segunda-feira, 29 de dezembro de 2003

" A VIDA DURA UM MOMENTO"

"A VIDA DURA UM MOMENTO"
ENTRE UM SUSPIRO E UM AI;
É LUZ DE VELA AO RELENTO
QUE A LEVE SOPRO SE ESVAI.

José Gabriel Gonçalves - Carcavelos


"A VIDA DURA UM MOMENTO"
QUANDO NO PRAZER SE EXPANDE;
MAS SE FÔR DE SOFRIMENTO,
MESMO PEQUENA É TÃO GRANDE...

Do Castelo - Avis


"A VIDA DURA UM MOMENTO"
UM BEIJO, UMA DOR, UM AI...
A VIDA É FOLHA NO VENTO,
SÓ DEUS SABE ONDE ELA VAI!

Maria Odete Alves Vaz - Lisboa

domingo, 28 de dezembro de 2003

2 - NOTAS NEGATIVAS - 2

Nota negativa 1 - Continua o péssimo cheiro que infesta a vila, principalmente as zonas mais próximas da ETAR. Hoje fui dar um giro pelas imediações da vila e sinceramente que é um sacrifício enorme respirar aquele ar, uma violência extrema “obrigar” a que pessoas vivam sem qualidade de vida. Será que esta situação não tem fim? Quem autorizou a sua construção, políticos e autoridades sanitárias incluídas é que deviam viver paredes meias com aquele lixo, aquela podridão!

Nota negativa 2 - Afinal a Casa do Benfica de Avis, parece que ficou sem bilhetes para o clássico com o Sporting. No mínimo parece-nos estranho que tal aconteça. Como é possível não satisfazer pelo menos as necessidades dos sócios? Desleixo? Incúria? Má gestão?
Um amigo meu, por sinal sócio da Casa e sócio do próprio SLB, que ficou sem bilhete e logo sem possibilidade de ir assistir ao espectáculo, confidenciava-me que não sabe muito bem quem manda naquela Instituição...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2003

VAMOS CANTAR NATAL...

MENINO QUE NO NATAL,
AO MUNDO DÁS ALEGRIA
FAZ QUE ACABE EM PORTUGAL
O CRIME "PEDOFILIA"

= ÁLVARO VIEGAS CAVACO/LOULÉ=

EU CANTO AO JESUS MENINO
QUE É O REI DA HUMANIDADE;
CANTANDO AO NATAL DIVINO,
CANTO A PAZ, CANTO A AMIZADE.

=MARIA ROMANA/FARO=

NATAL É TODOS OS DIAS
QUANDO O HOMEM FÔR CAPAZ
DE SEMEAR ALEGRIAS
EM CAMPOS DE AMOR E PAZ

=SILVIA MARIA REIS SILVA/ALCÁCER DO SAL=

DO CANHÃO SE FAÇA ARADO,
E DA GUERRA, A PAZ TOTAL;
E OIÇA O MUNDO ALIVIADO,
POIS VAMOS CANTAR NATAL!

=IZO GOLDMAN/SÃO PAULO=

ANTE A INQUIETUDE QUE ENCERRA
A LUTA ENTRE O BEM E O MAL,
HOMENS, DAI TRÉGUAS À GUERRA
E...VAMOS CANTAR NATAL!

=MARIA MADALENA FERREIRA MAGÉ/RIO DE JANEIRO=


JESUS, EU SEI QUE ÉS CAPAZ
POR MANDARES EM TODA A TERRA:
DÁ-NOS UM NATAL DE PAZ
BANE ESSA MALDITA GUERRA!

="DO CASTELO"/AVIS=

quarta-feira, 24 de dezembro de 2003

CONSOADA TRISTE

DO CASTELO vejo várias consoadas tristes em AVIS, incluindo a minha. Foi hoje a sepultar o Sr. Manuel Joaquim Soeiro ( o Manel Charuto). Era uma morte há muito anunciada, mas não deixou de ser uma morte. Ligam-me laços de agradecimento a esta família: foram eles que me ajudaram a integrar em Avis, quando aqui cheguei em 28 de Fevereiro de 1969. Por esses laços que nos ligavam estou, pois, muito triste.
PAZ Á SUA ALMA.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

P'RA TODOS, UM BOM NATAAL...P'RA TODOS, UM BOM NATAAL...

...QUE SEJA UM BOM NATAAL PARA TOODOS VÓÓÓÓS...


(SÃO ESTES OS VOTOS SINCEROS LANÇADOS A ESMO, AQUI DO CASTELO

domingo, 21 de dezembro de 2003

A IGREJA MATRIZ TEM NOVO REPICAR...

Foi com satisfação que me apercebi que os sinos da Igreja Matriz de Avis, têm novo repicar. Habituado a ouvir o som dolente do toque a finados e o som monótono do chamamento para a missa, foi com alegria que ouvi a "experimentação" que faziam do novo equipamento electrónico ali colocado. Apesar de me relembrar o frango com caril e as casernas onde pernoitei durante três meses nos idos anos de 1970, a verdade é que aquele ensaio me fez vir igualmente à memória o tocar dos carrilhões de Mafra!
Não exigiria tanto, mas ó Sr. Prior, se pusesse o sistema a "dar" as Ávé-Marias, olhe que era capaz de ser bastante interessante...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2003

OBRIGADO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA!

Obrigado Sr. Presidente, desde logo por ser leitor do meu/nossso blogue; depois por ter compreendido o meu apelo. Eu passo a explicar melhor: no passado dia 12 deste mês, lamentei que a presente semana fosse de cinco dias úteis, após duas semanas só de quatro dias de trabalho. Ora eu deduzo que foi lendo o meu blogue que o Sr. Presidente "decretou" que hoje, sexta-feira fosse feriado para os trabalhadores da Câmara. Completou-se assim a terceira semana a quatro dias úteis. Não leve a mal a minha sugestão, mas já que as duas que se aproximam também são "imperfeitas" ( Natal e Ano Novo), porque não marcar mais um dia feriado, por exemplo para dia 6 de Janeiro, dia de Reis, embora sabendo que o Sr. não é monárquico?
Disto é que o nosso povo gosta... (PUDERA!!!)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

FIQUEI CHOCADO

Fiquei chocado com a notícia que ouvi em primeira mão via Rádio Portalegre: a Fábrica dos Lanifícios, em Portalegre, tinha falido! Certamente que a situação económica já seria bastante deficiente e esta situação seria uma morte já anunciada. Mas longe de Portalegre não me tinha apercebido de tal.
Vêm-me agora à memória os anos 61 quando ingressei no Liceu Nacional de Portalegre e tinha que passar à entrada da Fábrica a horas em que a sirene lançava o seu silvo avisando que estava na hora da saída. As pessoas saiam sempre apressadas: ao meio dia, certamente porque o tempo de almoço era curto e , não havendo transportes tinha que se fazer o percurso até casa a pé e voltar a tempo de chegar a horas de entrar. À tarde essa pressa era notoriamente por parte dos homens que normalmente faziam uma paragem na tasca do Escondidinho, ali a dois passos, ou na taberna do Marmelo. Muita gente saía daquela fábrica...
Agora acho que vão sair cerca de 300 e já não vão voltar, alguns com mais de trinta anos de casa...
Situações destas acontecem frequentemente em Portugal. E custa-me ouvir tais notícias. Esta chocou-me particularmente por ter conhecido de perto a sua laboração, numa altura em que seguramente ninguém pensaria em falências.
Pai Natal tem pena destas famílias e permite que haja uma saída para esta crise. Afinal, não se diz que quando Deus fecha uma porta se abre sempre outra?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

FINALMENTE A GRIPE!!!

Confesso que já andava desmotivado. A razão passo a expo-la em poucas palavras: então não é que o vírus da gripe já se instalou em minha casa desde o princípio de Novembro e ainda não me tinha tocado? Já percorreu os membros do meu agregado familiar, tendo alguns bisado, e eu nada. Pensava que já nem para uma boa gripe prestava. Mas estava enganado. Chegou há dois dias, instalou-se de armas e bagagens no meu organismo. Já tenho tosse, já me pinga o nariz como se de um alambique se tratasse, já me dói o corpo, a garganta e tenho as vias respiratórias afectadas. Afinal o vírus não se tinha esquecido de mim, tinha era feito uma pequena pausa para me apanhar desprevenido.
Assim está bem: durante os próximos oito dias (pelo menos) já tenho com que me entreter!
E esta hem?!

terça-feira, 16 de dezembro de 2003

AVIS TEM UM NOVO CIDADÃO...

Desde ontem que Avis tem um novo cidadão. Chama-se MANUEL e por ironia do destino foi nascer a Lisboa. Mas será Avisense. O pai, baboso, diz que o menino é lindo; a mãe embevecida diz que o "nino" é lindo.
Parabéns ao Aníbal e à D. Rute.
Ah! ...é por cá costume "molharem-se" os Avisenses novos...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2003

DISFARÇADO...MAS POUCO!

Nem a iluminação de Natal disfarça o facto do candeeiro central da rotunda junto ao edifício dos Correios estar às escuras. Avaria, mau funcionamento? Vá lá a gente saber. O que sabemos é que a situação já se arrasta há vários dias (semanas?), no dizer de um residente das imediações.
Até quando?

domingo, 14 de dezembro de 2003

O BENA GANHOU!!!

O Benavila ganhou ao Sacavenense por uma bola a zero. Alegria a rodos. Já o meu sogro, que Deus tenha, dizia que a cara de quem ganha nunca é igual à de quem perde; além de que é muito melhor ganhar por 1-0 do que perder por dez...Oxalá o tempo das cabazadas, tipo Hóquei em Patins, já façam parte do passado. Força Bena! Vocês são capazes de se aguentar. Ou não?...

sábado, 13 de dezembro de 2003

CONENÁVEL!!!

Hoje fui à água à Fonte da Ribeira das Vinhas, como tantas vezes o tenho feito. No local duas senhoras lavavam as tripas dos porcos que haviam matado em casa. No ar um cheiro pestilento; no chão, a céu aberto, toda a série de dejectos que as tripas transportavam. A saúde pública estava ali em perigo e à vista de todos. Vim de lá enjoado e a compreender um pouco melhor o porquê da matança do porco, em casa, ter passado a ser proíbida e ser considerada clandestina...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2003

SEMANA INTERMINÁVEL...

A semana que vem é de cinco dias úteis. Que massada; depois de duas semanas a trabalhar a quatro, intromete-se esta chata entre a do Natal e a do Ano Novo. Não sei se me aguento com cinco dias seguidos de trabalho. É uma semana muito grande!
Conclusão: tudo o que é pequenino é bonito...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2003

ATÉ SE ME CORTOU O CORAÇÃO!!!!

Tive necessidade de me deslocar à vila do Cano. No caminho, perto do cruzamento para Casa Branca, no itenerário Quinta do Pinheiro-Cano, deparei com um espectáculo que realmente me cortou o coração, como sois dizer-se: dezenas de oliveiras arrancadas, de raiz ao sol. Certamente a troco de mais alguns subsídios, vamos a pouco e pouco acabando com o de bom ainda temos. A pouco e pouco passámos a importar trigo e a pouco e pouco passamos a importar azeite ou outra qualquer mistela rotulada como tal, oriunda de Espanha ou de Itália.
Creio ter razão quando digo que "se me cortou o coração"...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2003

A ESTRELA JÁ LÁ ESTÁ...

Como é habitual a Estrela de Natal já ilumina o alto DO CASTELO. Indica que por aqui também há almas que necessitam da ajuda do Pai Natal. A Estrela teima em reaparecer todos os anos no mesmo sítio. Porque será que o Pai Natal também teima em reaparecer todos os anos nos mesmos sítios, e desses sítios não consta o nome de Avis?
Caramba, a Estrela é tão grande...

terça-feira, 9 de dezembro de 2003

AINDA E SEMPRE O ALENTEJO!!!

De novo rumei por terras de Aquém Tejo. Sempre o mesmo sortilégio. Sempre o mesmo início: Avis, Alcórrego, Pavia e Arraiolos. Desta vez à direita: Montemor, Santa Susana (linda terra) e Alcácer do Sal. Dia de muita chuva mas muito encanto neste Alentejo, Aquém do Tejo. Mas o que mais me marcou foi um facto negativo, já que os positivos são de sobejo conhecidos. E o facto negativo é o seguinte: aí em 80% das placas de sinalética rodoviária, faltavam duas ou três fiadas da parte de baixo das mesmas. Não havendo indícios de embate, de acidente, deduzo que as mesmas tenham sido roubadas. Mas para quê e porquê? Quem saiba que responda que eu, sinceramente não sei!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2003

E UMA RÁDIO LOCAL, PORQUE NÃO?

Constou-se-me que existe distribuída a Avis, uma frequência de rádio. Em tempos tal frequência foi utilizada, mas por motivos que já não sei bem, deixou de ser aproveitada. Será que o pessoal que fazia parte dessa rádio, com mais colaboradores, estariam na disposição de reabrir as emissões? Você que até lê este blogue não poderia dar uma ajudinha? Se souber alguma coisa, se tiver alguma pista ou contacto, avise.
Certo?
Obrigado, pois seria muito giro existir uma rádio por cá...e nossa ( dos Avisenses, entenda-se)!

domingo, 7 de dezembro de 2003

NOVA LIXEIRA EM AVIS!!!

À vista de todos já cá temos uma nova lixeira clandestina. Ou não será? Vejamos: a sua localização é ali bem junto à Estrada Nacional, no entroncamento com o caminho para a Horta do Chão e muito perto da placa que pomposamente diz: ROTA DOS VINHOS DO ALENTEJO. Está ali há vários dias sem que ninguém faça nada para que dali desapareça, ou indague quem foi o "infeliz" que teve aquela ideia. Bem visível um colchão com as molas à vista, várias esponjas e diverso lixo.
António Calhau: aproveite e junte mais uma fotografia de lixeiras concelhias á sua já grande colecção!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2003

EXCESSO DE ZELO OU VIOLÊNCIA DOMÉSTICA?

Confesso que não acredito lá muito bem que possa ser verdade. A história conta-se em duas frases: um digno agente da autoridade ( entenda-se GNR do Posto de Avis), autuou, numa operação STOP a própria esposa (ou companheira?). Afinal a história contou-se numa só frase.
Mas a dúvida em mim persiste: excesso de zelo ou violência doméstica?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2003

SAUDADES...

