quarta-feira, 30 de setembro de 2009

BENAVILA É UM POEMA

Foto: "...a foto de família..."




A Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural levou a cabo em Benavila o IV Encontro de Poetas Populares no Concelho de Avis, como aqui publicitámos. Para a posteridade fica a foto de família e este vídeo que o nosso amigo JERÓNIMO MAJOR, de Terena, também ele exímio poeta popular, fez questão de nos ofertar. Ora veja como foi:
http://videos.sapo.pt/3LLoLmc3Rqtj5ZL3im6z


Vamos limpar Portugal. Veja como em http://limparportugal.ning.com/
O GRUPO DE AVIS já (só?)tem 5 elementos. Confirme você mesmo clicando em: http://limparportugal.ning.com/group/avis

terça-feira, 29 de setembro de 2009

VAMOS LIMPAR O NOSSO CONCELHO!!!


É isso mesmo: vamos limpar o concelho de Avis. O dia escolhido foi 20 de Março de 2010. Quanto maior for o grupo disposto a limpar o nosso concelho, tanto mais limpo ficará.
O Grupo de Avis tem neste momento 4 elementos (Henrique Cerqueira Portela - fundador, Teresa Cerqueira, Fernando Máximo e Ângelo Rosado) mas temos a certeza que, ciente de que o ambiente é da responsabilidade de todos, não quererá o(a) meu (minha) caro(a) leitor(a) ficar de fora desta iniciativa.
Tudo o que tem que fazer é inscrever-se no nosso grupo em: http://limparportugal.ning.com/group/avis
Mas se desconfiar de alguma marosca, e pretender saber como surgiu esta ideia então sugiro-lhe que comece pelo princípio indagando em: http://limparportugal.ning.com/
Irei por aqui dando notícia de como vai evoluindo o GRUPO DE AVIS.
Contamos convosco!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O RESTAURANTE DO CLUBE NÁUTICO "JÁ TEM DONO"

Notícia acabada de chegar à redacção "DO CASTELO" dá conta de que JOÃO CARLOS MILHEIRAS, o João da Muralha, será o novo arrendatário do Restaurante do Clube Náutico. Entre três concorrentes o João foi aquele que para o Município de Avis apresentou as melhores condições para arrendamento.
Fechado há longos meses, espera-se que ainda este ano aquele espaço possa reabrir e cumprir com aquilo que lhe é exigido: dinamizar uma dos mais bonitos locais da nossa barragem.
Ao João, "DO CASTELO" apresenta parabéns e votos de que tudo corra de acordo com os seus ( e nossos) desejos.

domingo, 27 de setembro de 2009

AFINAL EXISTE!

Foto: Afinal existe, não é miragem!


Afinal existe, não é miragem!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CESTAS DE POESIA (LXXXVII)

Em vésperas do IV Encontro de Poetas Populares no concelho de Avis, a realizar amanhã em Benavila pelas 14 horas no Pavilhão Multiusos daquela localidade, JOÃO MARTINS VILELA, Benavilense, que vai ser um dos trinta e oito poetas presentes, presenteia-nos hoje com o seguinte trabalho:


O nosso amigo Joaquim Pessinhas
É um bom hortelão
Vai plantar as couvinhas
Para as comer no Verão


Quando a horta vai cavar
É com grande opinião
Diz que é terra para melão
Mas depois vai-se enfadar
Porque tem que arrancar
As ervas daninhas
Eu digo-lhe uma das minhas
Porque é muito bom rapaz
Ele sabe o que faz
O nosso amigo Joaquim Pessinhas

Quando semeia a batata
Põe sempre muito esterco
É um trabalho “perfêto”
Por isso depois enche a saca
Quer comprar uma maca
Quando tiver ocasião
E também um enxadão
Para depois as arrancar
Não me enfado de o gabar
Porque é um bom hortelão

Quando planta o tomate
Arrima-lhe sempre muito adubo
Ele é que sabe tudo
Porque é filho da arte
Marca em toda a parte
Com algumas palavrinhas
Lá na Quinta das Eirinhas
Já foi campeão
E se as tem na mão
Vai plantar as couvinhas

