terça-feira, 30 de setembro de 2008

AVIS ESTÁ DE PARABÉNS!!!

“DO CASTELO” sabe que nos VIII Jogos Florais da Alma Alentejana, um avisense foi classificado com o primeiro prémio na modalidade de conto, cuja temática era relacionada com a intervenção social (cidadania) e ainda com uma menção honrosa na modalidade de quadra (tema livre). A distribuição de prémios ocorrerá no Fórum Romeu Correia, em Almada, no próximo dia 12 de Outubro a partir das 15 horas e ali, mais uma vez, vai ser proclamado o nome de Avis.
“DO CASTELO” teve acesso ao conto em causa e tendo obtido autorização do seu autor passa a reproduzi-lo sem que no entanto deixe aqui a opinião de que, embora a “letra e os arranjos” sejam do autor, – que preferiu o anonimato – dá a impressão que há por lá“música” do seu primo do MARANHÃO…Parabéns para ambos.
Eis então a obra premiada, que aconselho a ler, caso tenham paciência para tal, pois que ao lê-lo, os mais novos ficarão com conhecimentos de coisas que se passaram na nosssa terra e que desconhecem, e os mais velhos poderão recordá-las.
Boa leitura pois.

Título: CIDADÃO DE CORPO INTEIRO
Sentia-se desiludido, frustrado. Sentou-se à porta da fábrica de confecções que acabara de encerrar a sua actividade deixando mais de quarenta empregadas sem emprego. Alguns colegas diziam-lhe que tudo tinha feito enquanto delegado sindical, mas a sua consciência não se queria acomodar. Ficava hoje, como noutras situações semelhantes, sempre com a sensação de que poderia ter feito um pouco mais, não sabendo no entanto qual o passo que deveria ter acertadamente dado e não dera.
Ali, nas escadas de acesso à fábrica, vira sair pela última vez, cabisbaixas, com lágrimas de revolta e desespero no rosto, as suas colegas. Colegas desta fábrica porque a dele, era de maior impacto e, pelo menos para já, não corria o perigo de encerramento. Como que para aquietar aquela ansiedade provocada pela tal sensação de que poderia ter feito mais, reviveu em pensamento todo o seu percurso de intervenção, enquanto cidadão que sempre exerceu os seus direitos de cidadania, numa sociedade que era de todos mas que parecia só a alguns pertencer. Ele tomou posições, interveio! Recorda todo um passado:
… Decorria o ano de 1976 com todas as maravilhosas “loucuras” que o 25 de Abril trouxera dois anos atrás. Manuel Alves estudava então no Liceu D. Amália, no 5º ano. Tinha dezasseis anos. Lembra-se que nesse já distante ano, em determinada altura a turma foi informada de que existia um Movimento chamado ALFA, que era constituído por Brigadas Estudantis de Trabalho e Alfabetização. Constava-se que o Movimento tinha nascido em 1951 na Universidade da Califórnia, em Los Angeles e que se estendera a grande parte doutros países. Claro que em Portugal nunca se ouvira falar de tal por causa do sistema de repressão até há pouco instalado. Entre a maioria dos colegas do Liceu ficou bem expressa a ideia de embarcar nesse sonho de ir para qualquer parte do país trabalhar, no período de férias, e em horário pós-laboral poder ensinar a ler e a escrever quem não o soubesse fazer e ainda promover acções de índole de animação cultural. O entusiasmo foi de tal ordem que mal as férias de Verão começaram, aqueles que quiseram e puderam – houve pais que não autorizaram os filhos a aderir a essa aventura – lá partiram qual bando de andorinhas voando nas mais diversas direcções. Estas acções eram concertadas pelo Movimento ALFA, e Manuel Alves, apesar de ser oriundo de uma família pertencente a um estrato social de média capacidade económica, tinha uns pais de mente aberta e não foi difícil conseguir-lhe a autorização para poder partir. Escolheu o Alentejo para seu destino, como poderia ter escolhido outra qualquer parte do país. No entanto sempre ouvira dizer que era no Alentejo que existia a maior taxa de analfabetismo e que era ali que as condições de trabalho eram mais duras, quase desumanas. Integrado numa brigada de dez elementos foi parar a Montemor-o-Novo, à Cooperativa Agrícola Montemorense, sedeada na Herdade da Torre. Alfredo Maria Praça Cunhal era o nome do proprietário da Herdade, se a memória não o atraiçoa. Que estranha coincidência de apelidos…
As recordações aqui entram em turbilhão. Tanta coisa bonita que por lá fez... Lembra-se de múltiplas situações. Tenta pôr um mínimo de ordem para que possa reviver cada uma com calma. Não lhe interessa que esses momentos sejam revividos por ordem cronológica. Não! Quer é vivê-los com o realismo e com o carinho que eles lhe merecem. Recorda que a sua integração e a dos colegas foi muito bem aceite pelos defensores da Reforma Agrária: importava lá que eles fossem da cidade e não soubessem trabalhar? Vinham para ajudar e isso já era mais que suficiente. Pelo menos tinham espírito revolucionário. Por outro lado, os mais conservadores, aquilo a que à altura eram chamadas de “forças da reacção” não os podiam ver. Insultavam-nos e por vezes até os tratavam mal, como daquela vez em que estava com uns colegas da sua brigada a beber umas cervejas numa esplanada em Montemor e parou uma carrinha de caixa fechada, que transportava quatro indivíduos. Pararam e repentinamente despejaram uns baldes com água para cima deles. Chamaram-lhes nomes menos dignos e fugiram de seguida. Apesar disso era dignificante pertencer ao Movimento ALFA. Por razões que não sabe explicar, ele, Manual Alves, começou a ser olhado pelos camaradas como uma espécie de líder daquela brigada. Não havia líderes mas ele estava sempre no centro das conversas à volta do que se iria ou não fazer. Era considerado, e isso, naquela idade, envaidecia-o um pouco.
Trabalhavam no duro e com gosto: carregavam-se fardos de palha, inclusivamente pelas horas de calor. Recorda-se da primeira vez que fizeram esse serviço. Foram-no na maior descontracção. Trabalharam como puderam e souberam, e à hora do almoço cada trabalhador puxou do seu tarro onde guardava o que comer. Estes começaram a olhar uns para os outros quando lhes perguntaram pela comida. Responderam que não traziam e então, depois de bem “gozados” pelos trabalhadores, como não podia deixar de ser, comeram dos almoços deles. Ao outro dia já levaram almoço, só que em vez da sopa e das azeitonas levaram frangos assados que acabaram por dividir igualmente entre todos. Depois do trabalho transmitiam então os tais ensinamentos de alfabetização. As mulheres eram mais fáceis de convencer. Os homens eram renitentes e não poucas vezes era necessário ir até à tasca beber uns copos com eles, e convencê-los de que aprender a ler e a escrever era muito bom para todos e só lhe trazia vantagens.