Falei hoje com uma Avisense que reside longe da sua terra natal. Reside lá no Algarve, em Silves... Detectei-lhe na voz toda a saudade que uma pessoa sente quando gosta da sua terra, e está distante dela. Falar em Avis, em gente desta terra, para ela tudo é bom, tudo é muito bom! Tenho pena desta gente que teve de migrar para alcançar os objectivos das suas vidas, e que todos os dias se lembram da sua terra. Sempre que puder irei tornar mais suave essa melancolia a esta senhora. Vou procurar transmitir-lhe notícias cá do burgo. Vou dar-lhe moradas electrónicas onde ela possa saciar essa saudade que corrói.
Parabéns minha Senhora por gostar tanto da sua terra que, por Deus querer também acabou por ser a minha e a que tanto amo : AVIS!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2003

JAIME DA MANTA BRANCA, O POETA-GANHÃO!

JAIME DA MANTA BRANCA, nasceu em Benavila, em 30 de Julho de 1894 e faleceu no Cano, Sousel, a 2 de Maio de 1955.
Analfabeto, cantor e repentista. Rebusquei hoje as seguintes décimas que parece terem sido ditas na casa do patrão Eduardo Magalhães frente a altas individualidades lisboetas entre as quais se encontrava um Ministro- o Prof. Dr. Pinto da Costa Leite, um dia num banquete oferecido na Herdade da Defesa dos Barros. Tendo-se recusado, por receio, a improvisar, só o fez depois de o patrão lhe ter garantido que não lhe adviriam castigos daquilo que dissesse.
Reparaem na sabedoria de um analfabeto:

Não vejo senão canalha
De banquete para banquete
Quem produz e quem trabalha
Come açordas sem “azête”!



Ainda o que mais me admira
E penso vezes a “miúdo”.
Dizem que o sol nasce para tudo
Mas eu digo que é mentira.
Se o pobrezinho conspira
O burguês com ele ralha
Até diz que o põe à calha,
Nem à porta o pode ver,
A não trabalhar e só comer
NÃO VEJO SENÃO CANALHA!

Quem passa a vida arrastado,
Por se ver alegre um dia
Logo diz a burguesia
Que é muito mal governado,
Que é um grande relaxado,
Que anda só no bote e “dête”.
Antes que o pobrezinho “respête”
Tratam-no sempre ao desdém.
E vê-se andar quem muito tem
DE BANQUETE PARA BANQUETE!

É um viver tão diferente!
Só o rico tem valor
E o pobre trabalhador
Vai morrendo lentamente.
A fraqueza o põe doente
E a miséria o atrapalha.
Leva no “pêto” a medalha
Que ganhou à chuva e ao vento.
E morre á falta de alimento
QUEM PRODUZ E QUEM TRABALHA!

Feliz de quem é patrão
E pobre de quem é criado,
Que até dão por mal empregado
O poucochinho que dão.
Quem semeia e colhe o pão
Não tem aonde se “dête”
Só tem quem o “assujête”
P’ra que toda a vida chore.
E em paga do seu suor
COME AÇORDAS SEM “AZÊTE”!







terça-feira, 2 de dezembro de 2003

ZERO!

Zero graus é quanto marca o termómetro da sala opnde tenho o computador. Acham que isto são condições de trabalhar? Não? Eu também não.
Até amanhã...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2003

HÁ COISAS QUE NUNCA MUDAM...

Há coisas que nunca mudam. Este frio que se vem repetindo há anos a fio, sempre que é 1º de Dezembro é disso exemplo. Não passa nenhum 1º de Dezembro que este vento frio não me faça recuar aos anos 60/63 e ao Rossio de Portalegre. Revejo-me à distância, de calções, camisa aberta e boné na cabeça: frente ao monumento da Restauração ali estavam os elementos da Mocidade Portuguesa, perfilados e... regelados. Mas o vento frio era o mesmo, agreste. Vinha lá da Serra de S. Mamede, emprestado pelas faldas da Estrela. E hoje aqui esteve ele, o vento frio. E hoje lá estive eu em pensamento vestido à Mocidade Portuguesa, em Portalegre, cantando : vamos, cantando e rindo, levados, levados sim...(não sei mais). Revejo uma foto que tenho desse tempo. Meio corpo. Franzino, imberbe! Morro de saudade dos tempos da minha infância. Não porque ela fosse abastada. Não por ela ter tido a Mocidade Portuguesa. Não, por nada disso, mas sobretudo porque nesse tempo tinha a minha querida mãe!

domingo, 30 de novembro de 2003

ARTE RUPESTRE: SIM OU NÃO?

Dei comigo a pensar que vivemos numa enorme caverna, e se calhar até tenho razão. Só não sei é como hei-de chamar a inscrições que consegui decifrar e há muito escritas em paredes desta caverna. Exemplos: 1 - NÃO Á LEI BARRETO! 2 - MOTA PINTO FORA DO GOVERNO, JÁ! 3 - NÓS SOMOS LADRÕES!
Serão murais ou será mais arte rupestre? Uma coisa é certa : foram mentes pré-históricas que as fizeram. Se não as do exemplo, outras...

sábado, 29 de novembro de 2003

NA COMEMORAÇÃO DOS 25 ANOS DO PONTIFICADO DE JOÃO PAULO II

Confesso que não sou muito afeito a leituras. Faço parte daquela enorme fatia de população que não lê. Preguiça, desleixo, falta de hábito? Não sei. Gosto mais de escrever, dá-me algum gozo a “composição”.
No entanto mão amiga fez chegar até mim o último livro da Aura Miguel, intitulado ”PORQUE VIAJAS TANTO?” e estou com vontade suficiente para o ler da primeira à última página. Porque reitero de algum interesse, deixo aqui sem qualquer comentário, parte da sua Introdução, que passo a descrever:
“ Alguns acham que este Papa passa demasiado tempo fora do Vaticano. Com efeito, por ocasião da sua 100.ª viagem apostólica, foi publicado um conjunto de estatísticas que fala por si: Entre 25 de Janeiro de 1979 e 8 de Junho de 2003, João Paulo II visitou 129 países ( alguns dos quais várias vezes) e 614 localidades, pronunciou 2399 discursos, passou 575 dias ( cerca de um ano e sete meses) em viagem e percorreu mais de 1 160 113 Km, ou seja uma distância equivalente a 11 vezes a volta ao Mundo".

quinta-feira, 27 de novembro de 2003

AH! GRANDES FILHOS DA PONTE!

Solicito aos FILHOS DA PONTE que sejam intérpretes junto dos três ou quatro trabalhadores que hoje, cerca das 17H50M colocavam calçada naquele imenso Largo onde outrora havia tantas árvores e onde se fazia a feira. Àquela hora já se vê muito mal e dado que o local não estava iluminado, imagino que algumas cacetadas aqueles pobres dedos terão levado. Quanto à perfeição do trabalho, já a minha avó dizia: "coisas feitas à noite de manhã se vêm..."
Ainda quanto ao Largo, não acham que há pouquissimo verde?( Juro que não é piada desportiva de mau gosto...)

quarta-feira, 26 de novembro de 2003

SERÁ CHEGADO O TEMPO DE MUDANÇA????

No diz que diz, diz que disse do nosso burgo, vai-se cochichando que chegaram ventos de mudança lá para os lados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Será, não será? Não sei. A única coisa que sei é que não há cargos vitalícios a não ser nas monarquias...

terça-feira, 25 de novembro de 2003

TÁ MUITA FRIO...

Hoje estou cheio de frio. Parece que até os ossos tenho enregelados. Assim, apenas vos quero deixar uma mensagem de boa noite, se possível quentinha.Que raiva não ter lareira. Irra!

segunda-feira, 24 de novembro de 2003

BANCOS E MULTIBANCOS...

As máquinas vão a pouco e pouco substituindo o homem e alterando os seus hábitos. As máquinas a que aqui me refiro hoje são as Multibanco. Não é necessário entrar numa Agência Bancária senão espaçadamente. Comigo acontece passarem-se meses sem que tal aconteça. Mas hoje aconteceu ter necessidade de entrar numa delas. Entrei então numa Agência Bancária da nossa vila, onde se encontravam dois funcionários, e cujo quadro presentemente é de quatro. Sei que em tempos idos, por meados dos anos setenta o quadro da referida Agência rondava os vinte funcionários. Esta redução do quadro do pessoal deve-se às “multibancos” e a muitas outras máquinas. Mas não nos perdamos e voltemos à minha ida ao Banco. Em cima do Balcão, diversa propaganda anunciavam a maneira prática de comprar relógios, jóias, viagens, seguros, computadores, talheres. Fiquei perplexo pela maneira como os negócios agora se fazem. Outrora um Banco era o local onde se comprava e vendia dinheiro. Só e exclusivamente : comprar dinheiro a preço barato e vendê-lo a preço caro. Hoje um banco é um mini-mercado com uma panóplia de produtos facilmente adquiríeis. E mais: se não tiver dinheiro o banco empresta-lho para comprar os talheres ou viagens que eles próprios incentivam.
Pensei que era só ali. Fiz um périplo pelos outros balcões e verifiquei que o negócio evolui por todos no mesmo sentido: relógios e fios de ouro compram-se em qualquer desses locais.
Eu por mim, continuo a ter saudade do tempo em que o banco comprava e vendia dinheiro, e agora vou tentar estar mais um ano ou dois sem entrar numa Agência para não ser surpreendido com novas inovações.
Modernices...digo eu.

domingo, 23 de novembro de 2003

PARA REFLECTIR...

PAIS E FILHOS

“Quem são os bons pais afinal? Os que fazem tudo como vem nos manuais de psicologia? Os que fazem tudo por instinto? Os que seguem o instinto mas misturam os conselhos que ouvem ou lêem? Os que exercem autoridade e inspiram respeito? Os que consentem tudo? Os que não permitem nada?
Ninguém sabe dizer ao certo porque nem existem pais perfeitos nem é possível medir a qualidade ou competência paternal. Aliás, só é possível cruzando muita informação. A saber: percebendo até que ponto os filhos se sentem felizes e equilibrados, tentando avaliar o grau de satisfação dos próprios pais, observando os níveis de comunicação familiar, registando os bons e os maus momentos, gerindo o stress e minimizando os braços-de-ferro. Tudo isto para dizer que, no fundo e ressalvando os casos dramáticos, todos somos melhores pais do que achamos.”


In Revista XIS nº 233 de 22 de Novembro de 2003

sexta-feira, 21 de novembro de 2003

NEM OITO NEM OITENTA...

Continua a confusão do costume, sempre que há greves: para os Sindicatos a greve teve uma adesão de 80% enquanto para o Governo teve 8% de adesão. Afinal em que ficamos?
Qualquer dia somos considrados os maiores mentirosos da Europa, quiçá do Mundo...

quinta-feira, 20 de novembro de 2003

O NATAL NÃO PODE SER SÓ ISTO!

A MAIS DE UM MÊS DO NATAL, EIS QUE ATÉ JÁ EM AVIS, ALGUMAS MONTRAS SE ILUMINARAM, NÃO PARA ANUNCIAR A VINDA DO SALVADOR, MAS PARA ANUNCIAR A VINDA DE UMA ÉPOCA QUE PODE SER SALVADORA. QUE SAUDADES DO "MEU" MENINO JESUS QUE ME TRAZIA UMAS MEIAS, E MEIA DÚZIA DE RATINHOS DE CHOCOLATE...

quarta-feira, 19 de novembro de 2003

OS SUB-21 OU A SELECÇÃO RASCA...

FIZERAM UM JOGO RASCA, GANHARAM À RASCA E FESTEJARAM DE UMA MANEIRA RASCA: ISTO É TEMOS UMA SELECÇÃO SUB-21 RASCA. AINDA BEM QUE JÁ NÃO SE CHAMAM "ESPERANÇAS", SENÃO SERÍAMOS UMA NAÇÃO EM QUE AS NOSSAS ESPERANÇAS ERAM RASCAS. QUE VERGONHA!

QUANTO AOS "AA" SÓ UMA PERGUNTA: QUANTOS GOLOS TERIA MARCADO O NUNO GOMES SE TIVESSE JOGADO O MESMO TEMPO QUE O PAULETA?

terça-feira, 18 de novembro de 2003

UM VERDADEIRO "POOLMAN" NUNCA ABANDONA A SUA TERRA!!!

De quando em vez fico preocupado com o desalento que o Poolman demonstra ter perante a vida. Veja-se o caso de ontem. Tanta desilusão, tanta falta de encarar o mundo de modo mais positivo. E depois essa ideia de Faro. Porquê Faro? Será que em Faro não irão aparecer pessoas a rirem-se para si e depois você sentir-se perdido entre esses sorrisos idiotas? E o que Avis perde sem uma pessoa como o Poolman? Tenho aprendido muito consigo. Hoje gostei particularmente de saber o porquê do nome de FINCA JOELHOS. Meu caro, quando estiver mais em baixo, entre em contacto comigo. Posso desde já jurar-lhe que se eu me rir para si, é porque efectivamente é um riso franco e fraternal. Ah!...só uma coisa: é que eu não me costumo rir para toda a gente, assim considere-se um previligiado...

segunda-feira, 17 de novembro de 2003

DIA MUNDIAL DO NÃO FUMADOR

Não, não sou do contra. Acontece que hoje, precisamente por ser o DIA MUNDIAL DO NÃO FUMADOR, fumei quatro cigarros que “cravei” a quatro amigos. Sabendo que eles jamais deixarão de fumar, tão casmurros são, foi o meu modo de contribuir para este dia: sempre foi menos um cigarro que cada um deles fumou.
...e nunca mais aumentam o preço do tabaco...

sexta-feira, 14 de novembro de 2003

ÁGUA DOCE...CAFÉ AZEDO!!!

DIRIGI-ME HOJE COM UM GRUPO DE AMIGOS AO "CLUBE NÁUTICO - ÁGUA DOCE" PARA BEBER A BICA. FECHADO!
ATÉ AÍ TUDO BEM, MAS PENSO QUE NÃO CUSTARIA MUITO COLOCAR UMA INDICAÇÃO A DIZER SE ESTAVA FECHADO TEMPORARIAMENTE, SE PARA FÉRIAS, SE PARA DESCANSO DO PESSOAL...ATÉ ÀS XX HORAS...
MAS NÃO HAVIA QUALQUER INDICAÇÃO. A SEGUIR A MIM E AOS MEUS AMIGOS CHEGARAM MAIS QUATRO CARROS CUJOS OCUPANTES EMPURRARAM A PORTA EM VÃO, MIRARAM A MONTRA NA PROCURA DE UMA EXPLICAÇÃO E RUMARAM PARA OUTRAS PARAGENS, SEM PERCEBEREM O QUE SE PASSAVA.
AFINAL O CAFÉ NÃO ESTAVA AZEDO POIS...NÃO HOUVE CAFÉ!
ESTÁ MAL...

quinta-feira, 13 de novembro de 2003

ARTUR JOSÉ AZEDO ESCREVE POESIA!!

