sexta-feira, 29 de abril de 2011

CESTAS DE POESIA (CLXVII)

No dia em que a nova princesa beijou o príncipe por duas vezes, em público, quebrando o protocolo e mesmo assim este não se transformou em sapo (só Deus e eu sabe o quanto isso foi importante para mim, para a minha família e até para os elementos do FMI que estão em Portugal…); na véspera desse dia memorável que vai ser o do almoço de Sportinguistas no Clube Náutico (só eu sei porque fico em casa…); em vésperas de mais uma actuação no Auditório Municipal Ary dos Santos, com apresentação em estreia de nova peça de teatro pelo GRUPO FAZIGUAL (que "DO CASTELO" recomenda vivamente) ; numa altura em que já há  pessoal “formado” e devidamente habilitado na área da liquidação herbácea nas nossas ruas, por via líquida, pois aí está mais uma dose de Cestas de Poesia.

JOSÉ DA SILVA MÁXIMO nutre um carinho muito especial pela sua terra Natal, pelo seu concelho. Daí ter feito estas décimas dedicadas à "sua" Marvão.

É lindo à noite, Marvão,
Quando está iluminado!
Ao longe chama a atenção,
Ao Céu parece ligado!

As luzes a cintilar,
Como adoro à noite, vê-las!
Se são luzes ou estrelas
Quase custa a destrinçar!
Não deixo de apreciar
Se é que tenho ocasião,
Alegra-me o coração
Esse espectáculo tão belo,
Iluminando o Castelo
É lindo à noite, Marvão!

Marvão é ditoso encanto,
Preciosa maravilha!
Beleza que se partilha
E que se adora tanto!
Até de Inverno o seu manto
De nuvens, todo tapado,
O nevoeiro cerrado
Dá um não sei quê proibido,
Com o Céu é confundido
Quando está iluminado.

Quem se vem aproximando
De Marvão, em noite calma,
Algo lhe invade a alma
E que o vai fascinando!
Aos poucos vai reparando
Que esta vila é excepção,
E assim, do pé p’rá mão
‘inda não vê as casinhas
Já vai contando as luzinhas
Ao longe chama atenção.

Sentinela da Nação
Foi durante muitos anos
Cobiça dos Castelhanos
Naqueles tempos de então;
Resistindo qual dragão
Nunca se deu derrotado,
Marvão tão bem situado,
Suas casas tão seguras,
As luzes lá nas alturas
Ao Céu parece ligado

15.09.2009














sexta-feira, 22 de abril de 2011

CESTAS DE POESIA ( CLXVII )

Nesta sexta-feira e numa altura em que se ultimam os preparativos para mais um Rally-paper da Casa do Glorioso, perdão, da Casa do Benfica em Avis; numa altura em que se tenta arranjar meia dúzia de Sportinguistas para “encherem” o hangar do Clube Náutico para, num lauto almoço, comemorarem não se sabe bem o quê ( será o 4º lugar no Campeonato?....); numa altura em que o FMI vai traçando o caminho para nos lixar um pouco mais; numa altura em que vivemos uma Páscoa super-molhada, lá chega mais uma Cesta de Poesia.

Páscoa, molhada ou não, é tempo de Borreguinhos no forno, borreguinhos assados, borreguinhos fritos, borreguinhos grelhados. E quem trata dos nossos borreguinhos? Isso mesmo: o pastor. Pois bem JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, poeta de Santo António das Areias, traz-nos hoje uma poesia dedicada precisamente aos pastores e à sua vida.

Vamos a isto:

A VIDA SOLITÁRIA DO PASTOR

Não conhece os feriados
Tão pouco um fim-de-semana;
Conhece os cheiros dos gados
Tão certo que não se engana!

Ao romper da madrugada,
Ao alvor da nobre aurora,
Salta da cama p’ra fora
Cama à qual chama malhada!
Já deixa preparada
Com os lençóis desdobrados
Porque a vida e seus cuidados
No seu dever se empolga,
Não tem um dia de folga
Não conhece os feriados!

Solta o gado do curral
Com todo o empenhamento,
É seu entretenimento
Sua profissão real;
Profissão nobre, afinal
De que um bom pastor se ufana
Com seu rebanho se irmana
Meses, anos sem parar,
Não sabe o que é descansar
Tão pouco um fim-de-semana.

