segunda-feira, 31 de março de 2008

ESTAS MODERNICES....

FOto 1: Mini-maratona- MÃOS/AVIS
Foto 2 : Mini-maratona - CORES

Foto 3: Susete Mota lança "Murmurar de Azenhas"





Estas modernices…mas que raio de vida!
Então é assim: desde sexta-feira à noite que não tenho telefone. Ligaram-no há menos de uma hora. Parece que foi uma questão de humidade na central de Avis e de que não terei sido caso único. Agora está operacional e prometeram que não volta a acontecer.
Mas o curioso é que quando ele (telefone) funciona eu às vezes quase que me passo, pelas grandes “secas” que a minha mulher leva e dá ao telefone, falando em voz tão alta que penso ser desnecessário o aparelho (telefone). E o pior é que as conversas mais demoradas (estou a falar em períodos de uma hora, mais coisa menos coisa) são quase sempre quando a mim menos me convêm, ou seja quando o Benfica está a jogar (eu sei; joga mal, mas joga!) ou quando estou a tentar ouvir os noticiários. É a minha sina.
Mas, curiosamente, agora desde sexta-feira é uma aflição por não ter linha telefónica. Mais do que por não ter telefone. É que esta faz-me falta para aceder à Net. Não é nada: a minha caixa de mail já está atacada com 156 mensagens para abrir; não pude em tempo útil subscrever as suas palavras e simultaneamente agradecer ao meu amigo do MARANHÃO o ter-me considerado da mesma família – sabe que esta casa, (este CASTELO) também é sua (seu); não pude referenciar a magnífica iniciativa que foi a Mini-maratona fotográfica digital com dois temas apelativos: Mãos/Avis e Cores que decorreu no sábado de manhã e endereçar os parabéns ao meu amigo Jorge Nunes; não pude referenciar o lançamento do Livro “Murmurar de Azenhas” da poetisa Ervedalense, Susete Varela Mota, ocorrido no passado sábado da parte da tarde; não pude…eu sei lá o que não pude!
Mas isso agora já passou. Quando a minha mulher estiver a falar ao telefone vou-me lembrar destes dias de silêncio, vou sorrateiramente esgueirar-me escadas acima e ala que se faz tarde: Net com ele!
Amanhã “DO CASTELO” vai voltar a ter conversa séria outra vez!

sexta-feira, 28 de março de 2008

CESTAS DE POESIA ( IX )

Foto: " Encontrei-o hoje mesmo no Jardim do Mestre a descansar,..."



Com esta “IX Cesta de Poesia” acaba o mês que dediquei ao meu amigo Joaquim José Lourenço a quem a mãe uma vez alcunhou de Ministro. Encontrei-o hoje mesmo no Jardim do Mestre a descansar, a meio caminho entre a Casa do Benfica e a sua própria casa. Eram quase horas de almoço. O Ti Zé Carlos tinha razão ao dizer-me: “o Ministro agora anda embeiçado com a Casa do Benfica”.
Todos os dias lá vai de manhã. Lê o jornal e dá umas lérias com o Cabo Malaquias ou com quem calha a estar por ali.
Vamos pois acabar este mês, mas em discurso directo. Oiçamos pois o que me disse o nosso poeta ancião:
- Olhe, uma vez, foi no Sábado Gordo do ano de 1933, vinha eu cansado de um baile onde tinha ido tocar lá para os Montes da Aravia. Eu tocava muito bem! Ao princípio tocava e as pessoas faziam um peditório, uns davam um tostão, outros dois e eu ganhava qualquer coisa. O meu pai soube disso, ralhou comigo e para o fim já tinha um pagamento certo por cada baile que fazia. Ganhava 20 ou 25 escudos conforme as ocasiões.
Voltando ao tal Sábado Gordo, ia eu a caminho de casa quando ouvi cantar ao despique numas casas dos montes do Almadafe. Aproximei-me e meti-me ao barulho com uma “tipa” que estava a dar porrada nos homens todos que lá havia. Então foi assim. Eu é que comecei e depois ela foi-me respondendo e eu a ela. Tome lá atenção:

(Eu)
Eu vinha por aqui passando
Sem nada disto saber
Mas ouvi-te andar cantando
Voltei para traz, vim-te ver!
(Ela)
Olha quem agora veio
Mais quem agora chegou
Estava para me ir embora
Mas assim já me não vou
(Eu)
Ó alegria do mundo
Aonde é que tens andado
Eu tenho corrido tudo
E não te tenho encontrado
(Ela)
Tu andas atrás de mim
Como a pêra atrás do ramo
Tu andas para me enganar
Mas contigo fica o engano
(Eu)
Anda o sol atrás da lua
A lua atrás do luar
Minha alma atrás da tua
Sem a poder encontrar
(Ela)
A ladeira do meu monte
É custosa de “assubir”
Se não queres lá ir não vás
Que eu não te mando lá ir
(Eu)
A ladeira do teu monte
A mim não me mete medo
Eu havia de ir mais tarde
Vou uma hora mais cedo
(Ela)
Eu fui ao jardim da nora
Arrancar o pé à “sucena”
Vês o que fazes agora
E depois não tenhas pena
(Eu)
Quando é quase sol-posto
É que eu gosto de cantar
És um amor ao meu gosto
Não tenho a quem me voltar
!

Nesta altura ela atirou-se a mim e fartou-se de me dar beijos e abraços de contente. Dali fomos pelos montes fora cantar todos em coro até de madrugada, uma cantiga que eu gostava muito de cantar e que era a Canção da Maria do Carmo. Cantávamos todos assim:

Maria do Carmo
Minha padroeira
Dá-me quatro figos
Olaré sim, sim,
Da tua figueira
Ai sim sim,
Há mais quem queira
Grou-grou
E o galo cantou!
O galo cantou
Deixá-lo cantar
Maria do Carmo
Olaré sim sim
Eu hei-de te amar
Ai sim sim
Eu hei-de te amar
Grou grou grou e o galo cantou!

