terça-feira, 29 de novembro de 2005

ASSOCIAÇÃO DE PAIS VAI A VOTOS!

Li há dias no Portal de Avis, que muito me apraz visitar, um comentário que de algum modo me deixou a pensar alto e sozinho. Alguém, e os comentários no Portal de Avis são feitos por “alguém” que nunca sabemos efectivamente quem é, “alguém”, dizia eu, afirmava que se pretenderia acabar com a Associação de Pais. Estou convencido que quem o disse ou o fez sem ter noção da importância que uma Associação de Pais pode ter junto da comunidade escolar ou fê-lo no pressuposto de estar já a querer criticar algum elemento que supostamente pudesse integrar a Direcção da dita Associação e que não seria do seu agrado.
A Associação de Pais tem estado há vários anos entregue sempre à(s) mesma(s) pessoa(s). Por certo fará(ão) o que pode(m). Mas creio que não é muito, melhor, creio mesmo que não terá sido o suficiente. Muitos anos num mesmo lugar leva-nos a uma certa apatia, a um certo comodismo, pelo que a alternância é sempre salutar.
Por vezes não há quem queira preencher os lugares, mas segundo penso saber neste momento haverá quem queira tomar conta da Associação de Pais com vontade de mudar. E conviria que fossem educadores que tivessem educandos nos primeiros anos da escolaridade para assim poderem dar continuidade bastante às alterações que urge efectuar. Uma Associação de Pais bem estruturada, tem um poder altamente positivo e quando devidamente dinamizada não pode deixar indiferentes todos aqueles a quem a escola e a sua envolvência diz respeito.
Posto isto, não deixem passar esta oportunidade e agarrem-na com vontade de lutar pelo interesse dos vossos educandos. Mudem o que tiverem de mudar, legalizem o que houver que legalizar, mas não deixem perder mais esta oportunidade.
Eles, os vossos filhos e filhas, mais tarde, vos agradecerão.

sábado, 26 de novembro de 2005

MISERICÓRDIA!!!!

A esta hora continua a decorrer a votação para a eleição dos Corpos Sociais da Santa Casa da Misericórdia de Avis. A assembleia Ordinária começou a funcionar às 16h em virtude de às 15h não estarem presentes o número legal de irmãos para que a mesma pudesse funcionar. O Orçamento foi aprovado por maioria com uma abstenção e em seguida passou-se ao ponto quente da ordem de trabalhos: a Eleição dos Corpos Sociais. Agora não preciso que me expliquem mais nada. Isto é, o que eu deveria saber deveria ter sedo explicado até à Assembleia ou melhor ainda durante o decorrer da referida Assembleia. Das duas listas supostamente apresentadas a sufrágio apenas concorreu uma, a lista A, porque a lista B desistiu de ir a votos. Ali, em Assembleia Geral, onde se discutem e devem ser debatidos os assuntos mais prementes da Santa Casa ou de qualquer outra instituição que convoque reuniões de Assembleia, foi-nos dada a explicação do modo como decorreram as conversações quanto à constituição de uma lista única ( que para mim seria a lista ideal) e das razões porque tal não se conseguiu. As explicações foram dadas por um elemento afecto à lista A, logo à lista presente a votos. Ouvimos a sua opinião e perguntado se havia naquela Assembleia algum elemento da lista B que expusesse as suas razões, concluiu-se que não havia ninguém. O Sr. Presidente da Assembleia leu então uma comunicação da lista B fundamentando a sua desistência em factos inseridos no não cumprimento de uma série de decretos que como é lógico não sei enumerar e que tinham sido cometidos não por eles mas pela lista A. Seguidamente foi lida uma carta em que um dos elementos da lista B (desistente) expressava que fôra convidado para pertencer à referida lista como suplente e que pelo facto de ser incluído como efectivo declinava a sua participação na lista. Ultrapassados em Assembleia os impedimentos apresentados pela Lista B ( com maioria e com uma abstenção)procedeu-se então ao início da votação que, nos termos legais, decorrerá durante duas horas, o que quer dizer que irá até cerca das 19h00.
A mim que sou “irmão” votante, lamento que nenhum elemento da lista B tenha apresentado de viva voz a sua versão e as razões da desistência. Assim ficámos com a verdade da lista A .
Também registo situações como estas:
um “irmão” subscreveu ,como apoiante, a lista A e depois aparecia como candidato na lista B;

outro irmão apareceu inicialmente como candidato em ambas as listas;

um candidato da lista B só soube que a sua lista tinha desistido quando eu lhe disse, já dentro das instalações da Santa Casa, e quando ele ia disposto a defender a sua palavra.

