segunda-feira, 30 de agosto de 2010

3ª JORNADA

Benfica 3 – Vitória de Setúbal 0


Um Jesus menos loirinho,
Cabelo em tons de mel,
Lá ganhou este joguinho
Ao seu colega Manel

Rio Ave 0- Porto 2


Alumia duas vezes
Candeia que vai à frente
…À altura dos revezes,
Onde irá já esta gente?

Naval 1 - Sporting 3

Naval não soube jogar
E um Sporting esforçado,
Teve mesmo que ganhar
Um jogo mal arbitrado…

domingo, 29 de agosto de 2010

FUMO SOBRE AVIS

Como em anos anteriores, aí está o fumo vindo de terras distantes onde o fogo dita leis. Não sabemos donde. Abrantes? Sardoal? Vila de Rei? Portalegre? Mais perto? Mais longe? O ar torna-se quase irrespirável, entra pelas frestas das janelas, invade as nossas habitações, penetra nos nossos pulmões.. Sinal de destruição, de morte. Com ele vêm à memória as imagens televisivas de incêndios que diariamente devastam as nossas florestas ou aquelas dos incêndios que em 2003 destruíram parte do parque de S. Mamede, em Portalegre e a que assistimos e tentámos combater. É todos os anos assim. Pelo menos uma vez Avis é invadida por estes sinais de destruição. Lá longe. Valha-nos ao menos isso, sem no entanto nos servir de consolação.

Bom seria que nunca por cá chegassem, por nunca existirem.

Nesta hora em Avis respira fumo, um bem-haja muito grande a todos os Bombeiros deste Portugal que tanto têm lutado para combater uma guerra que lhes é, muitas das vezes, imposta por “terroristas” defensores da terra queimada e um bem-haja muito, mas muito grande, aos Bombeiros Voluntários de Avis, pelo que significam de dedicação, coragem e abnegação em prol do bem comum.

sábado, 28 de agosto de 2010

AVIS EM ALTA - GROOVE COMEMORAM 1º ANIVERSÁRIO

Foto: GROOVE


É verdade: parece que foi ontem que comecei a ter as minhas sestas invadidas por uns agradáveis sons musicais e já lá vai um ano, tanto quanto os “GROOVE” têm de existência. Para trás ficam muitas horas de ensaios, muitos concertos, muitas actuações e um honroso 2º lugar no Concurso de Bandas realizado já este Verão na vila de Cano (Sousel).



Hoje, dia 28 de Agosto é pois dia de aniversário para estes rapazes que de quatro passaram recentemente a cinco, pois que aos fundadores Tiago Garrinhas (dono da voz e da guitarra), Gonçalo Garrinhas (exímio baterista), Rui Oliveira (magnífico guitarrista) e Carlos Poeiras (soberbo no baixo) juntou-se agora mais um elemento: Nelson Feiteira (o senhor das teclas).



A festa vai ser de arromba e acontecerá no Campo Municipal de Futebol, em Avis, a partir das 21h30m. Como convidados os “GROOVE” trazem até nós os “FORA DA BOIA” (que festejam também o seu 3º aniversário) e os “BANG BANG ROSES” (banda de tributo oficial aos Guns n Roses). E mais: dois DJ – dois: GONGO e CHESTER.



Estão assim reunidas as condições para os Avisenses, e não só, terem uma noite de sábado diferente. Hoje à noite todos os caminhos (e ruas) vão dar ao Campo de Futebol em Avis. Os “GROOVE” merecem o nosso aplauso e a nossa presença por tudo quanto têm feito em defesa dos valores culturais de Avis.



“DO CASTELO” endereça os mais sinceros parabéns a estes jovens com votos de que para o ano cá estejamos todos para nos divertirmos em mais um dia de aniversário.



Força, “GROOVE”!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CESTAS DE POESIA (CXXXIV)

Foto: Grupo que "nem deu pela tarde passar..."