Com este “galo a cantar” encerra esta Cesta de Poesia. É pena vocês não poderem ouvir o sentimento com que esta canção foi interpretada: a voz raiava a saudade!
Com tristeza ficamos por aqui, pois certamente que o amigo Joaquim José Lourenço ainda teria muito mais para nos ensinar.
Talvez que tenhamos uma segunda oportunidade de o ouvir.
Para o mês que vem novo poeta virá à liça.
Até lá!

quinta-feira, 27 de março de 2008

ÁGUA-DOCE, RETIRO DA PONTE....

Foto: O "Retiro da Ponte" encontra-se a cair aos bocados!



Na passada Sexta-feira Santa estive a extasiar-me mais uma vez com a deslumbrante paisagem que se desfruta do Clube Náutico. É local que não me farto de visitar.
Em cerca de uma hora que por lá estive, de certeza que mais de meia dúzia de carros com visitantes voltaram para trás ao constatar que o “Água-Doce” estava fechado. Nós por cá já o sabemos quase todos e sabemos igualmente que sendo chamado de Água-doce ou qualquer outro nome, é de imperiosa necessidade que aquele espaço abra no mais curto espaço de tempo. Se queremos apostar no turismo de qualidade como poderemos dar-nos ao luxo de não possuir ali um restaurante/bar aberto? Mas, a verdade é que não se sabe quando isso possa acontecer e não me importa aqui aquilatar de quem é a responsabilidade. Este assunto já foi aliás tratado por "Tudo e mais alguma coisa em...Avis” e parece que ninguém chegou a grandes conclusões.
Hoje tive necessidade de ir a Benavila e cortou-se-me o coração por ver como um outro local privilegiado de restauração em Avis se encontra já a cair aos bocados, até que, mais dia menos dia, venha completamente abaixo. Estou a referir-me ao “Retiro da Ponte”, como é óbvio. Sempre pensei, se calhar erradamente, que o Retiro da Ponte ainda tinha uma localização mais completa em relação ao Clube Náutico. Aquela encruzilhada de estradas, com passagem obrigatória para tantos viajantes/passeantes, por certo que o tornam num local de eleição para um restaurante. A sua sala de refeições com vista directa e quase a “planar” sobre a Albufeira do Maranhão, era um lugar paradisíaco. Mas o estado em que se encontra é bem visível na foto acima: abandono total. Dizem que já houve quem tentasse "pegar-lhe" mas que em termos de escrituras está num caos do qual muito dificilmente se desenleará. Ao que consta, certamente que primeiro reabrirá o “Agua-Doce” ou o novo Hotel da Cortesia do que o Retiro da Ponte.
É pena que situações destas aconteçam pois que Avis, em termos de grandes espaços de restauração, até nem está assim tão bem servido. Cheguem duas excursões de turistas com vontade de por cá comerem e onde se vão “albergar” 100 pessoas ao mesmo tempo?
Atenção que os que por cá há, servem com qualidade, mas que precisávamos de espaços maiores, lá isso precisávamos (aliás, precisamos!).

segunda-feira, 24 de março de 2008

A PAISAGEM RÚSTICA DE AVIS ESTÁ A MUDAR A UMA VELOCIDADE ALUCINANTE!

Foto 1 : "...os terrenos de seara estão a ser substituidos por mais um olival..."
Foto 2 - "...oliveiras que neste momento não ultrapassam os 20 centímetros acima do solo e plantadas a uma distância de 1,40m."





Ainda o ano passado tirei umas fotografias enquadradas com uma bela seara nas Terras do Rei, ali junto ao campo de futebol e agora as fotografias que obtive são as que acima se veem. Os “nuestros hermanos”, com pezinhos de lã, vão-se assenhoreando de Portugal que a pouco e pouco se vai transformando em mais uma província hispânica. Aqui já nem terão o problema da autonomia, pois estou convencido que, ao menos isso, eles vão deixar que continue a pertencer-nos.
Os terrenos de seara estão a ser substituídos por mais um olival com oliveiras que neste momento não ultrapassam os 20 centímetros acima do solo e plantadas a uma distância de 1,40m.
Já ouvi várias versões sobre estas plantações: que são um cultivo cuja produtividade é de curta duração, isto é daqui a poucos anos toca a arrancar e colocar novas oliveiras; que parte desta azeitona não é para azeite ou conserva mas para fabricação de bio-diesel; que lhe aplicam um produto na água da rega gota-a-gota para que as oliveiras cresçam em tempo recorde; que os bancos espanhóis subsidiam estes agricultores com taxas altamente favoráveis (mais favoráveis do que se fosse para investir em Espanha) e outras coisas que eu não posso confirmar por desconhecer a realidade.
Quanto às taxas favoráveis se lembrarmos que a maior parte do então Crédito Agrícola de Emergência nem sequer chegou a ser pago ao Estado por parte de quem então o recebeu, isto é, foi “entregue” aos nossos agricultores a custo zero, aí já não percebo porque é que para os espanhóis há agricultura rentável e para os portugueses não a há.
A realidade que eu conheço é que a paisagem rústica de Avis está a mudar a uma velocidade alucinante: Avis está rodeado de olivais espanhóis por todos os lados.
Oxalá que estas explorações agrícolas sirvam para dar trabalho a alguns portugueses (dos que preferem um trabalho a um emprego, claro está).



domingo, 23 de março de 2008

PARABÉNS À CASA DO BENFICA EM AVIS

Foto: " Pedro, diz aí ó Xico que eu nã acho o buraco pra meter esta brincadêra..."