A Santa Casa é uma Instituição demasiado importante para que se possa permitir a situações caricatas como as que rodearam estas eleições. Como é óbvio, e à falta de outra escolha, a lista A será a vencedora, a quem endereço desde já os meus parabéns, já que mais não seja, pelo facto de terem levado até ao fim um projecto a que meteram ombros.
Quanto ao futuro, esse, a Deus pertence, mas espero que seja melhor do que até aqui!

VAMOS TODOS SER SOLIDÁRIOS!

É altura de sermos solidários, respondendo ao apelo efectuado pela Lena, responsável pela Biblioteca Municipal de Avis. Se o seu filho tiver em casa um brinquedo ou livro que já não goste, entregue-o na Biblioteca, até dia 30 deste mês, para que os mesmos possam ser distribuídos pelas crianças mais desfavorecidas do nosso concelho. Se não tiver em casa nada que possa servir para o efeito, compre um brinquedo, barato, e ofereça-o do mesmo modo. Se por acaso ler esta mensagem e não residir em Avis, continue a ser solidário enviando a sua oferta pelos Correios para:

Biblioteca Municipal
Ao cuidado da Lena
Rua da Cantina
7480 AVIS

Você sentir-se-á imensamente bem consigo mesmo, a Lena agradece e as crianças que forem recebedoras das prendas sentir-se-ão incomensuravelmente felizes.
Sejamos solidários, até porque já existe no ar um cheirinho a Natal!

terça-feira, 22 de novembro de 2005

CONCURSOS DE FOTOGRAFIAS

Estando a quinze dias do fim do prazo da entrega das fotografias para o Concurso : Concelho de Avis - Gentes e Locais, e enquanto entrega e não entrega as suas fotos, ora carregue AQUI para ver fotos do Concurso de Fotografia AVIZ SÉCULO XXI.
A ACA recomenda-o!

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

É PRECISO MUDAR JÁ!

Eu diria mais: deveria ter sido mudado JÁ HÁ MUITO TEMPO. Como é óbvio estou-me a referir ao cartaz autárquico do PSD que hoje pelas 21 horas ainda permanecia no Largo Humberto Delgado. O facto de não ter sido retirado a tempo, levou a que o mesmo fosse deteriorado de uma maneira menos simpática, não só para o candidato e partido que o apoiou, como para o "artista" que fez aquele imundo trabalho.
É certo que só na semana passada as outras forças políticas retiraram os seus últimos cartazes, mas, ou este a que me refiro de lá sai brevemente, ou daqui a pouco não dá à conta retirá-lo e é mantê-lo para as próximas autárquicas...
Isto é que está uma moenga!

sábado, 19 de novembro de 2005

BRAGA - 3 BENFICA - 2

AO MEU BENFICA - VI



MEU CORAÇÃO NÃO RESISTE
É TAMANHA A MINHA MÁGOA...
FIQUEI AINDA MAIS TRISTE
COM OS GOLOS DO “BÉBÁGUA”!

O “FERREIRA” FOI AMIGO
DEU-NOS UM PENALTY E TUDO,
MAS ACABOU INIMIGO:

VIMOS BRAGA P’LO CANUDO!

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

CASTIGOS FÍSICOS NA EB 2,3 MESTRE DE AVIS

Não fui só eu que ouvi. Foi dito alto e em bom som: a professora da turma do 1º ano da EB 2,3 Mestre de Avis, castiga alguns dos seus alunos colocando-lhes fita-cola( adesivo?) na boca para que eles não falem. A afirmação foi feita com tal convicção por uma mãe de uma aluna dessa turma, que a mim não me restam grandes dúvidas de que tal possa ser verdade.
Este procedimento ( a ser verdade) é uma atrocidade, que merece ser denunciado publicamente, o que aliás penso já ter sido feito, inclusivamente a nível do Conselho Executivo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

AVIS VAI TER UM NOVO ESPAÇO COMERCIAL

Se as minhas fontes não me enganarem, (o que já não seria a primeira vez, como se sabe...), Avis vai ter a curto prazo um novo espaço comercial destinado à venda de pneumáticos, calibragem de rodas, alinhamento de direcções e similares. A sua localização será junto à Ziva, anexo ao espaço onde agora se transaccionam automóveis.
Vamos esperar para ver se é verdade, embora eu esteja em crer que sim!

terça-feira, 15 de novembro de 2005

EM BORBA OUVIU-SE: AVIS

Tal como prometido passo a transcrever o outro trabalho de um “Avisense” premiado no Concurso de Poesia Popular de Borba/2005.