Do leite faz a ordenha
Para o queijo saboroso,
Precisa de ser jeitoso
P’ra que o leite à mão lhe venha!
A sua perícia empenha
Em seus dedos amestrados,
Do jogo conhece os dados
E sabe da sua arte,
É mestre em qualquer parte
Conhece os cheiros dos gados.

Quando nasce um cordeirinho
Que ainda não sabe andar,
Ele lhe vai dispensar
Muito cuidado e carinho;
Como se fosse um filhinho
Que ainda está na cabana,
Com quanta vontade e gana
O leva à mãe p’ra mamar,
Sem receio de o trocar
Tão certo que não se engana.

17 de Março de 2009

quarta-feira, 20 de abril de 2011

AMANHÃ HÁ CAFÉ COM LETRAS E HOJE HOUVE SORTEIO...

Amanhã é dia de Café com Letras. Mais um. O Nº 101! Como convidado vai estar entre nós um Açoriano residente no Parque Natural de S. Mamede e que por isso mesmo se chama de “Alençoriano”, ou seja o produto de uma mistura entre Açores e Alentejo. DANIEL CASADO é o seu nome.

Irá falar-nos de turismo e das suas experiências desde as Furnas até á Serra de S. Mamede (Portalegre). Apaixonado pela fotografia, certamente que irá ilustrar as suas ideias com belas imagens captadas por este país fora.

A não perder, amanhã a partir das 18 horas na Sede da Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural.

Última hora: realizou-se há pouco mais de uma hora, em cerimónia pública na Sede, a extracção do boletim premiado com um cabaz de Páscoa, levado a efeito pela Associação Humanitária de Apoio aos Diabéticos do Concelho de Avis. O feliz premiado foi o Sr. José Miguel, do Pego (Abrantes).

Na foto abaixo reproduz-se o preciso momento em que a D. Maria Nobre Farinha procedia á extracção do  talão premiado, perante a presença da Sra Enfermeira Nídia, Presidente da Associação bem como do Sr. Carmo, Vice-Presidente da referida Associação de Diabéticos de Avis.

Foto: Maria Nobre Farinha procede à extracção do talão premiado

segunda-feira, 18 de abril de 2011

CONVERSAS DE CAFÉ

Não sou muito dado a andar em cafés. Acho que a vida pode e deve ser repartida por actividades que exijam mais movimento, mais acção. Daí que quando há dias entrei num café da nossa vila quase me tivessem feito uma festa. Por lá, os rostos do costume.
- É pá, finalmente apareceste, pensava que já tinhas morrido. Senta-te aqui ao pé de nós, disse o Manel, enquanto me ajeitava uma cadeira para eu me sentar.
- O que é que queres beber? Uma cervejola ou uma "survia", como dizem em Bena?
- Não, quero antes um descafeinado… disse e sentei-me.
Sem mais demoras, o João dispara quase á queima-roupa:
- Então o que me dizes á novidade que corre aí pela vila?
Desconhecedor de qualquer “novidade” digna de nota, mostrei o meu desconhecimento em matéria de novidades sonantes, e como normalmente as conversas de café andam quase sempre pelos mesmos temas, atirei quase a querer adivinhar:
-…temos “putices”, Maria Alice…
- Estás enganado pá! A gente a coisas dessas já nem liga…Então ainda não ouviste dizer que se está a preparar uma “invasão” à nossa vila, de ciganos, vindos lá dos lados de Almada…
Porque efectivamente não sabia nada, fiquei até um pouco perplexo e lá disse:
- Não, por acaso não tinha ouvido dizer nada. Mas olha que não me parece que seja assim. E para que é que nós haveríamos de querer mais ciganos no nosso concelho? Só se fosse para que a estação dos Correios não fechasse, dado o grande movimento que lhe dão no dia de receberem os subsídios…
- Brinca, brinca…disse o João, enquanto o Manel retomou a palavra:
- Tu não acreditas mas olha que a coisa parece que é à séria. Disseram-me que até já tinham pedido a inscrição dos gaiatos cá na Escola e que não tinham já aceite a inscrição para que acabem o ano lá em Almada e depois comecem de novo no próximo ano lectivo, já aqui em Avis...
- Não me levem a mal, mas continuo a não acreditar. Se fosse gente produtiva, gente que quisesse investir com trabalho no nosso concelho acreditava, agora assim…deixarem vir para cá ainda mais ciganos dos que já cá há….ponho as minhas reservas…
- Ainda te digo mais: parece que o Tonho é o responsável pela comunidade cigana de Avis na Escola, e ele já disse que se vierem para cá os “outros” que já não quer mais ser responsável por eles…concluiu agora o João, enquanto “emborcava” mais uma mini.
 - É assim. Se vocês o dizem e porque não há fogo sem fumo, se calhar alguma coisa se passa. As notícias não caem assim do céu…No entanto eu continuo a creditar no bom senso dos nossos dirigentes locais. Não me parece que recebam assim de mão beijada comunidades que os outros não querem.
Depois de beber o tal descafeinado e porque já me sentia ali a mais, despedi-me e saí enquanto o “venenoso” do Manel me disse em ares de despedimento:
- È verdade, então ainda és do Benfica?
Encolhi os ombros, respondi-lhe: “Que hei-de fazer? Não há melhor” e saí caminhando a cismar no que ouvira. Por certo aquilo não era mais que uma das muitas conversas de café. Percorridos alguns metros pela Rua Machado dos Santos acima, cruzo-me com a Maria que me diz:
- Então você já sabe da grande novidade?
- Não me diga que me vem falar dos ciganos que vêm de Almada?
- Não, por acaso era dos que vêm do Crato…
Retrocedi caminho e fui meter-me em casa, não sem antes ter reparado como as ervas e as folhas secas das laranjeiras continuam a amontoar-se nas nossas ruas, prenúncio talvez de falta de umas boas vassouradas e de umas boas regas...
Prevê-se chuva para esta semana.
Oxalá!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