O mínimo que se pode endereçar à Casa do Benfica em Avis, são parabéns pelo enorme êxito que mais uma vez se saldou o seu Rally Paper, que este ano atingiu a sua quinta edição. Além de ser uma noite diferente, é um evento que reune sempre um elevado número de participantes que entre o ansioso e o mais despreocupado lá vão cumprindo a sua prova e até agora sem acidentes o que também é digno de registo.
Longe vão os tempos em que o amigo Pedro Figueira tornava estes Rallys em autênticas charadas linguisticas de difícil decifração, em que se chegava a deitar fumo pelas orelhas. Agora muito mais simples, poderiam no entanto ser mais explicitos. Sabendo o trabalho que dá fazer uma prova com esta envergadura poder-se-ia, no entanto, ter um pouco mais de cuidado não colocando por exemplo perguntas com números de polícia que não se encontram inscritos nas respectivas portas. E se a seguir ao número 1 da Rua de S. Roque (?) em vez do nº 3 fosse o nº 1-A qual a resposta que serviria para a Organização? Então e se no Largo da Feira "há cinco iguais" como é que o somatório das escadas pode ser de 61?...uma não era igual ou era mais igual do que as outras!
Considerem isto como uma crítica construtiva ou, se assim o entenderem, nem sequer a considerem como crítica, mas como desabafo.
Reitero os meus parabéns à Organização e para o ano espero lá estar no VI Rally Paper.

sábado, 22 de março de 2008

RECORDAÇÕES ( hoje muito pouco saudosas) DE UM BENFIQUISTA

Frente do bilhete
Verso do bilhete

Pois é: desta feita "mamámosas"!
Acontecia, ao contrário de hoje em que é usual o Benfica levar nas lonas, de vez enquando o Benfica perder um joguito. Eu sei que os não Benfiquistas já tinham pensado: "este gajo só põe aqui os jogos em que o Benfica ganhava." Para verem que não é verdade aqui está o testemunho dos 4 a 1 que o Liverpool nos aplicou fez ontem 24 anos, num jogo a contar para a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Agora é só imaginarem o "melão" com que uma pessoa, habituada a ver ganhar, regressava a Avis, às tantas da madrugada, depois de uma decepção destas. E com que vontade no outro dia íamos trabalhar e ter que ouvir as "bocas" do costume, em situações semelhantes. Como podem ver ( se não virem bem ampliem a fotografia) lá estava o actual treinador/maravilha do Glorioso.
O golo encarnado foi marcado por "um mariquinhas que nunca sujava os calções" e que dava pelo nome de Néné.

Nota: por vezes estes eventos não são indicados no próprio dia em que "fazem anos de terem sido", porque só gosto de avistar uma notícia por dia "DO CASTELO". Só em casos muito raros esta regra não acontecerá.Nada mais do que isso!

sexta-feira, 21 de março de 2008

CESTAS DE POESIA ( VIII )

Joaquim José Lourenço, O Ministro, continua a surpreender-nos com as suas poesias aprendidas quando tinha aí uns dezoito anos.
Ora aqui vão mais umas décimas:

Mote:
JÁ DORMI NA TUA CAMA
E JÁ TEUS ROSTOS BEIJEI;
JÁ LOGREI OS TEUS CARINHOS
E OUTRAS COISINHAS QUE EU SEI!


I
JÁ QUE EU CHORANDO NASCI
TINHA UM ANO GATINHAVA
E EU AOS DOIS JÁ ANDAVA
QUANDO AOS TRÊS ADOECI;
NÃO SEI COMO EU NÃO MORRI
QUE AINDA ERA DE MAMA
AOS QUATRO JÁ TINHA DAMA
E AOS CINCO ESTOU BEM LEMBRADO
E SEM PRECISAR ABANADO
JÁ DORMI NA TUA CAMA!

II
AOS SEIS ANOS FUI À MISSA
PELA MÃO DA MINHA MÃE
E AOS SETE ME LEMBRA BEM
QUE ERAS A MINHA DERRIÇA;
METIAS-ME TAL COBIÇA
QUANDO OS OITO COMPLETEI,
E AOS NOVE ENTÃO ATENTEI
SE TE HAVIA DE NAMORAR
E AOS DEZ ME POSSO GABAR
E JÁ OS TEUS ROSTOS BEIJEI!

III
QUANDO EU ONZE ANOS FIZ
JÁ SABIA O QUE ERA AMORES
AOS DOZE UNS CERTOS CALORES
QUE ME FIZERAM SER FELIZ;
AOS TREZE DEUS O QUIS
QUE NÓS FOSSEMOS AMIGUINHOS
AOS CATORZE DEI-TE UNS BEIJINHOS
QUE ERA ESSE O MEU INTENTO,
AOS QUINZE CHEGOU-SE O TEMPO
JÁ LOGREI OS TEUS CARINHOS!

IV
QUANDO EU DEZASSEIS ANOS TINHA
AINDA TE DISSE UMA VEZ
QUE AOS DEZASSETE TALVEZ
TU VIESSES A SER MINHA
AOS DEZOITO ME ENTRETINHA
COM O AMOR QUE EU ARRANJEI
AOS DEZANOVE APOSTEI
EM TE DAR TODA A ATENÇÃO
E AOS VINTE APERTEI-TE A MÃO
E OUTRAS COISINHAS QUE EU SEI!

AUTOR : DESCONHECIDO

quinta-feira, 20 de março de 2008

MEMÓRIAS (SAUDOSAS) DE UM BENFIQUISTA

FRENTE DO BILHETE

VERSO DO BILHETE






Fez ontem 22 anos que de novo me desloquei à Catedral do futebol Português para ver o Glorioso ganhar mais um jogo internacional. A contar para a Taça dos Vencedores das Taças o Dukla de Praga foi presenteado com duas bolas contra uma.
Mas será que o Benfica ganhava sempre? Espere pela próxima "memória" para saber uma coisa que tenho para lhe mostrar...

quarta-feira, 19 de março de 2008

MINI-FÉRIAS E...CAFÉ COM LETRAS

"DO CASTELO" deseja a todos os seus leitores umas optimas mini-férias de Páscoa. Aproveitem-nas bem, recargando as baterias até às férias de Verão.
Entretanto, e porque amanhã há tolerância de ponto para a função pública, não tem desculpa para não ir assistir ao Café com Letras que os Amigos de Aviz lhes oferecem e cujo convite, que amavalmente me foi remetido, partilho convosco:

Café com Letras

CONVITE

EM DEFESA DO CONSUMIDOR

Consumidores que todos somos e que “nunca trabalhámos tanto como hoje e vivemos com desencanto o nosso protagonismo na sociedade de consumo (porque deixámos de ter consciência da melhoria das condições de vida, porque queremos tudo ao mesmo tempo e porque nos tornámos impacientes, querendo tudo de uma só vez e imediatamente).” (Beja Santos, Este Consumo Que Nos Consome).
Consumidores. Sociedade de consumo. Consumismo. Publicidade. Publicidade enganosa. Direitos do Consumidor. Associações de consumidores.