“SEM FIM...”é o nome do Livro de quadras, da autoria do SR. ARTUR JOSÉ AZEDO, morador em Avis e que a Junta de Freguesia de Galveias, sua terra natal, acaba de editar.
Tenho o privilégio de possuir um exemplar oferecido e autografado pelo autor, com dedicatória. Curioso o facto de que em 102 páginas haver apenas quadras começadas pela palavra “SEM”. Além de originalidade revela um sentido poético bastante apurado. Parabéns ao sr. Azedo que com os seus 88 anos continua a brindar-nos com novas quadras de “SEM”:

SEM O SOL QUE AMADURECE
AS UVAS QUE FAZEM VINHO,
NÃO TERIAS O PRAZER
DE BEBER O TEU COPINHO.

(PAG.13)

quarta-feira, 12 de novembro de 2003

UNS TÊM FALTA DE CIVILIZAÇÃO, OUTROS TÊM CIVILIZAÇÃO A MAIS...

Ainda bem que há gostos para tudo. Uns gastam milhares para arranjar um lugarzito no Alentejo e fugirem da dita civilização, outros deixam o Alentejo por sentirem falta de civilização : post(al) de 11.11.03.
Haja Deus!

terça-feira, 11 de novembro de 2003

ORGULHO ALENTEJANO!

Tive hoje oportunidade de revisitar de novo terras do meu imaginário: Pavia, Arraiolos, Évora, Alcáçovas, Torrão, Alcácer, Vila Nova da Baronia, Beja.
Não sei se foi o Alto(Alentejo) que ensinou ao Baixo(Alentejo) ou se foi o Baixo(Alentejo) que ensinou ao Alto(Alentejo) a maneira correcta de bem receber, a maneira correcta de ser hospitaleiro.
Mas uma coisa sei eu: é um dom ter-se nascido Alentejano e é uma benesse ser-se Alentejano por afinidade!

segunda-feira, 10 de novembro de 2003

"AMIGOS DO CONCELHO DE AVIS" EM GRANDE FORMA!!

No passado sábado, dia 08, desci DO CASTELO e fui assistir à noite de poesia, castanhas e água pé, organizado pelos Amigos do Concelho de Avis. Sala cheia e poesia a rodos. Autênticos sábios da arte de dizer décimas: Srs. António Henriques (Avis), Crespo e Candeias (Sousel), Sivais (Évora) D. Isabel Corte-Real(Portalegre), D. Maria Manuela, Avisense a residir em Silves, Castanholas e Manuel Gaiato (Avis), o pequeno neto do mestre Orlando que empareceirou com o avô, foram dignos dos maiores elogios, além de outros que de momento não me recordo ou de quem não fixei o nome, e aos quais solicito me desculpem por não os mencionar. Com uma dinâmica “não stop”, o espectáculo durou até para lá da uma da manhã.
No próximo sábado realizar-se-á novo espectáculo Cultural, agora no Auditório Municipal, e a partir das 21 horas. Também este espectáculo terá a assinatura, dos Amigos do Concelho de Avis, além do INATEL, Rancho Fólclórico e Câmara Municipal.
É de referir a dinâmica da rapaziada dos Amigos de Avis. Força rapazes e PARABÉNS!!

sexta-feira, 7 de novembro de 2003

NUNCA DEVEMOS DESISTIR, PORQUE HÁ SEMPRE UM DIA EM QUE OS SONHOS SE TORNAM REALIDADE

Hoje sinto-me como uma criança a quem oferecem uma prenda há muito esperada. Hoje andei de balão pela primeira vez e senti-me feliz! De ano para ano que esta “aventura” pairava na minha mente. Este ano enchi-me de coragem, e consegui lugar num dos 24 balões que sobrevoaram os ares de Avis. Gostaria mais de ter voado em direcção à vila, sobrevoar a zona histórica, fotografar a minha casa lá do alto. Mas não, os ventos não estavam de feição e a direcção foi a oposta. Mas é um sonho poder sobrevoar, quase tocando, a barragem e desfrutando de uma paisagem que não tem nada a ver com aquela que se observa do nível térreo. A barragem vista lá de cima é encantadora; os quilómetros de montado que avistámos de cerca de mil metros de altitude pareciam demasiado pequenos para ser realidade. A manada de vacas que fugia aturdida pelo barulho do gás, fez-me lembrar, por qualquer estranha coincidência uma cena do filme “África Minha”. E isto não é sonhar acordado?
É obvio que sim.
Obrigado CHRISTOPHE SAEYS (Ballonpiloot-Instructeur), da Bélgica e seu amigo Hugo.
Ainda há dias em que vale a pena uma pessoa levantar-se e sair de casa. Hoje foi um deles.

quinta-feira, 6 de novembro de 2003

INDICADOR DE PROXIMIDADE DE SEMÁFOROS: PARADO, PARADINHO...

-Encontra-se avariado há vários meses o indicador de proximidade de semáforos, localizado junto à novel rotunda do cruzamento para o Clube Náutico. Estático, além de dar um mau aspecto de certo que assim não cumpre cabalmente a missão que ali deveria desempenhar, passando quase despercebido.
Será uma avaria tão complicada que não tenha reparação rápida, ou quem de direito pensará que áquilo é avaria que nem merece perder-se tempo com ela?
Vá lá, meus senhores, vamos pôr o sinal a mexer...

quarta-feira, 5 de novembro de 2003

OS AMIGOS DE AVIS CONVINDAM-NOS: DIA 08, ÀS 20:30 NA SUA SEDE...

A reter da Agenda Municipal: DIA 08, NO PRÓXIMO SÁBADO, NA SEDE DOS AMIGOS DO CONCELHO DE AVIS, NA PRAÇA SERPA PINTO, 11 EM AVIS, VAI HAVER: POESIA, CASTANHAS E ÁGUA PÉ. LÁ ESTAREMOS PARA COMEMORAR O S. MARTINHO. E VOCÊ, PORQUE ESPERA?
APAREÇA SE NÃO AQUELA RAPAZIADA FICA CHATEADA...

VOU AOS AMIGOS D'AVIS
PARA VER COMO É QUE É:
FOI DEUS QUE ASSIM O QUIS,
OU SÃO IDEIAS DO ZÉ?

POESIA DESTA(?) NÃO VAI FALTAR E VAI DAR DIREITO A DUAS CASTANHAS E UM COPO DE ÁGUA PÉ. POESIA MELHOR SERÁ MELHOR REGADA...PUXA!

ALENTEJO, MINHA PAIXÃO PRIMEIRA

Que me perdoem aqueles que com comigo não concordam, mas para mim o Alentejo é sempre bonito. Para mim é bonito naquela altura em que toda a gente gosta: na Primavera. Mas para mim é igualmente bonito naqueles dias chuvosos de Inverno, em que até parece que a chuva é abençoada. A chuva no Alentejo é abençoada, é fertilizante. Gosto do Alentejo no Verão, naquelas tarde bem quentes de Estio em que o calor por vezes parece reflectir ondas no alcatrão escaldante: miragens maravilhosas num Alentejo maravilhoso. E gosto do Alentejo no Outono. Ah! Como eu gosto do Alentejo no Outono! Hoje tive a dita de percorrer parte deste torrão sagrado: Avis, Alcórrego, Pavia, Arraiolos, Évora, S. Manços, Monte de Trigo, Portel, Alqueva. Almoço tipicamente alentejano em Portel, no “Lagar” onde parece que ainda se degluta o azeite que outrora ali foi fabricado.
O Outono “mexe” particularmente comigo. Se fosse pintor ou se tivesse a faculdade de saber escrever poemas ou prosas sublimes, certamente que teriam de ser feitas no Outono e no Alentejo. Engrandece-me a alma quando vejo a mistura inigualável dos amarelos claros, escuros e torrados das folhas dos plátanos que bordejam as estradas. É sublime a panóplia de cores que as vinhas, aqui mais acastanhadas, ali ainda verdoengas, deixam antever aquilo que foi um manancial de uvas, agora feitas vinho. As terras da planície já se vão tornando verdes mais aqui, enquanto acolá os tractores ainda vão lançando as sementes á terra acastanhada. Se isto não é o Paraíso, pelo menos deve ser o Purgatório, a sua entrada.
Aqui DO CASTELO desfruta-se uma paisagem verdadeiramente sublime. A juntara tudo o que hoje vi por esse Alentejo profundo, temos o azul mesclado da nossa barragem.
Sou feliz por ser Alentejano, por ser dono de todas estas paisagens, mas ai que raiva tenho e que infeliz me sinto por não ter engenho suficiente para passar para o papel toda a grandeza que em minha alma se espraia!

segunda-feira, 3 de novembro de 2003

CIDADANIA E FALTA DE VERGONHA!!!

NUMA DAS MINHAS DEAMBULAÇÕES PEDESTAIS, PASSEI CERCA DAS 09H30M JUNTO DO SUPERMERCADO SALVATERRA, PERDOEM A PUBLICIDADE. E VI COMO UMA SENHORA PROFESSORA DA NOSSA ESCOLA MSTRE DE AVIS, TENTAVA COLOCAR NOS LOCAIS APROPRIADOS O LIXO QUE COM TODO O CUIDADO TINHA DIVIDIDO EM CASA. TENTAVA ASSIM CUMPRIR COM OS SEUS DIREITOS DE CIDADANIA E PRESERVAR A SAÚDE PÚBLICA. ATÉ AQUI TUDO BEM: NOTA 20 PARA A SRA. PROFESSORA ÁGUEDA. ACONTECE PORÉM QUE UM ENEGRÚMENO- NÃO ME INTERESSA AS RAZÕES PORQUE O FEZ- TINHA ESPALHADO LIXO DOMÉSTICO E DIVERSO NO CHÃO, ALI MESMO JUNTO AOS CONTENTORES. SENTI NA EXPRESSÃO DA SENHORA O MESMO SENTIMENTOI DE REVOLTA QUE EU SENTI. PARA MIM, AQUELE LIXO ERA EXACTAMENTE IGUAL AO "LIXO" QUE EXISTE NA NOSSA SOCIEDADE E QUE LEVOU ALGUÉM A FAZER TAMANHO DISPARATE, DEMONSTRANDO TAMANHA FALTA DE VERGONHA.
PARA QUANDO RECEPIENTES PARA RECICLAGEM DE HUMANOS?

domingo, 2 de novembro de 2003

JÁ CÁ CANTA MAIS UM...

ISTO NÃO É BEM A MESMA COISA QUE TER NASCIDO MAIS UM PANDA NO CATIVEIRO...MAS LÁ QUE ME DÁ MUITO PRAZER REGISTAR A CHEGADA DE MAIS UM(A) BLOGUISTA PARA A NOSSA CAPITAL DOS BLOGUES, LÁ ISSO DÁ! PELO NOME, "BENTOS E BENTINHOS" ,NÃO FAÇO A MÍNIMA IDEIA DE QUAL SERÁ A SUA "DIRECÇÃO". GOSTEI DO SEU TEXTO DE APRESENTAÇÃO E PARECE-ME SER GENTE QUE ESTAVA CÁ A FAZER FALTA. SERÁ QUE DE DESCOBERTA EM DESCOBERTA, NÃO CONSEGUIRÁ O(A) NOVEL COLEGA DESCOBRIR POR AÍ ALGUÉM QUE NOS SALVE A NOSSA iGREJA DO CONVENTO, IMPEDINDO QUE UM DIA ELA VENHA ABAIXO? SÓ POR ISSO, JÁ VOCÊ ERA UMA BOA DESCOBERTA.
BEM VINDO(A) AO NOSSO MUNDO INCOMPREENDIDO E SE PRECISAR DE VISTAS MAIS LARGAS E NÃO FÔR MÍUPE, ABEIRE-SE AQUI DO CASTELO.
CONTAMOS CONSIGO!!

PASSEIOS A PÉ, FAZEM BEM Á SAUDE E INSTRUEM...

Gosto de passear Avis, que é como quem diz, gosto de passear em Avis. Mas a pé, pois de carro não dá para apreciar uma grandiosidade que, de tão comum quase nos passa despercebida. Hoje, Domingo, foi um desses dias em que dediquei cerca de uma hora e três quartos a calcorrear as ruas e os arredores de Avis. Como de costumo saio sem itinerário pré-definido. Vou como que ao sabor do vento. Dei por mim no cimo do Largo das Feiras e Exposições de Avis, onde actualmente se fazem os mercados mensais. Garanto-vos que tem uma vista soberba sobre a vila. Dali verifiquei como o cemitério fervilhava de “vida”. Por ente as campas e os jazigos, muitos e muitos Avisenses, recordavam os seus entes queridos. Alguns apenas vêm a Avis nesta altura do ano, mas a saudade de alguém que partiu é mais forte, fala mais alto e obriga-os a voltar ao menos uma vez anualmente: agora e neste dia.
Fui andando, desci a Estrada Nacional, dei por mim em frente da Rotunda que dá acesso à estrada para o Clube Náutico e seu bairro, e fiquei a cismar: que será que vai ser colocado ali no meio daquela “bolacha”? Constou-me que existe um escultor de Avis que se disponibilizou perante a Câmara Municipal e a título gratuito, a colocar ali ou noutro local um monumento em mármore, digno de nota. Mas que será que ali vai ser colocado? Subi e estarreci na Rua dos Arrabaldes com a impressionante vista que dali se espraia: ao longe, entre o amarelecido dos plátanos, lá está a Ermida de Nossa Senhora Mãe dos Homens. A barragem é espelho miraculoso; mais ao longe terras de Brás Varela. Depois de me saciar prossegui e vi como a placa toponímica da Rua dos Muros, no seu acesso sul ( ou será poente?), está prestes a cair pois apenas está presa pelos dois pernes superiores. E prossegui, e vi como é lindo o espectáculo que se desfruta da Rua da Porta do Postigo, com vistas deslumbrantes sobre terras de BENA(vila). Olivais, mato, pombos voando, paz!
Circundo a muralha e paro em frente do café com o mesmo nome, bem junto DO CASTELO. Vejo terras de Ervedal, Alcórrego e observo como alguns idosos do Lar de Nossa Senhora da Orada aproveitam uns raios de sol para se aquecerem. Estranha trilogia em sequência recta: Lar de Idosos, Centro de Saúde, Cemitério.
Abano a cabeça com força como que para abandonar pensamentos negativos. Volto a casa e relembro como é bom andar a pé. Será que você, caro leitor de Blogues sabe onde fica situado o Bar do Tinóni, aqui em Avis? Certamente que está farto de lá passar de carro. Mas se não souber eu digo-lhe amanhã ou no outro dia. Até lá vá tentando descobri-lo, vá andando a pé, faz bem à saúde e instrui...

sábado, 1 de novembro de 2003

FINALMENTE DE VOLTA!!!

