA , de Avis, que ofereceu um televisor ao Centro de Saúde de Avis, que foi colocado na sala de espera das consultas e que já me serviu para tornar menos longos os minutos de espera que estive naquela sala. O meu bem haja!
Fica o registo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

CULTURA, EDUCAÇÃO, RELIGIÃO

A esta hora da madrugada ainda cheira mal aqui pela parte baixa da vila. Aquele cheiro horrível a brócolos parece que tenta vir ao de cima de novo. Será efeito da falta de água? Mas não deixa de ser curioso que a mim me começou a cheirar mal ontem, quando tive que me dirigir a uns Serviços da Câmara Municipal de Avis e fui recebido com sobranceria por um indivíduo que me deu uma resposta seca, sem sequer se dignar levantar os olhos do computador onde, supostamente, estaria a trabalhar.Mas não se julgue o todo pela parte: em seguida dirigi-me aos Serviços Sócios Culturais da mesma Câmara onde fui recebido com a amabilidade e competência do costume.
Será uma questão de cultura? Ou será uma questão de educação?

QUEM MORRE PORQUE QUER...

Respeitando os credos de cada qual não quero no entanto deixar de aqui registar que ontem morreu uma habitante de Avis por, em princípio, se ter recusado a rebeber uma transfusão de sangue.
Sendo assim...NÃO SE LHE REZA PELA ALMA!

terça-feira, 27 de setembro de 2005

PERDEU O BENFICA E PERDEU-SE A VEGATEX!

AO MEU BENFICA:

MANCHESTER 2 - BENFICA 1

O KOEMAN É UM VENDIDO
QUE SE VENDEU AOS INGLESES,
SE ASSIM NÃO TIVESSE SIDO
TINHAM GANHO OS PORTUGUESES!

UM BENFIQUISTA A SOFRER
VAI MORRENDO POUCO A POUCO,
ALÉM DO JOGO PERDER
FICA TRISTE E QUASE LOUCO!





FECHOU A VEGATEX
Parece que desta é que foi de vez: a VEGATEX, empresa de confecções sediada em Avis encerrou para não mais abrir. Apesar do seu proprietário ter afirmado que embora possuindo uma outra fábrica na Tunísia a preços mais económicos para ele, aqui sempre ficariam a laborar 23 postos de trabalho, tudo não passou de promessas.
Mas o que eu acho mais estranho é as forças políticas locais, instaladas ou a instalar, nada fazerem no sentido de inverter esta situação. Se calhar pouco poderão fazer, mas caramba, se isto fosse no Vale do Ave, quantas televisões já cá teriam vindo, quantas rádios e manifestações de desagravo teriam sido feitas? Quantas pessoas mais ficaram sem emprego em Avis?
Resta-nos o quê? A Lactogal ( até quando?), a Ziva, a Dardico, a Neviplas e...ajudem-me que não me lembro de mais nada particular a oferecer emprego.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

A TRADIÇÃO JÁ NÃO É O QUE ERA!

Este fim de semana ouvi uns envergonhados apitos de carros que anunciavam a passagem de um casamento. Gente do Alcórrego. Dei comigo a pensar que não é necessário recuar muito no tempo para recordar que desde o princípio da Primavera até lá bem para meados do Verão era habitual, aos fins de semana, a vila ser invadido por sonoros gritos de buzinas anunciando mais um casamento. Agora são raras essas ocasiões. Menos casamentos? Outros hábitos? Medo que os apitos dos carros se transformem ao fim de alguns meses em torturantes recordações de casamentos falhados que redundaram em fracasso e logo em divórcio? Não sei, mas a tradição já não é o que era!


Com o chegar das primeiras manhãs frias do Outono era igualmente hábito as andorinhas se reunirem e poisadas nos fios dos Telefones ou da EDP, como que se encontravam para combinar a hora, dia e local de partida para outras paragens. Agora isso acabou. Quem não se lembra das dezenas (centenas?) de andorinhas que se reuniam em “comício” nas imediações dos Correios ou do Pavilhão junto à Caixa Agrícola? Que é feito das andorinhas, meus senhores?
Aqui a tradição também já não é o que era!