É este o tema do “Café com Letras” no próximo dia 20 DE MARÇO DE 2008 (quinta-feira).
Uma organização da Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural.
Temos, pois, o grato prazer de o(a) convidar a assistir a esta conferência que se realiza na sede da ACA-AC, sita na Praça Serpa Pinto, n.º 11 em Avis, pelas 18 horas e que terá como conferencista a Dr.ª SARA FONSECA (DECO/Évora)
Avis, 14 de Março de 2008.
O Presidente da Direcção

Francisco Alexandre


15 DE MARÇO

DIA MUNDIAL DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR

segunda-feira, 17 de março de 2008

MEMÓRIAS CADA VEZ MAIS SAUDOSAS(AI!AI!...) DE UM BENFIQUISTA

Foto 1 : Frente do Bilhete
Foto 2 : Verso do bilhete




Ontem, no dia em que o Benfica empatou com o Marítimo, fez exactamente 25 anos que tinha empatado na Catedral do Futebol por igual resultado, mas com o A.S. ROMA( reconhece na foto-verso-do-bilhete o actual treinador do Benfica que nem de porrada é farto, isto é, que mesmo perdendo e empatando diz que os agora "seus jogadores" jogaram bem?). O jogo era a segunda-mão dos quartos de final da Taça UEFA e no primeiro jogo o Benfica batera os italianos por 2-1.Por qualquer razão não anotei o marcador do golo do Benfica. Resta informar que o Benfica, em 1983 foi Vice-campeão desta conpetição.

sábado, 15 de março de 2008

EFEMÉRIDE: 15 DE MARÇO DE 1961 - INÍCIO DA REBELIÃO ARMADA EM ANGOLA

Foto: "E OS HOMENS ESCOLHERAM O CAMINHO" (contracapa)




José Ramiro da Silva Caldeira, distinto Professor de História, escreveu no último número da Folha Informativa “Águia” da Amigos do Concelho de Aviz, uma importante crónica sobre “Os rapazes de Valongo na Guerra Colonial”. A páginas 8 daquela Folha Informativa (nº 25) afirma o historiador que, e passo a citar: “os primeiros actos de guerrilha iniciaram-se a 15 de Março de 1961, no Norte de Angola, mais concretamente na região dos Dembos…” e mais adiante:” … os naturais ou com fortes ligações à freguesia de Valongo que participaram nas três frentes de guerra…escaparam da morte”.
Porque faz precisamente hoje 47 anos que a denominada guerra colonial se iniciou resolvi visitar o “Talhão reservado a militares falecidos no Ultramar” no cemitério de Avis, cuja placa indicativa da sua localização se encontra arrancada e solta, dando uma certa imagem de desleixo, contrariamente ao aspecto geral do cemitério.
Ali repousam os restos mortais de dois rapazes que foram meus amigos: ANTÓNIO JOÃO CARREIRAS DAS NEVES (N:14-11-1947/F:30-08-1972) e CARLOS GABRIEL NUNES, sem identificação de data de nascimento e morte. Do primeiro guardo um livro por ele escrito e cuja contracapa acima reproduzo, intitulado “E os homens escolheram o caminho” e do Carlos Nunes (Carlitos) guardo a imagem de uma foto em ponto grande que se encontrava na Câmara Municipal nos tempos em que por lá trabalhei. Além disso a amizade dos dois que muito prezava.
Os momentos mais negros do cumprimento do meu serviço militar obrigatório, foram sem dúvida os funerais destes dois mártires pois que, por força das funções que à data dos óbitos ocupava, acompanhei de perto (perto demais!) os dois funerais. Tento não recordar esses dias mas eles teimosamente não desaparecem da minha memória. Igualmente marcantes para mim foram o funeral de um sargento que fui fazer lá para os lados do Sardoal e certa vez que fui confirmar a morte de um soldado no Ultramar (já não sei em que província) a uma família que vivia ali logo à entrada de Galveias do lado direito (sentido Avis -Ponte de Sôr). O soldado em causa era casado e ainda tenho presentes os gritos lancinantes da mãe, agarrada a mim, a dizer-me que eu lhe acabara com a esperança que tinha que o seu filho ainda estivesse vivo. Foram momentos muito dolorosos que hoje aqui deixo registados. E pergunto: para quê todo aquele sacrifício, aquelas mortes? Não tenho explicações ou comentários.
Como sempre, os responsáveis saem incólumes das responsabilidades e também como sempre o velho chavão de que “a História os julgará” como se a História pudesse restituir a vida àqueles que morreram na meninice dos seus vinte e poucos anos.
Não mais voltarei a este assunto!

sexta-feira, 14 de março de 2008

CESTAS DE POESIA ( VII)

Hoje não encontrei o meu amigo JOAQUIM JOSÉ LOURENÇO à conversa com os seus colegas no Jardim do Mestre. Pelo menos de manhã não apareceu por lá. O Ti Zé Carlos esteve com ele ontem. E disse-me, num misto de azedume pelo abandono e de tristeza pela falta que " o Ministro agora anda com a parvoeira de ir lá para a Casa do Benfica por causa da bola". Sei que não o encontrei hoje mas hei-de encontrá-lo por um destes dias. Preciso d efalar com ele. Até lá aqui ficam mais umas décimas que ele me ensinou há algum tempo e que falam dos montes que circundam Avis ( a vermelho, o nome dos montes).
Mote:
RESOLVI-ME A COMPRAR TUDO
É POR TER MUITO DINHEIRO;
FUI COMPRAR AS CASAS ALTAS
E EM SEGUIDA O MONTE OUTEIRO!