I - Está sanado o conflito que opôs a administração DO CASTELO e os seus funcionários. Analisados os acontecimentos, após um cativeiro do seu Director durante oito dias, foi tomada a decisão de os empregados serem indemnizados e cessarem o contrato que os ligava ao blogue, depois de serem pagas todas as verbas a que o Contrato Colectivo dos Empregados de Blogue (CCEB) obriga. Diminuir o salário era impossível, dado o reduzido valor dos mesmos. Aumentá-los era humanamente impossível, pois não havendo receitas é impossível haver despesas. Pensámos em aumentar a publicidade, mas a verdade é que ninguém quer investir em publicidade num blogue de 3ª classe (sem palma), que é lido por uma média de seis/sete interessados por dia. Assim, e a partir desta data o blogue é da minha inteira responsabilidade. Como consequência, as notícias serão mais parcas, a qualidade será menor. Mas, somos como aquele ciclista das Galveias que nunca ganhava nada e de quem a mãe dizia:
- O meu filho nunca ganha nada, mas desistir é que ele não “dezeste”. Vamos continuando pois quando e como fôr possível, agora com um
- discurso na primeira pessoa do singular, como é lógico.
P:S: quero agradecer a todos os que me enviaram manifestações de apoio e palpites para sair da crise em que me encontrava. A todos o meu bem hajam! Segui o conselho daquele amigo que me alvitrou que recorresse à banca. Fi-lo e agora vivo com o credo na boca, pois se o blogue fechar, como vou pagar ao financiador? Haja fé...

II - Recebi a Agenda Municipal do mês de Novembro. Ainda não tive tempo de a soletrar, mas pelo menos tem uma a favor: CHEGOU ATEMPADAMENTE! Dia 30 já a tinha na saca do correio-mor DO CASTELO.

III - DIA DE SANTOS

Nos idos anos de 1956/1959 o dia de Santos era um dia deveras especial. Mal se fazia de dia, juntava-se a canalha em grupos mais ou menos numerosos e toca de ir pedir os santinhos por tudo quanto fosse casa. Bolsa grande, não porque a esmola fosse avultada mas porque as casas a visitar eram muitas. Coitada da minha avó... Uns meses antes já andava a rabiscar os tostões para distribuir nesse dia. E eu, e a outra gaiatagem lá íamos todos contentes. Os santinhos mais apetecidos é claro que eram os tostões, dois ou três, que cinco já era esmola de gente rica. Mas abundavam as castanhas, as romãs, os marmelos, as maçãs e de vez em quando uns rebuçados.
Fazia-o mais por tradição do que por necessidade. Meus avós não sendo ricos, poderiam considerar-se remediados. Outros miúdos faziam-no mesmo por necessidade. Hoje já não se pedem os santinhos. Pelo menos aqui por Avis, apenas vi dois rapazes a fazê-lo. Mas tive de me deslocar a Vale de Açor, e ali constatei que a tradição ainda está bem arreigada, pois encontrei só na rua principal mais de vinte miúdos e miúdas com as sacolas já bem cheias. Estou arrependido de não lhes ter perguntado várias coisas. Por exemplo o que os levava a pedir os Santos; saber o que neste século XXI se dá de Santos; se sentiam felizes a fazer aquilo.
Eu sentia-me feliz na altura e agora, não fôra a saudade, sentir-me-ia muito feliz por poder voltar aos meus sete/dez anos de vida. E não me chamem saudosista...

quinta-feira, 30 de outubro de 2003

AS NEGOCIAÇÕES APROXIMAM-SE DO FINAL...

ESTÃO QUASE CONCLUÍDAS AS NEGOCIAÇÕES QUE LEVARÃO A UMA SOLUÇÃO PARA O FINDAR DO CONFLITO QUE TEM OPOSTO OS FUNCIONÁRIOS DO CASTELO E O SEU DIRECTOR. POSSIVELMENTE AMANHÃ TRANSMITAMOS NOTÍCIAS MAIS CONCRETAS.
ATÉ LÁ.

sexta-feira, 24 de outubro de 2003

ESTOU AFLITO. PEÇO QUE ME AJUDEM, POR FAVOR...

DO CASTELO fala-vos o Director. Estou sequestrado numa sala, sem acesso para o exterior. Vejo a rua através de uma vigia, e ameaçam cortar-me a Internet a qualquer momento. E tudo por causa dos dois meses de ordenados em atraso. Amaldiçoo a hora em que contratei estes jornalistas que de jornalistas só têm o nome. Não sei o que hei-de fazer. Começo a ter fome e frio, muito frio. O fim de semana vai trazer muita chuva e vento muito forte. Tenho medo do vento muito forte. Estou enrascado e não sei como sair desta situação. Peço por favor que me ajudem. Quem já esteve numa situação destas de aflição que faça o favor de me dar umas dicas para a morada que está ao cimo do blogue.
Ajudem-me. Agora tenho que desligar pois se "eles" se apercebem que pedi auxílio, deixam-me aqui indefinidamente ao frio e às ratas.
Amanhã faço-vos o ponto da situação. ajudeeeemmm-mmmeee. Aiiii!!!



quinta-feira, 23 de outubro de 2003

O DIA DE SÃO CIFRÃO...$$$$$$$...

O Dia de São Cifrão é sempre um dia esperado com alguma ansiedade. Sabemos mais ou menos quanto nos vai ser creditado na conta bancária, mas como que temos uma secreta esperança de ver se houve alguns acertos, se nos foi creditado um pouco mais. Depois vem a desilusão: nem mais um cêntimo, religiosamente o mesmo do mês passado, 862 Euros e 25 cêntimos. Depois a ginástica usual. Abater a renda do empréstimo para a casa, 106,74 euros; prestação do carro, 90,68 euros; telefone, 58,34 euros; electricidade 78,45 euros; quarto do cachopo que está a estudar em Évora, 125 euros; mesada da cachopa (4semanasx50euros para comida e livros), 200 euros; pagar na mercearia o “fiado” que nos concederam relativo ao mês de Outubro, 185 euros. Feitas as contas sobram exactamente 18 euros e 4 cêntimos, que têm que dar para umas cervejolas, uns maços de tabaco, uns petiscos, uns totolotos, uns jornais, gasolina e uma mariscada. como será que isso vai acontecer não sabemos, mas um homem também não é de pedra, não é verdade?
Distribuído assim este ordenado ( e vá lá que por enquanto não existe conta de farmácia) começa-se a pensar no próximo dia de São Cifrão, mas no entretanto pede-se à “patroa” que telefone menos para a mamã dela, pede-se que se faça um esforço no sentido de diminuir a despesa da electricidade, a cachopa que se puder deixar de almoçar que só tome o pequeno almoço e jante, e a mercearia para o mês que vem possa esperar mais uns dias. Afinal vem aí o Subsídio de Natal. Mas o melhor é não começarmos já a fazer as contas da distribuição desse ordenado melhorado que por aí há-de vir, se Deus quiser.

Nota: qualquer semelhança entre a situação descrita e algum caso que conheça, é pura coincidência...

Última hora: a equipa DO CASTELO que há dois meses não recebe ordenado( tantos quantos os de vida deste blogue) apresentou uma reivindicação que passa por uma greve já para amanhã. As situações agudizam-se. Iremos dando notícias deste braço de ferro entre trabalhadores e entidade patronal.
Até amanhã.


quarta-feira, 22 de outubro de 2003

É QUASE MEIA-NOITE...DESCONTRAIA!!!

DUAS VAGINAS ENCONTRAM-SE NAS IMEDIAÇÕES DO CASTELO:
- OLHA LÁ, OUVI DIZER QUE TENS DIFICULDADES EM ATINGIRES O ORGASMO...
- OH! ISSO SÃO AS MÁS LÍNGUAS!

PARABENS FCP...

DO CASTELO endereçamos os nossos parabéns ao FCP pela sua preciosa vitória. Confessamos que temos um pouco de pena de que tanto o SLB como o BENA andem tão por baixo...

terça-feira, 21 de outubro de 2003

NEM PODIA SER DE OUTRA MANEIRA...

Prisão preventiva foi o veredicto do Juiz de Avis após ter ouvido o presumível assassino que vindo de Alfragide matou um caçador do Barreiro aqui por terras do Maranhão. Sem sabermos muitos pormenores, mas pelo que apurámos, aqui DO CASTELO , pensamos que terá sido uma decisão justa e sensata.

segunda-feira, 20 de outubro de 2003

CURIOSIDADES ACERCA DA CATEDRAL...

Para que conste e antes que o Novo Estádio seja inaugurado, DO CASTELO revelamo-lhes alguns dados curiosos sobre o velhinho ESTÁDIO DA LUZ:

Quantos jogos fez o Benfica no estádio da Luz?
1092 jogos alcançando 854 vitórias.

Quantos golos marcou o Benfica no Estádio da Luz?
3151 golos.

Quem marcou o primeiro golo do Benfica no Estádio da Luz?
Francisco Palmeiro, a 1.12.1954, na inauguração, frente ao F.C.Porto.

Quantos jogadores do Benfica jogaram no Estádio da Luz?
408 jogadores.

Qual foi o jogador do Benfica que marcou mais golos no Estádio da Luz?
Eusébio, que marcou 298 golos em 14 anos.

Qual foi o jogador que fez mais jogos no Estádio da Luz?
Nené, realizou 315 jogos, totalizando 24920 minutos.

Qual foi o jogador do Benfica mais vezes “capitão” no Estádio da Luz?
Veloso, fez 136 jogos como “capitão” totalizando 11002 minutos de jogo.

Qual foi o jogador do Benfica mais polivalente no Estádio da Luz?
Veloso, foi titular em 8 posições diferentes, só não jogou a guarda-redes e a ponta-de-lança.

Quais foram os treinadores do Benfica que nunca perderam no Estádio da Luz?
Jimmy Hagan, Lajos Czeizler, Tomislav Ivic, José Mourinho, José Valdivielso,
José Augusto, Shéu, Fernando Caiado e Fernando Chalana.
Quem foi o primeiro “capitão” do Benfica no Estádio da Luz?
Fernando Caiado, na inauguração que capitaneou a seguinte equipa: Costa Pereira, Jacinto e Naldo; Caiado, Artur e Ângelo; Palmeiro, Coluna, Àguas, Calado e “Fialho”.

Qual foi o último “capitão” do Benfica no Estádio da Luz?
Simão Sabrosa.

Quem foi o primeiro treinador do Benfica no Estádio da Luz?
Otto Glória.

Quem foi o último treinador do Benfica no Estádio da Luz?
José António Camacho.

Quem marcou o primeiro hat-trick no Estádio da Luz?
Mário Coluna.

Quem marcou o último golo no Estádio da Luz?
Simão Sabrosa.

Qual foi o último jogo do Benfica no Estádio da Luz?
Frente ao Santa Clara.

Qual foi a maior goleada europeia do Benfica no Estádio da Luz?
10-0 frente aos Luxemburgueses do Stade Dudelange.

Quem foi o jogador que marcou o último golo europeu do Benfica no Estádio das Luz?
Miguel.

Qual foi a maior goleada registada no Estádio da Luz?
14-1, frente ao Riachense para a Taça de Portugal.

Qual foi a maior enchente registada no Edstádio da Luz?
135 mil espectadores, a 4 de Janeiro de 1987, frente ao F.C.Porto, a contar para o Campeonato Nacional, que o Benfica ganhou por 3-1 ( 3 golos de Águas).


IN” A LUZ NÃO SE APAGA, DE LUIS MIGUEL PEREIRA





domingo, 19 de outubro de 2003

OS DEUSES DEVEM ESTAR LOUCOS!!!

Hediondo, repugnante e miserável é como aqui DO CASTELO classificamos o crime que hoje se praticou nas imediações do Monte de Pêro de Alter/Granja, na freguesia de Alcórrego, concelho de Avis.
Não há nada que possa justificar a morte de uma pessoa a troco de uma perdiz.
Estamos demasiado perturbados para poder tecer mais qualquer comentário...



ESTA FOI MUITO BOA...

DO CASTELO tivemos acesso ao Jornal “O BANCÁRIO”, pertença do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, que não seu nº 17 de 14 de Outubro de 2003, a páginas 2, diz o seguinte, que, com devida vénia, passamos a transcrever:


“TERÁ OCORRIDO NA BANCA?

A história conta-se em poucas palavras mas falta saber se terá ocorrido na banca:
Uma empresa achou que estava na altura de mudar o estilo de gestão e contratou um novo administrador, que chegou determinado a agitar as bases e a tornar a empresa mais produtiva.
No seu primeiro dia de trabalho, e acompanhado dos principais assessores, fez uma inspecção às instalações. Numa das secções visitadas, todos estavam a trabalhar, mas um jovem estava encostado à parede da entrada, com as mãos nos bolsos. Vendo uma boa oportunidade para demonstrar a sua nova filosofia de trabalho, o administrador perguntou ao rapaz:
- Quanto é que você ganha por mês?
- Quinhentos euros - respondeu o rapaz, sem saber do que se tratava. Mas porquê?
O administrador tirou 500 euros do bolso e deu-os ao rapaz, dizendo:
- Aqui estão os seus quinhentos euros deste mês. Agora desapareça e
não volte aqui nunca mais!
O rapaz guardou o dinheiro e saiu depressa, sem perceber a sua sorte.
O administrador, enchendo o peito, perguntou depois ao grupo de trabalhadores:
- Algum de vocês sabia o que este tipo fazia aqui?
- Veio entregar uma “pizza”- respondeu um dos presentes.”



sexta-feira, 17 de outubro de 2003

"MARANHÃO" VOLTA, POR FAVOR...

