sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CESTAS DE POESIA (CCVII)

Foto da semana: disfraces a secar na Rua dos Muros, em Avis 



Na semana em que a Justiça Portuguesa, essa mãos largas, absolveu o acusado de ter raptado Rui Pedro, diminui em um ano a pena do Carlos Cruz, diminuiu em 4 (quatro) anos a pena do “Violador de Telheiras”; na semana em que se soube que por ordem do Conselho Superior da Magistratura o tribunal de Avis foi forçado a encerrar as portas ao público devido ao estado de degradação em que se encontra o edifício – dia 1 de Março já funcionará em Fronteira; na semana em que as obras da nova Rotunda Célia Patinho já começam a dar a entender como vai ficar o “boneco”; na semana em que apareceram os primeiros cartazes a anunciar o Jantar da Mulher para o próximo dia 10 de Março no Casão da Casa do Benfica; na semana em que recomeçará o projecto “Um concelho a caminhar” com uma caminhada a realizar no dia 26, no Maranhão; na semana em que os foliões de Avis acabaram, o Carnaval com a cerimónia do enterro do Entrudo; na semana em que alguns desses foliões resolveram pôr os disfarces a secar (ver Foto da semana), eis que chega, ao fim de uma ausência prolongada, mais uma Cesta de Poesia. Ainda trazendo até todos vós a poesia de JOSÉ DA SILVA MÁXIMO. O tema de hoje é triste. Talvez que triste demais para uma reaparição. Mas infelizmente todos os dias deparamos com esta realidade. Hoje foi o a vez do Zé da Fraga…

O VELÓRIO

Na pedra fria descansa
Depois da missão cumprida
É o findar duma esp’rança
O terminar duma vida.

As pessoas vão chegando
Junto ao corpo inerte param;
Suas orações rezaram
Ao luto vão-se entregando:
Ouve-se de quando em quando
Um ai que em silêncio avança,
Como um grito de criança
Que já cresceu e viveu,
E agora que pereceu
Na pedra fria descansa

Um triste silêncio cai
Imbuído em comoção,
Chora a irmã e o irmão
Chora a mãe e chora o pai;
Qualquer um estranho vai
Nesta homenagem sentida,
Nesta infausta despedida
Que já ninguém trava agora,
Já fez adeus, vai-se embora
Depois da missão cumprida.

Há quem lhe traga um palmito
Ou uma c’roa de flores,
Das mais variadas cores
Para ficar mais bonito;
Eu até acho esquisito
P’ra quê tamanha abastança
Se a vida mais não alcança
Isso a ninguém aproveita,
Depois da jornada feita
É o findar duma esp’rança.

Deixou o mundo e eis que está
A mercê do Deus Divino
Sem saber qual o destino
Que sua alma levará;
No tempo em que andou por cá
Sua Lei levou vivida,
Hoje, chegada a partida
Dá seu corpo à sepultura,
É o fim da criatura
O terminar duma vida.

26 de Outubro de 2005

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A ACA FEZ 14 ANOS!

A ACA – Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural completou hoje 14 anos. Vários foram os amigos que endereçaram os parabéns a esta Associação Cultural, como se pode constatar pela sua página de facebook. Coincidiu a data do aniversário com mais uma sessão do seu Café com Letras,
Dedicada hoje á poesia. CRISTINA FIDALGO, professora em Avis e poetisa em qualquer lado do mundo, foi a convidada. “Sentando as palavras no colo” foi o título desta tertúlia que acabou há bocado. No início da sessão, Fernandino Lopes, Director e sócio fundador da ACA, fez a apresentação da convidada, não deixando de fazer referência ao facto de a "sua" ACA ser aniversariante.
A professora Cristina Fidalgo, que se confessou Aveirense por nascimento e Avisense por paixão, sentiu-se como peixe na água debitando a sua poesia para mais de vinte pessoas que quiseram estar presentes no 108º Café com Letras, ocorrido esta tarde.
Para gáudio dos presentes, a  Direcção reservou para o final uma surpresa com a oferta de um beberete a todos os presentes. É sabido que as dificuldades económicas corroem todas as associações, e a ACA não é excepção. Daí que tudo o que fez parte deste lanche foi comprado pelos diversos membros dos órgãos sociais da ACA e alguns amigos, a suas expensas, não acarretando o mesmo quaisquer encargos para os cofres da ACA.
Para a posteridade ficam algumas fotos do evento, sendo que amanhã poderão ser igualmente vistas no facebook em ACA AVIZ, algumas fotos e um vídeo deste Café com Letras de hoje.
À ACA, “DO CASTELO” deseja as maiores venturas em defesa do património cultural avisense.
Eis então algumas fotos:


Foto 1 - Fernandino Lopes, um director de parabéns pelo aniversário da "sua" ACA


Foto 2 -A poetisa CRISTINA FIDALGO, Aveirense por nascimento e Avisense por paixão
 Foto 3 - A assistência atenta nem deu pelo tempo passar

Foto 4 - Uma festa de aniversário a custo zero para a ACA

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SENTANDO AS PALAVRAS NO COLO

Em nome da Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural, tenho a honra de convidar todos os Amigos da Poesia a estarem presentes na 107ª sessão do Café com Letras (quinzenalmente entre Janeiro e Junho) a ter lugar amanhã, quinta-feira, a partir das 18 horas na sua sede, sita na Praça Serpa Pinto, 11 em Avis. Amanhã iremos ter como convidada a poetisa e professora CRISTINA FIDALGO, que entendeu por bem dar a esta sessão do Café com Letras o nome de “SENTANDO AS PALAVARS NO COLO”.

Além da poesia, da troca de ideias e de são convívio poderemos sempre tomar um café ou um chazinho quente. Apareçam que não se vão arrepender!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

DESINTEGRAÇÃO...INTEGRAÇÃO...REINTEGRAÇÃO...

Podemos ser desintegrados de uma sociedade por vários motivos: doença que nos pode levar a internamento hospitalar ou tão-somente a ficar em casa, cumprimento de uma pena de prisão, ausência por motivo de férias, etc., etc.
Por uma das razões acima indicados e que não cabem no etc., etc., “DO CASTELO” esteve ausente durante mais de vinte dias. Agora, com as “ameias recuperadas” parece que vai voltar a integrar-se na sociedade de onde se viu forçado a ausentar.
Nem sempre é fácil essa reintegração. Muitas coisas entretanto se perderam. Tive conhecimento que nestes dias de ausência, faleceram algumas pessoas minhas conhecidas, que outras se encontram internadas em unidades hospitalares. Agora vai ser devagarinho…mas vai.
Tenho saudades de poder calcorrear as ruas da nossa vila, de máquina fotográfica preparada para eternizar um momento ocasional. Tenho saudades de poder conversar com os amigos, de ouvir e emitir pontos de vista sobre os mais diversos assuntos da actualidade e não só.
Amanhã, se tudo correr como penso, vou voltar a integrar-me na minha sociedade, que afinal também é sua.
 Com as “ameias” reconstruidas e até que um outro rombo apareça e precise de arranjo. 
Oxalá não seja na minha querida Torre de menagem.
Para que conste, quero deixar aqui savaguardado que a derrapagem (tanto em voga nas obras portuguesas) que se verificou nas obras das ameias "DO CASTELO" apenas tiveram efeitos temporais e não arrastaram aumento nos preços das obras programadas.
Pelo incómodo peço as minhas desculpas.
Até amanhã!