I
EU FUI COMPRAR OS COVÕES
POR TER BOAS TERRAS DE PÃO
FUI COMPRAR O LAMEIRÃO
E TAMBÉM COMPREI OS LEÕES
TAMBÉM COMPREI OS PICÕES
DO PRIMEIRO AO SEGUNDO
COMPREI UMA PARTE DO MUNDO
AO DINHEIRO NÃO TENHO AMIZADE
E VOU-LHES FALAR A VERDADE
RESOLVI-ME A COMPRAR TUDO!

II
FUI COMPRAR A AZAMBUJEIRA
PORQUE DELA TIVE “INCULCOS”
COMPREI A HERDADE DA TURCA
E COMPREI O VALE DE MACEIRAS;
AGORA LEVANTO BANDEIRAS
FUI COMPRAR O PULVAREIRO
COMPREI A QUINTA DO PINHEIRO
E TAMBÉM COMPREI S. PEDRO
EU JÁ NÃO POSSO ESTAR QUÊDO
É POR TER MUITO DINHEIRO!

III
EU FUI COMPRAR O RAMALHO
É POR TER MUITAS RIQUEZAS
TAMBÉM COMPREI AS DEFESAS
E COMPREI CARNE AO ATALHO
PARA ME LIVRAR DO TRABALHO
COMPREI UM BARALHO DE CARTAS
COMPREI ARMAZÉNS DE LATAS
E FALTA-ME PAGAR OS FAVORES
E PARA GANHAR AOS LAVRADORES
FUI COMPRAR AS CASAS ALTAS!

IV
EU FUI COMPRAR A ARAVIA
E TAMBÉM COMPREI A COURELA
TAMBÉM COMPREI A CAPELA
COMPREI TUDO QUE SE VENDIA
FUI COMPRAR A FANCARIA
E TAMBÉM COMPREI O TRIGUEIRO
TAMBÉM COMPREI O TENDEIRO
TUDO ME CUSTOU MEIA ONÇA
FUI COMPRAR A MENDONÇA
E EM SEGUIDA O MONTE OUTEIRO!

AUTOR : DESCONHECIDO

quinta-feira, 13 de março de 2008

"PÁGINAS ANIMADAS" - 4º ENCONTRO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS

Foto: "Helena Raimundo começou tal como acabou: só, na mesa..."

Na passada terça-feira, dia 11, abriram-se as portas do sonho no Auditório Municipal de Avis. Várias contadoras de histórias e um (só??!!) contador encheram-nos a alma de fantasias e recordações concretizando assim o 4º Encontro de Contadores de Histórias – “AVISESTÓRIAS – PÁGINAS ANIMADAS”.
Moderado pela Helena Raimundo, Técnica-Adjunta de Biblioteca e Documentação em Avis, começou este Encontro com algum atraso e acabou já bem para lá das 18 horas, ainda com uma boa mão cheia de “resistentes”, nas palavras da moderadora. Helena Raimundo começou tal como acabou: só, na mesa, como aliás a foto acima demonstra, mas firme e decidida a levar por diante, com a colaboração das suas colegas e o apoio dos seus superiores hierárquicos, muito mais iniciativas que demonstrem que a Biblioteca é um lugar vivo e com saúde!
Pelas portas da fantasia passaram: Helena Raimundo, Patrícia Amaral, Dora Batalim, Mafalda Milhões, Helena Faria, Miguel Ouro, Judite Álvares e a Joana.
Passo a transcrever o que o programa distribuído aos participantes/assistentes resumia em relação à Biblioteca Municipal de Avis:

"As páginas animadas da nossa Biblioteca
Na Biblioteca Municipal de Avis as actividades têm sido constantes ao longo dos tempos, de modo a cativar a população para o livro e para a leitura. Encontros com escritores, exposições, debates, feiras do livro, encontros com contadores de histórias, entre outros, são disso exemplo. Através do projecto “ A caixinha das histórias encantadas”, a leitura chegou junto da população mais jovem do Concelho, através de um baú cheio de livros e um conto para contar.
A Biblioteca é um espaço a descobrir, é um livro por abrir e depois deixar a imaginação de cada um de nós nas suas páginas navegar."

(Diga-me cá uma coisa, aqui só para nós: já alguma vez visitou a nossa biblioteca? Não? Então do que é que está à espera?)
Não assisti à sessão da noite, pelo que não me posso pronunciar sobre a mesma.
À boa maneira de um contador de histórias direi:

Bendito e louvado está este (en)cont(r)o terminado!
Pois que venha o próximo!

terça-feira, 11 de março de 2008

UMA TEIMOSIA PERIGOSAMENTE SAUDÁVEL

Foto 1 - Virgílio Vidinha, Sérgio Godinho, Ricardo Godinho e António Papeira, falaram sobre "Bandas Filarmónicas"
Foto 2 : "Ricardo Godinho...também já anda na Universidade de Évora"


