Vamos limpar Portugal. Veja como em http://limparportugal.ning.com/
O GRUPO DE AVIS tem 33 elementos oficialmente inscritos. Seja você o 34º inscrevendo-se em: http://limparportugal.ning.com/group/avis
Decorreu este fim-de-semana mais uma recolha para o Banco Alimentar contra a Fome. Pela terceira vez (ou quarta?) vesti a camisola desta causa, aqui em Avis. Tal como fiz o ano passado vou tecer algumas considerações que me parecem ser oportunas.
Depois de estar alguns anos nestas “andanças” até já se sabe como as coisas se passam. Já sabemos quem são aquelas pessoas que não dão porque não podem, aquelas que não dão porque não querem e aquelas que com sacríficios vão dar. Quanto às primeiras percebo-as perfeitamente, quanto ás segundas respeito as suas opções desde que não olhem para quem está ali quatro horas de pé, a dar o melhor do seu tempo para uma causa na qual acredita, como se fosse para pedirem para as suas casas que eles ali estão. E mais, pior ainda é seguir em frente ignorando a mão que lhe estende o saco para recolha da ajuda. Mas infelizmente encontra-se de tudo e destes petulantes, que fazendo cara de carneiro mal morto, nos ignoram como se fossemos bonecos, também os há por cá. Quantos aos terceiros comovem-me.
Uma família de “irmãs” nunca dão e a conversa é sempre a mesma: “A mim também ninguém me dá nada”. Ainda bem, acrescento eu. É porque não precisam.
“Hoje não trago dinheiro” diz outro, dos tais que poderiam ajudar: pagou na caixa tudo o que comprou. Afinal levava dinheiro ou outro meio de pagamento, pois sei que não ficou a dever.
“Vou dar para quê? Para depois darem a quem não precisa?” Explica-se-lhe que a nossa missão é recolher e não distribuir mas a opção está tomada. Não dá nada.
Felizmente que gente desta estirpe é a minoria o que nos dá ânimo para continuar.
“Olhe, sabe porque é que não dou? Porque eu vou buscar lá acima”, diz-me outra pessoa, com ar triste de preocupação. Procuro saber o que é “ir buscar lá acima” e o “ir lá acima” é ir à Associação de Reformados.
As recolhas no País subiram (total de 2498 toneladas) e no Distrito também subiram (33 toneladas recolhidas este ano, graças à entrega de uma tonelada de alimentos por parte da Freguesia de S. Lourenço, de Portalegre).
Em Avis, descemos. Em 2008 tivemos 531Kg em Maio e 760Kg em Dezembro. Em 2009: 416Kg em Maio e 650Kg em Novembro.
Penso que Avis poderia não descer.
A campanha a nível nacional foi efectuada no sábado e no domingo. Por cá, dado que o comércio está encerrado ao domingo, foi na Sexta e no Sábado que se fez a campanha. Acontece que na sexta-feira apenas no Mini-Preço foi feita recolha, ficando o Supermercado Salvaterra por fazer, apesar da Célia, Gerente deste espaço me dizer que “muitas pessoas já se aviam mais à sexta do que ao sábado”. A cobertura não foi feita nos dois locais por falta de pessoal, entenda-se, voluntariado.
Penso que é possível inverter esta situação e não será por falta de pessoal que a cobertura não possa ser feita na totalidade. Há pouco referi que uma pessoa me disse que não dava porque ia receber “lá acima”. Ora muito bem, que me conste e sei que não estou a errar, ninguém da Associação de Reformados participou nesta iniciativa embora parte destes ou doutros alimentos angariados pelo mesmo processo, lá vá parar. A maior parte dos associados da ASRPICA é gente aposentada, ainda válida e que poderia muito bem participar e juntar-se ao grupo daqueles que colaboram. A desculpa de que ninguém lhes disse nada (se é que não disseram) não me convence, pois sabem bem que é do Banco Alimentar que recebem bens para distribuir pelos seus associados e, certamente, pelos mais necessitados.
E os jovens? Que é feito dos jovens e da sua generosidade? À noite, curiosamente, no Modelo de Évora, estava uma jovem filha de uma senhora de Ervedal envergando a camisola do Banco Alimentar. Os jovens gostam de colaborar. Ninguém duvide!
Dado que a escrita de hoje já vai longa, vamos ficar por aqui, com a esperança de que para o ano as coisas corram melhor pela nossa vila, no que à recolha de bens alimentares para ao Banco diz respeito, pois se a vida está mal por estas zonas também está nas outras, e a solidariedade é uma palavra que se deve muito mais praticar do que soletrar.