Curiosamente, hoje que é dia das nossas “Cestas de Poesia” houve poesia a rodos no Centro de Convívio e Apoio Social Engº João Antunes Tropa, em Benavila. A Drª Paula Rasquete organizou este encontro/convívio e à mesma mesa sentou-se perto de uma vintena de utentes amantes da poesia para ouvirem poemas da autoria dos presentes, JOÃO VILELA, JOÃO CARVALHO, JOSÉ COUTINHO, FRANCISCA ALMEIDA, JOAQUIM CABRA (que bem sabe dizer poesia - parabéns!) e FELIZARDA GARCIA. Foi ainda feita a leitura de poemas em livro da autoria de JAIME VELEZ, JOSÉ DA SILVA MÁXIMO e MANUEL CARRAJOLA.

No final a satisfação era total havendo mesmo quem afirmasse que “nem se deu pela tarde passar.” Quando isto se diz é porque efectivamente a tarde foi bem passada.

Registado este apontamento voltemos ao nosso JOSÉ JOAQUIM CONTENTE, da Figueira e Barros, para conhecermos mais um dos seus vários trabalhos em décimas. Como já dissemos o Sr. José Contente explorou um café em Figueira e Barros. Acontece que no Ervedal, para aumentar as vendas, houve quem pusesse, noutro estabelecimento os cafés a um preço demasiado baixo. O Contente não gostou e vai daí escreveu assim:

Vou mandar para as outras nações
Do que se passa em Portugal
Cafés a cinco tostões
Só se vendem no Ervedal

Embora digam que não
A verdade assim se escreve
Até a pessoa que o bebe
É o próprio que faz mangação
Fizeram uma reunião
Para levantar uns tostões
Não serviram as combinações
Voltaram ao tempo antigo
Devia ser proibido
Vou mandar para as outras nações

Digo a todos os taberneiros
Deviam ser castigados
Há vinte anos atrasados
Já custavam o mesmo dinheiro
Dou volta ao mundo inteiro
Não encontro coisa igual
Vou mandar pôr no jornal
Este grande atraso de vida
Eu tenho a sentença lida
Do que se passa em Portugal

Estes são os meus palpites
Falados pela minha boca
De café é uma colher de sopa
Para uma cafeteira de cinco litros
Alguns que são mais esquisitos
Dispõem as suas razões
Lá dizem para os seus botões
Cada vez estamos pior
Não podemos servir melhor
Cafés a cinco tostões

Eu vou pedir por favor
Antes do café deitado
Queremos o preço mais elevado
Para a terra ter mais valor
Eu digo seja a quem for
Cumpro o meu dever legal
Digo a todo o pessoal
Temos que conservar esta mágoa
Vender cafés por preço de água
Só se vende no Ervedal

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

PEREGRINAÇÃO A NOSSA SENHORA MÃE DOS HOMENS







Recuemos, cá por Avis, até aos princípios dos anos 70 do século passado. Dito assim até parece que já foi há muito tempo. Mas não. Eu vivi-os e não sou nenhum dinossauro. Já aqui uma vez referi que o Externato Mestre de Avis, vulgo Colégio de Avis, gozava de uma merecida fama no que à qualidade de ensino dizia respeito. Professores como o Dr. Fernando Belo, sua esposa Drª Maria Rosa, o Professor Chitas ou mais tarde o Dr. Vidigal conseguiram, a par de outros que a minha memória já não alcança, dar bom nome a este estabelecimento de ensino. E essa fama ultrapassava em muito os limites do distrito de Portalegre, pois aqui rumavam alunos vindos, por exemplo de Mora, Portalegre, Ponte de Sôr ou do Couço.

Como pároco de Avis e leccionando igualmente no Colégio (Português e História?) o Padre Valdemar conseguia granjear uma simpatia acima do normal junto da juventude da nossa terra. Lembro-me perfeitamente de que à altura as missas eram celebradas na Igreja do Convento que não raras vezes enchia. E entre a assistência muitos e muitos jovens como eu. Talvez que até não fosse a fé que nos levasse ali mas outrossim a possibilidade de dar uma “olhadela” às moçoilas que igualmente lá iam, quem sabe se com o mesmo intuito de “lavar a vista”...é que os tempos eram outros! A irreverência da juventude desse tempo, ou não fosse juventude, levava a que por vezes o Padre Valdemar, antes do sermão dominical, endereçasse um ou outro “sermão” aos mais desinquietos, convidando-os mesmo a abandonar a Igreja do Convento. Na altura a palavra “respeito” tinha um significado diferente do que tem hoje e todos se aquietavam depois do raspanete, não sendo necessário sair.

