sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

CESTAS DE POESIA (CCXLV)


 
Na semana em que
se realiza já amanhã, a Assembleia-geral da Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural, a ter lugar na sua sede pelas 14,30h;
 
na semana em que,
nessa mesma Assembleia-geral será sorteada a peça de escultura da autoria de Francisco Alexandre, entre as rifas vendidas para o efeito;


 
na semana em que
 se realiza este sábado o 27º Corta-mato de Figueira e Barros, contando ainda com a realização de uma caminhada com a extensão aproximada de cinco quilómetros;

na semana em que,
com o Carnaval a bater à porta se anunciam dois bailes um a ocorrer em Figueira e Barros em celebração do patrono S. Brás, no dia 2 de Fevereiro e outro em Avis a 9 do mesmo mês, mas este sim, de carácter carnavalesco;
 na semana em que
ainda por mor do Carnaval, se verificam já algumas movimentações “secretas” e “ultra-secretas” por parte das comadres que se preparam para chocalhar os compadres já na quarta-feira da semana que vem;

na semana em que
já são conhecidos os temas e os oradores para as duas Sessões de Café com Letras a ocorrerem no mês de Fevereiro, a saber: dia 7 – O Professor JORGE OLIVEIRA, irá falar sobre “ARQUEOLOGIA DA PENA DE MORTE NO ALENTEJO”, enquanto que no dia 21, AMBRÓSIO NASCIMENTO, irá relembrar a Avis Industrial, com exclusivo enfoque na FÁBRICA DO TOMATE;

eis que chega mais uma Cesta de Poesia.
 
Passando hoje pela barbearia do Mestre Orlando, recolhi lá estas décimas do nosso poeta convidado, JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, que foram feitas há poucos dias, mais precisamente, há cinco dias atrás…

 

Gosto de Avis de verdade

Esquece-lo nem um dia!

Não sei se é minha amizade

Ou se o amo em demasia

 

Se Avis é encantador

Que encanta o forasteiro.

Eu já não fui o primeiro

A sorver esse sabor…

Recheado de valor

Sem rodeios nem vaidade,

Mostrando fraternidade

A cada dia que passa,

Com o dom da sua graça,

Gosto de Avis de verdade!

 

Logo que em Avis pisei

A sua terra, seu chão,

Que senti no coração

Qualquer coisa que nem sei…

Tão enleado fiquei

Por algo que me prendia,

Que de seguida fazia

Uma jura p’ra cumprir:

Jamais poderia ir

Esquece-lo nem um dia!

 
Quis o destino, porem

Que viesse a acontecer,

Hoje vir a pertencer

E a ser de Avis também!

Eu aqui me sinto bem

Apesar da saudade

Que a miúdo me invade

Mas Avis é o lugar

Que me prende e faz pensar:

Não sei se é minha amizade…

 

Avis tem sua beleza

Que salta aos olhos da gente,

Ninguém se queda indif’rente

Ao olhar tanta grandeza!

Será Avis com certeza

Joia de grande valia…

Não sei se é feitiçaria

Se a força vem doutro lado,

Se eu estou apaixonado,

Ou se o amo em demasia.


2013.01.20

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

CESTAS DE POESIA (CCXLIV)






ENTRA COM TODO O RESPEITO
QUANDO NÃO, FICA NA RUA,
QUE ESTA PEDRA ONDE ME DEITO
AMANHÃ PODE SER TUA...

Que no Céu descanse em Paz

À entrada da Casa Mortuária de Santo António das Areias, consta a seguinte quadra da autoria de meu querido pai, JOSÉ DA SILVA MÁXIMO:

ENTRA COM TODO O RESPEITO
QUANDO NÃO, FICA NA RUA,
QUE ESTA PEDRA ONDE ME DEITO
AMANHÃ PODE SER TUA...

