sexta-feira, 31 de julho de 2009

CESTAS DE POESIA ( LXXIX)

Terminamos o mês de Julho e as suas Cestas de Poesia ainda com o amigo de Valongo, FERNANDO JOSÉ DE DEUS. Da recolha que junto dele efectuei, passo a reproduzir as seguintes décimas que são de autor desconhecido. Não deixa de ser curioso o facto de nelas serem mencionados vários montes do concelho de Avis. Ora vejamos:

Mote:
EU TENHO ANDADO A PENSAR
EU NÃO SEI SE PENSO BEM,
TENCIONEI-ME A CASAR
AINDA NÃO SEI COM QUEM!



NA HERDADE DA MACHADINHA
FIZ UM ASSENTO DE LAVOURA
CASAR COM UMA LAVRADORA
ERA ISSO QUE ME CONVINHA,
MANDAVA LÁ DISPOR UMA VINHA
NINGUÉM ME HAVIA DE GANHAR
EU TRATAVA EM COMPRAR
A HERDADE DE MÃO POR CÃO
EU FAREI ISTO OU NÃO
EU TENHO ANDADO A PENSAR!

O MONTE DE TRIGO É MEU
TAMBÉM O MONTE DA COVA
EU CONTO-LHE ESTA POR NOVA
TUDO QUANTO TENHO É MEU
PÊRO VIEGAS COMPREI EU
POR ME ESTAR ALI BEM
COMPRO OS VINAGRES TAMBÉM
POR ME ESTAR ALI A JEITO
NO FIM DISTO TUDO FEITO
EU NÃO SEI SE PENSO BEM!

ISTO É UMA GRANDE EMPREITADA
EM QUE EU ME ANDO A METER
ATÉ JÁ FUI ALI VER
O MONTE NOVO DA COUTADA
“ASSUBI” À CUMEADA
SE ELE O DONO ME A QUISER DAR
TENHO DINHEIRO PARA LHA PAGAR
A QUESTÃO É DELE QUERER
EM VISTAS DE TANTO TER
TENCIONEI-ME A CASAR!

O MONTE BRANCO ME FICOU
MAIS ACIMA O CHAFARIZ
TAMBÉM A METADE DE AVIS
DA HERDA DO MEU AVÔ
TUDO ISSO ELE ME DEIXOU
NEM POR ISSO ESTOU MUITO BEM
JÁ ESTOU MELHOR QUE NINGUÉM
JÁ POR AÍ ME CHAMAM MORGADO
ESTOU PARA MUDAR DE ESTADO
AINDA NÃO SEI COM QUEM!

AUTOR : DESCONHECIDO
Recolha efectuado junto do Sr. FERNANDO JOSÉ DE DEUS/VALONGO

quarta-feira, 29 de julho de 2009

AVIS EM ALTA!

Foto: "Vermelhão"

Avis esteve em alta aquando da distribuição de prémios dos Jogos Florais de 2009, inseridos no 63º aniversário da Academia de Santo Amaro, em Lisboa, já que ao nosso amigo Fernando Máximo foi atribuído o 3º Prémio na categoria de Fotografia. Sob o tema de “Primavera”, reproduzimos acima a foto ganhadora a que foi dado o título de “Vermelhão”.

domingo, 26 de julho de 2009

O III PEDALUAR É JÁ NO PRÓXIMO SÁBADO

Já que o meu engenho e a minha arte não me permitem reproduzir o cartaz que recebi da Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural, passo a referir os pontos mais importantes que constam do aludido cartaz:

III PEDALUAR

01 DE AGOSTO – 21 HORAS

SEDE DA ACA – PRAÇA SERPA PINTO, Nº 11 – AVIS

AVIS…VALE DA TELHA…AVIS

Sócios – 3 pedaladas Não sócios – 6 pedaladas

Nota: uso de capacete e luz na bicicleta

NO FINAL DO PASSEIO HAVERÁ CONVÍVIO NA ACA

Inscrições até 30 de Julho de 2009

Telem: 969 015 106 e 938 183 155 – email:
acavis@sapo.pt

ORGANIZAÇÃO – AMIGOS DE AVIS

APOIOS : MUNICÍPIO DE AVIS; GNR, BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE AVIS

sexta-feira, 24 de julho de 2009

CESTAS DE POESIA ( LXXVIII)


FERNANDO JOSÉ DE DEUS, foi nado e criado em Valongo, onde ainda reside aos 90 anos de idade. Apesar de ser analfabeto, sabe poesias que diz ter feito em tempos. Feitas ou de cór, sabe e o saber é que é importante. Eis o que o Sr. Fernando me disse que sabia:

O POBRE TRABALHADOR
Mote:
O pobre trabalhador
Vive muito apoquentado,
Se tem bom fato é impostor
Se não o tem é relaxado!