Manuel Alves sorri ao de leve. Quem o visse sorrir diria que aquele delegado sindical que “deixa” fechar uma fábrica e que ainda sorri, não pode ser bom delegado sindical. Não sabe é que pela cabeça do Manuel Alves repassa aquela cena de certa noite em que ele mais três colegas da sua brigada (um da Marinha Grande, outro de Braga e uma colega do Porto, que até era do CDS) resolveram ir convencer uns amigos a inscreverem-se na alfabetização. Foram até uma taberna em Montemor. A camioneta da carreira que tinha um apeadeiro na estrada que distava cerca de três quilómetros da Herdade da Torre, partia às sete da tarde. Conhecedores daqueles cabeços e veredas como ninguém, os novos amigos dos copos disseram-lhes que não era necessário irem de camioneta, que se seguissem o caminho que eles lhe indicavam, chegariam depressa à Cooperativa. E ele e os colegas ficaram. Acabaram por convencer três homens a inscreverem-se. Ficaram radiantes. Por volta das onze da noite puseram-se a caminho, pois que segundo a explicação que lhes tinha sido dada “ o monte era logo ali”. Qual ali, qual quê! Perderam-se e só chegaram ao monte por volta da três da manhã. Mas o orgulho de quem tem dezasseis/dezassete anos e sabe que está ali por uma causa nobre, não se compadece com noitadas e no outro dia de madrugada, lá estavam todos à hora de pegar no serviço, como se tivessem passado uma noite bem repousada. Havia que demonstrar que afinal eles não eram “copinhos de leite”, como alguns lhes chamavam, e que eram suficientemente responsáveis para cumprir com as suas obrigações.
Trabalhava-se muito na base da solidariedade. Lembra-se que certa vez um pequeno proprietário, que até não era do Partido Comunista, tinha uma seara de grãos para apanhar. Pediu ajuda à Cooperativa e lá foram três brigadas do Movimento, a sua e mais duas, o equivalente a trinta pessoas. Começando às quatro da manhã, a verdade é que em pouco tempo o grão ficou todo apanhado. Por vezes havia que ir trabalhar para outros locais. Lembra aquela vez que foi necessário ir para os campos de uma das Cooperativas mais emblemáticas do Alentejo: a Cooperativa Agrícola 1º de Maio, em Avis. Foram para a apanha do tomate, a convite do seu presidente, o camarada Zé Luís. Não sabe quantas brigadas foram. Sabe que foram muitas e que os campos de tomate eram a perder de vista. As terras eram boas e a água do Maranhão aliada ao saber fazer daquela boa gente de Avis, tinha necessariamente que dar uma enorme produção. A transformação era feita ali mesmo em Avis numa fábrica que, recorda, dava pelo nome de SULEI. Enquanto trabalhavam cantavam canções do António Correia de Oliveira, do José Afonso, do Manuel Freire e de outros intervencionistas, e ainda uma canção muito em voga nesse tempo, que dizia que “uma gaivota, voava, voava…” Já não se recorda quem a cantava. Apenas sabe que era uma mulher. Em Avis cruzaram experiências com outros colegas do Movimento que ali estavam colocados. À noite assistiam e ajudavam nas aulas. Ao fim de oito dias regressaram a Montemor certos que voltavam mais enriquecidos pelas experiências trocadas e pela ajuda prestada.
Outra cena lhe ocorre. Havia sempre dois colegas que ficavam na Cooperativa da parte da tarde, para fazerem o jantar deles e daqueles que tinham ido trabalhar. Era um sistema rotativo. Certo dia tocou-lhe a ele Manuel Alves e a outro “puto” de Cascais. A verdade é que eles nem um ovo sabiam estrelar. Ajustou-se que iriam buscar um frango à vizinha que morava ali no monte e que se faria frango à jardineira. Conforme combinado foram buscar o frango que a senhora já tinha feito o favor de matar. Disseram-lhe que tinham pouca experiência de cozinha ao que ela contrapôs que tinha pouco que fazer: cortavam o frango aos bocados pequenos, juntavam-lhe cebola, salsa, batatas….tudo muito bem explicado. Regressaram à cozinha da Cooperativa e ficaram a olhar um para o outro. O colega de Cascais até confessou que nem lhe tinha passado pela cabeça que os frangos tinham penas pois que quando os via no talho já estavam sempre depenados. Passada uma boa meia hora, a vizinha veio ver se estava tudo a correr bem. Mas nem bem nem mal, pois que eles ainda não tinham feito nada. Então ela, alentejana dos quatro costados, decidida disse: “Vamos lá a isto! Ponham uma panela de água a aquecer para depenar o frango!”. Depenou o frango e depois de deixar já tudo ao lume, disse-lhes que aí ao fim de uma hora podiam apagar o fogão que estaria o jantar pronto. Chegaram os colegas do trabalho e ficaram todos com água na boca só do delicioso cheirinho que invadia a cozinha e anexos. Eles eram os melhores cozinheiros que lhes tinham tocado. À hora do jantar, comeram, gostaram e elogiaram-lhe o trabalho e estava já meio decidido que ficariam nomeados cozinheiros permanentes. Ele e o Alcides de Cascais estavam radiantes. Ficar de cozinheiro significava poder usufruir de um banho no tanque que era alimentado por uma regato de água natural que corria a céu aberto desde a nascente até ao tanque. A água estava sempre limpa. Depois, com a ajuda da vizinha, o jantar tinha a garantia de sair sempre bem. Mas, eis que quase no fim do banquete chega a vizinha e diz: “Então o jantarinho está bom? Ai estes meninos, estes meninos…se não fosse eu, esta noite não jantavam!”. Desmascarados, a situação inverteu-se: nunca mais ficaram na cozinha, nem ele nem o Alcides de Cascais.…Um salto repentino interrompe-lhe a visão daqueles primeiros dias em que sente que exerceu o seu direito de cidadania de uma forma quase instintiva. Avança no tempo e recorda: os estudos não lhe correram de feição acabando por se empregar numa fábrica de confecções. Com as marcas de solidariedade que as experiências do Movimento ALFA lhe deixaram, foi eleito Delegado Sindical da Indústria de Confecções, continuando assim a exercer o seu direito de cidadania. No seu cargo granjeou amigos e inimigos, como a colega Daniela, da Secção de Corte, que lhe disse certa vez que os Delegados Sindicais não faziam nada e eram sempre os últimos a serem despedidos. Não ligou a isso e sempre trabalhou em prol da defesa dos colegas trabalhadores e em busca de melhores condições de trabalho. Se hoje se sente abatido à saída daquela fábrica de Confecções, é porque efectivamente sente que podia ter feito mais, mas não sabe bem o quê. Isso preocupa-o e entristece-o muito, mas sabe que não é pessoa para desistir e que vai continuar a lutar por uma sociedade mais justa.
Foi o último a abandonar as instalações, continua empregado e, sem saber porquê, lembrou-se da colega Daniela, já despedida por ter chegado, uma só vez, atrasada…
Pseudónimo : SINDICALISTA

