sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CESTAS DE POESIA ( CLVI)

Tenho tanto frio, mas tanto frio – devo estar a “chocar” alguma constipação - que hoje deixo-vos apenas com as décimas de JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, sem fazer aquelas considerações habituais aos factos mais relevantes do dia.
Leiam e apreciem: o que é

O pensamento

Levo os dias a pensar
No quanto tenho penado;
Se o pensamento falhar
Foi um pensamento errado!

Eu penso constantemente
Com insistência e rigor
Na fraqueza e no vigor,
No passado e no presente,
Se o coração for carente,
Pedir para o ajudar,
Eu penso logo em lhe dar
Aquilo que me pedir
Mas como o irei conseguir
Levo os dias a pensar.

Será apenas bom senso
Este meu procedimento,
Insistir no cumprimento
De tudo aquilo que penso;
Com alegria compenso
Um pensamento gorado,
E não fico obcecado
Por pensar a toda a hora
Naquilo que penso agora
No quanto tenho pensado.

A pensar no que pensei
Eu gasto o meu pensamento
Pensando a cada momento
Que pensamento terei;
O que é que então farei
Se penso que vou errar,
Nada terei a ganhar
E compreenderei então
Que é apenas ilusão
Se o pensamento falhar.

Um dia pensei que tinha
Minha vida orientada
Então não pensei mais nada
Do que ao pensamento me vinha;
Só desilusões continha
Um dia mal inspirado,
Como um sonho dourado
Pensei que rico seria,
Mas o pensar desse dia
Foi um pensamento errado.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

AMANHÃ, QUINTA-FEIRA, HÁ CAFÉ COM LETRAS

Realiza-se amanhã, quinta-feira, a segunda sessão do presente ano do Café com Letras, tertúlia que a Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural promove pelo sexto ano consecutivo. Para nos falar “DO LAGAR TRADICIONAL À PRODUÇÃO CONTÍNUA” estará o especialista na matéria, FRANCISCO ANTÓNIO CORREIA, que virá de Figueira e Barros.

Com início aprazado para as 18 horas na Sede da ACA, espera-se que esta sessão tenha o mesmo impacto que teve a primeira, realizada há quinze dias, em que quarenta pessoas se reuniram para ouvir e falar sobre o “AZEITE” numa conversa conduzida pelo Engenheiro MACHADINHA.

As entradas são livres e abertas a toda a população.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

NA PRAÇA SERPA PINTO, EM AVIS

Foto1 : A Praça Serpa Pinto está actualmente restringida a oito lugares de estacionamento

Foto 2 : A viatura matrícula JL-84-81 encontra-se ali abandonada há vários meses...

Como sabemos a Praça Serpa Pinto, com as últimas alterações efectuadas, restringiu o estacionamento automóvel a oito lugares que devido a esse reduzido número se encontra quase permanentemente lotado. Nos dias úteis preferencialmente por pessoal dos serviços camarários e até aos Sábados e Domingos se encontra totalmente preenchido como o demonstra a foto 1, obtida este Domingo de eleições. Não raras vezes se vêem até carros estacionados em cima dos passeios dada a exiguidade dos lugares marcados.

No entanto, há vários meses que ali permanece um carro abandonado, da Marca Renault, modelo 5 GTL, matrícula JL-84-81, como se pode verificar na foto 2.

Aquele carro, que até já tem um pneu furado, ocupa em permanência um lugar que poderia ser ocupado por várias pessoas que dele necessitassem temporariamente.

Não sabemos por quanto mais tempo aquele carro ali permanecerá, por isso daqui lançamos um alerta não sabemos a quem (ao Sr. Vereador da Câmara responsável pelo trânsito local? Ao Sr. Comandante da GNR de Avis? Ao dono da viatura em causa?) no sentido de que aquele lugar seja libertado de modo a poder ser usufruído por mais que um automobilista.

Fica o alerta.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

17ª JORNADA

BEIRA-MAR 0F. C. PORTO 1
(1ªvolta: 3-0)

Metendo os rivais no saco
Villas Boas joga à Cavaco:
Com medo da reviravolta
Vai a jogo confiante
E este “miúdo” brilhante
Ganha à primeira volta…

BENFICA 4NACIONAL 2
(1ª volta: 2-1)

Se bateu no Luís Alberto
O Jesus é pouco esperto
E não sou eu que o gabo:
Pois com essa atitude
É um Jesus sem virtude
É um Jesus …do Diabo!