(Em sinal de luto, este facebook só será reactivado dia 21 de Novmbro. As minhas desculpas e pedido de compreensão)(VÍDEO DA SEMANA)
(VÍDEO DA SEMANA)

 

 

Na semana em que


Na Junta de Freguesia de Avis, se ficaram a conhecer os vencedores do concurso de montras de Natal, que distinguiu com o primeiro prémio o “Mar de idéias” – parabéns à Bela – entregando-se ainda três menções honrosas à Barbearia do Mestre Orlando, à Loja Rodrigues e à Cabeleireira Maria Custódia.


na semana em que

 
foi sorteada a senha que deu direito a um fim-de-semana num hotel de 4 estrelas (Évora, Lisboa ou Porto), a qual tem o Nº 4789 e é pertença da Rosete Pires e integrada na iniciativa "Natal é onde um homem quiser", da Junta de Freguesia de Avis, com vista a defender o comércio local;
 
na semana em que

quem visitou o Jardim do Mestre verificou que uma das duas palmeiras até então lai existentes foi cortada em virtude de uma doença que a atacou;

 

na semana em que


continuo sem ser capaz de colocar fotografias aqui no blogue ( vá lá eu saber porquê…)
 

na semana em que


se assinalam, precisamente hoje, 29 anos do falecimento desse grande poeta que foi Ary ds Santos
 vídeo da semana

 na semana em que
 
se publicita para a próxima quinta-feira, dia 24, mais um Café com Letras, na sede da Amigos de Avis, onde se irá relembrar o passado industrial de Avis, com a presença de MANUEL ANANIA, que nos irá falar da FÁBRICA DO ÓLEO;

eis que chega mais uma Cesta de Poesia.

 

JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, não pára de nos surpreender e continua a escrever quase diariamente.

Hoje deixo-vos com umas décimas ainda “frescas”…

 

Mote:

Nos acúleos assassinos

Da roseira Alexandria

Arrisquei meus dedos finos

P’la rosa que pretendia

 

Uma roseira viçosa

Em pleno campo crescia,

Cuja folhagem escondia

Uma delicada rosa;

Bem nutrida e olorosa

Com seus traços genuínos,

Seus estames pequeninos

Vivendo assim escondida

Sentia-se protegida

Nos acúleos assassinos.

 

Era uma rosa singela

Mas com tanta formusura

Que uma qualquer criatura

Se perderia por ela!

Tinha a corola tão bela

A brilhar à luz do dia…

Já algum tempo fazia

Que eu via rosa tão pura

Sendo a imagem segura

Da roseira Alexandria.

 

De cariz tão recatado

Não qu’ria ser descoberta,

Viu chegar a hora certa

Com que não tinha contado…

Era o destino marcado

Pelos Deuses mais divinos;

Os meus dedinhos franzinos

Tiraram de seus cuidados

E entre “ganchos” afinados

Arrisquei meus dedos finos.

 

Pensei em não lhe tocar

Por temer a reacção

Mas após a reflexão

Avancei sem hesitar…

Fui a rosinha cortar

Que era tudo que mais qu’ria

E assim com alegria,

Usei minhas artimanhas

Fiz arriscadas façanhas

P’la rosa que pretendia.

 
Avis, 20 de Novembro de 2012

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

CESTAS DE POESIA (CCXLIII)

Na semana em que

 
em boa hora, a Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural recomeçou as suas tertúlias de Café com Letras, onde, sob a orientação da convidada Professora Clara Guerra, da Universidade Sénior de Avis, mais de uma vintena de presentes experimentou as suas faculdades para as artes decorativas e para a expressão plástica;

 
na semana em que

 

continuou a decorrer num espírito de sã camaradagem ( às vezes, digo eu...) o campeonato de sueca na Casa do Benfica, em Avis, com cerca de 20 equipas participantes;


na semana em que

 

se realiza já amanhã, sábado, dia 12, mais uma recolha de dádivas de sangue a ocorrer entre as 9 horas e o meio-dia, na Associação Humanitária dos Bombeiros Avisenses;

 

na semana em que

 

verifiquei com alguma consternação que o cadeado colocado por funcionários da Câmara Municipal de Avis no contentor de recolha de roupas e calçados usados, sito nas imediações da Loja Gi, em Avis, não só foi vandalizado como foi roubado, deixando de novo o referido receptácuo à mercê de quem o quiser roubar;

 
na semana em que

concluí que efectivamente só armadilhando o referido contentor ele estaria a salvo de actos de vandalismo ( “armadilhar”, entenda-se, não era para matar ninguém, bastaria tão-somente ficar lá a mão de quem abusivamente mexesse no cadeado – e era só para sabermos quem é, nada mais do que isso);  


eis que chega mais uma Cesta de Poesia.