domingo, 28 de setembro de 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

HOJE É PROIBIDO E OBRIGATÓRIO!

Hoje é PROIBIDO ATESTAR VEÍCULOS AUTOMÓVEIS -olhe pelos seus interesses!
Hoje é OBRIGATÓRIO IR OUVIR OS POETAS POPULARES, ÀS 14 HORAS EM ALDEIA VELHA - olhe pela sua cultura!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

CESTAS DE POESIA ( XXXV)

Amanhã sábado, dia 27 de Setembro, às 14 horas na Casa do Povo de Aldeia Velha realiza-se a partir das 14 horas o III Encontro de Poetas Populares no Concelho de Avis, denominado “A Aldeia tem poetas”. As entradas são livres e quem gostar de poesia popular vai ficar satisfeito por poder ouvir numa só tarde 36 poetas e poetisas vindos de sítios tão distantes como Ervidel e Cuba (Beja), do Entroncamento ou do Alandroal. Ou de sítios mais perto como Sousel, Cano, Casa Branca, Galveias e mais uma quantidade de localidades. A organização tem a chancela de qualidade da Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural, em parceria com a Junta de Freguesia de Aldeia Velha, a Associação Desportiva Sócio - Cultural de Aldeia Velha, e como sempre, o apoio do Município de Avis.
Como não podia deixar de ser lá vai estar presente o nosso amigo MANUEL RODRIGUES DOMINGOS, O GAIATO que hoje encerra este ciclo de nove “Cestas de Poesia” dedicadas à sua obra. Ainda fico com trabalhos em carteira…
Lembram-se por certo que em determinada altura disse que o meu convidado tinha sido taxista. Pois bem, eis como ele entendia a sua profissão:

MOTE:
OLHA A MINHA PROFISSÃO
SER POETA E SER TAXISTA;
FAÇO ISTO COM DEVOÇÃO
MAS SOU UM BOM MOTORISTA!

I
ÀS VEZES JÁ ESTOU DEITADO
OIÇO O TELEFONE A TOCAR
SEI QUE ME ESTÃO A CHAMAR
FICO LOGO PREOCUPADO;
PODIA ESTAR DESCANSADO
REPOUSAR MEU CORAÇÃO
NÃO POSSO DIZER QUE NÃO
QUE A VIDA É MESMO ASSIM
SEI QUE ALGUÉM ESPERA POR MIM
OLHA A MINHA PROFISSÃO!

II
LOGO DE MANHÃ AO LEVANTAR
JÁ TENHO SIDO ENGANADO
POR VEZES MAL TRATADO
E NÃO ME QUEREM PAGAR;
TENHO QUE ASSIM ME CONFORMAR
EU NÃO POSSO DAR NAS VISTAS
QUEM A VIDA NÃO ARRISCA
PERGUNTANDO A SUA SORTE
ATÉ CONDENADO À MORTE
É O POBRE DO TAXISTA

III
AOS DOMINGOS E AOS FERIADOS
TODOS ANDAM A PASSEAR
EU NÃO ME POSSO AFASTAR
QUE ATÉ POSSO SER CHAMADO;
E DEPOIS SOU CENSURADO
SE NÃO CUMPRIR MINHA MISSÃO
ANDAR DE CHAPÉU NA MÃO
ATÉ CONTRARIADO ÀS VEZES
PARA ATENDER OS FREGUESES
FAÇO ISTO COM DEVOÇÃO

IV
NÃO TENHO HORA PARA COMER
NEM HORAS PARA DESCANSAR
SE ALGUÉM ME VAI CHAMAR
POIS EU VOU LOGO A CORRER;
VOU DEPRESSA, SE PUDER SER,
SE A ESTRADA FOR UMA PISTA
SE EU TIVER GOLPE DE VISTA
NÃO VOU ARMAR DESACATO
HÁ QUEM ME CHAME GAIATO
MAS SOU UM BOM MOTORISTA!