DO CASTELO adquirem-se hábitos difíceis de esquecer e muito menos de ignorar. Habituámo-nos religiosamente a ler o MARANHÃO. Por motivos que obviamente nos escapam, este “espraiou-se”. Lamentamos, pois era um nosso blogue de referência.
Acreditamos que o MARANHÃO ressurja, qual Fénix renascido das suas própria cinzas, com nova fisionomia, quiçá com nova roupagem e identidade, mas que ressurja. Afinal todos não seremos demais para defender uma terra, que a todos nós pertence, usando a crítica, a opinião ou quicá a troca de ideias.
MARANHÂO, VOLTA QUANDO ANTES!! CERTO?

quinta-feira, 16 de outubro de 2003

DE FRONTEIRA COM AMOR!

DO CASTELO espraiámos a vista em direcção a terras de Fronteira e ficámos emocionados com a lição de humanidade e solidariedade que um SENHOR daquela localidade nos ofereceu, ao dar ao seu irmão que possui um rim em mau estado de funcionamento, um dos seus próprios rins e em vida.
Compreendemos também a posição da mãe que, embora contente pelo acto de coragem do seu filho dador, se sente igualmente triste por serem ambos a sofrer.
A operação está marcada para o próximo dia 28 deste mês e aqui DO CASTELO endereçamos os nossos melhores votos de que tudo corra da melhor maneira possível para aquela família, verdadeiramente digna desse nome.
Ah Alentejanos de uma figa que dão lições a todo o mundo.


quarta-feira, 15 de outubro de 2003

O FALSO VERDE DA SERRA DE S. MAMEDE, EM PORTALEGRE.

A vista que se vislumbra DO CASTELO é fenomenal. Vislumbrámos que parte da serra de S. Mamede em Portalegre começa a verdejar. Fomos lá e concluímos que efectivamente as encostas daquela serra se estão a tornar verdes, muito verdes, devido ao rápido crescimento dos fetos-dos-montes que por ali abundam. Até aqui tudo bem, o pior é o receio que nos foi transmitido pelas populações de Marvão, S. Julião, Ribeira de Nisa e Portalegre de que os nossos governantes e outros responsáveis se esqueçam que por baixo desse verde se encontra o negro das cinzas produzidas pelos incêndios do Verão passado. Que por baixo desse verde arderam muitas esperanças de vida subitamente destruídas. E essa gente não quer tragédias idênticas repetidas. E se por acaso os tais Senhores se esquecerem é importante que alguém os lembre dessa tragédia. Nós iremos fazendo eco dessas preocupações.
Notámos que os ribeiros, com as primeiras chuvas já encheram mais do que é hábito em situações semelhantes, transbordando dos seus leitos.
Alerta !

terça-feira, 14 de outubro de 2003

AS "MENINAS" DE BRAGANÇA É QUE SÃO...

DO CASTELO lançamo-lhes um desafio: tentem cantar os seguintes versos com a música dos ADIAFA na conhecida moda d’ “As meninas da Ribeira do Sado” e com um bocadinho de sorte verão que os versos até não estão muito mal esgalhados...


Fui passar uns dias a Bragança
Para ver toda aquela barafunda
Nem sabia que ia lá encontrar
A menina da “garganta mais funda”

As meninas de Bragança é que são
Dão-nos cá uma grande sensação
As meninas de Bragança dançam em cima das mesas
Quando sentem as “coisas” bem tesas

E falou o Senhor Governador Civil
E da Câmara falou o seu Presidente
As “meninas” eram mais de mil
E toda a gente estava muito contente
Experimentei, gostei e fiquei freguês
Aquilo eram belos bacanais
Não sei onde é que ainda possa ter os “três”
Mas se os perdi agora já não tenho mais

Fui passar...

segunda-feira, 13 de outubro de 2003

DO CASTELO SAI EM DEFESA DA SUA DAMA...AVIS!!!

Quem não se sente não é filho de boa gente, já diz o velho ditado. Assim, depois de vermos aqui DO CASTELO acesas defesas de Avis, no sentido de a defender das investidas dum menino mal educado lá das bandas de Cabeção, resolvemos também nós tomar parte activa nesta contenda. Esse menino mal criado possui um Blog intitulado CHOLDRA... Ora segundo o Dicionário de Português, 4ª Edição ( muito corrigida e aumentada), da Porto Editora, Lda., textualmente diz-nos: CHOLDRA - confusão de gente ordinária.Perante esta definição estivemos para não tecer quaisquer comentários, por desnecessários, aos ataques a Avis e às suas gentes por um fedelho que quer ser engenheiro quando fôr grande.
Diz esse inimigo de Avis e suas gentes, que Avis é terra de comunistas. Mas olhe que nem todos que aqui moram o são. E Cabeção não tem comunistas ou “comunas” como tanto gosta de chamar? Permita-me que lhe lembre que se Avis teve a Cooperativa 1º de Maio, Cabeção teve a Cooperativa TERRA LIVRE. Sabia, senhor futuro engenheiro? E sabia que a mesma era dirigida por comunistas cujo nome não mencionamos por eventualmente já poderem ter morrido? E sabia que os produtos dessa Cooperativa ou Unidade Colectiva de Produção Terra Livre eram comercializados pela Cooperativa Popular de Cabeção, também ela prenhe de comunistas? Se calhar não sabia por ser ainda muito imberbe...
Anote estes conhecimentos que lhe transmitimos. Mas a conversa já vai demasiado alongada com quem não merece a nossa consideração. Fique só a saber mais isto: se este episódio se desse no tempo dos três Mosqueteiros e se você não fosse mentecapto, a esta hora já tinha bailado na ponta da minha espada ali para os lados da herdade da Ordem...Assunto encerrado! Ponto final parágrafo.

domingo, 12 de outubro de 2003

Porque hoje é Domingo,queremos remeter aqui DO CASTELO, uma atenção a INGENUIDADES, através de um poema de Mário Saa, publicado na folha informativa especial ÁGUIA, nº6/7, com edição dos
AMIGOS DO CONCELHO DE AVIS


Soneto

Servem-me os desgostos p’ra meus versos.
Se eles não foram, como então poderia
ter esse bom prazer de me queixar!

Ter esta exaltação, esta alegria
de saldar a minha alma com palavras
demover o meu mal com fantasia...

De todas as fraquezas me redimo,
de todos os desgostos me consolo,
se pela escrita os justifico e estimo;

Se uma teoria explicativa evolo
e em doce verso a metrifico e rimo.
Então, destarte, a minha mágoa isolo;

Ou marco-lhe intervalo, ou nova pausa.
Que a causa, só, de sofrimento nosso
É não achar do sofrimento a causa.

E é tudo quanto sei, ou quanto posso.

(In momento - 1936)

sexta-feira, 10 de outubro de 2003

ELE HÁ COINCIDÊNCIAS DO CARAÇAS!!!...

Ainda há poucos dias tínhamos feito referência ao facto do TI JOÃO CAGA BARRO ter falado connosco aqui DO CASTELO e eis que o recem-chegado Jornal A PONTE nos traz uma entrevista assaz curiosa pelo que nos transmite do quotidiano de antigamente aqui pela vila de AVIS. Por nos parecer de interesse e com a devida vénia passamos a transcrever a entrevista, conduzida por um colaborador daquele jornal (damos ênfase às partes que nos parecem mais dignas de realce).





JOÃO LEÃO CARVALHO DO TELHEIRO


É um privilégio poder conversar com um homem que nasceu e viveu em Avis até há cerca de dezassete anos e de cuja história faz parte: João Leão Carvalho do Telheiro, por anexim o Ti João Caga - Barro. Nascido em 9 de Dezembro de 1913, vive agora em casa de uma filha lá para os lados de Almada, não perdendo o ensejo de vir a Avis sempre que pode. Fê-lo agora por altura da feira e foi com este óptimo conversador que fizemos a presente entrevista para a qual apenas foram necessárias duas perguntas.

Sr. João, diga-me uma coisa: donde lhe veio esse apelido de “Caga Barro”?
Olhe, mesmo que lhe quisesse dizer, não podia, porque não sei. Só sei que sou filho do António Caga Barro, e desde que me conheço que trago comigo esse anexim.
Disseram-me que o Senhor João foi um homem dos sete ofícios...
E fui, sim senhor. Comecei muito novo a trabalhar no Telheiro que havia ali na Fonte Ferreira, em companhia do meu pai. Ali fazíamos tijolo, manilhas, tabique para tectos. Depois, aí por volta dos dezanove anos, fui para o campo e por conta do Sr. Zé Braga, ceifei, ordenhei ovelhas, fui encarregado das parelhas. Fui roupeiro, sabe o que era isso? Não? Eu digo-lhe : era ir ordenhar as ovelhas e depois transportar o leite para o monte. Isso já foi no Alcórrego.
Em 1946 vim trabalhar para a Câmara, onde fazia calçada, varria as ruas, fazia manilhas , andava com a carroça da Câmara, era coveiro substituto, ia com o Sr. Dr. Álvaro ver os porcos que estavam no matadouro. Quem mandava em mim era o Sr. Ambrósio Lobato. Quando passei a efectivo ganhava duzentos escudos por mês. Comprava a farinha para o pão e só a pagava no fim do mês. Apesar de tudo a minha filha ensinou-me a ler e a escrever e ainda fiz a terceira classe.
A vida era difícil...
Óh! Se era... por causa do problema que tenho na perna, que é de nascença, não podia fazer todos os trabalhos do campo. Então a minha mulher ia trabalhar para o campo às segundas-feiras, voltava aos sábados e era eu que tratava das minhas duas filhas, com um e quatro anos. Além da alimentação e vestuário passeava-as num carro de mão, e até as catava. Naquele tempo havia muitos piolhos. Olhe as camas era desinfectadas com criolina e na cabeça das cachopas punha-lhe DDT, para matar aquela bicharada.
Quando me reformei já foi por conta da Junta Pecuária e quem me ajudou foi o Sr. Dr. Heitor de Ponte de Sôr, de quem era ajudante de veterinário, nessa altura.
E conte-me lá essa história dos pregões...
Então foi assim: havia cá um pregoeiro, que era o António Pereira, o “Taleigadas”, que cobrava sempre dinheiro para apregoar. Um dia convidaram-me para fazer esse serviço e eu não cobrei nada e a partir daí passei eu a fazer os pregões e a substituir o “Taleigadas”. Tantas vezes que gritei pelas ruas de Avis: “quem quiser sardinhas a dez tostões e carapaus a cinco tostões vá à loja do Xico Figueira”. Como havia cá outra peixaria então era requisitado novamente e anunciava que o peixe do Jeremias já era a preço mais baixo do que o do Xico Figueira. Por estes serviços normalmente pagavam-me em géneros: podia levar uma certa porção de peixe, sem pagar.
Quando alguém por exemplo perdia um brinco, vinha ter comigo e eu gritava pela vila: “Quem achar um brinco de ouro, venha ter comigo que eu lhe direi quem é o dono e ele lhe dará alvíssaras”. Vou contar uma história engraçada: uma vez uns indivíduos estavam bêbados e mandaram-me apregoar que na Sociedade da Bola estava uma pessoa à espera do Xico Berrigato. Ele ouviu o pregão e quando lá chegou deu com eles já com os copos. Por esse trabalho ganhei dois copos de vinho branco!
Outra vez eu próprio achei um fio de ouro, de criança, na Rua dos Calados. Fiz logo o pregão e quando a mãe da criança veio ter comigo e me quis gratificar, eu disse-lhe que não queria nada pois ela era tão pobre como eu...
A vida era muito dura...
Olhe quer ver outra parte que me aconteceu? A minha filha Leonor aí por volta de 1954 passou no exame de admissão aos Liceus. Como eu não tinha posses pedi que escrevessem um a carta ao Salazar a pedir auxílio. E sabe que mais? Ele respondeu e pediu ao responsável pelo registo civil daquela altura que lhe enviasse uns documentos que ele lhe pedia. Só que esse malandro nunca enviou nada. Quando soube até quase que o matei...
Não se enerve Sr, João. Olhe lá, ouvi dizer que o senhor gostava muito de dançar.
Se gostava! Dançava o vira, as chotiças batidas ao centro e os dois passos. Pelo Carnaval fazíamos grandes festas. Cantávamos às portas das pessoas e elas davam-nos chouriços, farinheiras, algum dinheiro, um ou dois tostões, porque dinheiro era coisa que não abundava naquela altura. Quer ouvir esta? Então oiça. Uma vez eu vinha já com um grãozito na asa e cantei assim estas duas quadras, cá em Avis:

Ó minha rica tia Maria
Dê-me a sua filha Mariana:
É um regalo na vida
Dormir com ela na cama!

Dormir com ela na cama
Dormir com ela no fato;
Ó minha rica tia Maria
Eu numa noite não lha mato!

Olhe que apesar de ser uma brincadeira e de ser Carnaval, fizeram queixa de mim e fui parar ao Posto da Guarda Republicana. No entanto expliquei o que se tinha passado, cantei os versos aos guardas e vim para casa em paz, pois até eles acharam graça ao sucedido.
O senhor João é uma pessoa muito estimada em Avis...
Sempre fui amigo de toda a gente. No tempo da outra senhora, e a mando da Câmara, recolhia todos os papéis clandestinos que por aí se deitavam. Era propaganda política contra a ditadura. Um dia encontrei o Caetano Espanhol e disse-lhe olhos nos olhos: “dá-me cá um abraço que eu quero ser teu amigo. Mas olha que tens de ter cuidado com a propaganda. Podes ficar descansado que da minha parte, eu não digo nada.” E nunca disse nadinha, embora soubesse bem quem é que espalhava a propaganda nas ruas de Avis.
Outros tempos, agora as liberdades são outras...
São outras sim senhor. Olhe que uma vez fui à praia e andavam lá umas mulheres com os “amojos” de fora...
De todas as actividades que teve qual a que gostou mais e qual a que gostou menos?
Gostava muito de ser ajudante de veterinário e gostava de fazer pregões. Do que gostei menos foi de ser coveiro. Quer ouvir esta?
Não senhor João, não pode ser, senão o jornal é só seu...fica para outra vez. Fica combinado?


quinta-feira, 9 de outubro de 2003

AGENDA MUNICIPAL, CHEGOU ATRASADA MAS CHEGOU...