MARITIMO 0SPORTING 3
(1ª volta: 1-0)

O Betencurt a sair
E o Patrício a ressair;
O Zapater a marcar
E o Paulo Sérgio a crer;
O grupo a corresponder
E o árbitro a ajudar…

EXPLIQUEM-ME LÁ, POR FAVOR

Benfiquista confuso pergunta: mas haveria necessidade disto?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

CESTAS DE POESIA ( CLV)

Nesta sexta-feira que é por coincidência o último dia de campanha eleitoral para a Presidência da República; no dia em que chega ao fim uma campanha amorfa, sem chama ou interesse, sem soluções, que levou cinco candidatos a atacar um candidato e em que esse candidato se esforçou mais por dizer o que fez do que aquilo que fará se for reeleito; numa sexta-feira em que estou muito mais convencido do que há oito dias atrás de que vamos ter mesmo Presidente da República eleito à primeira volta; numa sexta-feira em que me parece que o dinheiro que se vai poupar numa segunda volta nestas eleições se irá gastar ainda este ano em eleições para a Assembleia da República, eis-nos chegados a mais uma Cesta de Poesia. Aqui mantemos a coerência: continuamos a apresentar boa poesia em décimas.
Por vezes acomodamo-nos, não queremos ir ou ver mais além. O Campeão das Décimas, JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, não se conforma, quer ir sempre mais além e foi o que fez desta vez, continuando assim a oferecer-nos coisas muito bonitas. Acompanhemo-lo pois…

Subindo ao topo do monte

Subi ao cimo do monte
Para ver do outro lado;
Lá do alto, o horizonte,
Me deixou maravilhado!

Há muito que em minha mente
Germinava esse pensar
De poder avaliar
Aquilo que estava ausente;
Bem disposto a ir em frente
Passei o vale e a ponte,
Matei a sede na fonte,
Ganhei mais agilidade,
Cheio de curiosidade
Subi ao cimo do monte.

Encosta acima subindo,
Aos esses, serpenteando,
Fui pouco a pouco avançando
Ora firme, ora caindo;
O sonho era demais lindo
Para ser abandonado,
Por fim me vi compensado
Logo que ao cimo cheguei,
Olhos ao longe deitei
Para ver do outro lado.

Outras serras descobri
Ao longe na vastidão
E logo o meu coração
A bater forte, senti;
De imediato descobri
Sem nada que me amedronte
Erguendo o corpo e a fronte
Ir ver o que há mais além
E redescobrir também
Lá do alto, o horizonte.

Foi um feito quase incrível,
Memorável de verdade,
Já com tão provecta idade
Eu fiz quase o impossível;
Mas achei que era credível
Sacrificar-me um bocado
Senti-me realizado
Quando no topo me vi
E tudo o que descobri
Me deixou maravilhado!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

VOTO EM BRANCO EM SINAL DE PROTESTO É INÚTIL NAS PRESIDENCIAIS

Para que não restem dúvidas sobre o valor do voto em branco nas Presidenciais passo a transcrever, com a devida vénia, um artigo publicado no Jornal "Público".