AUTOR: MANUEL DOMINGOS RODRIGUES (GAIATO/AVIS)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

PARA DESCOMPRIMIR...

O meu amigo DINIS mandou-me o seguinte e-mail que, por achar engraçado (será mesmo engraçado?), passo a compartilhar convosco:
…História de Portugal (ultra-condensada)


Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo. Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu. Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor. Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos náuticos. De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau. Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo. Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos. Com conventos a mais e dinheiro a menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro. Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas. Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se o Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios. A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço. O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles e disparados por alemães. Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim porque uma tipa vestida de branco apareceu a flutuar por cima de uma azinheira e três pastores deram primeiro em doidos, depois em mortos e mais tarde em beatos. Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem para aí a espalhar boatos. Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho de cravos em cima do assunto. Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar duas secas da Grécia na final.
FIM

terça-feira, 23 de setembro de 2008

" DO CASTELO" DISTRIBUI "CASTELOS"

CASTELO DA "CHOTIÇA"
CASTELO DE AMOR

CASTELO DE PLATINA


CASTELO DE OURO



CASTELO DE PRATA




CASTELO DE TERNURA





CASTELO DE MÁRMORE






CASTELO "15 por 20"




CASTELO DE FERRO





CASTELO DE BRONZE






CASTELO DE MADEIRA MUI NOBRE







CASTELO DE ARAME





Tal como prometido, segue-se um breve resumo do modo como eu vi a Feira.


Felizmente que não olho só para o meu umbigo. Também olho para essa coisa tão boa que é a minha querida MINHOCA Correndo embora o risco de ser acusado de plágio em relação à referida MINHOCA, quero mesmo assim atribuir os meus troféus a alguns intervenientes na Feira que, segundo o meu ponto de vista, merecem destaque.



CASTELO DE PLATINA – Para um homem avisense que veio do Barreiro trazer uma lufada de ar fresco de inovação à nossa feira com uma exposição de pintura, com oito quadros sobre Avis, de superior qualidade e que dá pelo nome de Kira. Ele é bem merecedor deste prémio pois que alia à sua arte essa outra arte, não menos digna, de cativar amizades e deixar saudades. vejam a publiciddae que ele fez à nossa feira em: http://www.pintorkira.blogspot.com/)



CASTELO DE OURO – distribuído exequo entre: a D. Angélica que, não regateando a esforços e correrias, consegue ser ela o grande elo de ligação entre todos os elementos da feira; e entre essa gente anónima da Associação de Reformados que, distribuídos por zonas e durante a hora do jantar, zelam pela guarda dos vários stands enquanto os seus proprietários se banqueteiam.



CASTELO DE PRATA – Para as forças da GNR que intervindo de modo discreto mas extremamente eficaz, souberam sanar todo e qualquer burburinho que foi aniquilado logo à nascença.



CASTELO DE AMOR – Para todos aqueles e aquelas avisenses que podem só vir à sua terra natal uma vez no ano, mas essa vez coincide ou faz-se coincidir sempre com a sua/nossa feira.



CASTELO DE BRONZE – Para a Avisouro, que distribui cafés a custo zero por todos os passeantes da feira (pergunto: será que o Hélder estava de boa saúde?)


CASTELO DE MÁRMORE – Para o Francisco Alexandre e a sua exposição selvática.


CASTELO DE ANTECIPAÇÃOPara o Blogue "MINHOCA" que foi o primeiro blogue avisense a manifestar-se sobre este evento (olhe lá, minha querida, quando é que simplifica a colocação de comentários nos seus posts?)


CASTELO DE TERNURA – Para o anónimo que transportava a “sua cria” bem junto ao coração


CASTELO DE FERRO – Para o Stand da Câmara Municipal que ficou bastante aquém das minhas expectativas.


CASTELO DE MADEIRA MUI NOBRE – Para o grupo de Teatro A Fantasia, de Ervedal, pela exótica decoração do seu espaço.


CASTELO DE ÁGUA – Para o stand da Escola de vela do Município de Avis, pela imponência que aquelas duas velas colocadas à entrada do stand lhe davam.


CASTELO “15 por 20” – Para a exposição colectiva de fotografia promovida pela Casa de Cultura de Avis. Continuem rapazes e raparigas que o vosso trabalho é louvável.


CASTELO DE LATA FURADA – Para S. Pedro que não soube respeitar os superiores interesses dos feirantes mandando cá para baixo uma cacada de água como eu nunca tinha visto. Coisas destas não são de santo.


CASTELO DE ARAME – Para aquele artesão que com mestria e muita destreza fazia nomes alindados por molduras, tudo…em arame!


CASTELO DE ESPERANÇA – Para a organização da Feira que, segundo me constou, pondera a hipótese da mesma ser antecipada para o mês de Agosto


CASTELO DE AMIZADE – Para todos quantos estiveram expostos (incluindo ao temporal) nesta Feira Franca de Avis 2008.
CASTELO DA "CHOTIÇA" - Para o Rancho Folclórico de Avis que, apesar de toda a sua boa vontade, não conseguiram distribuir alguns dos melhores prémios das suas rifas...