CESTAS D EPOESIA (CLXVI)

Numa semana em que “DO CASTELO” entrou numa letargia acentuada ( vá lá saber-se porquê) para desespero dos seus leitores; numa semana em que Clara Guerra inaugurou uma exposição de pintura na Fundação Pais Teles, em Ervedal, que convido vivamente a que vá visitar; numa semana em que a Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural, vai realizar no próximo Domingo o seu “5º Passeio Pedestre - Pelas Margens do Maranhão”; numa semana em que no próximo dia 17 se vai realizar em Avis, a tradicional Procissão do Senhor dos Passos; numa semana em que três equipais Portuguesas se qualificaram para as meias-finais de uma competição europeia; numa semana em que consta que vão ser necessárias mais de duas mesas das pequenas para albergar os Sportinguistas Avisenses que no dia 30 de Abril se vão reunir em almoço de confraternização e de carpir de mágoas no Clube Náutico em Avis, eis que chega mais uma Cesta de Poesia.

E como não há duas sem três, o poeta JOSE DA SILVA MÁXIMO, de Santo António das Areias mas com grandes e fortes raízes em Avis, brinda-nos com mais uma poesia dedicada à cama. Ora vamos lá ler o que temos hoje:

A CAMA

A cama onde dormimos
Mais pobre ou mais opulenta
Quando forças não sentimos
É ela que nos aguenta!

Em casa ou maternidade
É na cama que nascemos,
É onde primeiro vemos
O dia, luz, claridade;
Depois mesmo c’oa idade
Ao descanso não fugimos;
Jamais nós prescindimos
Nem podemos dispensar,
Um lugar p’ra descansar:
A cama onde dormimos.

Os indigentes sem pão
Fazem a cama na rua
Mesmo assim chamam-lhe sua
Umas caixas e cartão!
A cama estendem no chão
Mesmo que haja tormenta,
Se o corpo se não aguenta
E o seu descanso reclama,
É necessário uma cama
Mais pobre ou mais opulenta.

Quando o corpo está deitado
Assim na horizontal,
Há um relaxe total
Sem que este seja obrigado;
Se é por estar fatigado
O descanso a Deus pedimos,
Mas se doentes caímos
E a saúde for perdida,
Logo a cama nos convida
Quando forças não sentimos.

É na cama que morremos
Quando a morte é natural;
No Lar ou no Hospital
À cama nos acolhemos;
É ma cama que nós vemos
Como a “negra” se apresenta;
Ali a morte se enfrenta
Sem forças p’ra resistir,
Se não podemos fugir,
É ela que nos aguenta!