DO CASTELO saudamos a chegada da Agenda Municipal/Outubro de 2003. Traz uns dias de atraso, mas não deve ser gravidez, pois há muito tempo que mensalmente tal acontece e não nos constou que proliferem por aí agendinhas/os novas/os.
Numa análise rápida que fizemos concluímos que este atraso significa que 7 dos eventos ali assinalados já passaram e que um foi hoje às 14 horas, enquanto nós tivemos contacto com a agenda às 17 horas, quando chegámos a casa, depois de mais um dia de trabalho ( bem sabemos que ela, Agenda, foi entregue pelos CTT- que até não fizeram greve- por volta das dez e meia da manhã).
Dos 28 acontecimentos ali previstos , 10 dizem respeito à terceira idade, o que dá bem nota da dimensão do nosso concelho, no que a níveis etários diz respeito.
Dos 18 restantes 6 são sessões de cinema. Dos doze restantes, 5 são actividades integradas nos Jogos Concelhios - Avis 2003, organizados por iniciativa da Câmara. Dos 7 que sobram, 2 são as feiras de Benavila e Ervedal, 1 é a recepção aos professores, a quem aqui DO CASTELO damos as boas vindas, 1 é a inauguração do Polidesportivo de Ervedal, 2 jogos de futebol e 1 é a mostra do Livro de Mestre José Azedo. E todas estas contas para quê? Para perguntar onde anda o Associativismo deste concelho? Porquê só no Verão se empreendem tantos eventos, que de tantos chegam quase a ser de mais? O associativismo hiberna em Avis? Ou só actua quando dá lucro?...
Para terminar e ainda em relação à Agenda/Outubro 2003. Não gostamos da capa: uma fotografia/desenho/composição computorizada que nos mostra uma idosa(?) sem expressão e com cara de...sacaninha. Quem fez este “boneco” podia, sabia e devia ter feito muito melhor- 5 valores.
Gostamos sobremaneira da contracapa: aquela Rua Machado dos Santos está fabulosa- 20 valores!

Aconselhamos vivamente a visitarem de 11 a 31, no Auditório Municipal, “DESENHOS, SONHOS E PROJECTOS DE UMA VIDA” de José António Azedo. Vejam e deliciem-se com esta autentica maravilha como nós já o fizemos um dia na Biblioteca Municipal de Portalegre!

quarta-feira, 8 de outubro de 2003

AS TELEVISÕES PRESTARAM UM MAU SERVIÇO NO CASO "PAULO PEDROSO"!!!

DO CASTELO clamamos a nossa indignação perante o mau serviço prestado pelas nossas Televisões, que acompanharam a saída triunfal da prisão, do Sr. Deputado Paulo Pedroso. Então com tanta reportagem, tantos directos, tantas informações em cima da hora, afinal nenhuma nos disse a que horas, onde e como é que o deputado Paulo Pedroso fez xi-xi a primeira vez, depois de sair da prisão! Como seria emocionante ver e saber como “se aliviava” uma pessoa tão importante para todo o Portugal como o é o Sr. Deputado, após se ter "aliviado" dos calaboiços.
Ai se nós ao menos tivéssemos uma CNN...

terça-feira, 7 de outubro de 2003

PEDIRAM-NOS QUE DIVULGÁSSEMOS E DO CASTELO DIVULGAMOS.

DO CASTELO recebeu a seguinte mensagem, com o pedido de divulgação, o que vamos fazer com muito gosto:


Hoje foi dia de atendimento aos encarregados de educação por parte da Directora de Turma de um determinado ano do Agrupamento de Escolas Mestre de Avis.
A senhora Directora de Turma estava muito admirada por terem ido tantos encarregados de educação falar com a senhora. Perguntei-lhe quantos pais/encarregados de educação tinham ido e respondeu-me : três. Aqui quem ficou admirado fui eu, pois numa turma de dezassete alunos irem apenas três encarregados de educação, eu achei extremamente pouco, ao que a Senhora Professora/Doutora me retorquiu: é que no ano passado não vinha ninguém...
Algo vai mal quando os encarregados de educação se desligam assim dos seus educandos. A escola não pode ser um sítio de despejo dos filhos, onde os professores têm a obrigação de ensinar os alunos nas mais diversas vertentes: ensinar boas maneiras, ensinar disciplinas, ensinar comportamentos perante a sociedade, e a quem nós, pais/encarregados de educação, vamos pedir meças pelos maus resultados dos nossos filhos/educandos. O ensino pode e deve fazer-se na escola, mas a educação tem que ser completada em casa, em cada dia, em cada oportunidade. Não será alheando-nos do modo como as coisas se passam “por lá” que tudo correrá melhor. Não podemos deixar aos professores o encargo de fazerem o seu papel e o nosso, tal como não devemos permitir que aqueles não façam o que lhes compete. A maneira de sabermos se tudo está a ser feito em conformidade é indo ao sítio certo, no momento exacto.
E esse sítio é a Escola e o momento o marcado e divulgado previamente perante os pais/encarregados de educação, ou fora desse horário, sempre que se julgue por conveniente fazê-lo.
JUNTOS CONSTRUIREMOS POR CERTO UMA ESCOLA MAIS EFICAZ, PARA BENEFÍCIO DE TODOS.

segunda-feira, 6 de outubro de 2003

VITORINO NEMÉSIO = UM SENHOR NO MUNDO DAS LETRAS!!!

DO CASTELO tivemos acesso a um livro publicado em 1988 pelo Circulo de Leitores, intitulado Antologia Poética, de Vitorino Nemésio. É com as imagens difusas dos seus programas na Rádio Televisão Portuguesa a que intitulou de “Se bem me lembro...” que transcrevemos este poema, para nós um achado de sabedoria e imaginação. Pedimos o favor de lerem atentamente:

SEMÂNTICA ELECTRÓNICA

ORDENO AO ORDENADOR QUE ME ORDENE O ORDENADO
ORDENO AO ORDENHADOR QUE ME ORDENHE O ORDENADO
ORDINALMENTE
ORDENADAMENTE
ORDEIRAMENTE.
MAS O DESORDEIRO
QUEBROU O ORDENADOR
E EU JÁ NÃO DOU ORDENS
COORDENADAS
SEJA A QUEM FÔR.
ENTÃO RESOLVO TOMAR ORDENS
MENORES, MAIORES,
E SOU ORDENADO,
ENFIM - O ORDENADO
QUE TENTEI ORDENHAR AO ORDENADOR QUEBRADO.
- MAS - DIZ-ME A ORDENANÇA -
VOCÊ NÃO PODE ORDENHAR UMA MÁQUINA:
UMA MÁQUINA É QUE PODE ORDENHAR UMA VACA.
DE MAIS A MAIS, VOCÊ AGORA É PADRE,
E FICA MAL A UM PADRE ORDENHAR, MESMO UMA OVELHA.
VELHACA, MESMO UMA OVELHA VELHA,
QUANTO MAIS UMA VACA!
POIS UMA MÁQUINA É VICÁRIA ( VOCÊ É VIGÁRIO?):
VACA (EM VACÂNCIA) À VACA
SÃO ORDENS...
EU ENTÃO, ORDINALMENTE ORDEIRO, ORDENADO, ORDENHADO,
ÀS ORDENS DA ORDENANÇA EM ORDEM UNIDA E DISPERSA
(PARA ACABAR A CONVERSA
COMO APRENDI NA INFANTARIA),
ORDENHADO CHOREI MEU TRISTE FADO.
MAS TRISTEZA ORDENHADA É NATA DE ALEGRIA:
E CHOREI LEITE CONDENSADO,
LEITE EM PÓ, LEITE CÉPTICO, ASSÉPTICO,
OH, MILAGRE ORDINAL DE UM MUNDO CIBERNÉTICO


domingo, 5 de outubro de 2003

AFINAL A ÁGUA NÃO É UM PRECIOSO BEM? PARECE QUE EM BENAVILA NÃO...

Um dos elementos da equipa DO CASTELO teve necessidade de passar Sábado e Domingo em Benavila, por motivo de assistir ao funeral de uma pessoa amiga.
O que nós daqui queremos fazer é um alerta: nas casas de banho públicas de Benavila, na parte destinada aos homens, está a correr água permanentemente, entenda-se 24 horas por dia e a cano cheio, num dos autoclismos ali colocados. Não temos dúvidas que se estão ali a perder quilolitros daquele precioso líquido. Incúria, desleixo? A anormalidade está à vista e ao ouvido de todos pois não é necessário entrar nas referidas casas de banho para ouvir a água a jorrar.
Apelamos a que alguém que nos leia e possa, faça chegar este alerta ao responsável pela manutenção daquelas casas de banho. O nosso obrigado.


sexta-feira, 3 de outubro de 2003

A BARRAGEM DO MARANHÃO ESTÁ A TRANSFORMAR-SE NUM VASADOURO DE LIXO!!!

No sentido de apaziguar os ânimos que como se sabe andam um pouco exaltados por causa dos salários em atraso, o Director DO CASTELO, tentou a união tendo para tal organizado um pequeno convívio piscatório na Barragem do Maranhão. A ideia foi boa, sem bem que não muito bem conseguida. Para não ferir susceptibilidades não vamos dizer quem pescou mais ou quem pescou menos. O que realçou desta ida ao MARANHÃO foi a quantidade de lixos que abundam pelas suas margens: ele são garrafas vazias de cerveja, vinho, e até de azeite. Ele são sacos de plástico com todos os nomes possíveis de variedades de engodos. Ele são restos de comida. Ele são frigoríficos, ele são máquinas de lavar abandonadas onde calha.
Não temos dúvidas de que mais de noventa por cento deste lixo é ali deixado por pescadores com poucos escrúpulos. A parte que não pertence aos pescadores é feito por alguém da mesma laia.
A barragem enquanto instrumento de lazer, não pode ser em simultâneo receptáculo do lixo que nós próprios não quereríamos em nossa casa.
Assim não, meus senhores, assim não!


quinta-feira, 2 de outubro de 2003

SORRIA...

No sótão DO CASTELO descobrimos um exemplar das Selecções do Reader’s Digeste, referente ao mês de Março de 1972. Da sua página nº 40 retirámos o seguinte:

Meu sobrinho de dez anos considera a escola um mal necessário. Há pouco tempo disseram às crianças que desenhassem uma rua da nossa vila e que cada um podia sair quando terminasse. Meu sobrinho foi o primeiro a entregar o trabalho. A professora reclamou: “isto é muito pouco: uma rua vazia no meio de fileiras de casas. E os carros, onde estão?”
Alguns momentos depois, meu sobrinho entregou novamente o desenho tendo acrescentado um sinal de “Trânsito Impedido”.


quarta-feira, 1 de outubro de 2003

NOTÍCIA NÃO CONFIRMADA!

Hoje é o dia em que chegou junto DO CASTELO a notícia que passamos a transcrever mas que ainda não conseguímos confirmar:

A Ministra Manuela Ferreira Leite terá comprado o Monte de Vale d'Ordem, aqui bem às portas de Avis. Para nós não nos aquece nem nos arrefece a não ser termos alguma inveja dado o facto de ainda termos pensado em instalar ali o escritório que dá apoio a este blog, antes de nos termos instalado definitivamente junto DO CASTELO.
Deixa: a senhora Ministra fica com o monte e nós ficamos com a inveja...

Hoje é o dia da Água. E quanto choveu Deus meu! Logo por volta das oito horas da manhã era bom de ver como nós aqui em Avis colaborámos neste dia da água. Ali bem junto à rotunda da Redil, na faixa Pavia-Fronteira, um lençol de água tapava a estrada quase literalmente. Quem não soubesse não diria que ainda não há quinze dias que o pessoal das estradas ali andaram a reparar o pavimento.
Será que já receberam? É que se não receberam o melhor é não se lhes pagar sem rectificarem o que deixaram mal...

Hoje é dia da Música. Aqui por Avis há cada músico que não lhes digo nada. Autenticos rouxinóis atravessados de cuco e a cantar de galo...

Hoje é o dia da Pessoa Idosa, é o nosso dia, porra! Até nos sentimos mais novos com tantas manifestações de carinho.

Hoje é o dia em que já não nos apetece escrever mais...até amanhã.

Nota: hoje é o dia em que soubemos que DO CASTELO está em perigo de extinção. Continua sem pagar salários e os colaboradores querem desfazerem-se do seu lider não espiritual...

BOM TRIMESTRE, MISTER BLOGUISTA!!!

Paulatinamente eis-nos chegados ao quarto trimestre deste ano de 2003. Desejamos sinceramente que seja melhor do que os três irmãos que o antecederam. Atentados, guerra, incêndios, morte, destruição, pedofilia foram as palavras de ordem de todos esses nove meses que passaram. Talvez que, sendo o trimestre do Natal, algo de bom aconteça digno de nota.

Com a chegada de Outubro e o términus da época crítica dos incêndios, numa altura em que se deveria dar descanso aos instrumentos de trabalho dos Bombeiros, a quem prestamos justa e pública homenagem, eis que se ligam os extintores de uma série de quartéis, com a indicação de ligações perigosos que aqueles mesmos extintores não conseguem apagar. DO CASTELO fazemos votos para que cá por Avis, nada de anormal se passe, até porque é tudo boa rapaziada e os extintores são de boa qualidade.

Será neste trimestre que o assunto Casa Pia avança? Quantos mais recursos apresentarão ainda os advogados de defesa para baralhar, partir e voltar a dar, de modo a que o processo não avance? Pensamos que já chega de tanta “palhaçada”.

Outubro traz-nos a abertura da caça. Santo Deus! Se o ano passado o terreno dito livre era superpovoado por caçadores vindos dos mais diversos pontos do país, este ano como será com a vinda de todos os caçadores cujas áreas normais de actuação cinegética ficaram interditas? Desejamos boa sorte a todos, cientes que no segundo dia de caça já pouco haverá para caçar no que a coelhos, lebres e perdizes diga respeito.

DO CASTELO confessa publicamente que tem ordenados em atraso a alguns dos seus colaboradores. O único que tem os vencimentos em dia é o seu Presidente, eleito democraticamente à sombra DO CASTELO pelo conselho dos anciãos. Esta situação está a criar um certo e notório mau estar entre todos e cochicha-se que estará em preparação uma greve. Daremos notícias à medida que elas se forem justificando. Até lá continuação de um muito bom trimestre. ..
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Ah! Já nos íamos a esquecer. Assumimos perante toda a família bloguista e não só que somos um blog anti-tabaco. Pois hoje, ficámos muito tristes por termos visto um “mocinho” muito bem comportado, integro e respeitador, daqueles à moda antiga mas moderno ( estão a perceber?) com um maldito cigarro nos queixos. Caro amigo, porque sabemos que é um dos nossos leitores assíduos, e pela sua saúde, não fume. Pelo menos durante este próximo trimestre não o faça. Afinal você até não tem que provar nada a ninguém. Toda agente sabe que você já é crescidinho... Pode ter a certeza que o tabaco mata e mata mesmo!
Em jeito de despedida por hoje lançamos um repto: se o seu blog fôr um Blog anti-tabaco, faça referência a isso pelo menos uma vez por mês. Talvez consigamos salvar algum desses nossos amigos que se andam por aí a matar às suas próprias mãos.
Abaixo o tabaco, já!
Boa!

terça-feira, 30 de setembro de 2003

ERRATA

Em " FOMOS AO CENTRO DE SAÚDE DE AVIS E VIMOS..." onde se lê autómato deve ler-se autómata e onde se lê compartimentais deve ler-se comportamentais.
As nossas desculpas.