É bom de notar que a ordem porque aqui são apresentados os prémios “DO CASTELO” não quer dizer que esteja elencada por ordem de mérito: isto é pode muito bem haver quem goste mais de ferro do que de platina, por exemplo. daí que as fotos também temham sido colocadas "à sorte", (ou quase...).






segunda-feira, 22 de setembro de 2008

FEIRA FRANCA DE AVIS 2008 - QUE DESCANSE EM PAZ

Foto "DO CASTELO" - "...o exacto momento em que o cortejo fúnebre...se iniciava"


Tendo expirado aos primeiros minutos de hoje, “DO CASTELO” registou o exacto momento em que o cortejo fúnebre da Feira Franca de Avis - Edição 2008 - se iniciava.
Que descanse em paz, não sem que por aqui ainda seja feita, logo que possível, uma análise global da mesma.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

CESTAS DE POESIA (XXXIV)

A Feira Franca de Avis começa hoje com muitas tasquinhas. Se fosse sempre assim o nosso amigo MANUEL GAIATO, melhor o Sr. Manuel Domingos Rodrigues, não teria que se queixar dos Cafés, em Avis, fecharem aos Domingos e aos feriados.
O poeta popular é mesmo assim: critica quando tem que criticar e aplaude quando tem que aplaudir.
Ora leiam o que ele escreveu, e com que subtileza, sobre este tema:

Mote:
AVIS É TERRA SAGRADA
O NOME LHE FICA BEM;
AOS DOMINGOS E AOS FERIADOS
NÃO HÁ CAFÉS P’RA NINGUÉM!

I
SERÁ TRISTE O MEU PENSAR
SERÁ TRISTE O MEU DESTINO
QUERER BEBER UM BAGACINHO
NÃO ME QUEREREM AVIAR;
CUSTAM-SE A LEVANTAR
NÃO GOSTAM DA PANGALHADA
ESQUECEM-SE DOS CAMARADAS
QUE SE TÊM QUE LEVANTAR CEDO
EU DIGO E NÃO TENHO MEDO
AVIS É TERRA SAGRADA!

II
EU JÁ NÃO TENHO ALEGRIA
NO MEU PEITO SINTO A GUERRA
HÁ SEIS CAFÉS CÁ NA TERRA
QUE FECHAM NO MESMO DIA;
POIS EU ISSO NÃO SABIA
EU SOUBE AGORA PORÉM
SEJA AQUI OU SEJA ALÉM
ACHO QUE TENHO BOM SENSO
E O CONCELHO ONDE EU PERTENÇO
O NOME LHE FICA BEM!

III
ALGUM MENOS PREGUIÇOSO
AINDA SE LEVANTA AO MEIO-DIA
SE TEM MUITA FREGUESIA
TORNA-SE LOGO VAIDOSO;
NADA TEM DE GENEROSO
ATÉ SE TORNA MAL CRIADO
NEM SEQUER ESTÁ INTERESSADO
NEM SEQUER QUER GANHAR FAMA
ESTÃO BEM DEITADOS NA CAMA
AOS DOMINGOS E AOS FERIADOS

IV
ESQUECEM-SE DOS CLIENTES
QUE OS AJUDAM A VIVER
NÃO SE QUEREM CONVENCER
DIZEM QUE NÃO ESTÃO CONTENTES;
ATÉ DIZEM MAL DA GENTE
DIZEM QUE NÃO LHE CONVÉM
ALGUM FREGUÊS QUE LÁ VEM
É DA BEBIDA É QUE GOSTA
NÃO LHE QUEREM ABRIR A PORTA
NÃO HÁ CAFÉS PARA NINGUÉM!

AUTOR: MANUEL DOMINGOS RODRIGUES (GAIATO/AVIS)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

NUCA MAIS É SEXTA-FEIRA!

A feira franca de Avis está à porta. Passei pelas proximidades do recinto ontem de madrugada e estava tudo na mesma. Quando por lá voltei a passar à tardinha, o “circo” já estava quase montado na sua totalidade. Quando a feira se aproxima, como que cresce em mim um desejo incontrolável de que os dias passem mais depressa. Há sempre motivos de interesse. Não pelo artesanato repetitivo, não pelos espectáculos, mas sim pelo convívio que se gera naquele encontro de gentes e que nos leva sempre a fazer novas amizades e ainda pela curiosidade em ver stands que anualmente se vão renovando graças à imaginação dos seus ocupantes.
Desde logo a exposição de mármores do Francisco Alexandre. Que nos trará de novo, que nos surpreenda, este excepcional escultor? Depois o stand do Clube de Fotografia. Por ali também aparece muita imaginação e arte. A propósito será que o habitual stand de azulejaria trará o quadro de azulejos que reproduz uma vista da vila de Avis, baseado numa foto que o ano passado foi comprado ao Clube? De referência, pela exclusividade, a venda de livros pelos Amigos de Aviz: "Há livros na Feira" Consta-se, segundo o último número da sua revista “Águia”, que o principal fornecedor de livros ( Torcato Sepúlveda) faleceu. Como irão superar essa falha?
Mas este ano a nossa Feira traz-nos uma curiosidade acrescida. Existe um pintor a residir no Barreiro, mas natural de Avis, que vai expor oito quadro com pinturas em tela de paisagens da nossa vila. O seu nome de baptismo é António Gama, o seu nome artístico é PINTOR KIRA. Já tive oportunidade de dar uma vista de olhos pelo seu trabalho e você também pode, tal como eu o fiz, aguçar o apetite. Eu já lhe digo como. Sendo a primeira vez que expõe em Avis, a fasquia da expectativa está colocada bastante alta, tanto para ele como para mim. Aconselho vivamente a visitar esta exposição parece que este ano as exposições ficam todas no mesmo espaço, o que aplaudo e entretanto podem espreitar o que vos espera, dando um salto a: www.pintorkira.blogspot.com e procurando nos seus posts imagens dos aludidos quadros. Verão que vale a pena.
Perante toda esta ansiedade de que o tempo passe depressa, só me resta um desabafo: nunca mais é sexta-feira!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