O Padre Valdemar era uma pessoa dinâmica e defensora da cultura de Avis.

Era ele o Director de um jornal que teve certa implementação a nível local que dava pelo nome de “O AVISENSE” , que servia de ponte entre esta terra e os seus filhos espalhados por Portugal e que após a sua morte depressa deixou de circular. Sempre empenhado em resolver problemas relacionados com o nosso património, demandava com grande à-vontade os gabinetes ministeriais de Lisboa para resolução dos problemas que não conseguia resolver a nível local.. Não é difícil deduzir que era ele o grande impulsionador da Festa de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Lembro-me que éramos várias dezenas de pessoas, muitos jovens, que nos incorporávamos nessa caminhada que de Avis nos levava à Igreja, do outro lado da Barragem. A festa religiosa era o ponto alto das cerimónias. Depois o convívio: o piquenique, o baile, a actuação de uma banda filarmónica no coreto, que penso eu, ainda por lá terá uns restos até que o tempo (ou o homem) o destrua na totalidade.

A tradição mantém-se: um punhado de gente da nossa vila organiza, e no último Domingo de Agosto ainda há quem vá a pé até à Ermida de Nossa Senhora Mãe dos Homens, embora em muito menor número que então, e quiçá com muito menor fé. Mas disso, da falta de fé de cada um, ninguém é culpado. O cartaz acima diz tudo: dia 29 de Agosto 2010 (Domingo) – partida a pé às 06h00 junto do posto da GNR; 10 horas saída da Igreja Matriz, em cortejo automóvel, com a imagem de Nossa Senhora Mãe dos Homens; 11h00 missa dominical seguida de procissão em redor da Capela; Almoço livre e tarde de convívio; 17h00 regresso até à Igreja Matriz.

Se o Padre Valdemar ainda estivesse entre nós por certo seria o primeiro a dizer “presente” nesta festa que lhe era tão querida.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

AVIS SOLIDÁRIA

Tudo começou por uma esperança, um sonho: poderem-se dar melhores condições de mobilidade ao VITOR ROSADO, de Alcórrego. A ideia era arranjar um número suficientemente grande de tampas de plástico que, uma vez entregues na Valnor, pudessem ser trocadas por uma cadeira de rodas mais moderna e que melhor pudesse corresponder às necessidades do Vítor. Foi posta mão à obra com a intervenção da Associação Humanitária de Apoio aos Diabéticos do Concelho de Avis a que logo se juntaram o Agrupamento Vertical de Escolas de Avis, os Serviços Socioculturais do Município de Avis e muitos particulares. E o sonho tornou-se realidade: amanhã, dia 24, pelas 10,30h no Salão da Junta de Freguesia de Avis, irá ser entregue a tão desejada cadeira. Pese embora o facto de não ter sido possível arranjar os cerca de 4 000 quilos de tampas, a SODREL, sediada em Ponte de Sôr, disponibilizou-se para colmatar essa falha avançando ela com a verba correspondente às tampas em falta.

O Victor fica para já remediado. Mas outros há que precisam da nossa ajuda e da nossa solidariedade. Por isso vamos todos continuar a guardar e a entregar as tampas de plástico para que possamos socorrer mais alguém, não se sabendo se esse alguém não será um de nós próprios.

domingo, 22 de agosto de 2010

2ª JORNADA

Nacional 2 – Benfica 1

O “franganeiro” aos ais
Sofre golos tantas vezes…
Mas donde são os centrais?
São da loja dos chineses?

Porto 3 – Beira Mar 0

Presidente arruaceiro
Que asneira até mais não,
Tem um treinador matreiro
E um “matador” que é Falcão…

Sporting 1 – Marítimo 0

Ao fim de tanto sofrer
Lá apareceu um golinho:
E o Paulo Sérgio a tremer
Com medo de ir de carrinho…

sábado, 21 de agosto de 2010

AVIS EM BAIXA

Foto1 : Ontem, sexta-feira de manhã...