Agosto de 2002

domingo, 10 de abril de 2011

26ª JORNADA

SPORTING 2 – ACADÉMICA 1

(Primeira volta 1-2)

O Djaló lá resolveu
Mas o leão não convenceu.
Por ser mui ruim de bola,
Senão aprendem a jogar
Arriscam, se bem calhar,
Que o Godinho lhe dê na tola…


PORTIMONENSE 2 – PORTO 3

(Primeira volta 2 -0)

Este Porto campeão
Jogando assim de rompão
Com vontade de vencer,
Tem um sonho que alimenta
Numa vontade sedenta
De terminar sem perder

NAVAL 2 – BENFICA -1

(Primeira volta 4 -0)

Quem é que jogou mais mal,
O Benfica ou a Naval?
Se a Naval é que ganhou
É muito fácil de ver
Que o Benfica ao perder
Foi ele que mais se afundou…

sexta-feira, 8 de abril de 2011

CESTAS D EPOESIA (CLXV )

Na semana em que o 1º Ministro mais teimoso de Portugal dos últimos 100 anos (pelo menos…) se resolveu a pedir ajuda externa; em vésperas da Casa de Cultura de Avis organizar mais uma mini maratona digital de fotografia; em vésperas da Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural receber, através dos seus Intercâmbios Culturais, a Universidade Sénior de Faro, eis que nos chega mais uma Cesta de Poesia.

Se bem se lembram, na última Cesta, JOSÉ DA SILVA MÁXIMO fazia referência à sua cama e como era gostoso dormir nela belas sestas. Pois bem, talvez insatisfeito com o “trabalho” final, fez nova quadra que lhe serviu de mote para desenvolver em Décimas do modo que agora aqui vos deixo à vossa superior consideração:

A MINHA CAMA E EU

Tenho uma cama macia
Que raramente abandono;
Durmo três sestas por dia
E levo as noites dum sono!

Não me chamem dorminhoco
Por eu três sestas dormir,
É só por me distrair
Porque eu até durmo pouco!
Se às vezes acordo rouco
É porque a cama se esfria
Nela o corpo alivia
P’ra minha comodidade,
E para estar à vontade
Tenho uma cama macia

Deitado ou a escrever
O meu tempo é preenchido,
Tão somente interrompido
Para comer ou beber!
Nada me faz demover
Nem o buraco do ozono,
Desde o Inverno ao Outono
Num ritmo cadenciado,
Eu sigo um rumo traçado
Que raramente abandono.

Durmo a seta da manhã,
Se me descuido um bocado,
Vejo que fiquei pegado
À outra que é sua irmã!
A cama é meu talismã,
Meu objecto de magia,
Dela nada me alivia
Por nela sentir conforto,
Se dormir é meu desporto
Durmo três sestas por dia!

Não me custa adormecer
No quentinho do lençol,
Vou p’rà cama ao pôr-do-sol
E o sono vai aparecer;
Na cama me fui meter
Porque dela sou o dono,
Às vezes até ressono
Mas se me deitar de lado,
Durmo como um condenado
E levo as noites de um sono!

14 de Junho de 2009

quarta-feira, 6 de abril de 2011

AMANHÃ HÁ CAFÉ COM LETRAS: 18 HORAS NA SEDE DA CA

A Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural dedicou a temática das duas sessões do Café com Letras do mês de Abril ao Turismo. E para abrir, já amanhã, vai estar entre nós um “peso pesado” com vasta experiência e conhecimentos nessa área: Trata-se do radialista RUI DIAS JOSÉ, que, além de ser Jornalista, foi realizador da Antena 1 (1984 a Novembro de 2010), integrou a equipa do “Passeio das Virtudes”, realizou o “Chão da Festa” e durante mais de 10 anos o programa “Feira Franca” Poderá visita-lo em http://www.cafeportugal.pt/


Para terem noção da projecção que este primeiro Café com Letras de Abril, subordinado ao tema: “A oportunidade do Turismo no desenvolvimento local” está a ter, por favor cliquem abaixo:

http://www.cafeportugal.net/pages/noticias_artigo.aspx?id=3350

Posto isto, pouco mais nos resta do que desejar que a Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural, consiga ter em público presente aquilo que tem em boa vontade,  ambição cultural e desejo de divulgação do nosso concelho.

terça-feira, 5 de abril de 2011

25ª JORNADA

GUIMARÃES 1 – SPORTING 1
(Primeira volta 2-3)