"Lei eleitoral

Voto em branco em sinal de protesto é inútil nas presidenciais

Jornal «Público» - 11.12.2005

O voto em branco em sinal de protesto é inútil nas eleições presidenciais uma vez que não conta para o apuramento final dos resultados, ao contrário das outras eleições, em que entra para a percentagem final.
Nas últimas legislativas, o voto em branco foi a sexta maior expressão eleitoral, num total de 103.555 boletins, representando 1,81 por cento, mais do que a percentagem obtida por vários partidos políticos concorrentes, como o PCTP/MRPP (0,84) ou a Nova Democracia (0,7).
A defesa do voto em branco foi assumida na campanha para as legislativas de Fevereiro deste ano por um movimento anónimo auto- intitulado "Um Rumo para Portugal", que chegou a colocar cartazes nas ruas para demonstrar o descontentamento com a classe política.
No caso das presidenciais, o voto em branco é irrelevante para o apuramento final dos resultados, já que a Lei Eleitoral do Presidente da República estipula que "será eleito o candidato que obtiver mais de metade dos votos validamente expressos, não se considerando como tal os votos em branco".
A diferença é que em todos os outros tipos de eleição o voto em branco, tal como o nulo, apesar de não contar para a distribuição de mandatos, constitui uma percentagem no total dos votos apurados.
Na eleição presidencial, os votos em branco e nulos são excluídos do apuramento final dos resultados, chegando-se aos 100 por cento apenas com os votos expressos em cada um dos candidatos.
Além desta diferença, há outras particularidades da Lei Eleitoral do Presidente da República, como o facto de os candidatos terem que ser propostos por um mínimo de 7500 cidadãos eleitores, que apenas podem apoiar uma candidatura.
"A exigência constitucional e legal de serem cidadãos eleitores a propor candidaturas exprime o desejo de o Presidente da República ser uma figura não partidária, muito embora não se exclua o apoio expresso dos partidos políticos", salientam os juristas Jorge Miguéis, sub-director do Secretariado Técnico para os Assuntos do Processo Eleitoral (STAPE), e Fátima Abrantes Mendes, técnica da Comissão Nacional de Eleições (CNE), na edição anotada da Lei Eleitoral do Presidente da República.
O limite mínimo de 7500 assinaturas tem o objectivo de "dar credibilidade ao acto eleitoral, exigindo uma base de apoio mínima ao candidato, que de outro modo poderia ser tentado a utilizar um processo eleitoral para mera autopromoção".
A existência de um limite máximo de assinaturas - 15.000 - é muito importante para "impedir leituras antecipadas dos resultados da eleição caso se admitisse um número ilimitado de proponentes", assinalam ainda Jorge Miguéis e Fátima Abrantes Mendes.
Poderia até funcionar como uma espécie de campeonato para ver qual dos candidatos apresentava mais assinaturas, o que suscitaria a possibilidade de "condicionar o voto dos eleitores através da criação de mecanismos psicológicos evidentes".
O Presidente da República é eleito em "lista uninominal", o que significa que "não são admitidos candidatos suplentes, evitando-se assim o aparecimento de candidatos 'fantasmas' que possam induzir a uma escolha errada por parte dos eleitores", assinalam os juristas.
É o eleitor que indica directamente, através do voto, o candidato no qual se reconhece, numa escolha em que contam factores como o perfil, a história política e os apoios políticos, além do rumo que defende para o país enquanto representante máximo da nação.
A eleição do Presidente da República, um cargo unipessoal, é a única em que o processo eleitoral terá que ser reaberto em caso de morte ou qualquer outro facto que incapacite o candidato para o exercício da função presidencial.
Caso isso acontecesse, o Presidente da República teria que marcar nova data para as eleições, haveria nova apresentação dos candidatos, num processo que poderia demorar cerca de dois meses.
Subentende-se que esta disposição legal se aplica do mesmo modo em caso de segunda volta nas eleições, assinalam Jorge Miguéis e Fátima Abrantes Mendes na Lei Eleitoral.
Em declarações à Lusa, Jorge Miguéis justificou a necessidade de reabrir todo o processo com o facto de o candidato ser proposto "por um importante número de eleitores"."Se o candidato falece, essas pessoas têm o direito de apresentar, se o desejarem, um outro candidato", afirmou.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

REFLEXÕES CRÓNICAS - O ACORDO ORTOGRÁFICO

5 – O ACORDO ORTOGRÁFICO



Quero agradecer àqueles que manifestaram o seu agrado pela nova imagem “DO CASTELO”. Vai-se mudando alguma coisa, penso que para melhor. Mas há uma coisa que por aqui não vai mudar, pelo menos até não ser obrigado a tal: a escrita de acordo com o novo acordo ortográfico. Pelo menos por duas razões essenciais: primeiro nunca me foi perguntado se eu queria aderir ao referido acordo e segundo por solidariedade com todos aqueles meninos e meninas da minha geração que tantas reguadas e canadas na cabeça levaram por escreverem com erros. Não é para me gabar, mas por acaso a mim isso raríssimas vezes me aconteceu. Mas tive colegas que eram autenticamente sacrificados com situações dessas. Para já não falar nas vezes sem fim que a nossa professora nos mandavam escrever a mesma palavra repetidas vezes numa folhinha de caderno, de quando em vez de duas linhas, que era para a letra também ir ficando direitinha. Eram as então chamadas “palavras difíceis”.
E lá vinha a ordem:
- Hoje vão para casa e vão escrever a palavrinha “directo” cinquenta vezes. Não se esqueçam que tem um “c” de cão antes do t…
E a maralha lá ia para casa escrever cinquenta vezes para aprender e nunca mais se esquecer que a palavra “Directo” tem um “c” de cão antes do t. Agora vem uns papagaios quaisquer dizer que a palavrinha “Directo” já não tem um “c” de cão antes do t. Por aqui, “DO CASTELO” irá escrever como aprendeu. De modo que fica já esclarecido: algum erro que por aqui apareça é mesmo erro e não é fruto de aderência a qualquer acordo ortográfico.
Vejamos se compreendem facilmente este texto da minha própria imaginação:

De fato vi passar o João com ar contrafeito. Também era um fato real que não era habitual vê-lo de fato. O fato, de fato, ficava-lhe apertado e parecia que ia mais metido numa camisa-de-onze-varas do que de fato num fato. Cumprimentei-o:
- Bom dia João, onde vais de fato? Estranho porque de fato não é habito ver-te de fato…
- De fato não costumo andar de fato, mas acontece o seguinte fato: vou a um casamento que de fato até já devia ter acontecido há um mês e daí o fato de tu hoje me veres de fato. Mas confesso: de fato, não gosto muito de andar de fato…
- Não me leves a mal mas de fato esse fato é um fato que não te assenta lá muito bem…

É claro que exagerei nos termos que apliquei, mas eles não são de todos de excluir. Podem acontecer e, quanto a mim, fica instalada a confusão… mas, no meu fraco entender, tudo ficaria mais perceptível (apesar da confusão propositada) se se lesse, melhor, se se escrevesse assim:

De facto vi passar o João com ar contrafeito. Também era um facto real que não era habitual vê-lo de fato. O fato, de facto, ficava-lhe apertado e parecia que ia mais metido numa camisa-de-onze-varas do que de facto num fato. Cumprimentei-o:
- Bom dia João, onde vais de fato? Estranho porque de facto não é hábito ver-te de fato…
- De facto não costumo andar de fato, mas acontece o seguinte facto: vou a um casamento que de facto até já devia ter acontecido há um mês e daí o facto de tu hoje me veres de fato. Mas confesso: de facto não gosto muito de andar de fato…
- Não me leves a mal mas de facto esse fato é um fato que não te assenta lá muito bem…

Mas a grafia portuguesa tem coisas engraçadíssimas. O que lhes vou aqui deixar não é da minha própria imaginação, e até por isso tem imensa piada. Você sabia que é possível construir um texto de vários parágrafos e sempre com palavras começadas com a letra “P”? Isto é tão-somente uma curiosidade e nada tem a ver com acordos ortográficos.
Nesse aspecto estamos entendidos, não é verdade?
Acordo ortográfico em “DO CASTELO”…JAMAIS!
E vamos ao texto dos “P”:

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais... Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos.. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.

Posteriormente, partiu para Pirapora... Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.

Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.

Partindo para Paris, passou pelos Pirenéus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas.

Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.

Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. - Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.

Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para papai Procópio para prosseguir praticando pinturas.

Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.

Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.

Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito.

Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo pereceu pintando...

Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar.... Para parar preciso pensar.

Pensei. Portanto, pronto pararei.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

16ª JORNADA

SPORTING 2 – PAÇOS DE FERREIRA 3


Uma mesa com “três patas
Inda que das mais baratas
Não se segura de pé;
Com as da Mata Real
(“Foram duas” por sinal)
Já tem uma a mais, não é?


PORTO 3 - NAVAL 1


Desde o Norte até ao Sul
Está tudo mais azul
Com o Porto a cilindrar;
Se não lhe põem um travão
No fim teremos então
Um Porto a comemorar…


ACADÉMICA 0 - BENFICA 1


Ó senhor Elmano Santos
Os seus erros foram tantos
Que se o Benfica não ganhasse
Com tanto e tanto empurrão
Mais valia, (porque não?)
Que você mesmo se matasse….

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

CESTAS DE POESIA (CLIV)

Numa altura em que cada vez estou mais convencido que qualquer dia o FMI já está instalado em Portugal a ditar as suas ordens e o nosso Primeiro-ministro ainda está a gritar aos quatro ventos que não precisamos de ajuda externa, que continuaremos orgulhosamente sós (onde é que eu já ouvi isto????...) e sem saber muito bem porquê, lembrei-me do Tareq Aziz que em 2003, aquando da invasão do Iraque pelas tropas aliadas, já lhe estavam as bojardas americanas a cair quase em cima e ele ainda assim mesmo não acreditava sequer na invasão norte americana quanto mais que estivesse já dentro do palácio? Pois…; numa altura em que já me chego a convencer que vamos ter Presidente da República logo à primeira volta, eis-nos em mais uma sexta-feira isto é, em mais uma “CESTA DE POESIA”.