MOTE:
Borba, vila hospitaleira
Que gosto de visitar,
Tem algo de feiticeira
Que me encanta e faz voltar.


I
EXAUSTO DE CAMINHAR
INTERROMPI A VIAGEM
POISANDO A MINHA BAGAGEM
QUIS UM POUCO DESCANSAR;
E ANTES DE ME SENTAR
À SOMBRA DUMA AZINHEIRA
(PENSANDO SER DA CANSEIRA)
ADMIROU-ME O QUE LIA
NUMA PLACA QUE DIZIA:
BORBA, VILA HOSPITALEIRA!

II
TINHA QUE ESTAR ALI PERTO
ESTE MEU PORTO DE ABRIGO
ONDE QUALQUER BOM AMIGO
ME ACOLHERIA POR CERTO;
ADORMEÇO MAS DESPERTO
COM VONTADE DE ENCONTRAR
ESSA TERRA ESSE LUGAR
QUE NO MEU IMAGINÁRIO
HÁ-DE SER ITINERÁRIO
QUE GOSTO DE VISITAR!

III
LÁ DO ALTO DUM CABEÇO
VEJO A TORRE DUMA IGREJA,
NÃO HÁ NADA QUE EU NÃO VEJA
E NÃO RENDA O MEU APREÇO!
SERÁ ALI O COMEÇO
DESTA HISTÓRIA PASSAGEIRA
COMO GATA BORRALHEIRA
SEM INVEJA DE NINGUÉM,
POIS BORBA, COMO CONVÉM,
TEM ALGO DE FEITICEIRA!

IV
DEI PASSEIOS SEM TER PRESSA
NUM PASSO INCERTO INDECISO
ESBOÇO UM LEVE SORRISO
AO PASSAR NUMA TRAVESSA
E OUVIR: ENTRE, ORA ESSA,
POIS FAÇA FAVOR DE ENTRAR
QUE NÃO VEM INCOMODAR!
...É O SER TÃO DIFERENTE
E A FRANQUEZA DESTA GENTE
QUE ME ENCANTA E FAZ VOLTAR!

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

ONTEM, EM BORBA, OUVIU-SE AVIS

Ontem, em Borba, teve lugar a sessão de encerramento do Concurso de Poesia Popular que coincidiu com o encerramento da festa da vinha e do vinho naquela localidade. De realçar que o nome de AVIS foi realçado duas vezes aquando da distribuição de prémios pois dois “filhos” de Avis foram premiados: um com o 2º lugar e outro com o 10º lugar. Porque o que menos interessa é saber qual dos trabalhos teve uma ou outra classificação, passo a transcrever hoje um dos trabalhos premiados e amanhã o outro. O de hoje é da autoria da D. Manuela Ascensão Mendes, moradora em Silves, que mais uma vez teve oportunidade de expressar que ,apesar de viver em Silves, é de Avis. Com um mote de Maria Aliete Cavaco Penha, poetisa de Faro, eis pois o trabalho da D. Manuela, com os meus renovados parabéns:

Mote:
Borba vila hospitaleira
Que gosto de visitar,
Tem algo de feiticeira
Que me encanta e faz voltar!

I
É grande a tua nobreza,
Muito branco é o teu manto
Transbordas o teu encanto
Fruto da tua beleza.
Recebes com gentileza
Não finges és verdadeira,
Honras a tua bandeira.
Bairrista é o teu povo,
Não digo nada de novo
BORBA VILA HOSPITALEIRA.
II
Da história és mensageira,
No celeiro tens cultura,
Na luta com vida dura
Sai o mármore da pedreira
E do operário a canseira
Que merece descansar.
Tens festas sabes reinar.
Repartes o teu carinho
És do país um cantinho
QUE GOSTO DE VISITAR!
III
Nos teus vinhedos verdinhos
Pendem cachos bem dourados
P’lo povo são vindimados
E são feitos os teus vinhos,
Tanto melhores se velhinhos...
És uma vila fagueira.
Tens recepção de primeira,
Murmura quem te visita
Borba é muito bonita
TEM ALGO DE FEITICEIRA!
IV
No Alentejo situada,
Essa província tão bela,
Tua gente por ti vela
Por todos tu és amada,
Para amar foste fadada.
Borba eu te quero saudar
Os teus manjares apreciar
Sem deixar de te dizer,
Que é teu modo de viver
QUE ME ENCANTA E FAZ VOLTAR!