ESTOU PREOCUPADO

As famílias são mesmo assim. Quando algum membro da família deixa de dar notícias ficamos preocupados, ainda que esse parentesco esteja à distância de uns primos. Vem isto a propósito do facto de que desde o mês passado ainda recebi novas do meu primo MARANHÃO. Estará doente? Se souberem alguma coisa façam favor de me avisar ou se o virem digam-lhe da minha preocupação. Também ponho a hipótese de ter tirado umas merecidas férias e nesse caso já fico mais descansado.
Embora as "Músicas da minha vida" não sejam um "programa de discos pedidos" gostava de fazer um pedido ao meu querido primo que se baseia no seguinte: nas nossas rádios passam milhões de músicas em inglês mas por qualquer razão que desconheço, a música francesa é simplesmente ignorada. Será que em França já não há cantores e canções de qualidade? Não há mais Gilbert Becaud, Edith Piaf, Françoise Hardy, France Gall, Jacques Brel, Mireille Mathieu, Julliete Gréco, etc., etc,... E o pedido era que escolhesse entre as suas preferências, (se houver alguma canção francesa) uma músiquinha francesa.
Sei que serão músicas de cota, mas lá que eram músicas bonitas eram.
Daí que, para matar saudades e desejar umas rápidas melhoras ( se for caso disso - espero que não -) ao meu amissíssimo primo lhe ofereço o seguinte vídeo, ficando, como disse, receptivo à devolução de uma das canções da sua vida em...francês.
Ora aqui vai a música/oferta deste primo-cota: http://www.youtube.com/watch?v=nYlzZSHKSuE

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

CESTAS DE POESIA (XXXIII)

Preocupado com aquilo que o rodeia e com aquilo que o aflige, MANUEL GAIATO dedicou umas décimas à velhice. Ora vejam lá se ele terá razão quando afirma:


MOTE:
SINTO A VELHICE A CHEGAR
E SINTO O CORPO A TREMER;
É CASO PARA EU PENSAR
QUALQUER DIA VOU MORRER


I
QUANDO É QUE SERÁ O DIA
EU GOSTAVA DE SABER
PENSAVA EM COMER E BEBER
TRABALHAR NUNCA MAIS QUERIA;
PERDIA ESSA MANIA
JÁ PARA MAIS NÃO PENAR
TENHO-ME QUE ASSIM CONFORMAR
EU DIGO NESTE MOMENTO
TENHO O MEU PRESSENTIMENTO
SINTO A VELHICE A CHEGAR!

II
QUANDO ME VIEREM CHAMAR
AINDA POSSO FUGIR
TENHO A MISSÃO A CUMPRIR
NÃO ME POSSO RECUSAR;
SEI QUE ISTO IRIA ACABAR
NÃO ME QUERIA CONVENCER
AGORA JÁ ESTOU A VER
QUE NÃO SE DEVE TER VAIDADE
JUNTO A MINHA INFELICIDADE
E SINTO O CORPO A TREMER!

III
AGORA ESTOU REFORMADO
NÃO SEI O QUE HEI-DE FAZER
JÁ NÃO GANHO PARA COMER
AINDA ME SINTO MAIS CANSADO;
TANTO QUE TENHO TRABALHADO
AGORA TENHO DE PARAR
EU NÃO QUERIA ACREDITAR
NEM ACREDITAR QUERIA
ACHO QUE ESTÁ CHEGANDO O DIA
É CASO PARA EU PENSAR…

IV
JÁ ME SINTO ATRAPALHADO
VOU INDO DEVAGARINHO
EU VOU ESCOLHENDO O CAMINHO
PARA NÃO CHEGAR ATRASADO;
TANTO QUE EU TENHO PENADO
QUE MAIS ME IRÁ ACONTECER,
O QUE TEREI QUE SOFRER
OU SERÁ A MINHA SORTE
ENCONTRANDO POR AÍ A MORTE
QUALQUER DIA VOU MORRER!

AUTOR: MANUEL DOMINGOS RODRIGUES (GAIATO/AVIS)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

COLÓQUIO: " O ASSOCIATIVISMO NO SÉCULO XXI - QUE FUTURO?"

O associativismo vai estar em debate no próximo sábado, dia 13, a partir das 14,30h no Auditório Ary dos Santos, em Avis. A iniciativa é dos AMIGOS DO CONCELHO DE AVIZ – ASSOCIAÇÃO CULTURAL e insere-se nas comemorações do seu décimo aniversário.
O associativismo, enquanto aglutinador de vontades e de massas tem um peso muito próprio que cada Associação tende, ou deveria tender, a que seja mais acentuado. É esse peso, essa importância, a necessidade de inovação, as dificuldades que cada Associação sente no terreno onde se desenvolve, o porquê de haver gente que desinteressadamente se empenha nestas actividades, a maior das vezes com prejuízo das próprias vidas particulares, o modo como as associações poderão melhorar o seu desempenho, que vai a debate no sábado.
Do programa constam intervenções de associações e intervenientes divididos em dois painéis e cujo programa, a que “DO CASTELO” teve acesso, vai ser o seguinte:

Sessão de abertura – 14,30horas

1º Painel – 15 horas

Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas do Concelho de Avis- “ParticiPais”
Alma Alentejana – Associação para o Desenvolvimento, Cooperação e Solidariedade Social (de Almada)"Associativismo – Previsões para o século XXI”
Orfeão de Portalegre “Como nasce, cresce e sobrevive uma Associação”
Associação Gente, Desenvolvimento de Comunidades Rurais – Avis: O Associativismo enquanto espaço de intervenção”

Debate

Intervalo – 16 horas

2º Painel – 16,15 horas

Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural: “O Fenómeno Associativo: Contribuições e Reflexões da ACA_AC”
Ana Alves e Cátia Pires“ Sentidos, Práticas e Problemas do Associativismo: O caso do Centro Cultural e Recreativo da Foz do Arelho” – Estudo sociológico

Debate

21,00 horas : Espectáculo de música popular portuguesa, com o GRUPO DE CAVAQUINHOS DA ALMA ALENTEJANA, DE ALMADA

Se o programa o alicia apareça. Se o programa não o alicia apareça na mesma e diga a sua opinião no sentido de se melhorar a prestação, não só das quase trinta associações que existem no concelho de Avis, como daquelas que se fizerem representar de outros concelhos.
Você, caro(a) bloguista que às vezes pensa que não tem motivos para escrever, olhe vá até lá e depois dê-nos a conhecer a sua opinião sobre este evento.
Combinado?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