O nosso convidado, o grande poeta JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, de Santo António das Areias, desde sempre nutriu um carinho especial pela sua mãe. Arriscaríamos mesmo a dizer que a sua mãe foi a pessoa que mais o marcou. Ora vejam lá se não concluem o mesmo que eu, após lerem as seguintes décimas:

Um beijo da nossa mãe
Seja em que idade for
Sabe-nos sempre tão bem
Mais do que beijo é amor!

Se em pequeno me beijava,
Eu então desconhecia
O carinho que trazia
O beijo que ela me dava;
Como minha mãe me amava
Nunca me amou ninguém!
Feliz o que ainda vem
No dia-a-dia esperando
Receber de vez em quando
Um beijo da nossa mãe!

Não são os beijos na boca
Que têm maior paixão:
São apenas ilusão
De uma amizade louca;
Em breve se torna oca
Despida, sem ter valor,
Beijo de mãe tem calor
Por ser do peito nascido,
É sempre bem recebido
Seja em que idade for!

Quem me dera sempre ter
Aqueles lábios tão finos
Que ao beijar seus meninos
Sentia tanto prazer!
Ela em vez de me bater
Se não me portava bem,
Me dava como ninguém
Esse beijo delicado,
Que espontaneamente dado
Sabe-nos sempre tão bem!

Mesmo quando já velhinha
Com sua face enrugada,
A boca quase cerrada
Mesmo assim, beijar-me vinha!
Minha querida mãezinha
Que num altar hei-de pôr,
Direi sempre sem favor
Que o beijo dessa mulher
Não é um beijo qualquer:
Mais do que beijo á AMOR!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

SONETO QUASE INÉDITO DE JOSÉ RÉGIO

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.


JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

NOTÍCIAS DA ACA

A fazer fé no “PORTAL DE AVIS”, em cartazes profusamente colocados e num convite a que recebemos, o mês de Janeiro apresenta-nos três iniciativas da AMIGOS DO CONCELHO DE AVIZ – ASSOCIAÇÃO CULTURAL.
1) ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA


A realizar no próximo dia 22 de Janeiro sendo que no ponto 2 da ordem de trabalhos consta “Eleição dos órgãos Sociais para o mandato 2011-2013”.

Ao que consta, a ACA tem mais de 300 sócios pelo que seria desejável e “saudável” que aparecessem à votação da Assembleia-geral mais que uma lista concorrente aos Órgãos Sociais daquela associação. Não que os actuais corpos sociais não tenham minimamente cumprido com aquilo que lhes foi exigido em anteriores Assembleias, mas uma mudança de fundo, com substituição de todos os corpos sociais, seria sempre benéfica para a associação e para a própria vida cultural da vila (digo eu…)


2) CAFÉ COM LETRAS

Reinicia-se este mês mais um Ciclo de “Café com Letras” que irá decorrer, como habitualmente, entre Janeiro e Junho, sempre quinzenalmente, na Sede da ACA e às 18 horas.
Encontrando-se ainda a decorrer a safra do azeite do corrente ano, as duas sessões de “Café com letras” deste mês são dedicadas à temática do AZEITE no dia 13 e aos Lagares no dia 27, tendo como oradores a 13 o Eng.º MANUEL JOAQUIM MACHADINHA, de casa Branca e a 27 para falar mais concretamente “DO LAGAR TRADICIONAL À PRODUÇÃO CONTÍNUA” o Sr. FRANCISCO ANTÓNIO CORREIA, de Figueira e Barros.




3)  CONVITE

O Convite que nos foi endereçado é extensivo a todos aqueles que gostem ou queiram falar sobre estes temas pois que as entradas para estas tertúlias são grátis e abertas a sócios e não sócios.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

15ª JORNADA

PORTO 4 – MARÍTIMO 1

É verdade sim senhor:
Este Porto é vencedor
Tendo um “mamar” muito terno…
Não há Águias nem Leões
Que possam ser campeões
…Do campeonato de Inverno…

Sporting 2 – Braga 1

É quase sempre bonito
Um golo que é esquisito;
Pois o jovem Salomão
Mostrando que assim é,
E mesmo trocando o pé,
Marcou um grande golão!

