sexta-feira, 30 de novembro de 2007

SOL E GATOS!!!

Foto 1 - Sol à janela ( R: António José de Almeida)
Foto 2 - Sol à varanda ( Rua de Santa Luzia)

Foto 3 - Sol no quintal ( Largo Sérgio de Castro)
Hoje deu-me para o sentimentalismo. Como até segunda-feira "DO CASTELO" vai estar fechado e vou ter saudades vossas, resolvi desejar a todos os meus queridos(as) leitores(as) um bom fim-de-semana com desejos de que, como os gatos da nossa vila, aproveitem convenientemente este Sol maravilhoso que continua a visitar-nos diariamente.
É que amanhã já pode ser tarde....



quinta-feira, 29 de novembro de 2007

CAMINHANDO POR AÍ...

Foto: Ilusão óptica
Caminhando por aí, pelas ruas da nossa vila, deparei ontem com estas laranjeiras - aparentemente cheias de neve, apesar do sol que fazia - na Rua Luís de Camões ( bem sabe você onde é a Rua Luis de Camões... mas eu também não lhe digo! Descubra-a!).
Logo alguém me explicou, em surdina, que aquilo era para os ciganos não roubarem as laranjas.
Vá lá uma pessoa saber se é verdade ou não...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A ESCOLA ÀS COSTAS


“As crianças em idade escolar andam sobrecarregadas e não é apenas em ensinamentos – é em quilos. Por culpa de mochilas demasiado pesadas, que, mais cedo ou mais tarde, se vão ressentir na saúde das costas. Há, pois, que aliviar-lhes este facto.

Façamos as contas: um manual, um livro de fichas e um caderno por cada disciplina – a partir do 5º ano, podem ser cinco ou seis no mesmo dia – estojos e outro material escolar, um dicionário ou uma gramática, o equipamento de ginástica, a carteira e um ou outro objecto supérfluo. É assim que se enche a mochila de um aluno, mesmo quando na escola tem à sua disposição um cacifo.
Podem ser muitos os quilos que um aluno suporta às costas ou ao ombro. São certamente mais do que os recomendados internacionalmente – uma mochila deverá corresponder a dez por cento do peso do aluno. O que – só para dar um exemplo – numa criança de 30 quilos significa que a mochilas deverá pesar, no máximo, três quilos.
……”
Isto e muito mais pode ler-se na Revista "Farmácia/Saúde" Nº133 de Outubro de 2007, com distribuição gratuita na sua farmácia.
Outros artigos de interesse:
Daltonismo
Tabaco - Onde há fumo há perigo
Bebés
Alopecia - cabelos frágeis
Incontinência
Troca de seringas

domingo, 25 de novembro de 2007

BIBLIOTECA MUNICIPAL DE AVIS - UM ESPAÇO COM VIDA


Contrariamente ao que muitos julgam, uma biblioteca não é um espaço morto a cheirar a bolor de livros milimetricamente arrumados em prateleiras que pareecem nunca mais ter fim.
É UM ESPAÇO VIVO!
Isso mesmo tem tentado com certo sucesso a equipa que está à frente da Biblioteca Municipal de Avis. Por certo que os objectivos nunca foram alcançadas na sua plenitude, mas o esforço está lá e os resultados irão aparecendo a pouco e pouco. "DO CASTELO" apresenta os parabéns a toda essa esforçada equipa.
Neste momento e até ao fim do mês, decorre na “nossa” Biblioteca uma actividade denominada de “ Leituras à Mesa”. Trata-se de uma mostra de livros sobre gastronomia que nos apresenta mais de sessenta volumes diferentes para venda. Sabendo como é difícil por vezes escolher uma prenda de Natal, porque é que não passa por lá e compra um livro de receitas para ofertar?
Eu já o fiz e olhe que delícia não será esta “CANJA DE POMBO”, retirada da página 150 do Livro "A Caça – perspectiva histórica e receitas tradicionais”, da autoria de Alfredo Saramago:
“ Dizem que é a canja mais saborosa.
Depois de limpar os pombos, meta-os numa panela de água a ferver onde deve juntar uma cebola cortada em quatro e uma cabeça de alho inteira. Tempere de sal. Corte em pequenos bocados o fígado do pombo e ponha-o também a cozer. Deixe ferver durante uma hora até deitar o arroz para que a água absorva bem o sabor da carne do pombo. Ao fim deste tempo, retire os pombos, desfaça a carne e misture-a na canja. Deve deitar um pouco de vinagre antes de tirar a canja do lume.”
Depois deste “cheirinho” só me resta pedir-lhe que passe pela Biblioteca Municipal, que ajuda com a sua presença a que a mesma seja um lugar cada vez mais vivo servindo igualmente a sua comparência para dar mais força a todos os que tornam possíveis as diversas actividades ali desenvolvidas. Quanto a mim, porque já lá fui, vou tentar matar um pombinho (que se me afigura extremamente difícil!) para experimentar a canja.
É muito mais fácil eu voltar à Biblioteca do que matar o tal pombinho, mas enfim…
Ah! Só uma nota final: achei os preços um pouco “salgados” em termos de preço, e todos sabemos como o sal em excesso nos faz tanto mal...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