FOMOS AO CENTRO DE SAÚDE DE AVIS E VIMOS...

Durante a semana que passou tivemos necessidade de ir ao Centro de Saúde de Avis, acompanhar um elemento da equipa DO CASTELO. Dirigimo-nos ao SAP erradamente e depois dirigimo-nos ao balcão de atendimento do outro lado do edifício.
Ficámos agradavelmente surpreendidos com as modificações registadas. Água potável para beber com copos descartáveis; flores que alindam um local onde cada um de nós vai sempre ou quase sempre de contra vontade. Somos daqueles que gostamos de flores e imagine-se que até oferecemos flores com certa regularidade. Até aqui tudo bem.
Mas, há sempre um mas. Fomos atendidos de uma maneira profissional, sem reclamações a fazer ( senão teríamos solicitado o livro amarelo, como é óbvio) mas notámos nos funcionários e funcionárias com quem contactámos e que constituem parte das diversas equipas daquele Centro de Saúde uma expressão de quem está ali a trabalhar contrafeito. Não foi a primeira vez que ali nos dirigimos e sempre achámos as pessoas ali empregadas com um ar muito mais descontraído, trabalhando de um modo mais natural, mais liberto, com mais alegria pelo trabalho executado, menos tenso, não tendo nada a ver com o ar circunspecto que agora apresentam, parecendo cumprir a sua missão mas de uma maneira quase autómato e por obrigação. Não sabemos porquê deu-nos a impressão, obviamente errada, que algumas estampavam no semblante um ar de receio, de medo por algo que não conseguimos compreender. Que se passará por ali?
Será que só contactámos com os que apresentam estas alterações compartimentais e os “outros” que não tivemos oportunidade de contactar estão todos como dantes?...
Estarão com medo da “atípica” ou o busílis da questão será outro? QuemsouberqueexpliqueaodoCasteloqueestemuitoagradeceobrigado!

MAIS VALE TARDE...

MAIS VALE TARDE... DO QUE NUNCA, TAMBÉM É PROVÉRBIO QUE SE DIZ AQUI DO CASTELO. VEM ISTO A PROPÓSITO DE SÓ AGORA DARMOS OS NOSSOS PARABÉNS ( ATRASO IMPERDOÀVEL) AO ZÉ ARMANDO PELO SEU MAGNÍFICO PORTAL DE AVIS.
PARABÉNS PELA INICIATIVA. VOCÊ É UM CAMPEÃO!!CONTINUE COM FORÇA E COM GARRA...

segunda-feira, 29 de setembro de 2003

NO FIM DE SEMANA É SÓ CHONAR...

Verificamos aqui DO CASTELO que os bloguistas de Avis aos fins de semana não fazem nenhum. A actividade recomeça só na segunda feira. Será que as mensagens só são impressas durante as horas de trabalho? Ai se o Ministro Bagão Felix sabe lá sai mais um imposto agora sobre os bloguistas, essa nova categoria social (?). O melhor é ir fazendo qualquer coisa durante os fins de semana, ainda que pouco, para não dar tanto nas vistas.
Entretanto avisamos que do lado de Aldeia Velha se avista bastante escuro no céu. Ou nos enganamos muito ou aproxima-se a chuva, essa chata. Nem nos queremos lembrar de tal. Irra que nunca mais chega o Verão!!



domingo, 28 de setembro de 2003

FALECEU O MANUEL OURIVES. PAZ À SUA ALMA!

Ouvimos “dobrar” o sino da Igreja Matriz, aqui tão perto da nossa casa, aqui tão perto DO CASTELO. Pensámos em duas ou três pessoas amigas que estão gravemente doentes. Desde logo lembrámo-nos do Manuel Charuto. Nisto toca o telefone e a notícia confirma um outro óbito: morreu o Manuel Ourives. Era mais um filho de Avis, por adopção . Chegou aqui com uma bicicleta pedaleira com que percorria os montes todos a vender ouro. Daí o seu anexim. Mais tarde dedicou-se à venda de armas, essencialmente de caça. Negociante a 100%, granjeou a simpatia de todos. Aqui vinha comprar armas ou cartuchos gente de todos os lados. Consideravam-no, antes de negociante um amigo.
Viveu em Avis o conturbado 25 de Abril, naquele tempo em que só havia duas hipóteses: ou se era do Partido (Comunista) ou se era contra o partido e contra a revolução. Manuel Ourives não era do partido. Um dia, avisado por amigos, teve que fugir de casa, pois aqueles (comunistas) queriam matá-lo. Regressou passados uns dias e imaginem só, foi precisamente aos comunistas que, naquela época, acabou por vender mais caçadeiras. O destino tem destas incongruências!
MANUEL AUGUSTO MENDES MANATA, foi dos que chegou a Avis com uma mão à frente e outra atrás, que por cá singrou, mas de certeza que nunca disse mal de Avis.
DO CASTELO apresentamos sentidas condolências à família e desejamos sinceramente que descanse em paz, porque o merece.

PORQUE HOJE É DOMINGO...

Domingo é domingo e por isso pedimos a voz ao Paco Bandeira e daqui, bem do alto DO CASTELO, cantamos aos quatro ventos estes versos de EDUARDO OLÍMPIO, de Alvalade Sado (1933), e inseridos na II série dos cadernos culturais da Câmara Municipal de Vila Viçosa:


Aos domingos vamos ao campo somos felizes
Aos domingos vamos á praia beber areia
Aos domingos temos colcheias temos narizes
Aos domingos somos aranhas fora da teia

Aos domingos pomos o filho no balancé
Aos domingos a doce esposa tem mais um beijo
Aos domingo somos o calmo senhor José
Aos domingos espetamos ponte nos rios do Tejo

Aos domingos há piquenique e grafonola
E o Benfica que vai pagá-las em Alvalade
Aos domingos há o canário que na gaiola
Canta a canção de mais um dia de liberdade

sexta-feira, 26 de setembro de 2003

PORQUE QUEREMOS OFERECER BOA POESIA A QUEM NOS VISITA...

DO CASTELO tivemos acesso ao MENSAGEIRO DA POESIA, editado pela Câmara Municipal do Seixal. No seu nº 61 - Setembro de 2003- consta o seguinte poema da autoria de ROSA LOBATO FARIA, que transcrevemos com a devida vénia, esperando que gostem tanto como nós.


De todas as palavras escolhi água
porque lágrima, chuva, porque mar
porque saliva, bátega, nascente
porque rio, porque sede, porque fonte.
De todas as palavras escolhi dar.

De todas as palavras escolhi flor
porque terra, papoila, cor, semente
porque rosa, recado, porque pele
porque pétala, pólen, porque vento.
De todas as palavras escolhi mel.

De todas as palavras escolhi voz
porque cantiga, riso, porque amor
porque partilha, boca, porque nós
porque segredo, água mel e flor.

E porque poesia e porque adeus
de todas as palavras escolhi dor.

quinta-feira, 25 de setembro de 2003

UNA QUESTÃO DE ASSINATURA...

DO CASTELO avistámos Benavila, também conhecida por BENA. Percorremos as suas ruas e parámos a admirar essa obra importante que é o chamado Asilo de Benavila, ou seja a Fundação Casa de Repouso Dona Maria Madalena Godinho de Abreu.
Repentinamente, sem sabermos muito bem por quê veio-nos à ideia uma notícia, daquelas notícias que de repente aparecem na praça pública e que depois, quase tão misteriosamente como aparecem, desaparecem sem darem a conhecer o desfecho final.
Ora em meados de Julho/Agosto deste ano, constou-se publicamente que uma determinada funcionária da referida Casa de Repouso tinha sido notificada da não renovação do seu contrato de trabalho através de uma carta que, embora tivesse a assinatura do Sr. Presidente daquela Instituição, este afirmava categoricamente que não tinha assinado a referida carta.
O tempo tudo esquece e de concreto apenas sabemos que a referida funcionária já não é trabalhadora daquela Instituição, não sabendo nós, porém, se na realidade o Sr Presidente tinha ou não assinado a carta. Se tinha como podia dizer que não tinha; se não tinha como é possível rescindir com uma assinatura que não foi feita?
Se por acaso algum de vós souber o final deste imbróglio façam favor de no-lo contar. DO CASTELO agradecemos reconhecidamente!


quarta-feira, 24 de setembro de 2003

PEDIMOS DESCULPAS...

Aqui DO CASTELO pedimos desculpa pela dose dupla e POESIA DE CORDEL... mas a verdade é que a dita era tanta naqueles tempos que de vez em quando estávamos a ler o mesmo duas e três vezes.
Me perdoa, tá?

COMO VAMOS DE POESIA DE CORDEL?

Ainda se lembram o que era “a poesia de cordel?”. Pois bem, expostos em cordéis e seguros com molas de roupa, qual estendal, podiam ver-se folhas amarelentas, tipo A4 repletas de histórias de faca e alguidar ou de quadras como estas, editadas pela Tipografia Beira Serra - Guarda:, “visado pela Inspecção de espectáculos” e que DO CASTELO transcrevemos tal qual o original, pontuação inclusive!
Trata-se de uma edição de 1957!

UM SOLDADO QUE AO VOLTAR DA ÍNDIA SOUBE QUE SUA MÃE NÃO ERA VIVA

Do Continente um soldado
Para a Índia mobilizado
Ao serviço da Pátria amiga
Dois anos lá demorou
Só soube quando voltou
Que sua mãe não era viva

Ao partir o militar,
Fez toda a gente chorar
Na aldeia pode crer
A pobre mãe já sem brilho
A chorar diz ao filho
Vai cumprir o teu dever

Despediu-se de toda a gente
Depois seguiu tristemente
Longe da sua casinha
Com um branco lenço acenava
E desta forma falava
Até um dia mãezinha

Deixou então de se ver
Lá foi cumprir o seu dever
O sincero rapaz porém
Foi embarcar a Lisboa
E assim que chegou a Goa
Escreveu logo à pobre mãe

E a carta dizia assim
Mãezinha não chore por mim
Não é caso para chorar
Dou-lhe um abraço mãe querida
Igual ao da despedida
Quando eu aí chegar

A mãezinha ainda respondeu
Dizendo filho meu
Eu fico bem felizmente
Pois mandou assim dizer
Para o não entristecer
Porque ele estava doente

Passados dias morreu
De novo o rapaz escreveu
Mandando o retrato à mãe
Porém as irmãs daquela
Escrevem dizendo que ela
Era viva e estava bem

Assim viveu enganado
Lá na Índia o bom soldado
E ao regressar resoluto
Na fé da mãe abraçar
Mas fica logo a chorar
Ao ver as tias de luto

Este pergunta porém
Eu não vejo minha mãe
O que foi que sucedeu
E as tias dizem então
Tua mãe do coração
A pensar em ti morreu

Que desgosto tão profundo
Outro igual não há no mundo
Minha boa e santa mãe
Morreu, que quadro tão triste
E eu peço a Deus se ele existe
Que me leve a mim também

E COMO VAMOS DE POESIA DE CORDEL?

Ainda se lembram o que era “a poesia de cordel?”. Pois bem, expostos em cordéis e seguros com molas de roupa, qual estendal, podiam ver-se folhas amarelentas, tipo A4 repletas de histórias de faca e alguidar e de quadras como estas, editadas pela Tipografia Beira Serra - Guarda:, “visado pela Inspecção de espectáculos” e que DO CASTELO transcrevemos tal qual o original, pontuação inclusive!
Trata-se de uma edição de 1957!

UM SOLDADO QUE AO VOLTAR DA ÍNDIA SOUBE QUE SUA MÃE NÃO ERA VIVA

Do Continente um soldado
Para a Índia mobilizado
Ao serviço da Pátria amiga
Dois anos lá demorou
Só soube quando voltou
Que sua mãe não era viva

Ao partir o militar,
Fez toda a gente chorar
Na aldeia pode crer
A pobre mãe já sem brilho
A chorar diz ao filho
Vai cumprir o teu dever

Despediu-se de toda a gente
Depois seguiu tristemente
Longe da sua casinha
Com um branco lenço acenava
E desta forma falava
Até um dia mãezinha

Deixou então de se ver
Lá foi cumprir o seu dever
O sincero rapaz porém
Foi embarcar a Lisboa
E assim que chegou a Goa
Escreveu logo à pobre mãe

E a carta dizia assim
Mãezinha não chore por mim
Não é caso para chorar
Dou-lhe um abraço mãe querida
Igual ao da despedida
Quando eu aí chegar

A mãezinha ainda respondeu
Dizendo filho meu
Eu fico bem felizmente
Pois mandou assim dizer
Para não o entristecer
Porque ela estava doente

Passados dias morreu
De novo o rapaz escreveu
Mandando o retrato à mãe
Porém as irmãs daquela
Escrevem dizendo que ela
Era viva e estava bem

Assim viveu enganado
Lá na Índia o bom soldado
E ao regressar resoluto
Na fé da mãe abraçar
Mas fica logo a chorar
Ao ver as tias de luto

Este pergunta porém
Eu não vejo minha mãe
O que foi que sucedeu
E as tias dizem então
Tua mãe do coração
A pensar em ti morreu

Que desgosto tão profundo
Outro igual não há no mundo
Minha boa e santa mãe
Morreu, que quadro tão triste
E eu peço a Deus se ele existe
Que me leva a mim também











terça-feira, 23 de setembro de 2003

TRABALHO REPARTIDO É MUITO MENOS SOFRIDO... OU A HISTÓRIA DE UM SLOGAN!

Realmente DO CASTELO avista-se muito. Verificámos há menos de meia hora esta situação: ao fundo do Ferragial das Amendoeiras, para abrirem um pequeno buraco a fim de repararem o alcatrão, estavam em circulo (apertado) 7 - empregados camarários-7!
Dado que se não todos, a esmagadora maioria dos ali presentes pertencem à CDU, conseguimos finalmente desvendar a razão do célebre slogan : CDU É OBRA!

segunda-feira, 22 de setembro de 2003

DESCONTRAIA!!!