UNIÃO DE LEIRIA 0 – BENFICA 3

P’ra lutar contra a pressão
Joga o Benfica à Campeão
E põe o Leiria a tremer:
E até a Liga acabar
Se o Benfica assim jogar
Quem não vai estremecer?









sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CESTAS DE POESIA (CLIII)

Foto - JOSÉ DA SILVA MÁXIMO  é um amante de Avis, suas terras e suas gentes


Numa altura em que me encontro cada vez mais estupefacto com a honestidade dos nossos políticos e cada vez mais baralhado sem saber em qual candidato à Presidente da República é que hei-de votar, isto é, sem saber qual é o menos mau, numa altura em que a “referência” do nosso exército que dava pelo nome de “Comandos” acaba de ser assaltada e roubada em armas de guerra de elevada precisão,…Na véspera do Salão dos Paços do Concelho de Avis receber, às 16:00 horas, a apresentação do livro “As Avis”, da autora Joana Bouza Serrano, temos mais uma Cesta de Poesia. A crise aí está. Bem instalada (pelo menos para alguns, diria mais: para os mesmos do costume). JOSÉ DA SILVA MÁXIMO já em 2006 percebia o que era isso de crise e retrata exemplar e superiormente a situação de um pobre nas décimas que hoje aqui lhes trago.
Espero que gostem:

A vida dum homem pobre
É uma grande cantiga;
Sem ter nada que lhe sobre
Tem muito que se lhe diga!

Quem pobrezinho nasceu
E com pouco foi criado,
Não teve um lençol bordado,
Só miséria conheceu!
Com a pobreza cresceu,
Não conheceu nenhum nobre,
As suas mágoas encobre
E delas faz sua história
Como é vil, triste e inglória
A vida de um homem pobre!

Se não tem ocupação,
Não tem féria garantida,
Já diz mal da sua vida
Se em casa lhe falta o pão;
Até corta o coração
Como o pobre se afadiga,
A sorte é sua inimiga
E nada o faz animar,
Sem motivo p’ra cantar
É uma grande cantiga!

Trabalha a semana inteira
Desde manhã ao sol-pôr,
Arrosta com o calor
Sem se negar à torreira;
Não se exime da canseira
Por mais que tente e se dobre,
Sempre a miséria o descobre
Em qualquer parte ou lugar,
Vê o salário abalar
Sem nada ter que lhe sobre.

Os anos passando vão
E chega à terceira idade
Sem nada ver na verdade
Que mude a situação!
Co’a reforma que lhe dão
Vai vivendo à moda antiga,
Sem nunca encher a barriga
Nem saber o que é fartura,
O viver da criatura
Tem muito que se lhe diga!

14.03.2006

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

JUNTA DE FREGUESIA DE AVIS ENTREGA PRÉMIOS DO 1º CONCURSO DE MONTRAS E SORTEIA VIAGEM À MADEIRA

Finalmente chegou hoje, às 21 horas no Salão da Junta de Freguesia de Avis, o momento ansiado por todos e todas que participaram no sorteio de uma viagem à Madeira ou no concurso de Montras alusivas à época natalícia: o momento da proclamação dos vencedores.
Ambos os eventos foram iniciativas da Junta de Freguesia local.
Perante uma assistência a rondar as cinquenta pessoas, entre os quais se encontrava a grande maioria dos comerciantes que aderiram às iciativas referidas, abriu a sessão a Sra. Presidente da Junta, Dra. Anabela Canela que num discurso quase quase a raiar o longo ( não chegou lá mas faltou pouco…), aproveitou para explanar as ideias chaves que o seu executivo tem em mente para o corrente ano de 2011. Dessas projecções realça-se "a instalação de uma “Galeria de Arte Urbana” a funcionar na Praça Serpa Pinto, nos baixos da sede da Bola. Aí haverá apresentação e venda de artesanato urbano e ainda artesãos a trabalhar ao vivo."

Quanto aos eventos que ali levaram os munícipes avisenses, Anabela Canela fez questão de frisar que “…o mais importante foi a participação e o facto de estamos aqui reunidos… Há arestas a limar e vamos limá-las com a colaboração de todos vós…o papel da Junta foi o de promover e dinamizar o comércio local… a adesão ultrapassou as nossas expectativas…quanto ao sorteio pensou-se que 5 000 senhas seriam suficientes e colocámos em circulação mais de 14 000…”

Os prémios:

 A viagem à Madeira é composto por um fim-de-semana (sexta a domingo) para duas pessoas, com passagens de avião Lisboa-Madeira-Lisboa, estadia em regime de meia pensão em Hotel de 4 estrelas numa unidade hoteleira situada no centro da cidade do Funchal.

