Veio-me parar às mãos uma revista denominada “Pretextos” do Instituto de Segurança Social, datada de Dezembro de 2004 que se debruça sobre a temática do Envelhecer. Porque apesar do tempo passado, após a sua emissão, me parece que os trabalhos apresentados não perderam actualidade com esse tempo decorrido, antes pelo contrário, aqui deixo, com a devida vénia, alguns trechos para vossa (nossa) reflexão.
“O mundo está a envelhecer. Entre 2000 e 2050, a percentagem de pessoas com 65 e mais anos irá duplicar, passando de 10 a 21%. Em Portugal, de acordo com projecções para o mesmo período, a percentagem de idosos mantém a tendência de crescimento, passando de 16,4% em 2000, para 31,8% em 2050”
“Estamos todos a viver mais. Esta é a oportunidade! É necessário e urgente que a viver mais corresponda viver melhor. É este o desafio!”– Direcção Geral da segurança Social, da Família e da Criança.
“ O envelhecimento, sendo visível nos outros, é dificilmente percebido em nós próprios, porque é uma realidade humana que permanece abstracta por muito tempo. O envelhecimento é, portanto, um processo não localizado, com carácter difuso, cuja evolução pode ser retardada, mas que é, inexoravelmente, progressivo.” J. Alexandre Diniz, médico, Mestre em ética da Saúde.
“ Há dias passou na rádio uma reportagem sobre diferentes tipos de lares de idosos. Num dos casos, considerado exemplar, existia uma unidade para cuidar de idosos em fase terminal. Compreendendo as vantagens deste tipo de arrumação não podemos, sob o ponto de vista humano, aceitar esta espécie de corredor da morte.
Na mesma reportagem, o jornalista referia que os meninos de uma escola próxima de um lar visitavam os idosos, simulando uma relação entre avós e netos. Onde estarão os netos verdadeiros?
Regressados à escola os meninos fizeram perguntas: « Porque é que eles estão todos sentados?» Na sua ingenuidade as crianças confrontam-se com o óbvio mais facilmente do que os adultos. A monitora que tinha acompanhado a visita explicava, bondosamente: «Já trabalharam muito agora estão a descansar.» - Luís Barbosa, Instituto Humanismo e Desenvolvimento
« O que chamamos princípio é muitas vezes o fim. É acabar e começar. O fim é o ponto de partida» - T.S. ELLIOT