Só conseguindo empatar
O “terceiro” foi ao ar
Por fazer tão mau joguinho.
P’ró ano como vai ser?
Pergunte para saber
Ao Presidente Godinho…

BENFICA 1PORTO 2
(Primeira volta: 5-0)

De mil faixas desfraldadas
(Menos azuis que encarnadas),
Compôs-se o Estádio Luz,
E numa gritante maldade
Julgaram que a electricidade
Foi extinta por Jesus…

Mais uma vez foi vencida
E a Águia acabou comida
P’lo imbatível Dragão;
O terror de toda a gente
Pode dizer finalmente
Que ele é que é o campeão!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

AVIS VIRA VILA VERDE

Foto 1 - "Ainda é mais notório o crescimento das ervas por baixo dos carros que estão muito tempo sem sairem do mesmo local..."

Foto2 - "As ruas vestem-se diária e apressadamente de verde proveniente das imensas ervas de Primavera,"

Foto 3 - "Há que afirme que também já por aí apareceu um leporídeo ou outro ..."


Foto 4 - "Já se vêem papoilas nas nossas ruas..."

É verdade, Avis vira verde mas nada tem a ver com cores clubistas. Então acham que hoje estou em condições de ouvir sequer falar em clubes? Também não se trata de mudança de nome da nossa santa terrinha.

Retomemos o assunto. Por entre o branco do casario da nossa vila as ruas vestem-se diária e apressadamente de verde proveniente das imensas ervas de Primavera que infestam as ditas ruas. Poucas são as que escapam a esta situação. As fotos acima foram tiradas ao acaso. Mostram estas ruas como poderiam mostar outras quaisquer. Nos outros anos por esta altura já a “cura” lhe tem sido aplicada pelo que não se tem chegado a este ponto. Ainda é mais notório o crescimento das ervas por baixo dos carros que estão muito tempo sem sairem do mesmo local, como acontece no Largo Sérgio de Castro ou em diversos pontos da Rua António José de Almeida, por exemplo.

Já se vêem papoilas nas nossas ruas. Há que afirme que também já por aí apareceu um leporídeo ou outro, mas eu lá nisso não acredito. Só vendo.

É claro que quando lhe for aplicado um BASTAS, um RONAGRO, um TOUCHDOWN ou outro qualquer produto semelhante, elas, as ervas, depressa entregam a alma ao Criador.

E palpita-me que não vai demorar muito.
Vai uma aposta?

sábado, 2 de abril de 2011

POIS É...

Foto 1 - ..."a montante..."

Foto 2 - "....a jusante..."

Ontem foi dia 1 de Abril, o tal dia em que é permitido mentir a “DO CASTELO”. Já por aqui deixei escrito que, salvo nos dias 1º de Abril, tudo o que se for por cá escrevendo é verdade, à excepção é claro, de artigos de opinião, que representam tão-somente a opinião de quem os escreve e nada mais do que isso.

Felizmente que a nossa querida Albufeira do Maranhão não tem desastres ecológicos e que a notícia de ontem não era mais do que a mentira que "DO CASTELO" escolheu para o dia 1 de Abril. Quem lá longe está sempre à espera de notícia das sua terra, que me desculpe por ter pensado ser verdade.

Minha querida amiga A.C., acredite que mentiras aqui só lá para daqui a um ano. Certo?

Ora vejam como à hora a que se reportava aquela “maldita” notícia a nossa Barragem estava bonita e despoluída tanto a montante como a jusante do ponto fatal….

sexta-feira, 1 de abril de 2011

MÃO CRIMINOSA PROVOCA GRAVE DESASTRE ECOLÓGICO NA ALBUFEIRA DO MARANHÃO!

Quando nada o fazia prever, eis que uma catástrofe ecológica se abateu esta madrugada sobre a Barragem do Maranhão. Junto à ponte, nas imediações do local onde em tempos idos funcionou a Fábrica do Leite, apareceram esta manhã milhares e milhares de peixes mortos a boiar à superfície das águas.

Muitos de nós temos ainda presente o impacte que provocou há alguns anos, a reparação de umas válvulas de segurança junto ao paredão da Barragem e que foi responsável igualmente pela morte de muitas toneladas de peixe. Mas se nessa altura a acção foi consertada, já agora a situação é de todo inesperada já que não há fábricas a laborar a montante da área sinistrada e nem sequer a jusante.