Nem tudo é mau. Há uns anos a esta parte que até as melgas ( não, não são as da política, essas nunca desaparecem, antes pelo contrário) desapareceram.Mas estou muito contente que já há duas ou três noites que o seu barulhinho agradável me impede que durma e me leve a treinar a minha pontaria atirando a travesseira contra o tecto, no sentido de as eliminar por esmagamento. Normalmente a operação leva mais que uma hora com sucessivos apagar e acender de luzes. Exausto, adormeço sem saber no momento quem ganhou a contenda, convicto de que pelo facto de lá bem no branco do tecto já existir uma mancha de sangue, o vencedor tenha sido eu. Puro engano! Ao outro dia, acordo todo picado e aí sim, concluo que perdi.
Ao menos aqui a tradição voltou a ser o que era!

OS TOMATES DO SENHOR ANTÓNIO!

Certamente que todos ou quase todos se lembrarão da célebre couve que o Sr. António Martinho possuía no seu quintal e que alcançou para cima de cinco metros de altura e cuja fotografia pôde ser apreciada no Portal de Avis, ou na Folha Informativa Águia, dos Amigos do Concelho de Aviz - Associação Cultural.
Pois bem, o Sr. António Henriques agora surpreende-nos de novo com tomates a mais de quatro metros de altura. Para os agarrar, entenda-se colher, tem que se servir se um escadote. Porque DO CASTELO é e quer continuar a ser um blogue sério, convido-o a tirar qualquer dúvida vendo a imagem de imediato, carregando : nos tomates do Sr. António!
Então, é verdade ou não?

domingo, 25 de setembro de 2005

HOJE HÁ TRÊS EM UM!

Costumo escrever apenas sobre um assunto em cada dia, permitindo-me assim ir tendo “conversa” para mais tempo, mas hoje vou fazer “Três em Um”:

1 – PSD

Finalmente chegaram os placares laranjas com uma óptima fotografia do Joaquim Augusto. O meu amigo já há dias tinha estranhando o atraso do dito senhor, aventando mesmo a hipótese de ele andar dedicado à agricultura. Mas já chegou. Agora o que me preocupa é o seguinte: então é só ele? O PS apresenta uma equipa e no PSD só o Joaquim Augusto é que dá a cara? Uma equipa ( por exemplo de futebol) não é só uma pessoa. Um grupo de forcados não é só uma pessoa: pelo menos terão que ser dois para apanhar o “bicho” , nem que seja de cernelha. E há outra coisa que me preocupa e que se prende com a sigla: É PRECISO MUDAR JÁ! Soando-me, não sei bem porquê a um grito estilo PREC, que Deus haja, preocupa-me ainda o facto de com o atraso que trazem se este slogan os leva a começar a mudar ainda antes das eleições se realizarem.
É que assim estão a fazer batota...

2 – CDU

Recebi ontem, sábado, a visita da CDU. Comecei por ouvir lá para o meio da vila o som da “música CDU” e em simultâneo o som da carrinha que anda habitualmente a vender produtos congelados. Pensei que, a exemplo do que fazem noutras localidades em que uns oferecem (ou ofereceram?) electrodomésticos, outros há que oferecem chouriços ( TVI – Jornal da noite de hoje), aqui a CDU oferecesse um geladito ao pessoal. Mas não. Fiquei com a água ( não congelada) na boca. Mas ao que me constou, no final da voltita pela vila havia pelo menos um candidato que, como se costuma dizer, já não ia sozinho!
Ainda não me debrucei bem sobre as listas mas ainda voltarei a elas um dia destes...