Quando é de manhãzinha
Que vai logo a regar
Diz que é para acabar
No mesmo dia à tardinha
Parece que adivinha
Tem uma grande orientação
Quando esgotar o Poceirão
Tem o trabalho terminado
Porque está quase tudo criado
Para as comer de Verão

AUTOR: JOÃO MARTINS VILELA/BENAVILA

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

IV ENCONTRO DE POETAS POPULARES NO CONCELHO DE AVIS - "BENAVILA É UM POEMA"

Realiza-se no próximo sábado no Pavilhão Multiusos de Benavila o IV Encontro de Poetas Populares no Concelho de Avis, numa parceria entre a Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural e a Freguesia de Benavila com o apoio do Município de Avis e da Fundação Abreu Callado.
Neste encontro e sob o título de “BENAVILA É UM POEMA”, ao que “DO CASTELO” conseguiu apurar, irão estar presentes mais de trinta e cinco poetas populares vindos de todo o Alentejo, desde Porto Covo e Ervidel, até Évora, Portalegre ou Sousel entre outras localidades.
“Bena” irá estar representado por três poetas, a saber: JOÃO MARTINS VILELA, JOSÉ COUTINHO CALHAU E JOÃO CARVALHO.
Este Encontro é aberto ao público em geral, tem entradas livres e terá lugar a partir das 14 horas de Sábado, 26, no Pavilhão Multiusos de Benavila.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

FORAM OS TERCEIROS!!!


É verdade, os PSDs foram os terceiros a chegarem à minha caixa de correio. Chegaram ainda antes do Equinócio de Setembro. Chegaram na passada sexta-feira mas com tanta coisa para debitar por mor da feira, o anúncio da sua chegada ficou adiada.
São uns valentes estes PSDs! Chegaram sozinhos a minha casa. Como se devem lembrar, o PS chegou-me com Miranda Calha acompanhado do “sobrinho” José Sócrates, a CDU chegou acompanhada do "tio" Jerónimo de Sousa e o PSD veio só.
Perguntei ao Cristóvão Crespo a razão deste abandono por parte das cúpulas, ao que ele me respondeu:
- Sabes uma coisa, companheiro?, a nossa “avó” Manela deu-nos um pouco de liberdade e nós aproveitámo-la, antes que ela se lembre de suspender as liberdades da democracia…
Não era isto que eu queria ouvir e desliguei a minha prótese auditiva como aliás faço sempre que as conversas não me agradam. Ainda o vi mexer os lábios em explicações gesticuladas que já não ouvi pelas razões atrás expostas.
Fico a aguardar mais dois dias, e quem sabe se a avó Manuela Ferreira Leite aparecer pela minha caixa de correio e eu ainda não tiver encontrado o meu sentido de voto, me possa levar a votar nela…

P.S.: a atestar pela bandeira que encima uma porta, parece que esta rapaziada do PSD/Avis tem desta vez a Sede de campanha ali nas proximidades da confluência da Rua António José de Almeida com a Rua 1º de Maio.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

AINDA A NOSSA FEIRA FRANCA

Foto 1 - ASSADORES
Foto 2 - CAROLICE

Foto 3 - CRIATIVIDADE

Foto 4 - PROFISSIONALISMO


Foto 5 - ESPECTÁCULO

Foto 6 - TRAJANDO




Alguém que vive longe da nossa/sua terra pediu-me que publicasse mais algumas fotografias mas...com gente por dentro. É o que estou a fazer dando assim por encerrada a Feira Franca de Avis 2009.
P.S.: Achei no mínimo curioso que os polítìcos da nossa praça não tivessem aproveitado este ensejo para chegarem junto das pessoas. Alguns houve que nem nos falavam! Das duas três: ou pensam que a vitória está garantida e não é preciso fazer mais nada, ou pensam que a vitória está perdida e que não vale a pena lutar não sendo preciso fazer mais nada, ou...nenhuma das anteriores permissas é válida e eu, que apesar de não os perceber não estou para me ralar, também não preciso fazer mais nada, perdão, não preciso dizer mais nada!
Ponto final.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

FEIRA FRANCA - O FIM

Foto 1 - Por entre tubos e tubinhos...
Foto 2 - Este fim-de-semana o "azul" andou de rastos... e não foi só na Feira!

