Foto da semana
Na
semana em que
se ficou a saber que a par da brilhante
exibição da Selecção Nacional de futebol vamos ter Pedro Proença a apitar a
final do campeonato europeu de futebol ( os árbitros só cá é que não prestam,
principalmente para as equipas que perdem…);
na semana em que
se
realiza amanhã à noite, em frente à Casa do Benfica, em Avis, um arraial
popular que esperamos não seja um arraial de…porrada;
na
semana em que
abriu
um mega-espaço oriental em Avis, no novo centro nevrálgico da vila, nas
imediações da Rotunda Célia Patinho, em Avis;
na
semana em que
constatei
a enormidade do espaço, que por isso mesmo dilui o cheiro nauseabundo que
muitos destes espaços comerciais orientais costumam exalar;
na
semana em que
constatei
igualmente de que o “sistema de vigilância pessoal” continua a ser tipo
policial com um “funcionário” atrás de cada cliente, tipo marcação homem a
homem, o que me desgosta, levando-me a dizer que as moscas, perdão, as melgas
continuam a ser as mesmas, o que me obriga a continuar a preferir o que é
português;
na
semana em que
deparei
com um “ninho de fios” em pleno entroncamento da Rua Machado dos Santos com a
Rua Luís de Camões, aqui em Avis, dando um aspecto esquisito como o caraças
àquele poste – Foto da semana -;
na
semana em que
mais
uma vez se provou que certos serviços de saúde não cumprem cabalmente com as
suas obrigações dando alta a doentes que saem, se não mais doentes, pelo menos
iguais aquando do seu internamento hospitalar,
eis
que chega mais uma
Cesta de Poesia.
JOSÉ
DA SILVA MÁXIMO, o poeta popular de Santo António das Areias, de que tanto gostamos,
vem-nos hoje falar de um seu amor. Penso que vale a pena ler:
Eu
não troco o meu amor
Nem
que me deem bolinhos;
Enquanto
eu tiver vigor
São
p’ra ele os meus carinhos!
O
amor que eu encontrei
É
um amor de verdade
Merece
a minha amizade
Que
nunca lhe negarei;
Muito
mais rico fiquei
Porque
é grande o seu valor,
Eu
direi seja onde for
Que
me sinto agradecido
Por
estar tão bem servido
Eu
não troco o meu amor!
Não
é fácil de encontrar;
Por
isso, para o estimar,
Fazendo
os possíveis venho;
A
tratá-lo bem, me empenho
Sempre
que estamos juntinhos,
Anseio
p’los seus beijinhos
Quando
dele estou ausente,
Nunca
me sinto contente
Nem
que me deem bolinhos!
O
amor que ele me dá
Não é um amor qualquer;
É o amor duma mulher
Do mais puro amor que há!
Eu até digo, p’ra já
Que dou Graças ao Senhor
Por ter sempre ao meu dispor
Um amor que sabe amar
O qual irei ajudar
Enquanto eu tiver vigor.
Por ter um amor tão puro!
Para tê-lo, quase eu juro
Que bem pouco ou nada fiz!
Foi deus que assim o quis
Ao pôr-me nesses caminhos;
Somos como dois pombinhos
Que um ao outro se merece
E porque assim acontece
São p’ra ele os meus carinhos.