3 – TVI

Eu não sei se passei pelas brasas, ou se a minha Televisão está avariada. Penso que nem uma coisa nem outra. No final do FCP-BFC foi feita uma entrevista ao treinador do Porto toda em Inglês e não tiveram a amabilidade de a traduzirem? Então pensam que o nosso Primeiro impôs o Inglês no básico há quanto tempo?
Ou será uma entrevista para...memória futura?

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

PENAFIEL 1 - BENFICA 3

AO MEU BENFICA


COM TAMANHA PEQUENEZ
REPARA BEM LUÍS CASTRO,
ENCAIXASTE SÓ LÁ TRÊS..
E ATÉ PODIAM SER QUATRO!

Ó PRESIDENTE VIEIRA,
POR FAVOR TOME ATENÇÃO:
VEJA SE ARRANJA MANEIRA
DO MENOR SER LUISÃO!

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

ÚLTIMA HORA : NNC = Notícia Não Confirmada

Ainda está por confirmar a notícia a que "DO CASTELO" tive acesso: Com a chegada de Fátima Felgueiras e com a sua candidatura à Presidência da Câmara do Município com o mesmo nome, foi aberta uma excepção "temporal" para que todos os que vivam à margem ou nos subúrbios da lei se possam candidatar a cargos autárquicos.
Assim, nasceu em Avis o movimento SCP, que, contrariamente ao que se possa interpretar não quer dizer Sporting Clube de Portugal,mas é afinal uma sigla que descodificada diz :Sopas de Cão a Presidente. O movimento conta com o apoio de vários foras da lei, dado que o cabeça de lista partilha dos ideais do Zé do Telhado, como pôde confirmar há dias aquando de uma fuga à Guarda Republicando, saltando vários dos ditos telhados. Dos nomes da lista fazem parte figuras do Jet-set criminal bem como vários ciganos que pretendem assim ter como "primeira dama" uma pessoa da sua etnia.
A lei prevê igualmente que esta medida de excepção se mantenha até às Presidênciais, dado que os agora candidatos não tiveram tempo de desmitificar algumas situações como a da tal betoneira roubada na Rua Machado dos Santos, aqui referida neste blogue, e que parece que em vez de ter sido roubada, foi tão somente um certo "acerto de contas" entre o dono da betoneira e o patrão para quem ela estava a trabalhar.
Findo este período das Presidênciais os movimentos estilo SCP terão que ser extintos pois alguns deles ficarão por essa altura a muitos pontos de distância do próximo vencedor, o SLB (Senhor Lá de Belém).

terça-feira, 20 de setembro de 2005

NA FEIRA VI, OUVI E LI!