A rapaziada da Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural, sofre de uma doença rara que chamarei de teimosia perigosamente saudável. Passo a explicar: apesar de certos reveses que os seus "Café com Letras" por vezes sofrem, em matéria de assistência, não desistem, continuam e ao que ouvi na passada quinta-feira, fizeram (pasme-se!) a sessão número 62 daquele espaço de troca de ideias.
O facto de terem assistido a este "Café com Letras" apenas nove pessoas, contrastando com as quase cinquenta que tinham tido há quinze dias, nem por isso a conversação deixou de ser animada. Como tema de discussão “As Bandas Filarmónicas” que contou com a presença de António Lopes Papeira músico que foi da Banda 1º de Dezembro de Avis (você sabia que a Banda de Avis se chamou 1º de Dezembro? Eu também não sabia…fui lá e agora já sei) e Virgílio Vidinha regente da Banda de Alter, que se fez acompanhar de dois colegas: o Sérgio Godinho e o Ricardo Godinho.
Sobre a Banda de Avis foi uma delícia ouvir contar como eram os ensaios num casão da Rua das Lajes, de onde tiveram que sair para o antigo teatro (hoje anexado à Câmara) por causa do enorme eco que o casão produzia. Com saudade, António Papeira recordou os maestros Malheiro, Capitão Piedade, um Sargento que vinha de Galveias duas vezes por semana para os ensaios e por último Serra Moura que foi o último regente da Banda.
António Papeira disse que
a Banda não acabou por falta de dinheiro mas por falta de músicos. As quotas e a Câmara suportavam as despesas. Com que alegria e vontade as pessoas iam para o ensaio depois de um dia de trabalho de sol a sol? E quando não tinham trabalho nem dinheiro para comer? É claro que não iam aos ensaios e a pouco e pouco a Banda acabou. O sítio mais longe onde fomos tocar foi a Figueiró dos Vinhos. Por cá íamos sempre à Senhora Mãe dos Homens e certa vez aconteceu o seguinte: fomos de carroça para o Alcórrego tocar ás festas. Aquilo cansava muito e o povo queria era mais e mais. Negámo-nos continuar a tocar, por cansaço, e então a Organização não nos veio trazer a Avis, tivemos que vir a pé do Alcórrego para cá e com os instrumentos ás costas! Nas festas de Avis, faziam um coreto de madeira no largo do Convento e era ali que actuávamos.”
Sempre achei curioso saber por onde andará a totalidade dos instrumentos e das fardas da nossa antiga Banda. António Papeira é peremptório na resposta: “Eu entreguei a farda e o instrumento (baixo) à Câmara, pois que não eram meus, mas sei que nem todos fizeram o mesmo.”
Por incrível que pareça contaram-me que ainda não há muito tempo, havia correias de suporte de instrumentos a serem utilizados num monte perto de Avis. Será verdade? Irei tentar indagar.
Os homens vindos de Alter sentem orgulho em pertencer a uma banda que foi reconhecida por El Rei D. Carlos, em 14 de Agosto de 1906 como “Real Philarmonica Alterense”. Já conta pois com 102 anos. Escritos há que a consideram constituída anteriormente àquela data, mas oficialmente é essa a sua fundação. Com uma escola de formação em permanência conseguem manter um número constante de elementos. Sentem-se satisfeitos por dos cerca de 52 executantes da banda, 8 tendo começado ali a tocar como crianças, já conseguiram tirar cursos superiores e tornarem-se profissionais. Ricardo Godinho, que presenteou a assistência com umas notas tiradas do seu Trombone de varas que dois dias antes lhe tinha custado 1300 euros, também já anda na Universidade de Évora.
Recordaram os tempos em que as bandas se dividiam em plena actuação para irem beber um copo: na primeira tasca que encontravam iam beber os músicos até ao bombo; na segunda tasca iam os do bombo para trás. Às tantas já ia tudo bêbado. Outros tempos…
Hoje na Banda estabelecem-se laços de amizade e solidariedade dignos de registo. Quem lá está fá-lo por gosto e quem não gosta sai dando o lugar a outro, afirmam-nos.
A Banda de Alter, entre Procissões, touradas e concertos faz uma média de 35 actuações por ano. Atendendo a que o ano tem 52 semanas, poderemos dizer que a média não é má.
Para que se saiba, uma curiosidade: na Banda de Alter toca uma residente em Avis, de seu nome Margarida Monteiro.
A conversa dos “Café com Letras” é sempre uma conversa interessante onde todos, convidados e assistentes aprendem algo. É um local de partilha de experiências e saberes. Talvez seja por isso que, ainda que com 9 elementos a assistir (seriam dez se a amiga Manuela Mendes não morasse em Silves) eu digo que a Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural sofre de uma teimosia perigosamente saudável. São teimosos. Não desistem! E isso é salutar. Que projecção não teria esta Associação se tivesse vivido com esta dinâmica nos anos 70 do século passado, quando as solicitações de computadores, televisões e futebóis, eram praticamente nulos…
Se calhar pouco lhe interessa mas, meu (minha) caro(a) amigo(a) sempre informo que foi dito que no próximo dia 20, na sede da ACA às 18 horas, se vai discutir a problemática da “Defesa do Consumidor” com a presença de Sara Fonseca, jurista da DECO de Évora.
Ao menos por uma vez, apareça por lá! Garanto-lhe que a “doença” não é contagiosa.

segunda-feira, 10 de março de 2008

PROVÉRBIOS ILUSTRADOS

Foto/Provérbio: "DEPOIS DE CASA ROUBADA TRANCAS À (NA) PORTA"


a) Portão da Cooperativa Agricola de Avis, após o assalto de sexta-feira

domingo, 9 de março de 2008

ANDARAM NO GAMANÇO!!

Foto: "Os buracos dos ditos canhões, lá se podem ver..."

É verdade, na noite de sexta para sábado passado, o pátio da Cooperativa Agrícola de Avis foi visitada por ladrões (não gosto da subtileza de “ amigos do alheio”) e num universo de sete hipóteses assaltaram cinco instalações. Todas do mesmo modo: por extracção do canhão das fechaduras. Os buracos dos ditos canhões, lá se podem ver na Avishorta, na Zona Agrária, no Armazém de Frutas, na Cooperativa Agrícola de Avis e nas antigas instalações de uma serralharia que há pouco tempo mudou de lugar.
Não deixam de ser curiosos certos pormenores de que estes assaltos se revestiram:
- Na Zona Agrária levaram o dinheiro de licenças de pesca e um “rato”, deixando lá o computador portátil;
- No Armazém de Frutas deixaram um saco de nozes à porta;
- Na Cooperativa tinham uns garrafões “ajeitados” mas ficaram lá, embora tenham saído pela porta principal;
Na Avishorta desconheço se levaram alguma coisa.