ASSIM, SIM!

Ontem utilizei os sanitários públicos que se encontram no Jardim, nas proximidades da escola EB em Avis, e fiquei surpreendido pela positiva. A última vez que os tinha utilizado (há bastante tempo) apresentavam um total aspecto de abandono, com torneiras inoperacionais, bacias e sanitas partidas, paredes escritas e “porcamente” sujas.
Ontem pude constatar a remodelação a que as mesmas foram submetidas, e o asseio que lá se mantém. Assim, sim!
Apraz-me aqui registar este facto.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

RUAS DAS VIDEIRAS, Nº 2 - FREGUESIA DE AVIS

Foto 1 - "...alguidares de plástico que tem distribuidos pela casa..."

Foto 2 - "O telhado está roto!"

Foto 3 - " As roupas estão todas molhadas!"




Reza assim a Constituição da República Portuguesa:

Artigo 65.º (Habitação e urbanismo)


Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.

Seria ideia do legislador que a Constituição Portuguesa abrangesse todos os cidadãos? Se era, não é novidade para ninguém que tal não corresponde à realidade. E em Avis esta realidade é bem visível. Vamos a casos concretos:
Alexandrina Matias mora no nº 2 da Rua das Videiras em Avis. Desde Agosto que espera lhe venham arranjar o telhado pela terceira vez. (Que terão lá andado a fazer das duas anteriores vezes, além de ganharem o dinheiro?...) Apesar do Verão ter sido generosamente extenso, tal não aconteceu. Já uma vez aqui fiz eco dos queixumes da D. Alexandrina sobre o estado lastimoso em que fica a sua habitação sempre que chove. Hoje resolvi ir ver com os meus próprios olhos o que tinha acontecido a noite passada. Desolada, Alexandrina Matias diz que não pregou olho, passando toda a noite a despejar os alguidares de plástico que tem distribuídos pela casa para que a água não se espalhe pelo chão e cause ainda maiores estragos. Chove em todo o lado! O telhado está roto! Chove em casa como se fosse na rua! As roupas estão todas molhadas! Alexandrina Matias não tem dinheiro para mandar fazer as obras. Perguntada sobre qual o valor da reforma diz que não sabe quanto é, mas que é pouco, pois que é da Casa do Povo. Estranha que outras situações de aflição tenham sido resolvidas de um dia para o outro e que ela continue a sofrer com toda esta situação. Não acha mal que aos outros tenham acudido tão rapidamente, só não percebe é porque é que a ela demoram tanto tempo a acudir. Não chora por vergonha, por habituação, por raiva, ou porque já não tem mais lágrimas para chorar.
Em pleno século XXI, com mais de 30 anos de democracia, a Constituição Portuguesa ainda não chega a todos os portugueses.
Haja alguém, com responsabilidades, que acuda de imediato à D. Alexandrina Matias. A constituição garante-lhe (no papel) “…uma habitação…em condições de higiene e conforto…”
D. Alexandrina Matias é Portuguesa mas não lhe é aplicada a Constituição do seu país. É pobre mas é gente e a Constituição também não permite descriminações!

sábado, 17 de novembro de 2007

ENA PÁ!!!!!!