Passar às dez horas da noite de segunda feira pelo largo do Convento foi assim um bocado estranho para mim. O bulício da noite de sábado, onde se apinharam cerca de 2700 pessoas como que se tinha esfumado, dando lugar a um vazio onde nem o vento sussurrava.
No entanto tinha ainda bem presente na retina aquele indivíduo já bastante calvo que nessa mesma noite de sábado, enquanto eu ia habituando os meus “velhos” ouvidos ao alto e (des)necessário som dos “Xutos”, se ia contorcendo, nem sempre em sintonia com a música e que, ali mesmo à minha frente, eu não sabia se ele se estava a sentir mal física e mentalmente, se estava a ter um qualquer espasmo, ou, em última hipótese, se estaria a dançar. Garanto-lhes, o homem estava passado!
Segui. Mais acima as “barraquinhas” abandonadas e escuras como que me transmitiram uma certa nostalgia. Mas se calhar eu estava ali mesmo para isso. Para rever e tentar recordar um pouco do muito que vi, ouvi e li durante esta feira, assim como que em forma de balanço. Lá estava o sítio onde, numa iniciativa louvável, a “juventude” colocou à disposição de quem quisesse provar (e obviamente pagar) um delicioso chá de uma qualquer erva aromática, acompanhado ou não de um crepe. E se o chá estava fresquinho...No largo Sérgio de Castro revi o pavilhão de Rute e Fátima onde as várias galinhas “já tinham dono” ( Creio que foi a primeira vez que vi vender “galinhas” na feira). O Pavilhão do Município, bem situado e ocupando um espaço que ano a ano tem que ser mais rentabilizado, dado o progressivo pedido de ocupação, lá estava, igualmente só, quase tão só como estava aquando do lançamento dos livros “Sem Fim”... o Sr. Azedo merecia mais gente no lançamento do seu livro.. mas ele não tem culpa das pessoas se alhearem destes acontecimentos.
Ao apanhar um “Boletim da Feira” ( interessante prospecto) senti qualquer coisa mexer ( talvez um gato a fugir), e dei assim de repente com as ossadas. Arregalei os olhos, arrepiei-me com a caveira com os dentes à mostra, como se me quisesse dizer que estava ali a mais e que, ou eu dali desandava ou ia parar lá para o pé deles, ! Não é que eu seja medroso, mas enfim, achei por bem continuar o meu passeio nocturno um pouco para mais longe daquele lugar onde, afinal as ossadas não eram de vacas nem tinham vindo misturadas da terra do Painho. Passo em frente do pavilhão do BTT onde vi aquele terceiro golo do Nuno Gomes contra a União de Leiria, que mais parecia um “número de feira;”
Páro junto do Pelourinho e do pavilhão da “Hortinha do Besugo” que veio lá de Silves ( olá D. Manuela, fez boa viagem?) onde o seu dono me havia confessado o desagrado por duas situações: primeiro, porque sendo os seus produtos doces e bolos regionais Algarvios, tinha sido colocado num sítio onde a terra levada pelo vento lhe estragava os comestíveis e consequentemente o negócio ( será que ele disse, ao inscrever-se, que vinha vender comestíveis? Não sei.) Mais me disse o “besugo” de que as pessoas não passavam por ali, pois passavam à roda, pelo que, no seu entender, deveria haver umas limitações que obrigasse as pessoas a subir ou descer as escadas que dão acesso ao pelourinho, evitando assim que os visitantes passassem à roda, ignorando aquele pedaço de feira. Ouvi isto sim senhor.
Do Pelourinho vi a Praça Serpa Pinto onde acho que, com muita perspicácia foram colocadas todas as Associações do Concelho. E creio que ali estava o coração da Feira pelas razões que passo a enumerar:
- Melhores vinhos;
- Melhor exposição que continua a ser, e oxalá o continue a ser por muitos anos, a do Francisco Alexandre;
- O pavilhão mais inovador – o da Associação dos Amigos do Concelho de Aviz, a venderem livros ao alcance de qualquer bolsa e em quantidade abundante;
- O pavilhão mais original da Feira, em termos de decoração e que pertencia à Associação Gente
- O artesão mais velho em actividade – João Joaquim Carrilho, 91 anos feitos;
- O pavilhão do maior clube de Portugal Continental e Ilhas adjacentes (desculpa lá Alberto!)