Tive um dia precisão
De entrar numa botica
Onde havia gente rica
Tudo na mesma ocupação,
Parecia um figurão
Aquele homem cavador
Traz um fato de linda cor
E meia, melhor sapato
É como o coelho no mato
O pobre trabalhador!


Entre toda a “viciolada”
Não falando no vestuário
Dizendo que o nosso salário
Nunca chega a ser nada
Não é ganho da enxada
Que nos trás tão asseado
É a “aceifa” e o salgado
E o que o corpo se “assujeita”
P’ra trazer a vida direita
Vive muito apoquentado!

Sempre há que dizer
Do pobre trabalhador
Tem uma arte superior
Que ao homem dá de comer,
Sempre se tem que jazer
Ninguém lhe dá o valor
Anda á chuva, ao vento e calor
Correndo o suor pela testa
Mas se vem um dia de festa
Se tem bom fato é impostor!

A vida de um homem pobre
É pior que a dum ladrão
Se trabalha muito é bruto
Não faz nada é mandrião
Fala muito é aldrabão
Fala pouco é amuado
É de todos desprezado
Ao pobre nada vai bem
Se tem bom fato é porque o tem
Se não o tem é relaxado!

Autor : Fernando José de Deus/Valongo (analfabeto)


quarta-feira, 22 de julho de 2009

FEEDBACK

É agradável sabermos que alguém lê aquilo que por aqui vamos escrevendo e que o que escrevemos por vezes “mexe” com as pessoas. Vem isto a propósito da menção que fizemos na passada quinta-feira, dia 16, ao estado deplorável em que se encontra a Fonte Nova. Pois recebemos da D. Manuela Mendes, que viveu a sua infância e juventude em Avis, actualmente a residir em Silves, um mail que passamos a reproduzir na parte que ao assunto diz respeito:

"…hoje fiquei triste ao espreitar o seu blog.
A Fonte Nova que eu costumava recordar com duas bicas a correr, uma água muito fresca e onde eu ia em criança com uma pequena bilha de barro, nas tardes de verão, com a garotada da rua das Lajes.
Também recordo a minha mãe lavando no dito tanque enquanto eu retoiçava por ali. Será que as pessoas de direito se distraíram e esqueceram que a Fonte faz parte do nosso Património? Bem haja o amigo que, inquieto, vai tentando chamar a atenção, para as coisas que não estão bem...
Ia ficar muito contente se quando tornasse a Avis fosse visitar a Fonte Nova, ainda que sem correr água, mas muito limpa... "
Fazemos nossos os desejos da D. Manuela.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

JÁ CHEGOU!

Capa da Águia Nº 31 de Junho de 2009

Parece que as coisas estão a melhorar para o lado dos Amigos de Aviz. Desta vez a Águia chegou mais cedo do que é habitual, o que nos agrada.
Ao que "DO CATELO" conseguiu apurar, a edição Nº 31 com o título de capa "Livros e Leituras" tem nada mais nada menos que dezassete colaboradores. Esperemos que não nos desiludam. E nada melhor do que adquirir um exemplar para sabermos como é...

domingo, 19 de julho de 2009

ASSIM, SIM! (III)

Dá sempre gosto ver uma pauta de resultados académicos bem recheada de notas positivas. Por isso, “DO CASTELO” apresenta os parabéns à Catarina Pechincha que se despediu da E. B. 2, 3 Mestre de Avis com uma “pauta” deveras invejável: nada mais nada menos que com cinco quatros e onze cincos nas disciplinas numericamente pontuáveis.
Deve ser uma honra para os pais ter uma filha assim e para eles são extensivas as congratulações com votos que os resultados agora obtidos se repitam nos anos vindouros.

sábado, 18 de julho de 2009

AS CONTAS DOS NOSSOS MINISTROS...

Com a devida vénia, saquei isto a um meu colega: "olhar do Miguel.wordpress.com".
Se já viu, reveja, se não viu veja agora que vale a pena, clicando em baixo:

http://olhardomiguel.wordpress.com/2009/07/14/hilariante-2/

sexta-feira, 17 de julho de 2009

CESTAS DE POESIA (LXXVII)


De conversa fácil, conhecedor da coisas da vida da agricultura como poucos, passei algumas tardes a conversar com o meu amigo JOAQUIM ANTÓNIO BOTAS, o patrão Botas, para os amigos. Na tarde 23 de Fevereiro de 2006, a nossa conversa descambou para a poesia e ele disse-me:
- Olhe que ainda me lembro de umas décimas que fiz uma vez quando tinha aí os meus dezassete anos.
Disse-mas e eu escrevi-as. Com os votos de boas melhoras para o meu amigo patrão Botas, aqui as deixo à vossa consideração servindo simultaneamente para homenagear um homem com quem dava gosto falar. Hoje, infelizmente, devido à sua adiantada idade as coisas já se passam de maneira diferente.