O GRUPO DE AVIS tem 33 elementos oficialmente inscritos. Seja você o 34º inscrevendo-se em: http://limparportugal.ning.com/group/avis
Decorreu este fim-de-semana mais uma recolha para o Banco Alimentar contra a Fome. Pela terceira vez (ou quarta?) vesti a camisola desta causa, aqui em Avis. Tal como fiz o ano passado vou tecer algumas considerações que me parecem ser oportunas.
Depois de estar alguns anos nestas “andanças” até já se sabe como as coisas se passam. Já sabemos quem são aquelas pessoas que não dão porque não podem, aquelas que não dão porque não querem e aquelas que com sacríficios vão dar. Quanto às primeiras percebo-as perfeitamente, quanto ás segundas respeito as suas opções desde que não olhem para quem está ali quatro horas de pé, a dar o melhor do seu tempo para uma causa na qual acredita, como se fosse para pedirem para as suas casas que eles ali estão. E mais, pior ainda é seguir em frente ignorando a mão que lhe estende o saco para recolha da ajuda. Mas infelizmente encontra-se de tudo e destes petulantes, que fazendo cara de carneiro mal morto, nos ignoram como se fossemos bonecos, também os há por cá. Quantos aos terceiros comovem-me.
Uma família de “irmãs” nunca dão e a conversa é sempre a mesma: “A mim também ninguém me dá nada”. Ainda bem, acrescento eu. É porque não precisam.
“Hoje não trago dinheiro” diz outro, dos tais que poderiam ajudar: pagou na caixa tudo o que comprou. Afinal levava dinheiro ou outro meio de pagamento, pois sei que não ficou a dever.
“Vou dar para quê? Para depois darem a quem não precisa?” Explica-se-lhe que a nossa missão é recolher e não distribuir mas a opção está tomada. Não dá nada.
Felizmente que gente desta estirpe é a minoria o que nos dá ânimo para continuar.
“Olhe, sabe porque é que não dou? Porque eu vou buscar lá acima”, diz-me outra pessoa, com ar triste de preocupação. Procuro saber o que é “ir buscar lá acima” e o “ir lá acima” é ir à Associação de Reformados.
As recolhas no País subiram (total de 2498 toneladas) e no Distrito também subiram (33 toneladas recolhidas este ano, graças à entrega de uma tonelada de alimentos por parte da Freguesia de S. Lourenço, de Portalegre).
Em Avis, descemos. Em 2008 tivemos 531Kg em Maio e 760Kg em Dezembro. Em 2009: 416Kg em Maio e 650Kg em Novembro.
Penso que Avis poderia não descer.
A campanha a nível nacional foi efectuada no sábado e no domingo. Por cá, dado que o comércio está encerrado ao domingo, foi na Sexta e no Sábado que se fez a campanha. Acontece que na sexta-feira apenas no Mini-Preço foi feita recolha, ficando o Supermercado Salvaterra por fazer, apesar da Célia, Gerente deste espaço me dizer que “muitas pessoas já se aviam mais à sexta do que ao sábado”. A cobertura não foi feita nos dois locais por falta de pessoal, entenda-se, voluntariado.
Penso que é possível inverter esta situação e não será por falta de pessoal que a cobertura não possa ser feita na totalidade. Há pouco referi que uma pessoa me disse que não dava porque ia receber “lá acima”. Ora muito bem, que me conste e sei que não estou a errar, ninguém da Associação de Reformados participou nesta iniciativa embora parte destes ou doutros alimentos angariados pelo mesmo processo, lá vá parar. A maior parte dos associados da ASRPICA é gente aposentada, ainda válida e que poderia muito bem participar e juntar-se ao grupo daqueles que colaboram. A desculpa de que ninguém lhes disse nada (se é que não disseram) não me convence, pois sabem bem que é do Banco Alimentar que recebem bens para distribuir pelos seus associados e, certamente, pelos mais necessitados.
E os jovens? Que é feito dos jovens e da sua generosidade? À noite, curiosamente, no Modelo de Évora, estava uma jovem filha de uma senhora de Ervedal envergando a camisola do Banco Alimentar. Os jovens gostam de colaborar. Ninguém duvide!
Dado que a escrita de hoje já vai longa, vamos ficar por aqui, com a esperança de que para o ano as coisas corram melhor pela nossa vila, no que à recolha de bens alimentares para ao Banco diz respeito, pois se a vida está mal por estas zonas também está nas outras, e a solidariedade é uma palavra que se deve muito mais praticar do que soletrar.