Foto 1 : A nossa torre vai alta; mais alto que a nossa torre vai o avião; mais alta que a nossa torre e mais alta que o avião vai a lua; mas mais alta que a nossa torre e mais alta que o avião e mais alta que a lua vai a coragem de quem trabalha naquelas alturas! Parabéns!
Foto 1 : A Nossa Torre não pára de crescer...sem vertingens! Quando parará???





sexta-feira, 16 de novembro de 2007

PARQUE JURÁSSICO? NÃO!!!!

Foto 1 : "...o começo da montanha russa..."
Na capa do último número do Jornal “A Ponte” pode ler-se que o Sr. Presidente da Câmara de Avis afirmou que ”Avis não pode ser um Park Jurássico”. Não sei em que contexto foi afirmado pois ainda não li a entrevista na íntegra.
Alertado pelo meu amigo “DESABAFOS” passei hoje pela Rua Infante D. Henrique onde obtive a foto acima. Ora bem, sabedores dos problemas que as antenas colocadas em meios urbanos podem causar à saúde, desculpe lá ó Desabafos, mas aquilo não pode ser uma antena de transmissões/recepções. Então se em outros locais as estão a tirar, iam colocar uma aqui que fizesse mal, bem no centro da malha urbana de Avis? O Infante D. Henrique não merecia isso, quanto mais todos nós que além de estarmos vivos desejamos ter uma cada vez melhor qualidade de vida.
Para mim aquilo deve ser a instalação de um parque de diversões, estilo antiga Feira Popular na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa. Talvez seja o ali o começo da montanha russa...
Ainda coloquei a hipótese de ser o início da construção da réplica de um dinossauro, já que a estrutura acho que vai subir aos 50 metros, mas com a afirmação do Sr. Presidente esta hipótese também já foi posta de parte: Parque “dinossáurico”, também não.
Então o que será? Uma coisa é certa: é um mamarracho igualzinho (ou pior) àquele onde se instalou em tempos um Banco que deu pelo nome de Crédito Predial Português, desenquadrado de tudo quanto é paisagem urbana alentejana.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O IP 2 - O BOLETIM MUNICIPAL DE ALVITO - A RTP 1


O IP 2

Ontem lá tive que fazer mais uma vez o percurso Portalegre - Avis, via Monforte, ou seja lá tive que utilizar o IP2, ou seja lá tive que passar, por enquanto mais uma vez incólume ( porque me fizeram sinal de luzes) ao radar da brigada de trânsito. É uma amizade “fidagal” esta que me prende aos radares da BT ( NÃO A QUEM CUMPRE ORDENS....) Mas não posso fazer nada, a não ser desabafar. Cerca da 17h15 lá estava um carro preto afastado da estrada uns bons trinta metros, camuflado entre uma árvores, fios estendidos até à “máquina” que furtivamente ia identificando quem excedia os limites de velocidade. Não sei porquê lembrei-me do programa que a RTP 1 está a transmitir sobre a Guerra Colonial, lembrei-me de emboscadas e de outras coisas que me coíbo aqui de referenciar.
Talvez que ao quarto para as seis da (já) noite os agentes já não estivessem no tal carro preto, mas bom seria que estivessem fora do carro para ver como eu consegui ver (e felizmente que consegui ver) entre o Ervedal e Avis, primeiro uma máquina de colher azeitonas sem qualquer sinal luminoso e depois, um pouco mais adiante, um tractor igualmente sem luz. Um perigo! Tal como os elementos do carro da BT…descaracterizados!
Não tenho dúvidas nenhuma que se evitam mais acidentes por excesso de velocidade com um simples sinal de luzes (quem é que não abranda?) do que com cem máquinas escondidas…
Apareçam na estrada senhores elementos da BT. A fiscalização efectiva é deveras importante, mas por favor não se escondam!