Mote:
Não chores mais desgraçada
Que o teu chorar nada vale,
Essas lágrimas que choras
Não dão remédio a teu mal!



De há muito, podes saber,
Que te lastimas em vão,
Aos que pedes protecção
Riem-se do teu sofrer;
Não lhe dês a conhecer
Que vives apaixonada
Com isso não lucras nada
Para teus horríveis tormentos
São baldados os teus lamentos
Não chores mais desgraçada!


De que te serve o verter
O pranto em quantidade
Não compras á sociedade
O que ela te fez perder
Escarnecem por te ver
Envolta no lodaçal
A gargalhada é geral
Não encontras um amigo
Por esta razão te digo
O teu chorar nada vale!


Tu estás amaldiçoada
Por teu pai e tua mãe
Por os tratares com desdém
Serás sempre mal tratada;
Tua sorte mal fadada
Nunca mais acha melhoras
Antes, cada vez pioras
Tua triste situação
Pois não tem aceitação
Essas lágrimas que choras!


A graça e a formosura
Que te deu a natureza
Podes tu ter a certeza
Que foi a tua “desvantura”;
Julgavas-te ó criatura
Neste mundo sem igual
Pensavas não ter rival
A ti mesma te enganaste
Os homens a quem amaste
Não dão remédio ao teu mal!

Autor: Joaquim António Botas- nascido em 15-10-1911 no Maranhão ( Monte da Covada)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

ASSIM, NÃO! ( I )

Foto: A Fonte Nova...tem tanto de bonita como de desprezada..."
Foto 2: " Agora serve de cemitério de pneus..."


A “FONTE NOVA”, apesar do nome, já foi construída no século XVIII, mais precisamente em 1787. Situada na encosta que dá acesso a Avis pelo topo Este, é uma fonte que tem tanto de bonita como de desprezada. Como as fotos demonstram, a parte dianteira da mesma encontra-se com difícil acesso dada a quantidade de erva que cresceu naquele local. Por sua vez, da parte de trás, encontra-se um tanque que serviu em tempos de lavadouro público. Agora serve de “cemitério” de pneus que um qualquer inimigo do ambiente resolveu lançar lá para dentro, encontrando-se a água putrefacta e imprópria para ser utilizada. É pena que um monumento com tantos anos de existência apresente o aspecto de desleixo que está à vista de todos.
Deixamos o registo e o grito de alerta no sentido de se fazer uma limpeza àquele local, o que, em nosso entender, até não será muito dispendioso nem moroso.


sexta-feira, 10 de julho de 2009

CESTAS DE POESIA ( LXXVI)

Vamos ainda hoje apresentar um trabalho em décimas do poeta de Figueira e Barros que dá pelo nome de ADÍSIO ENGRÁCIO DOS SANTOS:
Mote:
Vou falar com o padeiro
Vou falar com padeiro,
Vou falar com o padeiro
Vou falar com o padeiro!

i
Mal empregado cão
Não ser mais pequenino
Fazia melhor jeitinho
Não comia tanto pão;
Aquilo era uma grande ração
Ainda me entra no “migalheiro”
Eu não vi no mundo inteiro
Ás vezes até me deixo rir
Enquanto trouxer o “Manda vir”
Vou falar com o padeiro!

Isto é mesmo do coração
Aos meus amigos vou contar
À “bucha” come-se um pão
Enrola-me dois ao jantar;
Levo os dias a cismar
Conto a qualquer cavalheiro
Era liberal e ligeiro
Era muito bem mandado
Mas não me chega o aviado
Vou falar com o padeiro!

Eu já disse ao meu patrão
Que me levantasse o ordenado
Se não vou-lhe deixar o gado
Que eu não posso com a pensão
Não ajunto um tostão
Nem que ande um ano inteiro
Meu ditado é verdadeiro
Vivo no mundo sem alegria
Pois não me chega a “comedia”
Vou falar com o padeiro!

Há-de ser o que deus quiser
Vou-me aventurar para perder
Eu já não ganho p’ra comer
Nem p’rós filhos nem p’rá mulher;
Ele come tudo o que houver
Vou-me deixar de ganadeiro
Trabalhar sem juntar dinheiro
É só dar tombos na vida
Tenho uma estrada seguida:
Vou falar com o padeiro!

Autor : Adísio Engrácio dos Santos/Figueira e Barros/Avis

quinta-feira, 9 de julho de 2009

MUDANÇAS NO COMANDO

Com a saída, por transferência para o posto de Fronteira, do Sr. Sargento Bravo, a guarnição do posto da GNR em Avis passou a ser comandado pelo Sr. Sargento Fanico.
Para ambos “ DO CASTELO” deseja as maiores felicidades quer a nível pessoal quer a nível profissional.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

ASSIM, SIM! (II)

Foto: "A DARDICO tem novo visual publicitário..."