Chegado ao fim deste passeio, e de ter mentalmente relembrado o que vi encostei-me a uma parede para descansar e tentei recordar algo do que ouvi na Feira ( e ouve-se tanto!)
Ouvi dizer que, logo na sexta-feira à noite, “ houve porrada outra vez por causa das louras”;
Ouvi as pessoas dizer que este ano havia muito menos gente, apesar de haver mais pavilhões. As culpas eram repartidas entre a Feira de S. Mateus em Elvas, as festas de Cabeção(?) a já nossa conhecida crise, a também já célebre e estafada teoria de que a feira tem que ser repensada, e eu sei lá mais quantas razões. Mas uma coisa eu garanto: a passear na feira, havia efectivamente muito menos gente que o ano passado. Ai isso foi de certeza. As causas serão múltiplas.
Ouvi uma “boca” de que iria surgir a curto prazo uma pareceria artística em que a classe das obras do Francisco Alexandre se aliaria ao requinte e classe da D. Rute Reimão;
Ouvi dizer que a D. Carolina, moradora na Rua Portas do Postigo teve uma feira demasiado musicada para os seus oitenta e picos anos, por via de lhe terem colocado uma coluna de som ambiente no primeiro andar da casa em que ela habita, quando em anos anteriores a referida coluna ficava um pouco afastada e virada para a Rua do Meio, provocando menos incómodo acústico;
Ouvi uma história de alguém que não me lembro já e que parece que vinha a propósito dos anseios dos médicos quererem acabar com as tentações que por vezes passam em termos de possíveis assédios sexuais em consultas. Dizia um fulano que um determinado ortopedista, percebi Dr. Pimpinha, (mas não garanto a autenticidade do nome porque o barulho era muito e a conversa não era para mim) costumava pedir às senhoras que fizessem um pequeno desfile em trajos menores, no seu consultório, para aquilatar do estado dos membros inferiores das ditas pacientes. Tendo por lá passado uma vez uma senhora demasiado gorda, e após o desfile, o mencionado médico terá dito:” Você não é uma mulher, é um monstro!”
Ouvi o escultor, Senhor Francisco Alexandre afirmar no seu discurso de abertura da exposição “Sabores da nossa Terra”, e as digníssimas autoridades que assistiram podem confirmá-lo, de que : “As farinheiras são um problema em todo o lado”- fim de citação.
Ouvi tanto, tanto, mas tanto, que não posso contar mais nada. Mas lá que as feiras são um rico sítio para ouvir coisas, lá disso não tenham dúvidas.
Antes de deixar a Serpa Pinto ainda relembrei o que li na Feira:
Desde logo o jornal Fonte Nova com um suplemento dedicado a Avis. E lá li que o Sr. Presidente da Câmara tem esperança de que daqui a 20 anos o concelho de Avis tenha uma população superior em 50% àquela que tem hoje. E eu que já estou tão velho para ver como é que terminará esse sonho do Sr. Presidente; será que vai ser proibida a venda de contraceptivos no concelho?
Li e descobri também que o Mestre Orlando, meu conhecido de há mais de 30 anos tem, tinha ou teve a alcunha de “Romão”...as coisas que se aprendem numa Feira!
Li uns versos do Sr. Artur Azedo que dizem: Sem se nascer poeta/Isso eu posso afirmar/Que só depois dos oitenta/Comecei a versejar/
Confesso que não percebo a ideia expressa nesta quadra, mas ela deve lá estar, eu é que não a enxergo!

Em princípio, em termos de Feira, é o fim.

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

DE SÁBADO PARA DOMINGO...

...mais um assalto pois claro...
Aproveitando a azáfama da Feira Franca, na noite de sábado para Domingo roubaram um betoneira que se encontrava num quintal na Rua Machado dos Santos.
Parece que agora depois dos cafés começou o saque a casas particulares.
Até quando? E se algum proprietário perder a cabeça? Mal para ele não é verdade?

(amanhã vamos falar da “Fêra” que hoje já tenho muito soninho nos meus olhinhos...)

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

DE SEGUNDA PARA TERÇA ...E QUARTA!

Com que então esta semana não havia assaltos! De segunda para terça-feira foi a vez da porta da Casa do Benfica em Avis sofrer uma tentativa de arrombamento. Não chegaram a entrar no interior da Casa, talvez por terem tido um rebate de consciência e acharem que os oito pontos perdidos no campeonato já eram castigo suficiente...

