O João Milheiras, proprietário do Restaurante Clube Náutico, em Avis, não brinca em serviço. Daí ter servido um lauto almoço para retemperar as forças de todos quantos tinham sido convidados para o Escritos & Escritores deste ano. Uma sopinha de peixe que cai sempre bem. Umas migas de coentros com plumas grelhadas de porco preto, vinho Alcorregvs, doce, águas, sumos eu sei lá mais o que…
Por volta das 15 horas voltou-se ao trabalho. Na mesa previamente anunciada duas baixas por doença: Maria Teresa Horta e Leandro Vale não puderam estar presentes. Ficou assim esta segunda mesa reduzida a dois escritores: Pedro Vieira e Luís de Matos. A condução dos trabalhos ficou a cargo da incansável professora Teresa Cerqueira, sempre disponível para dar uma ajudinha. Pedro Vieira foi o primeiro interveniente que relatou o seu contacto privilegiado com os subúrbios de Lisboa por fazer vários anos o trajecto Sintra – Lisboa de comboio. Daí o aparecimento de “A última Paragem em Massamá”. O facto de referir Massamá é irrelevante, o livro teria era que ter sempre o nome de um subúrbio de Lisboa...
Luís de Matos, que veio de Évora, trazia dois livros de sua autoria: um para crianças e outro acerca da Guerra colonial na Guiné e “escrita na primeira pessoa” como fez questão de referir. Do diálogo travado com a assistência afirmou que apenas uma vez se tinha perdido na Guiné por trilhos menos aconselháveis, não chegando no entanto a concretizar como e quando. Referiu curiosamente que um dia, queimou, em pleno Rossio de S. Brás, em Évora, todas as cartas de amor que tinha escrito à sua mulher. Hoje, confessa, está arrependido. O diálogo foi alternado e a assistência foi bastante participativa inquirindo quer um quer outro escritor.
A mesa número três foi moderada por Fernandino Lopes, director da ACA. Depois de pedir autorização a João Miguel Tavares, membro do “Governo sombra” da TSF, para que fose dada a palavra á senhora presente, e deste “ministro” lha ter dado, a primeira figura a falar foi a escritora Sara Rodi, que referiu o facto do seu passado estar ligado a Avis, pois que aqui passou algumas férias em jovem. Falou do seu agrado em ter sido convidada para estar presente e da grande felicidade que sentiu ao participar no encontro com os alunos das Escolas de Avis. Aconselhou a ler o seu livro "Frio", já que a trama era bastante interessante desvendando alguns aspectos do enredo do livro. João Miguel Tavares falou do seu livro “Os homens precisam de mimo” que tendo sido publicado este ano, já vai na terceira edição. Falou da sua participação no Governo Sombra ao lado de Ricardo Araújo Pereira e daquilo que o motiva a escrever. Saliente-se que este ano foi João Tavares o campeão de vendas já que o seu livro esgotou neste certame cultural.
Afonso Cruz, nosso vizinho com casa em Almadafe, Sousel, debruçou-se sobre os vários aspectos focados no seu livro “ Um pintor debaixo do lava loiças” demorando-se detalhadamente em pormenores, respondendo sempre que interpelado por algum elemento da assistência. De diálogo fácil foi interessante falar com este participante, aliás como todos os convidados desta edição dos escritos e Escritores.
Aquando da distribuição das últimas lembranças em forma de placas, para assinalar a passagem dos convidados por esta iniciativa da ACA, o Presidente daquela Associação fez questão de salientar o papel preponderante de Fernandino Lopes, seu colega de Direcção, na organização deste evento. Afirmou mesmo que “ embora a ACA funcione como uma equipa e tal como no Real Madrid em que todo o jogo tem que passar pelo Cristiano Ronaldo ou no Barcelona tem que passar pelo Messi, aqui, nos Escritos e Escritores, “tudo” passa pelo Fernandino Lopes." Este, emocionado mas feliz pelo êxito alcançado por mais esta Edição dos Escritos & Escritores, agradeceu a placa que lhe foi entregue, por Helena Rosado, membro do Conselho Fiscal da ACA.
Depois, bem, depois já vocês sabem o que aconteceu, já que estas crónicas acerca dos Escritos & Escritores – Avis 2011- 3ª Edição” começaram pelo…FIM!
Eis algumas fotos que marcaram a tarde...
Foto 1 - Retembrando forças no "Restaurante Clube Náutico" sob a atenção do amigo João Mlheiras
MESA 2:
Foto 2 - Teresa Cerqueira moderou (superiormente) as intervenções de Luis de Matos e de Pedro Lima
Foto 3 - Pedro Vieira: "O titulo refere Massamá porque tinha que referir os suburbios..."
Foto 4 - Luis de Matos, autor do "Cágado Gaspar" ...
Foto 5 - Assistência atenta...
Foto 6 - As lembranças foram entregues por elementos dos Corpos Sociais da ACA: na imagem o Presidente do Conselho Fiscal presenteia Luis de Matos
MESA 3:
Foto 1 - Fernandino Lopes, da ACA (moderador), Sara Rodi, Afonso Cruz e João Miguel Tavares, escritores convidados
Foto 2 - Sara Rodi gostou (muito) de ter ido à Escola de Avis...
Foto 3 - João Miguel Tavares, acha que para se manter um casamento é imprescindível um bom relacionamento com a sogra...
Foto 4 - Afoso Cruz explicou o porquê de "Um pintor debaixo do lava-loiças"...
Foto 5 - O público e a comunicação social seguiu atento o desenrolar da mesa...
Foto 6 - Livros vendidos...livros autografados...