O Boletim Municipal de Alvito

Tenho acesso regularmente o Boletim Municipal de Alvito. Se bem que os boletins Municipais sejam assim como o Jornal do Benfica, o Avante ou o Portugal Livre que só dizem bem deles próprios, gosto de lhes dar uma vista de olhos. Que terá acontecido ao de Avis que se eclipsou há tantas luas?
Mas voltemos ao Boletim Municipal de Alvito. Na página 2 informa que se registaram no concelho de Alvito dois nascimentos (em Vila Nova da Baronia), enquanto os óbitos registados foram de 4 em Vila Nova da Baronia e 8 em Alvito. Ou seja no terceiro trimestre deste ano Alvito diminuiu em 10 o número da sua população efectiva.
E vem-me ao pensamento essa febre que o nosso primeiro-ministro tem de combater esta situação, este défice: dê-se abono aos nascimentos, aumentem-se os subsídios de nascimento, de aleitamento, etc. Mas surge-me uma dúvida: então por um lado queremos mais “gente” pequena e por outro difunde-se a prática do aborto?
Afinal em que ficamos?

A RTP 1

Nas notícias de ontem da RTP 1 foi noticiado de que iria ser aumentado o preço do leite. Inevitável, …tudo aumenta. Mas este aumento é provocado pela pouca produção de leite. Mas o que me deixa um pouco perplexo é que ainda não há muito tempo, os Açores, Portugal portanto, foram multados por produção excessiva de leite. A fartura deu em miséria.Será que há cada vez mais gente a mamar???
Pode-se ou não produzir leite? Ontem éramos penalizados por excesso de produção e hoje somos penalizados por falta de produção.
Afinal em que ficamos?








terça-feira, 13 de novembro de 2007

ROSA DE OUTONO

Foto 1 : ROSA DE OUTONO
Para si que é mulher e que habitualmente dá uma vista de olhos aqui "DO CASTELO", ofereço esta "Rosa de Outono", fotografada por mim no meu jardim.
Espero que gostem do gesto...e da rosa! (Experimente a ampliá-la e veja se não dá um optimo fundo de ambiente de trabalho.)
Eu acho-a soberba!

domingo, 11 de novembro de 2007

MARANHÃO RIMA COM PRISÃO

Foto 1 - MARANHÃO RIMA COM PRISÃO





Aproveitando este Verão anómalo que teima em se prolongar não se sabe bem até quando, fui ontem fazer aquilo de que tanto gosto: andar a pé por esses campo fora. Fui até ao Maranhão: estacionei ao cimo da rampa que dava acesso à antiga Central, e a pé ultrapassei a cancela que impede a passagem dos carros, descendo até lá bem abaixo, onde já não se pode descer mais. Tomei a direcção do canal e aí fui eu, feito tonto, dirão vocês, canal adiante ao longo da ribeira. Comi uns medronhos, coisa que já não fazia há bastante tempo, protegi-me das abelhas que trabalhavam nas suas colmeias e até me cheguei a assustar com os melros e tordos que, voando repentinamente, se viam escorraçados do seu habitat. Tirei várias fotografias e quando dei por mim já estava junto à estrada que vindo de Avis vai passar lá bem ao fundo do vale, já junto ao Maranhão-aldeia. Depois foi o percurso inverso, subindo e descendo altas escarpas sempre que o canal se transforma em pequenos túneis, chegando junto ao carro, uma hora e vinte minutos depois. Resolvi dar ainda uma vista de olhos pelo Miradouro onde, como diria uma figura da nossa Televisão, “já fui muito feliz” (e que, ao que pude constatar no local, ainda continua a haver gente que por lá o é assiduamente…). Rumei para as antigas casas daqueles que trabalharam directamente com a Barragem, quer na Central eléctrica quer em outras actividades de manutenção. Fiquei mais uma vez chocado com o estado de abandono a que as mesmas se estão a transformar. Imaginei como dali poderia surgir um importante centro de turismo rural; como aquelas casas poderiam ser aproveitadas para moradias, sabendo, como sei, de que havia até antigos funcionários que queriam adquirir as que já um dia foram suas, e o mesmo não lhes foi permitido. Mas não, as casas estão ali para apodrecer. Sei que um amigo que eu tenho, me virá dizer que antes de escrever o que vem a seguir, deveria indagar de quem é a culpa por aquilo estar naquele estado. Mas não sou jornalista, nem de investigação nem dos outros. Limito-me a constatar factos e dar, de quando em vez, a minha própria opinião, que, como tal vale o que vale que é o mesmo que dizer que não vale nada. E quanto a mim, o que se passa ali é um crime!
Uma das casas tem a porta da rua arrombada. Entrei, analisei
-a e admiro-me como é que ainda lá tem a banheira…Curiosamente, no soalho desta casa, um papel a dizer simplesmente uma palavra:”PRISÃO”. Não faço a mínima ideia o que aquele papel queria dizer nem como ali foi parar. Mas achei curioso, e concluí que efectivamente a Prisão deveria ser a pena a aplicar a quem (repito que não faço a mínima ideia a quem) de um modo completamente desleixado deixa perder-se uma riqueza que tanto valorizaria a tão empobrecida freguesia do Maranhão.
Tudo seria muito fácil se eu, ou alguém, pudesse convencer o Engenheiro Sócrates de que com a recuperação e a habitabilidade daquelas casas ele iria ali buscar uns largos milhares de euros de impostos….