Foto 2 : Hoje sábado...

A parte nascente da vila de Avis anda mal limpa de há muito tempo a esta parte: as ruas estão mal varridas, melhor não são varridas, embora por vezes, raras vezes, se veja por ali um indivíduo a passear um carrinho com uma vassoura dentro. Ruas sem árvores não são de todo apetecíveis para o varredor desta zona. As ervas vão crescendo pelos passeios, não são arrancadas. Antigamente os varredores possuíam um sachinho com o qual arrancavam essas ervas que por qualquer razão resistiam à “cura” que lhe era aplicada na Primavera. Os tempos mudaram e os varredores de rua, que talvez agora já sejam “ técnicos especializados em limpeza urbana” ou “técnicos ambientais” por certo viram alterado o conteúdo funcional da sua categoria profissional ao qual foi retirado a obrigatoriedade de arrancar as ervas dos passeios. E de varrer, digo eu…

Para não pensarem que estou a falar de cor, atentem nas fotos acima. Ontem, sexta-feira de manhã a papeleira receptora dos talões da caixa multibanco junto à Caixa Agrícola em Avis, apresentava o aspecto que acima se vê. Isto era sexta de manhã o que deixa perceber facilmente há quantos dias aquilo não é limpo. Ainda se fosse segunda de manhã poderia ser o resultado de um fim-de-semana em que os serviços daquela Multibanco tivessem sido muito utilizados. Hoje sábado, os papéis na papeleira não estão a transbordar porque alguém os comprimiu e outros já se encontram espalhados pelo chão. Isto dá um péssimo aspecto a uma vila que devia e deve fazer jus à sua condição de vila alentejana e como tal de vila limpa. Além dos papéis também se pode verificar que as folhas e o papelão há muito que não é varrido.

Por acaso já uma vez aqui nos referimos a uma situação idêntica e no mesmo local.

Felizmente que nem todos os varredores são deste quilate, pese embora o facto de outro(a)s passarem grande parte do tempo debaixo das laranjeiras a falar ao telemóvel. A parte superior da vila é aquela que melhor limpa tem andado, em relação à limpeza do chão. Já aqui o dissemos também mais que uma vez, graças ao brio do Chico. Para ele os parabéns renovados por fazer aquilo que os outros não fazem: cumprir com as suas obrigações de bom profissional e não andar por aí apenas para receberem o ordenado.

Para terminar só mais uma referência à zona da Multibanco acima referida: imaginemos que o Multibanco não era uma consequência do vil capitalismo e o camarada Jerónimo de Sousa, antes de ir para o Alcórrego, ia utilizar um qualquer serviço daquela máquina e deparava com todo aquele lixo. Não ia ficar contente connosco, pois não? É que não se pode continuar a confundir democracia com bandalheira. Enquanto esta “confusão” se mantiver continuaremos a assistir ao aumentar de lixo não só na nossa vila como em todo o nosso Portugal.

Como diria a rapaziada do “Limpar Portugal” – NÃO VOLTEM A LIXAR ESTE LOCAL

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

CESTAS DE POESIA (CXXXIII)

JOSÉ JOAQUIM CONTENTE, como já afirmei, foi vendedor de cautelas.  Certa vez, havendo dificuldade no escoamento do jogo, resolveu certa noite, alta madrugada, ir até Alter do Chão e andar pelas ruas a apregoar um certo número de lotaria. Ao outro dia voltou lá, e à meia tarde, apregoou de novo aquele número. Muitas pessoas, vendo a coincidência do número que o Zé Carapinha agora anunciava e aquele que supostamente tinham ouvido apregoar em sonhos, apressaram-se a comprar uma ou mais cautelas. Consta-se que foi num ápice que se “desfez” daquele bilhete.

Eram assim os ardis que se inventavam para ganhar a vida.