Foto 3 - António Calhau, incansável em busca dos últimos "bonecos"...

Foto 4 - Paulo Gonzo em exercícios de aquecimento de voz...

Foto 5 - Um toque de bom gosto em moda feminina...

Foto 6 - Carlos Lopes, trajando à maneira...
Chegou ao final mais uma edição da "nossa" Feira Franca.
Através das fotos fica uma ajuda para que aqueles que por cá não puderam estar possam imaginar como foi.


domingo, 20 de setembro de 2009

ASSIM... EU VI... A FORÇA DO TONY! ASSIM... EU VI... A FORÇA DO TONY!!

Foto 1 - A existência de bancos e cadeiras a vender deixava antever uma longa espera...

Foto 2 - Vindas de Aveiro chegaram de madrugada, brigaram-se, mas foram as primeiras a chegar!

Foto 2 - São de Avis e foram as segundas a chegar!

Foto 3 - A fila para a casa de banho das senhoras era enorme...havia que aviar pois que mais tarde já não haveria tempo para aliviar a bexiga

Foto 4 - Um mar de gente inundou literalmente o Largo da Feira

Foto 5 - Mais forte que o Tony Carreira só mesmo o sono...

Foto 6- Felizes, dançando embalados pelo som da voz melodiosa do "Astro-Rei" da noite...

Foto 7 - "As vendas estão más. As pessoas querem mas não podem. Depois vieram esses gajos do estrangeiro para acabarem com o resto..."

Foto 8 - Estacionados nas imediações das traseiras da Ludoteca. ..e o palco lá tão longe!
Foi assim que eu vi a força do Tony, no último sábado de Verão, segundo dia da Feira Franca e em que o Partido Socialista em Avis apresentou muito discretamente os seus candidatos às Autárquicas de 2009.
Você sabia disso?









sábado, 19 de setembro de 2009

A FEIRA FRANCA VISTA POR MIM (EM 18 DE SETEMBRO)

Foto 1 - Matando "a malvada"
Foto 2 - Qual é a tua, ó MEO?

Foto 3 - Um Benfiquista com alma nova

Foto 4 - Bonecos e bonecas

Foto 5 - Não parece mas é um bolo...de Benavila!

Foto 6- Fantasias infantis

Foto 7 - O Stand mais fotogénico!

Foto 8 - Do outro lado da bilheteira

Foto 9 - o "nosso" Alferes...meditando

Foto 10 - João Guilherme - Um artesão "dinossauro"


Foto 11 - Gente muito gira...com frio

Foto 12 - João Carrilho - Outro artesão (dinossauro) por entre a sua obra












sexta-feira, 18 de setembro de 2009

CESTAS DE POESIA ( LXXXVI)

Nesta sexta-feira em que começa mais uma edição da Feira Franca de Avis; nesta sexta-feira em que já choveu para fazer jus ao que se diz de que a Feira Franca de Avis é muito amiga de água; nesta sexta-feira em que a Associação de Diabéticos de Avis organiza mais um colóquio no Auditório Ary dos Santos, é nesta sexta-feira com tons outonais que vos trago às Cestas de Poesia mais um trabalho da autoria de JOÃO MARTINS VILELA, de Benavila.
Apreciem:


Tu é que és o Rodrigo
O tal que cantava o fado
Eu gosto de falar contigo
Porque nunca te vejo atrapalhado


És um homem analfabeto
Mas muito inteligente
Tu conquistas toda a gente
Com esse teu caminho certo
Poucos te conhecem de perto
Isto fica para comigo
Nas horas várias do perigo
Tu é que vences as batalhas
Ganhas sempre muitas medalhas
Porque tu é que és o Rodrigo

Eras muito rapaz novo
Quando te meteste na poesia
Com essa tua simpatia
Acarinhas o nosso povo
Agora neste mundo novo
Fica o teu nome gravado
És por todos estimado
Com esse teu grande talento
Faz obras de afundamento
O tal que cantava o fado