Hoje trago-vos um trabalho de reflexão do poeta convidado deste espaço, JOSÉ DA SILVA MÁXIMO.

Ora vejam lá se gostam. Sem mais delongas:

 
SOBREVIVÊNCIA


Todos comem p’ra viver

Comendo se mata a fome;

Quando o comedor morrer

É a terra quem o come.


Neste mundo em que vivemos

Todo o ser se movimenta

Bem ou mal se alimenta

Conforme as posses que temos;

Todos os dias comemos

Para não desfalecer,

Tem que alimentado ser

Todo e qualquer animal,

Seja ou não racional

Todos comem p’ra viver.

 

As aves comem sementes,

Desde a perdiz ao pardal;

Comem o pão integral

Diabéticos doentes;

Para poder dar aos dentes

Muito comer se consome

E ainda que ele se assome

A procurar subsistência

P’ra manter a existência

Comendo se mata a fome.

 

Os “faquires” pregos comem,

Comem doces os gulosos,

Pouco comem os idosos

Porque os anos os consomem;

Deus meu não tires ao homem

Da comidinha o prazer,

Eu Te quero agradecer

Tudo o que o mundo nos dá,

E um dia vai ficar cá

Quando o comedor morrer.

 

A vida inteira a comer

Desde o tempo de criança,

Para manter cheia a “pança”

Muito se tem de sofrer!

Trabalhando até poder

Quanto o homem se carcome,

Sem consentir que se dome

Tributo que ao mundo cobra,

Por fim já tudo lhe sobra

É a terra quem o come.      

                                     

2012.12.15


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

AMANHÃ, REGRESSA O "CAFÉ COM LETRAS", DA ACA





Com mais de 100 sessões realizadas, é já amanhã que recomeçam as tertúlias da Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural (ACA), a que deram o nome  de "Café com Letras".
 Segundo informação de um dos seus Directores, estarão agendadas 13 sessões para este ano de 2013, a decorrerem quinzenalmente entre Janeiro e Junho, sempre às 18 horas na sede da ACA, sita na Praça Serpa pinto, 11, em Avis.
A primeira convidada vai ser CLARA GUERRA, Professora de pintura e artes plásticas na Universidade Sénior de Avis que irá dissertar sobre “EXPRESSÃO PLÁSTICA – SENTIR E REALIZAR”, com demonstrações práticas a realizar com todos os presentes.
Ainda segundo informação recolhida por este Blogue, no presente ano irá ser “revisitada” a Avis industrial de outros tempos. A primeira fábrica a ser relembrada será já no próximo dia 24. MANUEL ANANIA, irá falar-nos acerca da sua experiência enquanto trabalhador da ESSENCIOL (ex-Fábrica do Óleo). Depois, uma vez por mês e por uma ordem que ainda não se encontra definida, falar-se-á com convidados especiais, acerca de outras ex-fábricas como foram a MARTINS E REBELLO (Fábrica do Leite), a SULEI (Fábrica do tomate), a ZIVA (Fábrica das Confecções), a CENTRAL DO MARANHÃO (Produção de energia eléctrica), a NEVIPLAS (Fábrica de plásticos).
Parece-nos de louvar a persistência desta gente em manter vivo um espaço de lazer que há vários anos se vai repetindo, e tudo graças à “teimosia” dos Directores da ACA.
A melhor forma de lhes agradecermos é marcarmos presença nestas tertúlias, onde a troca de ideias e de conhecimentos, é sempre ponto fulcral.
 