domingo, 13 de novembro de 2005

AJUDA-ME "MANEL"

Manel, o que quer dizer isto... ?
Se é o que eu penso, o teu pai passou-se ou quê? Dá-lhe um puxão de orelhas por mim "porque afinal é preciso continuar a navegar". E imperioso!
Conto contigo, amigo!

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

ACONTECEU NO HOSPITAL DE SANTA LUZIA, EM ELVAS

Se calhar esta história verdadeira, embora sem qualquer razão de ser, poder-se-ia ter passado em qualquer outro lado. Mas não. Foi aqui e foi assim. Passemos aos factos.
No dia 7 deste mês, logo, na segunda-feira passada, a cama número 39 da enfermaria número doze da ala direita de medicina no Hospital de Santa Luzia em Elvas estava ocupado por uma doente de 75 anos de nome Eva. A D. Eva estava bastante debilitada, tendo-a eu próprio ajudado a ir à casa de banho mais do que uma vez. Na tarde desse mesmo dia 7 de Novembro de 2005 a D. Eva é transportada por uma auxiliar de acção médica numa cadeira de rodas para ir fazer um RX ao tórax. Passados alguns minutos chegou a notícia: a senhora tinha caído no local do RX, suspeitava-se de traumatismo craniano e foi transportada de urgência para o Hospital de S. José acompanhada de um médico e dois enfermeiros. A filha, desolada lamentava-se chorando. Por nos parecer a todos que se tratou de pura negligência e no sentido de apurar os factos, aconselhei-a a fazer uma reclamação no “livro” amarelo. Respondeu-me entre soluços:
- O que é que eu ganho? Além disso o meu marido está lá em baixo em S.O por estar pior do coração!
Hoje a notícia chegou bem cedo à ala direita do serviço de medicina do Hospital de Santa Luzia em Elvas: a D. Eva faleceu esta manhã em S. José. Na Rua de Olivença lá constava a sua foto na montra de uma Agência funerária: por atraso no levantamento do corpo não sabiam quando seria a missa e o funeral.

A notícia assume assim uma sobrecarga de dramatismo tanto maior por se ter passado dentro de um Hospital, onde, supostamente, alguém é internado para se curar dos seus males e vai ali encontrar a morte.
Ninguém vai ser chamado à responsabilidade. A incúria, desleixo e falta de profissionalismo de alguém, empurrou para a morte prematura uma mulher que procurou um hospital para se curar. E a filha nem pôde “protestar” porque o marido também lá está internado. Teve medo das represálias. E nós sabemos que as poderia haver.
À família enlutada que apenas conheci a partir do dia 31 de Outubro, as minhas condolências a que junto o meu sentimento de revolta e nojo pelo modo como as coisas se passaram. Ninguém jamais saberá exactamente o que aconteceu, pois a D. Eva, a única que poderia dizer a verdade, a única que poderia descrever a situação com isenção, já não está entre nós.
Paz à sua alma. Amanhã, se puder irei ao seu funeral.

terça-feira, 8 de novembro de 2005

DICIONÁRIO DE FALARES DO ALENTEJO

Ofertaram-me um Livro intitulado “ DICIONÁRIO DE FALARES DO ALENTEJO”, da autoria de Vítor Fernandes Barros e Lourivaldo Martins Guerreiro.
Passo a transcrever alguns vocábulos atribuídos a Avis, a sua “tradução” e o número da página onde os mesmos são referidos:

ABASTRUZ - Avestruz ( Pág.19)
ABESPRA - Vespa; pessoa que se irrita facilmente ( 20)
ALDRAVAZ – Trapaceiro; aldrabão ( 27)
ALMOFEIRA – Água negra que escorre da talha da azeitona ( 29)
AMINTAR – Lembrar, recordar (31)
APILHAR – Acostumar um animal a certo sítio (33)
ARRIMADOR – Semicírculo de ferro para amparar as panelas ao lume ( 36)
ASSENTE – Assento, cadeira (37)
BARRANHÃO – Tacho (44)
BURGUEXO – Pedra pequena (49)
CACARRUÇO – Qualquer vasilha pequena
CHUVINHAR – Chover pouco; chuvisco (67)
CUCÉGAS – Cócegas (71)
ENDURINHA – Andorinha (80)
ESBURRUNDAR – Cair (84)
HOME – Homem (105)
INDURINHA – Andorinha (107)
INTÉ – Até (108)
ISBURRONDAR – o m.q. Esburrundar
MALACUECOS – Fritos de massa de trigo (119)
MEDA(É) – Amontoado de molhos de trigo, cevada, etc. na eira (125)
MILHARADA – Quantidade de espigas de milho que se transportam para a eira (126)

Prometo ainda voltar a dar mais notícias deste "Dicionário de Falares do Alentejo", quando o tiver lido na sua totalidade.

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

DE "BAIXA"

Devido a doença de um membro do seu agregado familiar, "DO CASTELO" vai estar de baixa durante uns dias. Não fecha as portas mas vai retirar-se por uns tempos. Há situações na vida que nos tiram a vontade de quase tudo. É este o caso.
Antes de isso acontecer deixo dois recados:

1 - Apareçam sexta-feira na sede dos Amigos de Aviz para assistirem, a partir das 18 horas, à inauguração da exposição do I Concurso de Fotografia Aviz Século XXI, e distribuição dos respectivos prémios. Certamente que estarão tão curiosos quanto eu para saberem o que apareceu a concurso sobre esta temática e o modo como o júri fez a classificação.

2 - Ainda se podem inscrever para o Ciclo de Conferências Aviz Século XXI, a ter início este sábado a partir das 10 horas na Sede dos Amigos de Aviz. Se tiverem dúvidas, consultem aqui o respectivo programa.

Até um dia destes.

terça-feira, 1 de novembro de 2005

PEDIR OS SANTINHOS

Ao JOÃO RUIVO, por ser dos poucos que ainda se interessa pelo Dia de Santos, dedico estas quadras de autor identificado.


ERA ASSIM NO DIA DE TODOS OS SANTOS


Um de Novembro é o dia
Dos Santinhos, venerado;
Que bem me lembro a alegria
Que havia por todo o lado!

Longe de o dia chegar
Já se ouvia a nossa prece
Aos Santinhos do Altar
P’ra que a chuva não viesse.

Nesse dia desejado
‘inda o Céu escurecia,
Já estava levantado
Para ver se não chovia!

Como era antigamente!
Dizemos nós, afinal
Quem é dif’rente é a gente
Porque o dia é sempre igual.

Nesse dia a criançada
Como bandos de andorinhas,
P’las ruas em debandada
Em suas mãos as saquinhas.

Dê os Santinhos, dizíamos
Na nossa infantilidade!
Tudo quanto mais queríamos
Nos davam e de vontade.

Maçãs, nozes ou pão,
Castanhas, pêras, romãs;
Traziam satisfação
Às nossas almas louçãs.

Quero contar uma história
Que comigo se passou:
Ficou-me bem na memória
Muito me sensibilizou!

Minha mãe, para os Santinhos
Tinha muita amassadura;
Confeccionava pãezinhos
Para dar naquela altura.

Sempre um modelo ajeitava
Ao pão, quando era tendido
P’ra que esse pão que ela dava
Ficasse bem conhecido.

Algumas casas da aldeia
Nos faltava visitar;
Surgiu então a ideia
De ir a casa e voltar.

Com os saquinhos repletos
Logo fomos despejar;
Satisfeitos, indiscretos
Que iríamos encontrar?

Já bem cheios os saquinhos
Por Deus querer ajudar,
Também os meus irmãozinhos
Tinham pensado em voltar.

Mas que surpresos ficámos
Porque um pão dos que a mãe deu,
Quando os sacos despejámos
Quem o trazia era eu.

Assim se desenrascavam
As mães que menos podiam;
Aos filhos das outras davam
O que os seus filhos traziam!

Da esmola, Caridade
Fazia com devoção!
Exemplo de Santidade
Que dava seu coração.

Dia dos Santos ‘inda há
Só que hoje é tão dif’rente
Que muitos não sabem já
Como era antigamente!


A Págs. 174 e 175 do livro de poesia, “O REBUSCO”, de JOSÉ DA SILVA MÁXIMO.