sábado, 10 de novembro de 2007

VAMOS FESTEJAR A NOITE DE S. MARTINHO!

Foto 1 - Castanhas de S. Martinho
Festejar a noite de S. Martinho é uma tradição que não deve cair em desuso. Faça-o com alegria. Mas não se esqueça deste conselho "DO CASTELO": coma castanhas à vontade mas beba com moderação!
Acredite que assim terá muito mais hipóteses de chegar ao S. Martinho do próximo ano.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

INÊS FONSECA LANÇA LIVRO

Foto - Inês Fonseca, a autora

Foto 2 - "Arquitectura de Terra em Avis", o livro




Foi lançado hoje no salão nobre da Câmara Municipal de Avis o livro de Inês Fonseca, "Arquitectura de Terra em Avis".

"- Quem tem uma casa feita em adobe não pode dizer que tem uma casa pobre" - disse a autora (...por estas ou outras palavras...)

"DO CASTELO" endereça os parabéns à Arquitecta Inês Fonseca por ter contribuido de maneira tão marcante para o enriquecimento do panorama cultural em Avis.


quinta-feira, 8 de novembro de 2007

UMA CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA

O Engº Domingos Freire Cardoso é um meu amigo. É curioso que nunca nos olhámos olhos nos olhos, mas apesar disso é meu amigo. Pelo menos eu sei que sou seu amigo.
A carta que passo a reproduzir, de sua autoria subscrevo-a sem quaiquer reservas pois ela é bem o espelho da bandalheira que a educação ( SÓ? e o resto?) se transformou em Portugal a partir do dia 26 de Abril de 1 974 ( eu não disse 25 de Abril, disse 26...)
Seria curioso fazer-lhe chegar a sua opinião sobre este assunto já que os seus contactos estão aqui expressos. Eu já o fiz.
Com a devida vénia, aí vai pois a carta do meu amigo que, embora um pouco extensa, vale a pena ser lida:
Carta aberta ao Senhor Presidente da República Portuguesa

Ílhavo, 22 de Outubro de 2007

Senhor Presidente da República Portuguesa

Excelência:

Disse V. Excia, no discurso do passado dia 5 de Outubro, que os professores precisavam de ser dignificados e eu ouso acrescentar: “Talvez V. Excia não saiba bem quanto!”

1. Sou professor há mais de trinta e seis anos e no ano passado tive o primeiro contacto com a maior mentira e o maior engano (não lhe chamo fraude porque talvez lhe falte a “má-fé”) do ensino em Portugal que dá pelo nome de Cursos de Educação e Formação (CEF).
A mentira começa logo no facto de dois anos nestes cursos darem equivalência ao 9º ano, isto é, aldrabando a Matemática, dois é igual a três!
Um aluno pode faltar dez, vinte, trinta vezes a uma ou a várias disciplinas (mesmo estando na escola) mas, com aulas de remediação, de recuperação ou de compensação (chamem-lhe o que quiserem mas serão sempre sucedâneos de aulas e nunca aulas verdadeiras como as outras) fica sem faltas. Pode ter cinco, dez ou quinze faltas disciplinares, pode inclusive ter sido suspenso que no fim do ano fica sem faltas, fica puro e imaculado como se nascesse nesse momento.
Qual é a mensagem que o aluno retira deste procedimento? Que pode fazer tudo o que lhe apetecer que no final da ano desce sobre ele uma luz divina que o purifica ao contrário do que na vida acontece. Como se vê claramente não pode haver melhor incentivo à irresponsabilidade do que este.