A DARDICO é sem sombra de dúvidas uma mais valia para o concelho de Avis: ela é só o maior empregador particular no nosso concelho. Muito a propósito, fazendo uso da perspicácia que lhe é peculiar, o jornalista JOÃO RUIVO desenvolve uma interessante reportagem sobre esta unidade fabril nas páginas 8 e 9 do Jornal aponte deste mês de Julho. Aconselho vivamente a lê-la.
A DARDICO tem novo visual publicitário assim a modos como os das grandes cidades.
Assim, sim!
Pena é não haver outras “dardicos” por estas bandas…

segunda-feira, 6 de julho de 2009

ASSIM, SIM!

Foto 1: " ...as ervas estão cortadas..."
Foto 2 : "...dois traços descontinuos já permitem a entrada directa no cemitério de Avis."

Há tempos assinalámos por aqui o facto das proximidades do local da paragem dos Expressos em Avis, se encontrar cheio de ervas e de dejectos caninos dando uma péssima imagem da nossa vila a todos os que por aqui passavam nas suas deslocações de autocarro. Referimos igualmente o “absurdo” que era ir dar a volta ao largo da feira para poder entrar no cemitério aquando dos funerais. Pois é com satisfação que referimos agora que ambas as situações estão ultrapassadas há já algum tempo: as ervas estão cortadas ( que bem que ali ficaria uma relva tratada...) e dois traços descontínuos já permitem a entrada directa no cemitério de Avis.
Regista-se.

domingo, 5 de julho de 2009

PORQUE A GRIPE A É UM PERIGO REAL...

Porque a GRIPE A é um perigo real, leia atentamente algumas informações sobre a referida Gripe, e o modo como a poderemos evitar, clicando aqui:
http://saude.sapo.pt/artigos/noticias_actualidade/ver.html?id=993033

sexta-feira, 3 de julho de 2009

CESTAS DE POESIA ( LXXV)

ADÍSIO ENGRÁCIO DOS SANTOS é demias conhecido em Figueira e Barros (Avis) graças à sua paixão pela poesia e pelo cante à desgarrada. De trato fácil, são dele as seguinte décimas que lhe recolhi em 2004 após um amena cavaqueira junto ao largo da Igreja de Figuira e Barros:
Mote:
Abalei da minha terra
Abalei da minha terra;
Abalei da minha terra
Abalei da minha terra!


Adeus Figueira malvada
Ao que havias de chegar
Um homem para trabalhar
Ter que ir p’ra borda d’água;
Minha ideia está fisgada
E direito que nem uma vela
Em ouvindo dizer àquela:
Não faz cá mais do que um ano
Pregaram-me um grande engano
Abalei da minha terra!

Depois do rebanho contado
E eu com muita opinião
Volto e digo p’ró patrão:
Para onde é que vai o gado?
Passe além aquele valado
E dê volta àquela serra,
Você não faça caso dela
Que ela é ruim de abocar...
E ao que eu havia de chegar
Abalei da minha terra!

Um dia por me descuidar
E deixar comer um repolho
Veio um gajo cego dum olho
Com um cajado a querer-me matar:
Tu deves te enganar
Vens meter teu peito em guerra
Pareces uma “escaravela”
Se te pego com uma mão
Dá-me um choque no coração
Abalei da minha terra!

Eu sozinho e mais ninguém
Nesta casinha a dormir
Pois formigas matei mil
E ratos contei cem;
Isto mesmo é que convém
Mas ai que vida tão bela
Fui-me ver dentro de uma tigela
Contei dezanove aranhões
Volto e digo para os meus botões
Abalei da minha terra!

Autor: Adísio Engrácio dos Santos/Figueira e Barros (Avis)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PORTALEGRE ESTÁ MAIS PRÓXIMO

Foto: Portalegre está mais próximo



Com a abertura ao trânsito do troço do IC13 entre Alter do Chão e Portalegre, esta cidade passou a ficar mais perto de Avis cerca de onze quilómetros, o que numa viagem de ida e volta corresponde a uns preciosos 22 Km. O piso da nova estrada é magnífico, largo e sem curvas apertadas, sendo que se faz muito menos de uma hora até chegar à capital do distrito. Fica assim de lado a hipótese de utilizar o IP2 para ir a Portalegre. Só uma chamada de atenção: cuidado com a velocidade excessiva. O limite é de 90 Km mas a estrada convida a velocidades bem mais elevadas. Não se esqueçam que os “nossos amigos” das máquinas estão à espreita onde menos se esperam e não perdoam.
Como diria um insigne dirigente deste país: - A partir de agora, ir a Portalegre, via Monforte, “JÁMÉ”!