Dos poetas tem saudade
Essa tua vida inteira
Eles deixam-te uma bandeira
À tua curiosidade
Nessa velha mocidade
O Jaime foi teu amigo
E agora por bem te digo
E também o Antão
Quando calha a ocasião
Eu gosto de falar contigo

Já vais a estar velhote
Está-se-te o tempo a passar
Estou-me agora a alembrar
Quando pegavas no mote
Davas sempre “bigote”
E nunca foste mal tratado
No teu livro fica arquivado
O nome de todos os cantores
E és para isso que fores
Porque nunca te vejo atrapalhado

AUTOR: JOÃO MARTINS VILELA/BENAVILA (Feito em 2001)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

FORAM OS SEGUNDOS!!!


É verdade: chegaram os segundos.
Ontem “poisaram” na minha caixa de correio os panfletos da CDU. Avis está bem representado já que dos cinco elementos que representam o distrito na candidatura da CDU ao círculo eleitoral de Portalegre, três têm laços profundos com Avis, quer por naturalidade quer por razões de emprego: António José Faria de Paula Campos (mandatário), Joaquim Manuel Nunes Lopes e António José Lopes Carreiras.
Assim à primeira vista parece-me que há aqui um piscar de olho da CDU ao PS, um querer dar uma ajudinha… Vejamos, a CDU diz agora nestas eleições para a Assembleia da República, numa altura em que quem está no poder é o PS:
"Ruptura e mudança Sim, é possível uma vida melhor!"
Então não será que para as autárquicas em Avis o PS local possa pegar neste slogan e aplicá-lo aqui em Avis numa altura em que quem por cá está no poder é a CDU?
O Camarada Jerónimo parece-me mal de gravata. Confesso que não gosto de o ver assim: traz um acessório que não lhe fica bem, um símbolo do capitalismo desenfreado e opressor. Gosto mais de o ver de mangas arregaçadas, em ar de trabalho. Em conversa privada, na minha sala disse-lho e ele retorquiu-me:
- Sabes camarada? A gravata representa a opressão do capitalismo sobre o povo trabalhador, o modo como o capital asfixia os mais necessitados, os mais pobres, os que dia a dia lutam pela sobrevivência. Quando a tiro sinto um alívio tal, uma sensação de liberdade tão grande, que me permite redobrar as forças, arregaçar então as mangas para continuar a luta a favor dos mais pobres, dos trabalhadores do meu país, dos mais necessitados, dos excluidos da sociedade. ´Tás a compreender, camarada?
Entretanto na minha música de fundo acabara de cantar o “Avante Camarada!” que por uma questão de cortesia pusera a tocar e que é tão do agrado do meu visitante.
Mudei a cassete e para já fico a aguardar pela próxima visita do Jóminho (é assim que o trato em privado) para esclarecermos aquela situação dos slogans e, quem sabe, se eu ainda não tiver encontrado o meu sentido de voto, me convencer a votar nele…

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A ANGÚSTIA DO "NINHO ABANDONADO"

Há adolescências difíceis e há adolescências muito difíceis. Para tentar ultrapassar o chamado “conflito de gerações” há quem (eu, por exemplo) se tente defender, lendo tudo que à dita idade diz respeito para ver se encontra maneira eficiente de tratar as divergências que são explícitas. E há quem lhe aconteça (como a mim) assim a modos como quando a gente lê as bulas dos medicamentos e todos os efeitos secundários se aplicam ao nosso caso. É tenebroso! Passo a descrever parte de um dos tais textos de que por vezes me socorro, publicado nas páginas 22 e 23 da Revista Farmácia/Saúde Nº 65, de Fevereiro de 2002. Apesar do tempo decorrido continua bastante actual:
A adolescência é uma fase difícil da vida. Para os próprios adolescentes, que se sentem confusos no seu novo papel e tendem a desafiar a autoridade paterna. E para os pais, muitas vezes incapazes de aceitar que os filhos se estão a tornar adultos. É quanto basta para se instalar na família o chamado conflito de gerações. Comunicação é a palavra-chave para vencer a crise.
As respostas tortas são o primeiro sinal de que os adolescentes estão a crescer, à procura do seu próprio caminho. Desafiar a autoridade paterna, quanto mais não seja contrariando verbalmente as decisões de pai e mãe, é a forma que os adolescentes encontram de se tentarem afirmar como indivíduos. É uma forma natural, apesar de perturbar o ambiente familiar e de deixar pai e mãe à beira de um ataque de nervos.
…nesses confrontos há uma frase repetida à exaustão pelos adolescentes: “Já não tenho idade para…”…e quando confrontados com as consequências, também têm uma resposta invariável: “ O problema é meu”…