2. Actualmente sinto vergonha de ser professor porque muitos alunos podem este ano encontrar-me na rua e dizerem: ”Lá vai o palerma que se fartou de me dizer para me portar bem, que me dizia que podia reprovar por faltas e, afinal, não me aconteceu nada disso. Grande estúpido!”

3. É muito fácil falar de alunos problemáticos a partir dos gabinetes mas a distância que vai deles até às salas de aula é abissal. E é-o porque quando os responsáveis aparecem numa escola levam atrás de si (ou à sua frente, tanto faz) um magote de televisões e de jornais que se atropelam uns aos outros. Deviam era aparecer nas escolas sem avisar, sem jornalistas, trazer o seu carro particular e não terem lugar para estacionar como acontece na minha escola.
Quando aparecem fazem-no com crianças escolhidas e pagas por uma empresa de casting para ficarem bonitos (as crianças e os governantes) na televisão.
Os nossos alunos não são recrutados dessa maneira, não são louros, não têm caracóis no cabelo nem vestem roupa de marca.
Os nossos alunos entram na sala de aula aos berros e aos encontrões, trazem vestidas camisolas interiores cavadas, cheiram a suor e a outras coisas e têm os dentes em mísero estado.
Os nossos alunos estão em estado bruto, estão tal e qual a Natureza os fez, cresceram como silvas que nunca viram uma tesoura de poda. Apesar de terem 15/16 anos parece que nunca conviveram com gente civilizada.
Não fazem distinção entre o recreio e o interior da sala de aula onde entram de boné na cabeça, headphones nos ouvidos continuando as conversas que traziam do recreio.
Os nossos alunos entram na sala, sentam-se na cadeira, abrem as pernas, deixam-se escorregar pela cadeira abaixo e não trazem nem esferográfica nem uma folha de papel onde possam escrever seja o que for.
Quando lhes digo para se sentarem direitos, para se desencostarem da parede, para não se virarem para trás olham-me de soslaio como que a dizer “Olha-me este!” e passados alguns segundos estão com as mesmas atitudes.

4. Eu não quero alunos perfeitos. Eu quero apenas alunos normais!!!
Alunos que ao serem repreendidos não contradigam o que eu disse e que ao serem novamente chamados à razão não voltem a responder querendo ter a última palavra desafiando a minha autoridade, não me respeitando nem como pessoa mais velha nem como professor. Se nunca tive de aturar faltas de educação aos meus filhos por que é que hei-de aturar faltas de educação aos filhos dos outros? O Estado paga-me para ensinar os alunos, para os educar e ajudar a crescer; não me paga para os aturar! Quem vai conseguir dar aulas a alunos destes até aos 65 anos de idade?
Actualmente só vai para professor quem não está no seu juízo perfeito mas se o estiver, em cinco anos (ou cinco meses bastarão?...) os alunos se encarregarão de lhe arruinar completamente a sanidade mental.
Eu quero alunos que não falem todos ao mesmo tempo sobre coisas que não têm nada a ver com as aulas e quando peço a um que se cale ele não me responda: “Por que é que me mandou calar a mim? Não vê os outros também a falar?”
Eu quero alunos que não façam comentários despropositados de modo a que os outros se riam e respondam ao que eles disseram ateando o rastilho da balbúrdia em que ninguém se entende.
Eu quero alunos que não me obriguem a repetir em todas as aulas “Entram, sentam-se e calam-se!”
Eu quero alunos que não usem artes de ventríloquo para assobiar, cantar, grunhir, mugir, roncar e emitir outros sons. É claro que se eu não quisesse dar mais aula bastaria perguntar quem tinha sido e não sairia mais dali pois ninguém assumiria a responsabilidade.
Eu quero alunos que não desconheçam a existência de expressões como “obrigado”, “por favor” e “desculpe” e que as usem sempre que o seu emprego se justifique.
Eu quero alunos que ao serem chamados a participar na aula não me olhem com enfado dizendo interiormente “Mas o que é que este quer agora?” e demorem uma eternidade a disponibilizar-se para a tarefa como se me estivessem a fazer um grande favor. Que fique bem claro que os alunos não me fazem favor nenhum em estarem na aula e a portarem-se bem.
Eu quero alunos que não estejam constantemente a receber e a enviar mensagens por telemóvel e a recusarem-se a entregar-mo quando lho peço para terminar esse contacto com o exterior pois esse aluno “não está na sala”, está com a cabeça em outros mundos.
Eu sou um trabalhador como outro qualquer e como tal exijo condições de trabalho! Ora, como é que eu posso construir uma frase coerente, como é que eu posso escolher as palavras certas para ser claro e convincente se vejo um aluno a balouçar-se na cadeira, outro virado para trás a rir-se, outro a mexer no telemóvel e outro com a cabeça pousada na mesa a querer dormir?
Quando as aulas são apoiadas por fichas de trabalho gostaria que os alunos, ao sair da sala, não as amarrotassem e deitassem no cesto do lixo mesmo à minha frente ou não as deixassem “esquecidas” em cima da mesa.
Nos últimos cinco minutos de uma aula disse aos alunos que se aproximassem da secretária pois iria fazer uma experiência ilustrando o que tinha sido explicado e eles puseram os bonés na cabeça, as mochilas às costas e encaminharam-se todos em grande conversa para a porta da sala à espera que tocasse. Disse-lhes: “Meus meninos, a aula ainda não acabou! Cheguem-se aqui para verem a experiência!” mas nenhum deles se moveu um milímetro!!!
Como é possível, com alunos destes, criar a empatia necessária para uma aula bem sucedida?
É por estas e por outras que eu NÃO ADMITO A NINGUÉM, RIGOROSAMENTE A NINGUÉM, que ouse pensar, insinuar ou dizer que se os meus alunos não aprendem a culpa é minha!!!