HOJE - QUARTA

O meu amigo "CONFÚCIO" andava entusiasmadíssimo com o debate sobre as Autárquicas a ser transmitido hoje na Rádio Portalegre. Dizia-me ele que ouvindo o debate a três já não precisava de ir assistir a nenhuma sessão de esclarecimento político. Encontrei-o há bocado de rádio de pilhas bem colado à orelha. Ao ver-me disparou:
- Acabou mesmo agora. Então tu não ouviste?
- Não amigo "Confúcio", esqueci-me. Puz-me a ver a bola e nunca mais me lembrei...
- Então olha foi assim: o Sr. candidato da CDU disse que ia dar explicações de matemática a um senhor do PS e depois disse que ia comprar o edifício da Santa Casa da Misericórdia e ia lá fazer umas casas de banho que custavam oito mil contos e depois disse que ia comprar um lote de terreno na Zona Industrial para fazer lá uma fábrica de cortiça, da cortiça que tinha comprado faz hoje precisamente quatro anos e meio e depois disse a um senhor da CDU que o acompanhou que ia construir uma nova barragem do Maranhão para que os esgotos das freguesias não fossem para lá despejados e depois disse que não precisava do ordenado de presidente para viver e depois disse que as listas dele eram maiores que as dos outros e depois disse...
- Mas olha lá ó "Confúcio", então só o Sr. candidato da CDU é que falou?
- Não, falaram todos, mas eu tenho a impressão que ainda fiquei mais confuso. Se calhar não percebi nada e não devia era ter ouvido o debate...
- Olha o melhor é ires aos comícios todos cá do concelho para ver se ficas menos confuso..
- Eu ir vou, mas se o meu voto é sempre igual ou ao da minha prima Catarina Dias Umbelina, ou ao do meu primo Pedro Serrão ou ao do meu cunhado Patrício Sousa Diamantino, se calhar o melhor é não ir a nenhum.
- Ora porra p'ra ti, "Confúcio", que ainda consegues andar mais baralhado do que o treinador do Benfica!

terça-feira, 13 de setembro de 2005

PEÇO-LHE: POR FAVOR NÃO ME LEIA...

“DO CASTELO” está em condições de informar que o Dr. Mário Soares, candidato à Presidência da República Portuguesa em 2006, acaba de receber o apoio incondicional de dois pesos pesados da cena internacional,conhecidos a nível mundial e com vista a reforçar o seu “aparelho” de candidatura.
Assim, o Exmº Sr. Dr. ALZHEIMER e o Exmº Sr. Dr. PARKINSON, disponibilizaram-se a dar-lhe uma mãozinha e comprometeram-se a aparecer em qualquer altura menos esperada.
Assim se vai reforçando a liderança do ex-Primeiro Ministro de Portugal, do ex-Presidente da República de Portugal do ex-líder do Partido socialista, do ex-.......

(Nota: eu avisei para não ler...para que serve agora esse sorriso “rosamarelecido”?)

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

O MEU AMIGO "CONFÚCIO"...

O meu amigo “Confúcio”, continua confuso e descrente dos políticos e das políticas. Vai daí resolveu vir ter comigo e dizer-me umas quadras que ele próprio para ali engendrou sobre os primeiros cartazes que invadiram a nossa vila, com vistas às próximas Autárquicas. Não sei se consegui decorá-las bem, mas creio que rezavam mais ou menos assim:



CDU na autarquia
É trabalho e competência...
Mentir em democracia
Dá cabo da paciência!

PS com os Portugueses
Para um futuro melhor...
Já ouvi milhares de vezes
Mas vejo tudo pior!

Mas não vi nenhum slogan
Do PPD/PSD;
Ontem como amanhã
Será que cá não se vê?


Não me cabem emitir juízos de valor, pelo que me limito a reproduzir aquilo que penso ter ouvido...

domingo, 11 de setembro de 2005

FARMÁCIA SAÚDE : Nº 108/SETEMBRO 2005/OFERTA DO SEU FARMACÊUTICO

1 - REGRESSO ÀS AULAS- A SAÚDE TAMBÉM VAI À ESCOLA

MANUAL DE INSTRUÇÕES

O nervosismo é rei quando se trata do primeiro dia de aulas, quer seja a estreia absoluta, quer se trate de ingressar num novo ano de escolaridade. Estão nervosas as crianças e nervosos os pais. É natural: trata-se de uma mudança, mas uma mudança que é possível ultrapassar com tranquilidade. Aqui ficam algumas ideias para conquistar essa tranquilidade.
( Desenvolvimento nas páginas 20 e 21)