DO CASTELO aconselha: descontraia-se ouvindo rádio de qualidade. Sintonize em 106.7 FM e descubra você mesmo...

CAIU O PANO SOBRE A NOSSA FEIRA, VERSÃO 2003!

Caíu o pano sobre a nossa Feira. Pensamos que os objectivos dos organizadores foram alcançados, já que os objectivos daqueles que pensaram em amealhar uns cobres, proveniente das vendas efectuadas durante o certame, ficaram um pouco desiludidos. Dizia-nos uma “expositora” que se não fosse o convívio nem “dava à conta cá vir”. Fruto de uma crise que, não se sabendo muito bem de onde é originária e que teimosamente se mantem por cá, é impensável fazer bons negócios por cá, por lá e por todo o lado. Entenda-se “negócio” como actividade lícita.
DO CASTELO contabilizou e concluiu que João Pedro Pais deu espectáculo ( cerca de 4000 pessoas contabilizadas cá do alto - e a fila junto à Porta do Anjo que lentamente se escoava para o interior do Largo do Convento?), as exposições estavam deslumbrantes, e o fogo de artifício um fascínio. Pena que ao ribombar do último foguete tudo tenha voltado à estaca zero. Quem já deve estar a trabalhar na próxima exposição é aquele amigo dos mármores, cujo nome não me lembro de momento. Força rapaz, és um talento!
Até p’ró ano!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2003

VEM AÍ A NOSSA "FÊRA"

Começou a contagem decrescente para a inauguração da fêra de Avis, da nossa fêra de Setembro. E que local mais priveligiado do que aqui DO CASTELO para assistir a tudo? Digamos que vamos ver a fêra de palanque...
Recomendamos vivamente as exposições. Entre pela Porta do Anjo e no museu assista às exposições de fotografia: António Calhau e seu filho Ricardo, que são uns “experts”. Por sua vez os fotógrafos da Maratona Fotográfica deram o seu melhor. Se preferir entre pelas Portas de Évora e visite a exposição de escultura “Jardim de Pedra” daquele que durante a fêra do ano passado apresentou a exposição mais mediática, de seu nome Francisco Alexandre, ali na Sede dos Amigos do Concelho de Avis. Depois rume ao posto de turismo e delicie-se com as pinturas de Ana Rosado. Siga, vá por aí adiante e veja as exposições de todos os artesãos que lhes mostrarão as potencialidades de todo um povo feito trabalhador.
Aqui DO CASTELO, vamos estar atento à sua passagem. Depois não nos venha dizer que veio à fêra e que fomos nós que não o vimos.
Ah! Atenção. Fiquem atentos à “Revista da Feira” a emitir pela Além-Tudo. Estamos curiosos em conhecê-la!

BOA FÊRA PARA TODOS, SÃO OS VOTOS DO CASTELO!

quarta-feira, 17 de setembro de 2003

VIMOS O "TI JOÃO CAGA BARRO"

Encontrámos o TI JOÃO CAGA BARRO, ali bem à sombra DO CASTELO. Relembrou-nos o seu verdadeiro nome: João Leão Carvalho do Telheiro, mais conhecido ou apenas conhecido por Ti João Caga Barro, com anexim a merecer referência no “Tratado das Alcunhas Alentejanas” ( Pag.137).
Para quem não o conhece ou conheceu devemos dizer-lhes que este senhor foi uma figura característica de Avis de outros tempos. O Ti João Caga Barro era o pregoeiro desta vila. Era curioso vê-lo, balançando-se sobre uma das pernas por motivo de uma deficiência que o obrigava a coxear, a calcorrear as ruas da vila que na altura ainda não se tinha estendido muito para além DO CASTELO. Não havia o Bairro do Clube Náutico, nem o do Serradão e nem se sonhava com esta nova urbanização situada agora além do Centro de Saúde e aquém do cemitério. Assim o lugar ideal para apregoar era junto às grades que dividem a Rua António José de Almeida do Outeiro da Saudade, ponto Central da vila.
Quem tinha perdido alguma peça de valor, mesmo que estimativo dizia ao Ti João e ele lá gritava com o seu enorme vozeirão:
- Perdeu-se uma pulseira de criança na Rua dos Mercadores...
Ou então qualquer outro pregão desde que encomendado:
- Quem quiser carne boa vá ao Talho do Jeremias...

Que bom recordar esses tempos em que Avis ainda não se tinha descaracterizado... Como recompensa, eram-lhe dado uns trocados, que consistiam em 5 ou 10 escudos. Por vezes, se a coisa mandada apregoar não aparecia o Ti João apenas ganhava um obrigado de quem pouco mais tinha para lhe oferecer.
Gostámos de falar com ele. Disse-nos que ia “beber um café ali ao bar dos Reformados” mas antes fez questão de nos dizer que nasceu em Dezembro de 1913 num dia que não fixámos e quis igualmente demonstrar-nos que está ali para as curvas, pois apesar da bengala que o acompanha teimou em se dobrar pela cintura e tocar com a mão direita na biqueira de cada sapato, sem dobrar os joelhos.
Valente TI JOÃO CAGA BARRO!, não fôra a falta de voz e ainda o ouviríamos a gritar apregoando, agora não só no Outeiro da Saudade, mas por todas as ruas e vielas desta vila, e sem grandes hipóteses de êxito:
- Perdeu-se o respeito que antigamente havia pelos mais idosos, por favor devolvam-no à Juventude!
Ou então,
- Pede-se a toda a gente que tenha encontrado um pouco de vergonha, que a estampe bem no meio da cara...
Sr. João Leão Carvalho do Telheiro, receba aquele abraço bem apertado de gratidão por nos ter feito recordar a AVIS dos anos 70/80. Bem haja e Deus lhe dê muita saúde!

segunda-feira, 15 de setembro de 2003

AVIS ESTÁ MUITO TRISTE, POR TER TRATADO ENTEADOS COMO SE DE FILHOS SE TRATASSEM!

Aqui DO CASTELO, onde se vê e se ouve mais além, vislumbrámos um olhar triste de Avis. Avis está triste e não lhe faltam motivos para isso. Como qualquer terra Alentejana cultiva o gosto de bem saber receber. Foi assim antes do 25 de Abril, foi assim durante o 25 de Abril e continua a sê-lo agora, depois do 25 de Abril. Aqueles que não sendo seus filhos aqui se acolheram para ganhar o seu sustento, ela, Avis, considera-os seus filhos de verdade. Aqueles que aqui vieram para construir as suas casas para descanso, ela acolheu-os como se de verdadeiros filhos se tratassem. Aqueles que se dirigiram a Avis por ideais políticos ( discutíveis ou não), Avis recebeu-os de braços abertos e trata-os como filhos. A todos, sem excepção, Avis dedica o mesmo carinho e amizade.
Mas hoje Avis está triste. Avis percebeu que nem todos aqueles que acolheu merecem ser seus filhos. DO CASTELO ( que na altura estava aberto ao público todos os dias) viram-se chegar alguns desses migrantes com uma mão à frente e outra atrás, como se diz na gíria. Hoje progrediram nas suas carreiras, singraram nas suas vidas e imagine-se a maldade de alguns: sempre que podem, dizem mal da terra que tão bem os acolheu. Avis soube que em reuniões ou em jantaradas esses migrantes dizem mal dela, dizem mal dos seus próprios meio - irmãos Avisenses e achincalham-nos com críticas destrutivas, como se de reis e sábios dotados de toda a inteligência, estivessem aqui para ensinar boas maneiras a uma mão cheia de ignorantes e de nababos. Quem os ouve individualmente nem acredita que tamanha traição seja possível.
É por isso que Avis está triste. E nós, compreendemo-la e é por isso que junto DO CASTELO nós jamais deixaremos que alguém a critique destrutivamente. É preferível abandonar a vila e voltarem para as suas origens. Se a carapuça lhes couber a vós, se não gostam, não estraguem. A vossa “santa terrinha” talvez vos perdoe o facto de a terdes abandonado e ainda vos receba. Vá lá: regressem aos vossos burgos mas não façam Avis triste. Avis não merece, e quem sabe se até ainda se disponibilizará para vos passar uma carta de bom comportamento para apresentardes junto das autoridades dos vossos próprios burgos! Não custa nada tentar...

domingo, 14 de setembro de 2003

PORQUE HOJE É DOMINGO...

ALENTEJANO

DEU AGORA MEIO-DIA; O SOL É QUENTE
BEIJANDO A URZE TRISTE DOS OUTEIROS.
NAS RAVINAS DO MONTE ANDAM CEIFEIROS
NA FAINA, ALEGRES, DESDE O SOL NASCENTE.

CANTAM AS RAPARIGAS, BRANDAMENTE,
BRILHAM OS OLHOS NEGROS, FEITICEIROS;
E HÁ PERFIS DELICADOS DE TRIGUEIROS
ENTRE AS ALTAS ESPIGAS DE OIRO ARDENTE.

A TERRA PRENDE OS DEDOS SENSUAIS
A CABELEIRA LOIRA DOS TRIGAIS
SOB A BENÇÃO DULCÍSSIMA DOS CÉUS.

HÁ GRITOS ARRASTADOS DE CANTIGAS...
E EU SOU UMA DAQUELAS RAPARIGAS...
E TU PASSAS E DIZES: “SALVE-OS DEUS!”


FLORBELA ESPANCA IN “SONETOS”





quinta-feira, 11 de setembro de 2003

EM MEMÓRIA!

DO CASTELO MANTEM-SE EM RECOLHIDO SILÊNCIO, EM HOMENAGEM A TODAS AS VÍTIMAS ( MORTOS, FERIDOS E FAMILIARES) DOS ATENTADOS DE 11 DE SETEMBRO DE 2001, NO E. U. A.

quarta-feira, 10 de setembro de 2003

...NO "monti" É QUE ESTIVE BEM...

Lamento profundamente e assumo-o aqui DO CASTELO, que não tenha esse dom de escrita que caracteriza a grande maioria dos meus colegas “bloguistas”. Gostaria de ser um autêntico "pena d'oiro. Considero-me assim, um “ blog menor” que com a sua quarta classe de adulto das antigas ( a tal que dizem que equivale ao actual 12º ano) tenta escrever algo perceptível para quem me lê. E vem isto a propósito de não me sentir com capacidade para vos transmitir toda a emoção, toda a carga positiva que vivi e apreendi com o meu fim de semana no “monti”. É claro que o "monti" não é meu, pois não sou de fóra, sou um teso e um senhor de Lisboa fez o favor de me emprestar o dele.
É indiscritível a sensação que vivi quando adormeci embalado pelo som das corujas e mochos ou quando acordei ao som de uma melodia maviosa entoada por uma cotovia poisada em qualquer esteva ou no alto de uma pedra. Qual despertador, qual quê! Esse apenas me transtorna matinalmente, sinónimo de uma velha tirania que me obriga a levantar, que me obriga a ir trabalhar, que me obriga a acordar de um modo sobressaltado e encarar logo à partida, cada novo dia de um modo negativo. Só me obriga!
Difícil mesmo foi encarar a segunda feira, o tal dia que eu vos tinha pedido de dispensa para adaptação à nova (antiga) realidade. As notícias foram em torrente e penso que nenhuma com a classificação de razoável, quanto mais de boa:
- O Juiz Rui Teixeira ainda não sabe se continua a liderar o processo Casa Pia, quando eu pensava que isso era um caso de simples resolução. Ou será que têm que arranjar um juiz adaptado aos critérios dos advogados de defesa e que melhor defenda os interesses dos indiciados? Francamente...
- As selecções perderam ambas, com a agravante de os espanhóis ( contra os quais não me move qualquer sentimento de repulsa - e as espanholas?), dizia eu, de os espanhóis terem conquistado Guimarães, coisa que já não se verificava desde os tempos de D. Afonso Henriques. Penso que estaremos agora, em plena descoberta de Portugal pelos brasileiros, a pagar a factura de tudo quanto fizemos aos índios do Brasil, quando os descobrimos e evangelizámos, dando-lhe com a cruz na cabeça, cada vez que não sabiam de cór o Pai-Nosso... Scolari, dá-nos na cabeça com resultados destes, enquanto a sua conta bancária vai enchendo, qual arca de especiarias...
- Os maus cheiros provenientes ali das bandas da ETAR e lá mais em baixo, da Lactogal, continuam a poluir os ares que se queriam mais puros. Não sabem como é reconfortante o cheirinho a bosta de vaca, lá do "monti"...
- O primeiro Ministro da Palestina demitiu-se, tornando mais difícil a reposição da paz naquelas paragens ( será que é possível instalar ali a paz? E as fábricas de fisgas, fecham?)
- Caíu uma passagem aérea...
- ....
- ....
Nas entrelinhas ou ... encontrará cada um de vós mais uma série de notícias que apanharam de surpresa, ou não, quem por motu próprio se quis ver privado de telemóveis, televisões e telefonias durante um fim de semana no "monti". Apesar desse choque, penso que é salutar fazer esta experiência e recomendo-a vivamente. Não será difícil ter um amigo que possua um “monti” por estas paragens, mas se encontrar dificuldade em tal, penso que o Sr. Ministro da Solidariedade Social, fazendo jus à Sua Solidariedade, não terá pejo em emprestar-lhe o dele.
Para terminar apenas o seguinte, no “montai” até me senti inspirado para fazer poesia, como prova a seguinte linda quadra:



Foi no monte que aprendi
A comer sopa da panela;
A lavar a roupa à mão
E dormir até tarde, que faz muito bem à saúde!


Eu sei que não rima, mas lá que é muito verdade, é. Mas se querem uma que rime então vejam lá se gostam desta:

Uma quadra que não rima
Não presta, Jesus me valha!
É como comer a prima
No fio duma navalha!

Esta que não é verdade já rima...

Se fizerem a experiência do “monti” não a guardem só para vós. Divulguem-na ou remetam-ma que eu reproduzi-la-ei.
Nota final: normalmente as croniquetas DO CASTELO são escritas no plural porque, como devem estar recordados elas são o resultado do trabalho de uma vasta equipa. Acontece que todos os colaboradores foram passar o fim de semana a diversos “montis” e ainda não regressou nenhum. Temo que a minha secretária loira se tenha perdido...no fio de alguma navalha.
Tchauzinho...