ENTRA COM TODO O RESPEITO
QUANDO NÃO, FICA NA RUA,
QUE ESTA PEDRA ONDE ME DEITO
AMANHÃ PODE SER TUA...
Que no Céu descanse em Paz

À entrada da Casa Mortuária de Santo António das Areias, consta a seguinte quadra da autoria de meu querido pai, JOSÉ DA SILVA MÁXIMO:

ENTRA COM TODO O RESPEITO
QUANDO NÃO, FICA NA RUA,
QUE ESTA PEDRA ONDE ME DEITO
AMANHÃ PODE SER TUA...

(Em sinal de luto, este facebook só será reactivado dia 21 de Novmbro. As minhas desculpas e pedido de compreen

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

CESTAS DE POESIA (CCXLII)


 

Na semana em que

se anuncia para a próxima quinta-feira, dia 10, o reinício das tertúlias “CAFÉ COM LETRAS”, iniciativa da Amigos do Concelho de Avis, tendo como tema “EXPRESSÃO PLÁSTICA – SENTIR E REALIZAR”, e convidada CLARA GUERRA;


na semana em que

 
se confirma que os “Cafés com Letras” continuarão com a periodicidade quinzena, sempres às 18 horas na Sede da ACA;


na semana em que


tive conhecimento que se realizou em Avis, no passado dia 29, na Albufeira do Maranhão a 1ª corrida de S. Silvestre, na modalidade de Remo sendo uma iniciativa da Associação Naval de Lisboa ( às vezes até parece que sou de cá mas não ando cá…);

 
na semana em que

continua em exposição até dia 16 do corrente mês uma exposição de pintura das alunas da Universidade Senior de Avis, NA SEDE DA aca, ali bem no Centro da Praça Serpa Pinto, em Avis;


na semana em que

se realiza já amanhã o Concerto de Reis, a ter lugar a partir das 21 horas, na Igreja do Convento, em Avis, contando com a presença do Coro da Assembleia da República e ainda com a presença da pianista Gabriela Canavilhas, sendo que as entradas são livres;

 
na semana em que
ainda pode ver até ao próximo dia 10 de janeiro a exposição patente no Átrio dos paços do Concelho de Avis,  “Não há só estrelas no Céu”, assente num conjunto de trabalhos da autoria dos 29 alunos que frequentam a disciplina de Expressão Plástica, do Curso de Animador Sóciocultural VII daquela Escola Profissional;

 
eis que chega mais uma Cesta de Poesia.


É por demais conhecida a paixão que o nosso poeta JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, dedica à poesia.

Hoje deixamos à vossa apreciação umas décimas de sua autoria, que refletem de modo superior esse facto.

São assim:

 

Oh! Meu Deus do universo

Se eu tivesse a garantia

De morrer fazendo um verso

Nem a morte sentiria

 

Por quanto se me oferece

Se a vida merece uns versos

Nos seus modos mais diversos

Também a morte os merece!

Sempre a poesia acontece

Mesmo em destino perverso,

Para não ser ao inverso

Eu rogo em voz magoada:

Dá-me uma morte inspirada

Oh! Meu Deus do universo

 

Se escrever foi minha sina

Chegada à terceira idade,

Também é pura verdade

Que a idade nos ensina;

Se a Providencia domina

E é ela quem nos guia,

Quanto feliz eu seria

Ao parar-me o coração,

Partir de lápis na mão

Se eu tivesse a garantia.

 

Se tudo o que nasce, morre,

Não tenhamos ilusão

Que virá a ocasião

Em que esse facto ocorre;

O tempo, ligeiro corre

Pelo campo mais diverso,

Mais compacto ou mais disperso

O tempo nos asfixia

E eu, confesso, gostaria

De morrer fazendo um verso.

 

Quando “ela” me procurar,

Com sua fúria indomável,

Arrogante, nada afável,

Junto de mim se abeirar,

Me encontrasse ao chegar

Fazendo aquilo que eu q’ria,

A fruir a luz do dia,

À secretária sentado,

Absorto e descansado

Nem a morte sentiria.