Hoje vamos então conhecer mais umas décimas deste poeta que viveu em Figueira e Barros:

O trabalhador Contente
Em vida lhe quero dizer
Despedir-me de toda a gente
Quero cumprir o meu dever

É a pura da verdade
Na minha ideia não falho
São todos amigos do trabalho
E eu tenho-lhe muita amizade
Isto é que é a realidade
Hoje vê-los aqui à frente
Acreditem francamente
Que eu de mentiras não sou
E na sua presença estou
O trabalhador Contente

Vivo com muitas alegrias
Eu quero que não haja enganos
Trabalhei aqui dezasseis anos
Pois não foram dezasseis dias
Tive muitas simpatias
Que eu não posso esquecer
Só um dia quando eu morrer
É que esta amizade terminará
E hoje na sua presença está
Em vida lhe quero dizer

Pedi a indemnização
Eu acho que fiz bem
Seja aqui ou seja além
Lembro a minha secção
Amigos do coração
Eu digo e sou competente
Abalei daqui doente
Eu nunca mais trabalhei
Mas hoje aqui me encontrei
Despedir-me de toda a gente

Eu quero assim pensar
Enquanto eu for Carapinha
Se alguém tem alguma razão de queixa minha
Não tem mais que é desculpar
Tantos anos a batalhar
No trabalho a combater
Queiram isto compreender
Fica-me de recordação
A todos um aperto de mão
Quero cumprir o meu dever

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

AVIS EM ALTA


A Barragem do Maranhão é um manancial de peixes e por causa disso, Avis transformou-se igualmente num manancial de bons pescadores. Por aqui foram nados e criados campeões como João Pechincha que aos 17 anos já era Campeão Mundial e outros que não atingindo essa bitola  são igualmente bons pescadores.

O Campeonato Nacional Interbancário de Rio é um dos mais antigos que se realiza em Portugal, contando já com 32 anos de existência, sendo constituído por três provas e, invariavelmente, uma delas realiza-se no Maranhão.

Quis o destino que a última das três provas deste ano tivesse sido realizada aqui em Avis e que esta prova servisse para estabelecer a classificação final entre os 116 participantes que estava um pouco baralhada. E AVIS viu-se mais uma vez referenciada nos píncaros da fama desportiva da pesca de rio, já que o nosso conterrâneo, e meu grande amigo, Sr. MARCELINO RODRIGUES, da Caixa Geral de Depósitos foi o vencedor desta última prova capturando mais 2kg de peixe do que o 2º classificado. Nesta altura foi igualmente apurado o campeão do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas. O nome do novo campeão é FRANCISCO BISCAIA SANTOS, reformado do ex-BNU que escolheu Avis para gozar grande parte da sua merecida reforma, aproveitando esse facto para aqui treinar com bastante afinco, obtendo disso os merecidos louros, sendo assim uma figura ligada à vila de Avis e bem conhecido de todos quantos se dedicam a esta actividade lúdica.

“DO CASTELO” endereça os mais sinceros parabéns aos dois exímios pescadores.

Terminando como começámos, afirmando que não deixa de ser verdade que Avis, sendo um manancial de grandes pescadores também é um manancial de grandes mentirosos.

E eu que o diga….

 
Nota: elementos recolhidos no jornal aponte, de Dezembro/Janeiro de 2004 e na Revista “FEBASE”, Nº 5, de 13 de Julho de 2010 (menos a parte no que aos mentirosos diz respeito…)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

REFLEXÕES CRÓNICAS

2 - CLEPTOMANIA

A população Alentejana sempre se caracterizou pelo seu modo franco, afável e hospitaleiro. Avis, enquanto vila Alentejana e por isso mesmo, não foge a esta regra de bem receber. Por norma, as portas dos alentejanos não estão fechadas à chave, estão só encostadas ao trinco ou entreabertas e quando alguém bate à porta o que ouve, normalmente, é um “faça favor de entrar” em vez de um “quem é?” ou de um “o que deseja?”