P'Laponte ACIMA e P'Laponte abaixo

Gosto de ler aponte. Talvez, por ser o único jornal regional que me chega à caixa do correio, é certo e sabido que o leio quase de fio a pavio. Com todo o respeito que o Eléctrico me merece, no entanto costumo não ler as referências ao desporto.
aponte é acima de tudo um aturado trabalho do jornalista J.L.R. que por vezes quase que tem de ir descobrir notícias onde se pensaria que elas não existem. Parabéns pela sua perspicácia e pelo modo de expor essas mesmas notícias.
Enquanto me lembrar irei fazendo por aqui uma pequena análise pessoal, em forma de pódio, àquilo que de mais relevo encontro em aponte, (não incluindo as notícias mais comezinhas que já conhecemos ou que algum bloguista mais afoito já noticiou entretanto) dividida em dois escalões: p’laponte Acima e p’laponte Abaixo.
Assim temos que considero, em relação ao nº 120, de Setembro de 2008:

P’l aponte ACIMA :

1- Desde logo a entrevista ao Sr. Jeremias Alves Governo. Quem me conhece – afinal digam lá, de vós quem é que não me conhece? – sabe que sempre me interessei por conhecer o passado das pessoas, o quanto elas foram ou são úteis nos seus trabalhos, a riqueza das suas experiências de vida. Não considerem que isto tenha algo de “cusco”.

2- A vontade expressa por Rodrigo Leão em ajudar a desenvolver Avis culturalmente q.b., sem que no entanto seja quebrada a paz que por aqui encontrou.

3- A atitude louvável do Modelo em apoiar pessoas necessitadas em Ponte de Sôr. Seria interessante se o Mini-preço e a loja Gi de Avis embarcassem em semelhante iniciativa em relação aos – muitos – necessitados de Avis.

P’l aponte abaixo:

1 – O facto dos partidos políticos com vereadores eleitos nas Câmaras de Avis e Ponte de Sôr – à excepção da CDU de Ponte de Sôr – se terem escusado a publicarem as suas opiniões. Até parece que vai tudo bem: as oposições resignadas e os partidos do poder cientes que a vitória nas próximas eleições está assegurada.

2 – O Facto da “equipa de ciclismo” promovida pela Avsouro – com destaque a foto e tudo do seu director durante a prova na Vidigueira – usar um equipamento de cor tão duvidosa (cor-de-rosa) que já levou alguém a dizer na Net e em comentários referente àquela equipa e àquela prova que ela (equipa) é um pouco "abichanada”(?)

3 – Óoooooooo Leãozinhooooooooo
O modo enternecedor como o meu amigo Joaquim Pífano se confessa um Benfiquista encapotado. Assumindo-se como Sportinguista dos quatro costados, eis que na sua crónica – superiormente escrita, como aliás tudo o que escreve e a que eu já tive acesso – acaba por dedicar mais de 80% do seu espaço ao Glorioso SLB. Todos sabemos que um homem pode mudar de mulher, pode mudar de bebida e até pode mudar de casa ou de camisa, mas há uma coisa que nunca muda: é de clube. No entanto perante um benfiquismo tão disfarçado, vá lá meu querido amigo, seja você a excepção que confirme a regra….
Afinal ainda poderei arranjar, pelo menos hoje, mais uma categoria:
a meio d’aponte:

Chegou a mania dos abaixo-assinados. O referido em relação ao Dr. Mário, conseguiu arranjar mais de mil assinaturas o que demonstra que existe muita gente descontente com a saída do Dr. de Avis. Talvez nem tanto por ser o Dr. Mário mas por ser menos um médico que aqui presta serviço, numa população cada vez mais envelhecida e necessitada de assistência médica. Aqui a opinião pública não foi ouvida previamente pois que se o tivesse sido, a avaliar pelo número de subscritores, talvez que a decisão tivesse sido outra. Por certo que esta saída já foi sentida pelos utentes do nosso Centro de Saúde.

Só um à parte que já nada tem ver com aponte:
Os abaixo-assinados valem o que valem e a maioria das vezes não valem nada, isto em termos práticos. Ainda quase que o que pedia o regresso quinzenal do Dr, Mário ao Centro de Saúde de Avis não estava encerrado e eis que já por aí anda um outro a “correr” exigindo a devolução da anterior “monumentalidade” à Praça Serpa Pinto. Não me parece viável nem acredito que tal seja possível. Se em relação ao Dr. Mário os utentes não foram auscultados nem o seu pedido de transferência foi muito bem explicado – nesse aspecto aponte fez o que pôde e devia - já em relação ao segundo tema, o mesmo foi apresentado publicamente à discussão, coisa que a esmagadora maioria das pessoas afirma não ter tido conhecimento e que eu, não concordando embora com as alterações, vou explicando que tal aconteceu a quem comigo desabafa a sua indignação pelo sucedido.
Entretanto, aqui para nós que ninguém nos ouve, já me constou que se for feita uma rotunda nas imediações de um sítio que eu cá sei e onde até não foi autorizado que fosse colocado o abaixo-assinado que se referia ao Dr. Mário, vai sair mais um abaixo-assinado de protesto contra a instalação da dita rotunda, por iniciativa dos pseudo - lesados.
E já agora: em relação ao Jardim do Mestre, o abaixo-assinado vai sair antes ou depois das obras??????
E em relação ao Largo do Convento?

domingo, 7 de setembro de 2008

A CHUVA E O VARREDOR DA RUA

Foto: "Com a chuva de sexta-feira à noite, os resíduos sólidos caninos ficaram reduzidos a metade..."