2 - GRIPE : ESTÁ NA ALTURA DE VACINAR

A INFLUÊNCIA DE UM VIRUS

Chama-se influenza o vírus da gripe, um vírus que nos incomoda todos os Invernos. Agressivo e dissimulado, muda de face a cada estação fria. Nem sempre lhe damos a devida importância, habituados que estamos aos males invernais, mas uma gripe pode ter consequências mais sérias do que a tosse e os espirros, as dores corporais e a febre. Pode ser a antecâmera de uma doença mais severa como a pneumonia. Para não chegar a este extremo, o melhor é prevenir: a vacina diminui muito a influência deste vírus.
( Desenvolvimento nas páginas 34/37)

sábado, 10 de setembro de 2005

...E VÃO OITO!!!!!!!!

Ontem não consegui "blogar", pelo que era minha intenção colocar hoje a "escrita" de ontem. Mas estou fulo com o Glorioso.Por isso o de "ontem" passa para "amanhã" e agora vou desabafar, já que me apetece dar um grito tão grande de insatisfação que chegue até às fragas do Maranhão.
Será que o treinador do Benfica ainda não se apercebeu que a pré-época já acabou e que nesta altura do campeonato já não se pode andar a fazer experiências? Até quarta-feira que vem, o que é que aquela cabecita loira inventará para a Liga dos Campeões? Irá pôr o João Pereira ( que óbviamente tem que jogar) na baliza? E o Carlitos ( quem é este?) no centro da defesa? E o Quim no ataque? Tudo é possível.
Estou ansioso por ver. Vou esperar sentado, na certeza porém que em termos de campeonato...8 pontos já lá vão!

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

DE TERÇA PARA QUARTA

Foi exactamente de Terça-feira para Quarta-feira desta semana que "alguém" resolveu cortar os cabos telefónicos e de electricidade que servem a Biblioteca Municipal. Com que finalidade? Desligar o alarme para depois ali se introduzirem? Então porque não o fizeram? Foram detectados? Desistiram?
Uma coisa é certa: semana em que no concelho de Avis ( que é o que mais nos interessa) não hajam roubos ou outros actos de vandalismo, nem é semana nem é nada...

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

AMIGOS DO CONCELHO DE AVIZ - ASSOCIAÇÃO CULTURAL, NÃO PÁRA!

Chegou ao meu conhecimento uma série de eventos a levar a cabo pelos AMIGOS DO CONCELHO DE AVIZ - ASSOCIAÇÃO CULTURAL e que passo a enumerar:

1 - Passeio pedestre PELAS MARGENS DO MARANHÃO, a realizar no próximo dia 10, sábado e integrado nos Jogos Concelhios de Avis. É uma optima oportunidade para se poder disfrutar da natureza, do convívio interpessoal e trocar ideias fazendo inclusivamente novos conhecimentos. A concentração será às 08h30m junto da Sede da ACA e o percurso parece ser bastante interessante.

2 - I concurso de Fotografia - AVIZ SÉCULO XXI - A decorrer até dia 14 de Outubro. Um tema sem dúvida aliciante, com prémios pecuniários e cujo regulamento pode ser consultado em http//:aca.com.sapo.pt

3 - Exposição de esultura SABORES DA NOSSA TERRA, de Francisco Alexandre, a inaugurar dia 17 do corrente mês, na Sede da ACA. Dado o êxito das exposições anteriores deste artista, estou deveras curioso em apreciar os trabalhos deste ano.

4- Implantação de UM PAVILHÃO no decorrer da Feira Franca de Avis, onde irão pôr à disposição dos interessados livros a preços que estão perfeitamente ao alcance de qualquer bolsa. Constou-se-me que haverá livros a partir de cinquenta cêntimos!!!!!