Por vários motivos (abertura indiscriminada das fronteiras, aumento da criminalidade, crise socioeconómica, etc.) esta realidade tenta a modificar-se. Tomemos o caso da nossa terra. Há vários meses que pela nossa vila deambula uma criatura que, sempre que vê uma porta entreaberta, entra abusivamente nas casas e rouba aquilo que pode, nomeadamente dinheiro. Várias famílias já foram visitadas por esta cleptomaníaca e várias fizeram queixa junto das autoridades locais mas a verdade é que, não sendo apanhada em flagrante por essas autoridades, as mesmas nada podem fazer. Entretanto vai-se generalizando o medo, vão-se trancando portas e janelas para que a ladra não ataque. Porém todo o cuidado é pouco e ao pequeno descuido dá-se mais uma situação indesejável. É fácil ver esta ladra vagueando pela vila, até pelas horas de maior calor, altura talvez em que as pessoas estejam mais descuidadas, mais á vontade e até com as portas entreabertas na esperança da entrada de alguma corrente de ar menos quente.

Não sabemos o que leva esta mulher a esta atitude, embora nos tenha constado que a mesma é coagida a fazê-lo e que se chegar a casa (?) sem algo roubado é vítima de maus tratos.

Qualquer dia, é apanhada a roubar dentro de alguma casa, o dono “passa-se” e dá-lhe um par de merecidas porradas e por fim quem lhe bater é que fica metido num monte de trabalhos.

O melhor seria, digo eu, fechá-la em casa e chamar a GNR. Será? E até quando vai durar esta situação?

Eu por mim, que por acaso também já fui visitado por uma outra colega desta larápia, mas da mesma raça, e a quem a GNR nada pôde fazer, já fechei o meu portão com um cadeado e quem me quiser visitar terá que fazer-se anunciar pela porta principal…que está fechada à chave.

domingo, 15 de agosto de 2010

1ª JORNADA

Paços de Ferreira 2 - Sporting 1

Foi lá na Mata Real
Que o Sporting foi ao fundo:
Mas esta é que é afinal
A melhor equipa do mundo?

Futebol Clube do Porto 1 – Naval 0

Com um penalty marcado
O Porto entrou a vencer;
Neste novo campeonato
Muito ainda há-de perder…



Benfica 1 – Académica 2

O Benfica “deu á Luz”
Uma derrota mal parida:
Nem os “anjinhos” nem Jesus
Deram volta à partida

sábado, 14 de agosto de 2010

EM TEMPO DE VACAS MAGRAS

A Autarquia já tinha chamado as diversas Associações do concelho para lhes comunicar que este ano ia haver corte na distribuição dos subsídios, em consequência da crise que a todos atormenta. Estavam as mesmas, pois, na expectativa de saber quanto iriam receber pois quase todas, não tendo sido constituidas com fins lucrativos, apenas conseguem sobreviver com essa ajuda da autarquia. Na passada quinta-feira, no salão nobre da Câmara Municipal de Avis foram assinados os diversos protocolos que regulam as verbas que cada qual irá receber. Efectivamente o anunciado foi cumprido: os cortes foram drásticos e cada um, se calhar, sentiu como sendo pouco ou muito pouco aquilo que lhes coube em sorte. Houve verbas distribuídas para “todos os gostos” a saber:

250€

500€

500€

550€

600€

650€

700€

1 000€

1 010€

1 100€

1 250€

1 250€

1 500€

1 700€

1 700€

2 500€

2 500€

2 500€

3 200€

3 300€

3 300€

3.500€

3 800€

4 000€

4 000€

5 000€

5 000€

5 200€

7 500€

8 000€

9 500€

10 000€

10 000€

16 150€

O que perfaz um total de cerca de 120 000€.

Agora cada um que se desenrasque, que ponha a cabecinha a trabalhar no sentido de rentabilizar ou arranjar mais alguns trocados para a sua causa ou então reduzir nas suas actividades o que para alguns é complicado dado que elas já são muito diminutas.

….Em vista das verbas acima indicadas, conclui-se que em tempo de vacas magras, as vacas são todas magras, mas há umas mais magras do que outras…muito mais magras…

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CESTAS DE POESIA ( CXXXII )

Retomamos hoje a publicação normal das nossas “Cestas de Poesia” depois de um pequeno interregno motivado por uma ausência voluntária e temporária da nossa vila de Avis.