Aparentemente, das duas uma: ou o que procuravam era só dinheiro ou então algo inesperado o(s) fez abandonar o local sem concretizarem completamente os seus propósitos.
As autoridades competentes tomaram conta da ocorrência.

sexta-feira, 7 de março de 2008

CESTAS DE POESIA - (VI)

Foto: JOAQUIM JOSÉ LOURENÇO, O MINISTRO
O mês de Março vai ser dedicado a outro meu grande amigo amante da poesia, JOAQUIM JOSÉ LOURENÇO, O MINISTRO. Tem 92 anos e sabe "montes" de histórias. Costuma andar acompanhado de um caderninho onde vai tomando nota do que lhe interessa. Sabe tudo de cór: datas importantes, poesias, histórias, contos, "anadotas". É certo e vezeiro a conversar com os amigos no Jardim do Mestre, em Avis.
Um dia contou-me por que lhe chamam Ministro. Foi a mãe que lhe pôs o anexim. Muito namoradeiro ( e gabarola, direi eu) a mãe quando sabia que ele tinha algum namorico ( dos muitíssimos que diz ter tido) avisava as cachopas: Tu vê lá não te fies, que o meu Jaquim é uma grande Ministro! Entenda-se por Ministro, "sabido".
Mas deixemos a história do amigo Joaquim "Ministro" e passemos a transcrever umas décimas que ele sabe de olhos fechados, tantas as vezes que as tem dito. Não são de sua autoria, mas decorou-as ainda em muito novo.
Vamos então a isto:

SE ÉS POETA PARA CANTAR
FAZ-ME ESTA EXPLICAÇÃO:
QUANTAS MILHAS TEM O MAR
COM CINCO OCEANOS QUE SÃO?

I
DIZ-ME QUANTOS ANOS TEM
O AUTOR DA NATUREZA
QUANTAS LEIS HÁ DE DEFESA
E DIZ-ME QUEM FUNDOU BELÉM;
E QUERO QUE ME DIGAS TAMBÉM
QUEM PRIMEIRO SUBIU AO AR
QUANTOS ESTÃO PARA PRINCIPIAR
E QUANTOS É QUE TÊM MORRIDO
E RESPONDE-ME AO QUE TE DIGO
SE ÉS POETA PARA CANTAR!

II
DIZ-ME QUEM É QUE INVENTOU
NO MUNDO O PRIMEIRO ARADO
O PRIMEIRO PÃO AMASSADO
DIZ-ME QUEM O AMASSOU;
DIZ-ME QUEM ACLAMOU
O PRIMEIRO REI PARA REINAR
DIZ-ME ONDE FORAM BUSCAR
AS CINCO CHAGAS DE CRISTO
SE ÉS CANTOR PERGUNTO-TE ISTO:
QUANTAS MILHAS TEM O MAR?

III
DIZ-ME ONDE É QUE SE ERGUEU
NO MUNDO A PRIMEIRA MURALHA
QUAL FOI A PRIMEIRA BATALHA
QUE CARLOS MAGNO VENCEU;
DIZ-ME AONDE É QUE NASCEU
NOSSO SÁBIO SALOMÃO
QUAL FOI A PRIMEIRA RAZÃO
QUE FOI ESCRITA NA HISTÓRIA
E JÁ QUE TENS BOA MEMÓRIA
FAZ-ME ESTA EXPLICAÇÃO!

IV
QUAL FOI A PRIMEIRA ARMADA
QUE EM PORTUGAL SAIU
PARA ONDE É QUE SE DIRIGIU
E POR QUEM FOI COMANDADA;
PORQUE É QUE FOI LEMBRADA
A PRIMEIRA CONSPIRAÇÃO
NA ESCOLA DE NAVEGAÇÃO,
E DIZ-ME QUEM A PRINCIPIOU
E QUEM O MAR BAPTIZOU
COM CINCO OCEANOS QUE SÃO!

AUTOR : DESCONHECIDO

MEMÓRIAS (CADA VEZ MAIS SAUDOSAS) DE UM BENFIQUISTA

FRENTE DO BILHETE
VERSO DO BILHETE



É verdade. O Benfica já foi uma grande equipa. Faz hoje exactamente dezoito anos que ganhou ao DNRPR da URSS (já nem isso existe…) por um a zero, para os quartos de final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Marcou o Magnusson que de semelhante com esse tal de Cardozo, exímio lutador de cotovelo, apenas teria a altura. Do resto, era tudo a favor do Magnusson.
É verdade que nesses tempos os jogadores eram Jogadores ganhadores e não artistas. Não havia então no Benfica jogadores de carapinha loira a rebolarem-se no relvado antes dos jogos começarem, como se de fêmeas com cio se tratassem, num qualquer ritual de acasalamento.
O Benfica de então era coisa de “machos”…MUITO MACHOS!



quarta-feira, 5 de março de 2008

O CONCELHO DE AVIS ESTÁ DE PARABÉNS!!!

Foto 1 : "a escassos três dias de celebrarmos o Dia Internacional da Mulher, apenas lá constava uma senhora"
Foto 2 : "...Do que é que a Mestra Marta Alexandre ainda se terá esquecido?", pergunta a Drª Anabela Canela...