5. No ano passado tive uma turma do 10º ano dum curso profissional em que um aluno, para resolver um problema no quadro, tinha de multiplicar 0,5 por 2 e este virou-se para os colegas a perguntar quem tinha uma máquina de calcular!!! No mesmo dia e na mesma turma outro aluno também pediu uma máquina de calcular para dividir 25,6 por 1.
Estes alunos podem não saber efectuar estas operações sem máquina e talvez tenham esse direito. O que não se pode é dizer que são alunos de uma turma do 10º ano!!!
Com este tipo de qualificação dada aos alunos não me admira que, daqui a dois ou três anos, estejamos à frente de todos os países europeus e do resto do mundo. Talvez estejamos só que os alunos continuarão a ser brutos, burros, ignorantes e desqualificados mas com um diploma!!!

6. São estes os alunos que, ao regressarem à escola, tanto orgulho dão ao Governo. Só que ninguém diz que os Cursos de Educação e Formação são enormes ecopontos (não sejamos hipócritas nem tenhamos medo das palavras) onde desaguam os alunos das mais diversas proveniências e com histórias de vida escolar e familiar de arrepiar desde várias repetências e inúmeras faltas disciplinares até famílias irresponsáveis.
Para os que têm traumas, doenças, carências, limitações e dificuldades várias há médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros técnicos, em quantidade suficiente, para os ajudar e complementar o trabalho dos professores?
Há alunos que têm o sublime descaramento de dizer que não andam na escola para estudar mas para “tirar o 9º ano”.
Outros há que, simplesmente, não sabem o que andam a fazer na escola…
E, por último, existem os que se passeiam na escola só para boicotar as aulas e para infernizar a vida aos professores. Quem é que consegue ensinar seja o que for a alunos destes? E por que é que eu tenho de os aturar numa sala de aula durante períodos de noventa e de quarenta e cinco minutos por semana durante um ano lectivo? A troco de quê? Da gratidão da sociedade e do reconhecimento e do apreço do Ministério não é, de certeza absoluta!