O nosso homenageado hoje e nas próximas edições desta secção de poesia será JOSÉ JOAQUIM CONTENTE, também conhecido por ZÉ CARAPINHA, que nasceu no Cano em 22 de Outubro de 1925 mas com dois anos de idade veio morar para Figueira e Barros onde faleceu a 19 de Julho de 2002. Foi trabalhador rural, vendedor de cautelas, operário fabril na antiga Martins e Rebello, em Avis, e teve um Café em Figueira e Barros. As recolhas deste autor agora aqui apresentadas foram feitas em Abril deste ano, junto de sua filha que mora em Figueira e Barros.



E que melhor para começarmos do que apresentar aqui um trabalho em que José Joaquim Contente, faz uma referência, uma homenagem e um agradecimento a esse grande vulto da cultura popular Avisense, que foi  Jaime Velez, O Manta Branca, que chegou a ser professor, do José Joaquim.



Ora vamos a isto:



O pobre Velez coitado
Lembra a todo o instante
Morreu no Cano queimado
No palheiro do Galante



O melhor poeta português
Conhecido em Portugal
Ele nunca teve rival
Sobre as obras que ele fez
Hoje respeito mais uma vez
Queimou-se o livro do fado
Hoje está sepultado
Seu corpo desfeito em pó
Pensamos e temos dó
O pobre Velez coitado



Poeta para improvisar
Ele tinha grande vantagem
Hoje junto a esta homenagem
Vamos todos por ele rezar
Dá vontade de chorar
Queimou-se o livro do cante
Deixou cá muito estudante
Com o fruto da sua planta
O Jaime da Manta Branca
Lembra a todo o instante



Ele foi o meu professor
Em tempos que já lá vão
Existe-me este condão
Enquanto eu vivendo for
Sinto em mim esta dor
É sempre por mim lembrado
Era um poeta afamado
Mas hoje já não existe
Teve uma morte tão triste
Morreu no Cano queimado



Pensando nele estou eu
Eu quero que não haja enganos
Fez há pouco trinta e dois anos
Que este poeta faleceu
Ganhou, nunca perdeu
Ele tinha saber bastante
Ele é que era o comandante
Com sua obra bem esclarecida
Teve os fins da sua vida
No palheiro do Galante



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

AVIS EM ALTA!



Eu sabia que, após o meu regresso e a seguir às notícias más (soube que faleceu mais uma senhora minha amiga que em tempos morou na R. António José de Almeida, junto às grades, e com quem falei bastas vezes enquanto ela fazia renda junto do seu marido e soube mais umas coisas esquisitas que por cá se passaram) haveriam de aparecer as boas notícias

Pois bem, o suplemento da conceituada revista “ATLETISMO” de Julho de 2010, denominado “Corrida”, dedica uma das suas páginas ao Clube de Futebol “Os Avisenses” com o título –   “ Clube de Futebol “Os Avisense” onde o atletismo é a modalidade-rainha”, num texto assinada por Manuel Sequeira.

Fazendo um resumido historial quanto á fundação do Clube (ocorrida em 1945 embora pensada desde 1939) refere que actualmente é gerido por uma Comissão Administrativa presidida por António Pinto da Silva.

Mais adiante afirma e passo a citar:

“Embora o futebol tenha estado na origem do clube, está neste momento inactivo, tal como o futsal e o voleibol. O clube movimenta as secções de Pesca desportiva de rio, e a de Atletismo, esta fundada em 1987 e contando neste momento com 32 atletas e meia dúzia de caminheiros. Dos 32, temos 25 seniores e veteranos, curiosamente quase todos eles residentes na área da Grande Lisboa e que participam em cerca de 45 provas disputadas em Portugal e no estrangeiro, na estrada e na montanha. Seis deles são maratonistas e correm duas ou três maratonas por ano. Já os sete jovens participam nos Campeonatos Distritais de Corta-Mato, estrada e pista. É com visível orgulho que o seccionista José Leão nos recorda o infantil Nuno Mota, campeão distrital e do Alentejo em 2009/2010 em corta-mato.”