É louvável o facto de a Autarquia avisense ter recebido as" II JORNADAS DE TURISMO, PATRIMÓNIO E CULTURA DO NORTE ALENTEJANO”, as quais são uma iniciativa do Instituto Politécnico de Tomar, com uma comissão organizativa de catorze elementos à frente da qual está o aluno RUI BERNARDINO.
Nunca serão de mais iniciativas que defendam o interior dum país cada vez mais assimétrico nas suas capacidades de resolução de problemas. O Norte Alentejano, tão interiorizado, tão deixado ao abandono por parte de quem por ele mais devia olhar, vê nestas iniciativas, uma maneira senão de resolver os problemas, pelo menos de chamar a atenção para os mesmos, apontar caminhos, alvitrar soluções de modo que quem lá longe nos governa ou nos representa na Assembleia da República se possa aperceber de que por aqui ainda há gente que poderá não viver, mas, pelo menos ainda sobrevive.
Não deixa de ser curioso que da mesa de abertura dos trabalhos, composta por sete elementos, e apesar de estarmos a escassos três dias de celebrarmos o Dia Internacional da Mulher, apenas lá constava uma senhora. E sabem porquê? Porque o Sr. Governador Civil, por motivos de agenda, não pôde estar presente e enviou a sua Chefe de Gabinete. Se não...Isto é apenas uma curiosidade….
“ Hoje sou um homem feliz. Sou natural da freguesia mais bonita de Portugal; sou natural de Figueira e Barros, e ao fim de muitos anos regresso ao meu concelho”, foi com estas palavras que o Dr. ANTÓNIO PIRES DA SILVA, Presidente do Instituto Politécnico de Tomar, iniciou o seu discurso. Referiu ainda que se deslocou a pé os 12 Km que separam Figueira e Barros de Avis para aqui vir fazer exame da 4ª classe e para vir “às sortes”. Referiu ainda o Sr. Presidente do Instituto que “o painel de oradores presente em Avis para estas II Jornadas é um painel de luxo, que poderia estar presente em Évora, em Faro ou em Lisboa”.
Sentia-se que estava orgulhoso, e nós também.
O Sr. Dr. Pierluigi Rosina, Director do Departamento de Território, Arqueologia e Património, frisou que para ele o melhor património era o “Património eno-gastronómico”. Esperava que o vinho fosse bom… (isto é apenas mais uma curiosidade).
Os discursos lidos tornam-se mais morosos e quiçá mais enfadonhos, embora percebamos que às vezes é necessário escrever para que nada falhe. A verdade é que o primeiro painel, cujo termo estava aprazado para as 11,00h, acabou às 12,35h, altura em que por motivos pessoais tivemos que abandonar o Auditório.
Este atraso talvez se possa atribuir em parte (não no todo) ao facto da Sr.ª Chefe de Gabinete do Sr. Governador Civil ter, segundo afirmou, “deixado o IP2 e se ter vindo regalando com a paisagem, pois que para falarmos das coisas temos que conhecê-las”. Seria bom que o tivesse feito num fim-de-semana, e não hoje. Mas isto é só o último à parte.
As Jornadas prolongar-se-ão pelos dias 5, 6 e 7 de Março.
“DO CASTELO” endereça os parabéns à “prata da casa”, pela ordem em que aparecem no programa das Jornadas:

- Dr. Manuel Maria Libério Coelho
- Mestra Marta Alexandre
- Drª Anabela Canela
- Drª Ana Ribeiro
- Drª Elisabete Pereira
- Drª Susana Coelho
- Drª Paula Bento
- Dr. Nuno Silva

E ainda aos que não aprecem nos programas:

- José João
- Francisco Cordeiro
- Drª Paula Freire

E ainda a mais alguns que faltem…

terça-feira, 4 de março de 2008

O CONCELHO DE AVIS TEM MAIS UMA ESCRITORA-POETISA!

Vai ser lançado no próximo dia 29 de corrente mês de Março, o Livro da poetisa SUZETE VARELA MOTA, intitulado " MURMURAR DE AZENHAS", e será prefaciado pelo Dr. Vitor Ramalho.
O evento decorrerá na Fundação Paes Teles, em Ervedal e ocorrerá pelas 15,30h em sessão pública.
"DO CASTELO" endereça os parabéns à novel escritora e promete, desde já, estar presente em tão importante acto cultural.

domingo, 2 de março de 2008

MEMÓRIAS (CADA VEZ MAIS SAUDOSAS) DE UM BENIQUISTA

Frente do bilhete
Verso do bilhete


Faz hoje precisamente 20 anos que o Anderlecht papou duas secas, nos quartos de final da então "TAÇA DOS CLUBES CAMPEÕES EUROPEUS". Marcaram MAGNUNSON e CHIQUINHO.
Que saudades dos tempos em que o BENFICA não se contentava em ser campeão da Segunda Circular... (e até este título ainda não está garantido.) Mais logo veremos o que nos acontecerá...

sábado, 1 de março de 2008

"ASTRONOMIANDO"

Foto 1 -"...João Calhau encantou aquela plateia de jovens com o seu "savoir-faire" e boa disposição..."
Foto 2 - "... o sol às 15h45 em Avis..."

Foto - 3 "...Saturno e seus anéis"




Ontem andei armado em Astrónomo.
Tudo começou com uma palestra proferida pelo meu amigo João Calhau, anunciada para a Biblioteca Municipal de Avis. Endereçado convite por aquela Biblioteca, ao Agrupamento de Escolas de Avis, esteve presente apenas uma turma, a do 7º B. Com o à vontade que o conhecimento da matéria em questão lhe proporciona, João Calhau encantou aquela plateia de jovens com o seu “savoir-faire” e boa disposição, como aliás se pode constatar na foto 1. A palestra era aberta ao público em geral, mas tal como acontece em tantas outras iniciativas na nossa terra (e nas outras como será?), se não fosse a tal única turma presente, à palestra teriam assistido as quatro funcionárias da Biblioteca, o pai do João, os avós do João, a mana do João, a mãe do João, o fotógrafo ao serviço da Câmara (Sr. Francisco Cordeiro) e como absolutamente “voluntário” quem vos faz este relato.
As pessoas não ligam, não querem ou não podem comparecer em eventos de natureza que os possam de algum modo tornar culturalmente mais ricos. Não deixa de ser curioso que à noite, para observação dos astros, e apesar do frio, ainda se juntou uma dúzia de pessoas no campo de futebol, e todos voluntários.
Deixo-vos ainda duas fotos captadas com algum sacrifício, mas que têm a chancela “DO CASTELO”. Foto 2 mostra-nos o Sol às 15h45 em Avis e a foto 3, timidamente, Saturno e seus anéis (experimente a ampliar a foto, aplique-lhe um pouco de boa vontade e verá que se vislumbram tenuamente os anéis…)
Para o João Calhau vai a expressão do meu agradecimento num abraço de parabéns do tamanho do anel maior de Saturno.

(Nota: “DO CASTELO” poderá negociar a foto 2 com o “BOA MEMÓRIA”…)