Sexta-feira passada faleceu um avisense no Hospital Distrital de Portalegre. O que aconteceu não se prende com o facto de ser avisense mas penso que não existe razão para o que sucedeu e passo a transcrever de acordo com conversa tida com um familiar próximo do falecido.
O óbito ocorreu por volta das dezasseis horas de sexta-feira, no Hospital onde o doente se encontrava internado havia três semanas depois de ter estado internado cerca de dois meses noutro hospital. O Ministério Público requereu autópsia. E aqui é que as coisas se começaram a complicar: apesar do óbito ter ocorrido às 16 horas já não foi possível fazer a autópsia senão na segunda-feira porque o médico que faz esse serviço se encontrava ausente. Nada tenho contra o médico nem sei as razões da sua ausência o que até nem interessará muito para aqui. A autópsia inicialmente marcada para as dez horas de ontem foi adiada para as onze, começou às onze e tal e terminou perto do meio-dia. O funeral foi cerca das 17 horas de segunda.
A minha pergunta é a seguinte: em situações destas não deveria haver alguém que assegurasse o serviço das autópsias? Dir-me-ão, o falecido já nada sofre...e as famílias não contam? E o sofrimento dos seus entes mais próximos, não conta? E o respeito pelas “pessoa” ainda e mesmo que falecida não conta? A situação em que o corpo se encontrava era de tal modo degradante que considero dispensar-me a comentá-lo por ser demasiado macabro.
Uma coisa é certa: não deveria ser assim e talvez que o nosso Presidente da República devesse fazer um Roteiro pelas morgues e casas mortuárias deste nosso Portugal moribundo!
Não dá para compreender!!!!