Relembrando os tempos em que as deslocações para as provas dos campeonatos distritais do Inatel e da Associação de Atletismo de Portalegre os atletas “eram transportados numa camioneta de carga, com bancos de madeira e debaixo de um toldo”, alude ainda ao facto  da secção de atletismo ter um orçamento a rondar os 4000 euros anuais, “e abrangem o pagamento da filiação dos atletas, exames médicos e inscrições nas provas”. Subsídios vêm “da Câmara Municipal (85%), das Juntas de freguesia e num valor reduzido do comércio local e da carolice de alguns sócios pagando de vez em quando as sandes e os sumos aos mais jovens.”, no dizer de José Leão, o rosto mais visível desta secção de atletismo.

As corridas de S. Silvestre em Avis são ainda uma iniciativa desta secção que no passado mês de Dezembro conseguiu trazer até Avis cerca de 300 atletas.

A terminar, depois de agradecer a todos os atletas a divulgação do nome do clube a nível nacional e internacional, José Leão afirma: “Num concelho onde se conseguem fazer algumas coisas bonitas com carolice, num país onde só se vive dos milhões do futebol, era bom que se lembrassem também dos mais pequenos.”

Estive hoje à fala com o José Leão, mais conhecido entre nós por Zé Luís. Este mostra-se preocupado com a possível extinção do clube e consequentemente do atletismo que ele tanto tem defendido na sua terra, afirmando que se tal vier a acontecer terá que achar uma forma alternativa do atletismo não morrer em Avis, ainda que com a maioria de praticantes não avisenses.

É assim o associativismo, exigindo muita dedicação, muita carolice, e só quem anda nestas “bolandas” é que sabe quanto custa.

Parabéns, repetidos, a estes “heróis” do Atletismo e da Pesca Desportiva do “Clube de Futebol Os Avisenses”!
E os do Futebol? que é feito deles?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ASSIM NÃO VAMOS LÁ!

Assim não vamos lá.

Sou suspeito para fazer estas afirmações porque sou claramente contra o novo acordo ortográfico. Não me perguntem porquê, que eu sei mas não vos digo. Qualquer dia voltarei a este assunto, mas para já parece que à pala do novo acordo tudo se permite. Senão vejamos: a notícia do Jornal Expresso que assinala o início da construção da “décima central de produção de energia a partir de lixo orgânico,” afirma que a mesma “será em Avis, concelho de Portalegre…” e está escrita de acordo com o novel acordo.

Não acredito que seja por ignorância de quem escreveu e reviu este texto.

Para mim aqui anda já a mãozinha de um outro qualquer novo acordo, agora de cariz orto-geográfico…

(Certifique-se de que estou a falar verdade, clicando aqui:


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

REFLEXÕES CRÓNICAS



1 – REGRESSO

É sempre assim: quando regresso a casa, vindo de uns dias passados fora do nosso burgo, assola-me pelo caminho um sem fim de pensamentos que se digladiam entre a vontade de voltar ao lar, aos meus pertences, e a vontade de ficar por mais uns dias longe destas temperaturas que nos amolecem corpos e almas, sabendo que do lugar de onde venho deixo temperaturas muito mais amenas e sempre essa possibilidade de rapidamente me refrescar num mergulho retemperador.

Pelo caminho conjecturo a minha chegada, tal como à partida conjecturo a chegada ao “outro lado”: quem será a primeira pessoa a ver, quais as novidades destes últimos oito dias de ausência, enfim como será a minha reintegração na minha gente, no meu povo. E pelo caminho, de regresso, penso hoje como há dez anos quando tinha saído a última vez a banhos: as primeiras notícias a serem conhecidas são sempre notícias desagradáveis, como se durante a minha ausência nada de bom tivesse acontecido em Avis. Não acredito que desta vez seja diferente. E efectivamente não foi: faleceram duas pessoas que eu estimava e a quem não pude acompanhar na despedida: a D. Noémia e a D. Júlia. Mais notícias tristes e desagradáveis não se fizeram esperar:

- Então já sabe? Assaltaram a ourivesaria do Hélder, na Casa Branca…parecem que levaram ouro e que…

É todos os anos assim. Ainda agora "aterrei". Quando for à vila, por certo mais desgraças haverá para chegarem ao meu conhecimento.

Não sei se será por isto que às vezes nem me apetece voltar mesmo…