Foto 1 : O local do "tesourinho"
Foto 2 : O lixo era tal que a força humana não chegava para o remover
Foto 4: A foto de família...
Foto 4 : NÃO VOLTEM A LIXAR ESTE LOCAL
Finalmente o dia L.
Ansiado por uns, desacreditado por outros, chegou. O receio maior era o da chuva. E ela apareceu, fez antever uma jornada mais difícil do que se supunha, mas depois até ela, contrariamente a alguns homens e mulheres, compreendeu que era importante limparmos algum lixo que por aí está abandonado e fez questão de colaborar, recolhendo-se e permitindo assim que esta missão fosse um êxito.
As más notícias recebidas ainda de madrugada mexeram connosco. Armadilhas da vida tornam-na insondável. Um amigo nosso e grande colaborador deste projecto viu-se impossibilitado de colaborar com o Grupo por motivos de todo imprevistos.
Havia que se reagir e assim se fez. Às oito horas, como combinado, já a azáfama era grande junto ao ponto de concentração, que agora já não vale a pena divulgar, já que o amigo Marcelino, nem uma simples esferográfica reciclável ofereceu a “DO CASTELO” apesar de toda a publicidade aqui feita à sua casa-mãe, há vários dias.
Mas voltemos ao importante: o dia L. Feitos os Grupos cada qual rumou aos seus postos de “trabalho”.
O Sub-grupo da Figueira, por falta de comunicação perceptível, começou a actuar mais cedo, pois que dois dos seus elementos às oito horas – hora da concentração – já por lá iam enchendo uns sacos. Os lixos eram sabidos: pneus, plásticos, colchões, sofás, madeiras, embalagens de óleo, carcaças de animais, cartuchos de caça, ferros, peças de estores, restos de automóveis, baterias, frigoríficos, bidons, vidros, sanitas, autoclismos, etc. Depois havia os lixos inesperados: que o diga a D. Otília que achou um “tesourinho”: várias – muitas – moedas de escudo, mas de baixo valor (se o Sócrates sabe ainda as manda cá buscar). Não ficou rica mas ficou contente, mandou “trabalhar os escravos” e as moedas, ao que consta, vão ser lavadas e coladas num quadro a colocar numa associação cultural da nossa vila. Àh! e uma cobra! Grandinha, que teve a suprema sorte de ter aparecido próximo do amigo Zé Grilo. Não fôra este protector dos répteis e a sorte da bichana tinha sido diferente.
Entretanto em Benavila a azáfama não era menor. Ali, mais de 60 voluntários com idades que iam até aos 83 anos, desdobravam-se em trabalhos de limpeza. Os dois enormes contentores ficaram completamente cheios e houve que deixar lá NOVE MONTES de lixo para serem removidos mais tarde. Avis contribuiu assim para as 70 mil toneladas de lixo recolhido a nível nacional.
Aqui, em Benavila temos que saudar a alegria dos elementos menos jovens que, sob a batuta da amiga Paula, encheram as margens da Albufeira do Maranhão de alegres cantigas, fazendo recordar os velhos tempos das ceifeiras. Que prova suprema de que idade não é velhice!
Em jeito de balanço, penso que nenhum dos elementos que participou neste movimento cívico, totalmente voluntário, deixará de se sentir satisfeito e com a ambição natural de que lhe digam para participar futuramente, caso daqui resulte uma vontade de continuar com novas limpezas em datas a combinar.
As seis placas que já aqui foram reproduzidas, ficaram como guardiões de um espaço que se quer de todos mas que alguns pensam ser só deles, fazendo ali o que muito bem lhes apetece.
“DO CASTELO” vai estar atento e se souber do tal Projecto com o nome de Limpar Avis, ou com qualquer outro nome que se venha a combinar, dará igualmente voz a esse projecto.
Até breve!