No local encontram-se já as autoridades civis e militares, nomeadamente elementos da protecção civil, elementos das forças de segurança e elementos da autarquia local. Há cerca de meia hora “DO CASTELO” visitou o local e, dado que a notícia depressa se espalhou por todo o concelho, verificou que já são muitos os “mirones” que ali se encontram, notando-se inclusivamente a presença até de gente das freguesias a jusante da área afectada, nomeadamente de Alcórrego e Maranhão, com receio de que, dada a ainda forte corrente existente, a tragédia se estenda para as águas daquelas freguesias.

Vistas de cima da ponte, as águas apresentam uma cor amarelo/azulada que noutras zonas parece mais azul/amarelada e os peixes, nomeadamente carpas e barbos – alguns de grande porte – apresentam o abdómen demasiado inchado e os olhos vermelhos e como que a querem sair das órbitas. Por enquanto ainda não cheira mal.

“DO CASTELO” tentou entrar em contacto e falar com Nuno Sequeira, o novel Presidente da QUERCUS, mas na impossibilidade de o fazer, chegou à fala com Francisco Ferreira, daquela organização. Informou que assim que teve conhecimento do sucedido se meteu no seu carro e se encontra a caminho de Avis, encontrando-se à altura da nossa conversa, precisamente a atravessar a Ponte Vasco da Gama em direcção a sul.

Por sua vez, o Sr. Presidente da Câmara local, lamentando o sucedido, exige que “a verdade seja averiguada e que os infractores sejam exemplarmente punido, se for caso disso” e informou ainda que estavam a ser “repescados” antigos pescadores, como o Anselminho e o Parafuso de Avis, ou o Valério Martins de Figueira e Barros, para se virem juntar ao Tonhico de Benavila na apanha do peixe morto que depois será transportado em camiões da autarquia e enterrado numa enorme vala, sob a superior direcção do SPNA da GNR. Lamentou igualmente os graves prejuízos económicos que esta situação acarreta à Autarquia, numa altura em que são cada vez mais reduzidas as verbas que os Governos Centrais para cá nos canalizam.

Também por ali se encontrava, àquela hora, e demonstrando grande consternação e abatimento pelo sucedido, um dos directores do Herdade da Cortesia Hotel que disse a “DO CASTELO” sentir uma enorme mágoa pelo sucedido, numa altura em que tanta publicidade tem feito quanto às capacidades de navegabilidade e bem-estar ambiental que a Albufeira do Maranhão oferece para a prática do remo e numa altura em que a sua unidade hoteleira regista uma muito significativa taxa de ocupação. Não podemos garantir, mas pareceu-nos ver uma lágrima de raiva a bailar nos olhos deste industrial da hotelaria avisense.

Há hora em que abandonámos o local para vir fazer esta crónica e dar-vos a conhecer o que de tão grave se passa no nosso concelho, corria a hipótese, não confirmada, de que este desastre ecológico poderia ter sido provocado por uma descarga de “cura” das oliveiras provocado por alguém que lhe tenha sobrado produto e se tenha criminosamente aliviado dele na Albufeira ou por lavagem de tanques de produto nas águas do Maranhão. Curiosamente, ninguém atribuía as culpas aos espanhóis, donos da maior área de olival da nossa terra.

É natural que a curiosidade o leve a si a ir até à ponte da Fábrica do Leite, mas se o fizer, cumpra rigorosamente as instruções que as autoridades militares lhe transmitirem, e, se possível, retire a carro da estrada para descongestionar o trânsito evitando assim ainda males maiores.

“DO CASTELO” vai estar atento à evolução desta situação trágica que se abateu sobre a nossa barragem, um dos mais belos espelhos de água de Portugal que se vê assim, da noite para o dia, poluída e alvo das atenções por uma razão menos desejável, e sempre que se justificar voltará aqui para dar notícias mais actualizadas do evoluir desta situação anómala que tanto nos preocupa.

Nota: por motivo deste gravíssimo desastre ecológico, e para podermos dar uma informação mais detalhada e actualizada, hoje não serão publicadas as “Cestas de Poesia”. Aos habituais leitores desta rubrica as nossas desculpas embora pensemos que entenderão perfeitamente as razões desta nossa opção, por demais pertinente e oportuna.