5 - Após o términus da exposição reabertura do já célebre CAFÉ COM LETRAS, com algumas novidades.

Parece que vontade não falta a esta rapaziada...

domingo, 4 de setembro de 2005

TOME CUIDADO!

Então é assim! Se tiver necessidade de percorrer a Rua do Convento faça o seguinte:nas imediações da Clínica Veterinária passe sempre junto à porta da dita. E isto porquê? É que de uma das janelas da casa que vai apodrecendo em frente à referida Clínica encontra-se um vidro, solto e em acção de cair na cabeça de qualquer transeunte, a qualquer momento e quando menos se esperar. Se não acredita, vá lá ver...
Entre uma vidraça na cabeça e uma mordidela de cão, venha o diabo e escolha, mas eu por mim ainda arrisco na mordidela....

terça-feira, 30 de agosto de 2005

FARRAPO HUMANO

Chegou ao conhecimento DO CASTELO uma situação de degradação de vida humana que revela um pouco do que é a sociedade em que vivemos, onde não há valores que se imponham pela positiva. Vamos chamar as coisas pelo nome, identificando este farrapo humano:
Localização : Rua Outeiro da Saudade, Nº 1
Localidade : Avis
Nome : Luisa Maria Leão
Alcunha : Mascote

Ora acontece que a D. Luisa tem estado abandonada em casa, sozinha, sendo auxiliada pelas vizinhas ( por ex. Leonor Canhoto e Margarida Carrilho) que, num gesto de boa vontade, a têm ajudado. Acamada, sem comer e sem se bastar a si própria no que à higiene pessoal diz respeito, assim tem vivido esta mulher de 75 anos de idade, a que Avis deve algo. Procurar quem devesse ter tomado uma atitude atempada para prevenir esta situação é fácil de encontrar: a D.Luisa tem duas filhas. Uma vive em Portugal e a outra está emigrada. Ambas postas ao corrente da situação, parece que não lhes corre sangue da mãe nas veias. Segundo consegui apurar terá vindo agora a Avis a que está no estrangeiro resolver a situação, tendo hoje, dia 30, a senhora passado a ter assistência na Santa Casa da Misericórdia, em regime de assistência diurna. As filhas lá terão as suas razões que, no entanto, não sei que tamanho terão para deixarem quase morrer a mãe ao abandono. Aliás, não há razão nenhuma que permita deixar morrer uma mãe ao abandono!
Mas, se calhar mais alguém além destas vizinhas deveria ter feito algo. Para quem não sabe – principalmente os políticos mais novos ou da nova geração – dir-vos-ei que a D. Luisa sempre esteve ao lado do Partido Comunista e das suas necessidades. Participou activamente em comícios ( atrevia-me a dizer em todos), tomou parte activa nas ocupações, tomou parte activa nos saneamentos... Foi útil ao Partido enquanto o Partido dela precisou. Talvez agora fosse altura do Partido lhe retribuir com algo mais do que um simples gesto de carinho, embora sabendo eu que um Partido não é propriamente uma “instituição de caridade”. Mas...
E a Associação de Reformados de Avis (ASRPICA)? será que também nada poderá fazer por um seu associado em carências vitais?
Rebusquei uma entrevista dada pela visada ao Jornal “A Ponte” em Junho de 2003, onde ela afirmava que ...”estamos num país de corruptos”... e...” O futuro não se me apresenta nada risonho” – coitada; parece que estava a adivinhar. Os corruptos, se calhar, até ela os conhecia com nome e tudo. Quanto ao futuro não podia estar mais certa em relação ao que a esperava.
Fica aqui o meu repúdio pela forma como a sociedade faz uso dos seus cidadãos. A D. Luisa que tantos mortos lavou e vestiu, se calhar, arrisca-se a nem ter quem a lave e vista depois de morta!