Os prémios das montras:

1º Prémio – A mascote da Junta de Freguesia de Avis – “O MESTRE”, que é uma recriação em artesanato urbano de D, João I, Mestre de Avis e ainda uma refeição para duas pessoas no Herdade Cortesia Hotel, oferta daquela unidade hoteleira avisense

2º Prémio – Um bem recheado cabaz de produtos do nosso concelho contendo entre outros, vinhos (Abreu Callado, João Rato, Monte Paredes), e licores (Vale do Mestre)

3º Prémio – Conjunto de 4 garrafas de azeite da Herdade Fonte Ferreira

Menção honrosa – 1 garrafa de vinho tinto reserva de Fonte Paredes

Procedeu-se em seguida à apresentação do Júri e à explicação dos itens de selecção das montras escolhidas. O Júri foi constituído por três senhoras de seus nomes Rute, Susana e Sílvia. Causa-nos um pouco de confusão porque raio é que foram só senhoras a fazerem parte do Júri. Será que os homens não teriam a mesma sensibilidade observadora? Será que nem um só lá poderiam ter metido? Ou terá sido uma mera vingança pelo facto de os Reis Magos (que hoje assinalam o seu dia) terem sido três homens? Fica a dúvida.
Mas passemos adiante senão este post também começa a ser quase quase a raiar o longo…

Eis então os nomes dos vencedores do 1º Concurso de Montras Natalícias da Junta de Freguesia de Avis (por ordem que foram anunciados):

Menção HonrosaMESTRE ORLANDO

3º PrémioMAR DE IDEIAS

2º Prémio - MINIMERCADO TRAQUINAS

1º Prémio - LOJA DE ELECTRODOMÉSTICOS CARMINA RODRIGUES

Finalmente procedeu-se ao sorteio da viagem à Madeira. O escolhido para a extracção dos boletins premiados foi o Sr. Orlando que à segunda tentativa (à 1ª vez vieram dois boletins juntos) tirou como 1º premiado o

Nº 8332 correspondente a MARIA HELENA PALMA de AVIS

Caso este prémio não seja reclamado no prazo de 30 dias (o que francamente duvidamos) avançará o seguinte que foi extraído em segundo lugar e como suplente:

Nº 13802JOSÉ VARELA de ALCÓRREGO

A premiada foi avisada em directo e apesar da sua voz ensonada ainda pôde ouvir uma bem merecida salva de palmas por parte de todos os presentes.
Seguiu-se um momento de convívio com bolo-rei e bebidas a condizer.
Para terem mais ou menos uma ideia de como as coisas se passaram vejam as seguintes fotos:

Foto 1 - "O MESTRE" é a mascote da Junta de Freguesia de Avis
 
Foto 2 - A mesa que presidiu à sessão pública

Foto 3 - Na assistância muitos comerciantes que aderiram ás iniciativas
 
Foto 4 - Mestre Orlando, Menção honrosa ladeado por Anabela Canela e Rute Reimão que conta a história do "dedo ou passa?"

Foto 5 - Florbela Rodrigues, do Mar de Ideias, recebe das mãos de Manuel Rómulo, o 3º Prémio
 
Foto 6 - Joaquina Traquinas, do Minimercado Traquinas, recebe das mãos de Susana Coelho, membro do júri, o 2º Prémio

Foto 7 - Carmina Rodrigues vencedora do 1º Prémio, com Inês Fonseca, Presidente da Assembleia de Freguesia de Avis

Foto 8 - A "tombola" estava cheinha de senhas...
 
Foto 9 - Anabela Canela e Manuel Rómulo (afinal um homem sempre faz muita falta...) baralham as senhas
Foto 10 - Anabela Canela verifica o número sorteado (8332) perante a expectativa de Mestre Orlando

Foto 11 - O momento da leitura do número e do nome premiado com uma viagem à Madeira

Foto 12 - É este!
Foto 13 - A boa disposição foi palavra de ordem na altura das provas...

Foto 14 - Um bocado de bolo cai sempre bem...
 
Foto 15 - Ora então vá lá mais um copinho de licoroso...


Foto 16 - Anabela Canela era uma mulher feliz!