O título deste postal poderia levar-nos a pensar que iria aqui ser reproduzida uma parábola, uma história inventada, ou coisa semelhante. Mas não, o que aqui se vai tratar é de um assunto de hoje que já dura mais de três semanas. A vila de Avis já teve fama, entre outras, de ser uma vila limpa. Neste momento certamente que terá descido muitos pontos no raking nacional da limpeza, o que é sempre de lamentar. A foto acima reproduz uma situação que se mantém há três semanas bem à vontade e pode ser facilmente reconhecida por quem visite assiduamente o cemitério, fazendo o percurso a pé e pelo interior da nossa vila, desde que more antes do cruzamento para o Centro de Saúde, no sentido centro da vila - cemitério. Os donos desta moradia estão ausentes no estrangeiro pois caso contrário certamente que já eles próprios teriam limpo aquela mer…., perdão, aquela porcaria da entrada da sua porta.
Há dias, vinha eu em sentido oposto ao do cemitério, cruzei-me a cerca de vinte metros do local referido, com o varredor responsável pela limpeza daquela zona. Pensei para comigo: é hoje que aquilo dali sai. Qual não é o meu espanto, quando uns metros mais à frente, voltei o olhar para trás e verifico que à aproximação daquela porcaria, o “nosso” varredor passou-se para o outro lado da rua. Fiquei a pensar que das duas três, como se costuma dizer:
- Ou o homem é alérgico a cheiro de cocó de cão, ou é meio cego e não vê bem, ou vê de mais e foge a tempo ou...é incompetente naquilo que faz.
Com a chuva de sexta-feira à noite os resíduos sólidos caninos ficaram reduzidos a metade, por força da decomposição provocada pelas águas. Perante o que vi e aqui deixo relatado, resta-me fazer votos para que chova muito até à Feira Franca a fim de que toda aquela porcaria desapareça, porque vai causar muito desconforto a quem por ali passe a caminho da nossa feira: é que se não tiverem muito cuidado em ver onde põem os pés, arriscam-se a chegar ao destino com dois pares de solas mal cheirosas nos sapatos…

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

CESTAS DE POESIA (XXXII)

Foto: MANUEL GAIATO declama em Évora, a convite da Fundação Alentejo Terra Mãe.

Os poetas têm destas coisas. Soube que o MANEL GAIATO tinha material para ser considerado durante mais um mês o poeta das Cestas de Poesia. Contactei-o há dias para fazer a recolha de mais umas décimas mas disse-me que não estava com disposição. Finalmente ontem ( dia 9) lá o apanhei com a disposição que lhe faltava e, apesar de ainda não ter bebido um copito, segundo as suas palavras, disse-me de cór ( não esquecer que não sabe ler nem escrever), cinco décimas de sua autoria e ainda mais uma que sabia de outro autor do nosso concelho.

Já aqui referi que o nosso amigo MANEL foi convidado a integrar um grupo de poetas que em 14 de Janeiro de 2006, declamou em Évora, e a convite da Fundação Alentejo Terra Mãe. Para esse evento, preparou o seguinte trabalho de 40 pontos que aqui vos deixo:

Mote:
SOU DO CONCELHO DE AVIS
O NOME LHE FICA BEM,
SINTO-ME MUITO FELIZ
ALENTEJO TERRA MÃE!


I
COMECEI DE PEQUENINO
LOGO PENSEI EM VERSAR
ASSIM VOU CONTINUAR
PARA SEGUIR O MEU DESTINO;
NÃO ME ENGANEI NO CAMINHO
MINHA SORTE ASSIM O QUIS
NASCE UMA ALMA DE RAIZ
E A DEUS QUERO AGRADECER
EU FAÇO GOSTO EM DIZER
SOU DO CONCELHO DE AVIS!


II
PASSO A VIDA A TRABALHAR
TODA A VIDA TRABALHEI
AQUILO QUE EU JÁ PASSEI
POUCO MAIS POSSO PASSAR;
É CASO PARA EU PENSAR
AQUILO QUE ME CONVÉM
SE EU OUVIR DIZER ALGUÉM
QUE EU SOU UM HOMEM RUIM,
MAS O CONCELHO ONDE EU NASCI
O NOME LHE FICA BEM!


III
DÁ-ME PENA A MOCIDADE
PORQUE A MINHA JÁ PASSOU
AO SER AQUILO QUE SOU
SINTO UMA GRANDE VAIDADE;
ATÉ PENSO QUE É VERDADE
QUE IREI CHEGANDO AO FIM
ALGUÉM QUE REZA POR MIM
SERÁ ESSA A MINHA SORTE
ENQUANTO EU ME LIVRAR DA MORTE
SINTO-ME MUITO FELIZ!


IV
SE EU SOUBESSE QUANDO MORRIA
CONVIDAVA OS MEUS AMIGOS
PARA IREM COMIGO
ATÉ AO ÚLTIMO DIA;
ERA O MELHOR QUE EU FAZIA
SEJA AQUI OU SEJA ALÉM
QUEM ESTA IDEIA TEM
SENTIA GRANDE PRAZER
MAS FAÇO GOSTO EM DIZER
ALENTEJO TERRA MÃE!

AUTOR: MANUEL DOMINGOS RODRIGUES (GAIATO/AVIS)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

MENTE SÃ EM CORPO SÃO

Manter a mente activa é uma maneira de nos sentirmos vivos. Exercitar o cérebro é uma maneira positiva de nos tornarmos mais expeditos nos nossos pensamentos e nas nossas conclusões. Uma das maneiras mais interessantes de o fazer é passando algum tempo a resolver um problema de palavras cruzadas. Em que consiste este jogo? Em substituir palavras ou frases por uma só palavra que seja seu sinónimo. Por exemplo se for pedido uma palavra com cinco letras para a frase rata de sacristia, a palavra exacta é ou poderá ser beata. Paulo Freixinho é uma artista plástico que tem essa paixão pelas palavras cruzadas que muito lhe vai ensinar. Ora clique no endereço abaixo e delicie-se com uma boa dose de palavras cruzadas. Depois de experimentar a solucionar um problema por inteiro, não vai deixar de querer mais.
Experimente (mos) então;