7. Eu desafio seja quem for do Ministério da Educação (ou de outra área da sociedade) a enfrentar ( o verbo é mesmo esse, “enfrentar”, já que de uma luta se trata…), durante uma semana apenas, uma turma destas sozinho, sem jornalistas nem guarda-costas, e cumprir um horário de professor tentando ensinar um assunto qualquer de uma unidade didáctica do programa escolar.
Eu quero saber se ao fim dessa semana esse ilustre voluntário ainda estará com vontade de continuar. E não me digam que isto é demagogia porque demagogia é falar das coisas sem as conhecer e a realidade escolar está numa sala de aula com alunos de carne, osso e odores e não num gabinete onde esses alunos são números num mapa de estatística e eu sei perfeitamente que o que o Governo quer são números para esse mapa, quer os alunos saibam estar sentados numa cadeira ou não (saber ler e explicar o que leram seria pedir demasiado pois esse conhecimento justificaria equivalência, não ao 9º ano, mas a um bacharelato…).
É preciso que o Ministério diga aos alunos que a aprendizagem exige esforço, que aprender custa, que aprender “dói”! É preciso dizer aos alunos que não basta andar na escola de telemóvel na mão para memorizar conhecimentos, aprender técnicas e adoptar posturas e comportamentos socialmente correctos.

Se V.Excia achar que eu sou pessimista e que estou a perder a sensibilidade por estar em contacto diário com este tipo de jovens pergunte a opinião de outros professores, indague junto das escolas, mande alguém saber. Mas tenha cuidado porque estes cursos são uma mentira…

Permita-me discordar de V. Excia mas dizer que os professores têm de ser dignificados é pouco, muito pouco mesmo…

Atenciosamente



Domingos Freire Cardoso
Professor de Ciências Físico-Químicas
Rua José António Vidal, nº 25 C
3830 - 203 ÍLHAVO
Tel. 234 185 375 / 93 847 11 04

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

MEMÓRIAS ( CADA VEZ MAIS SAUDOSAS) DE UM BENFIQUISTA

Foto 1 - Frente do bilhete
Foto 2 - Verso do bilhete




Ontem já vocês sabem como foi.(Parabéns ao Porto e boa sorte para o Sporting, logo à noite).
A maioria de vós não sabe ( como é que hão-de de saber se alguns ainda não eram nascidos?) é que faz hoje 24 anos que o Benfica ganhou ao Liverpool por 1-0, com golo de Maniche ( o autêntico).
Será que a diferença de qualidade das equipas de então do Benfica e a de agora residia no facto de que em vez dos actuais brincos nas orelhas e rabos de cavalo, usavam fartas bigodaças por baixo do nariz?
Vá lá a gente saber....

terça-feira, 6 de novembro de 2007

GHEGOU A ALTURA DE DIZER BASTA!!!!

Recebi o seguinte SMS que passo a transcrever. Como infelizmente não posso estar presente contribuo assim, como forma de apoio, com a divulgação do mesmo:

"HOJE DIA 6, ÀS 12H20M VAMOS PROTESTAR CONTRA INTERNET. CARACOL NOS CTT AVIS. PASSA SMS. A TV VAI ESTAR PRESENTE"

É ALTURA DE DIZER BASTA A QUEM CONNOSCO TEM ANDADO A "GOZAR" ULTIMAMENTE.
APARECE!!!

domingo, 4 de novembro de 2007

MEMÓRIAS (SAUDOSAS) DE UM BENFIQUISTA

Foto : 1

Foto - 2


Foto - 3 (verso bilhete foto 2)




Foto - 3 - UMA EQUIPA DE SONHO!





Foto - 4

No tempo em que só as camisolas do Benfica ganhavam era assim:
- Faz hoje 20 anos a vítima foi o Aarhus G.F. que perdeu na Luz por 1-0, com golo de Nunes ( Foto - 1)
-Há 24 anos (2/11/1983) foi a vez do Olympiacos (Pireu) as "mamar": 3 -0, com golos de Filipovic, Diamantino e Manich ( o autêntico...) (Foto -2)
- Há 18 anos (1/11/1989) despacharam o Honved S.E. por 7-0 com golos de Abel(1), Vata (2), Magnunson(2) e César Brito (2).
Que falta que nos faziam estes golos agora....
E na terça-feira como será????


sexta-feira, 2 de novembro de 2007

FLORES EM MEMÓRIA

FOTO 1 : FLORES EM MEMÓRIA...
Deixo aqui, como homenagem sentida, flores em memória de todo(a)s aquele(a)s que já me deixaram e que em vida fizeram o favor de terem sido meus (minhas) amigos (amigas).
Que descansem em PAZ!