Penso que isto retrata o padrão de um(a) adolescente. Haverá quem pense ou queira pensar que consigo nada disto se passa ou passou, mas se calhar é porque não querem ver bem as coisas…
Um dia - há sempre um dia destes para quem vive longe dos grandes centros civilizacionais - os(as) adolescentes têm que abandonar a casa paterna e rumar a novos destinos. À primeira vista poderia pensar-se que era uma solução de resolver o problema. No entanto não o é. Mas estou em crer que o vazio que se sente é bem maior para quem fica do que para quem parte. Para esses é o libertar de uma corrente correctora, é um afirmar de um mundo a sós, sem "cotas" a chatear. Mas quem fica, fica em permanente angústia: a comida enrola-se na boca, não vai para baixo. O estômago parece que tem um enorme buraco, ou será um novelo? Os dias custam a passar…nunca mais é sexta-feira! O quarto está vazio e cria-se uma estranha sensação que auto-denominei de “ninho abandonado”. Ficamos tristes, amargurados e o chorar poderá aliviar mas não resolve o problema. Chegamos a ter imensas saudades das tais respostas tortas…
Amiga R., o meu ninho já ficou vazio.
Ficou-o no passado dia 7 deste mês. Só eu sei como tenho passado!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

FORAM OS PRIMEIROS!

José Sócrates e Miranda Calha foram os primeiros a chegarem à minha caixa de correio. Foram os primeiros de uma longa série de gente que sempre por alturas de eleições me visita. Podem não saber que eu existo durante anos inteiros, mas nestas alturas sempre se lembram de mim. Eles e os outros que sei devem estar por aí a chegar, nunca se esquecem de mim nestas alturas. Mas eu valho tão pouco…um voto, é o que eu valho. Para quê tanto incómodo? Mas, repito, efectivamente estes foram os primeiros.
Dali (da caixa de correio) transitaram para a minha sala de estar e mantive com eles uma viva conversa. Se do Sr. Engenheiro não tinha saudades nenhumas porque ele todos os dias me entra pela casa dentro através da televisão e me dá “contas” do que vai e não vai fazendo, já do Dr. Calha as coisas eram diferentes. Confesso que tinha saudades dele. Este como que se eclipsa. Apareceu-me agora e tinha-o visto nas últimas eleições quando o Sr. Engenheiro proclamava o seu discurso de vitória na varanda dum hotel e, curiosamente, posicionado bem perto dele. Ah!, minto: veio-me agora à ideia que o vi aquando da reabertura do Mosteiro de Flor da Rosa, este Verão. Na Assembleia da República não me lembro de alguma vez o ter visto discursar. Referi-lhe isso e ele contrapôs-me:
-Sabes, rapaz? O meu papel não é mediático. O meu papel é mais na sombra em defesa das populações do nosso distrito que depositaram em mim a árdua missão de os representar. Só em defesa da Barragem do Pisão, nem tu sabes quantos meses, quantas noites eu tenho perdido…
Tocaram-me à campainha da porta, saí e esqueci-me de acabar a conversa com este “camarada”. Quando regressei já era tarde. Mas ele de certeza que ainda me vai aparecer de novo cá por casa este mês…nem que seja para me catrapiscar o olho! Nessa altura acabarei a conversa com ele e, quem sabe, se ainda não tiver definido o meu sentido de voto, quem sabe me convença...

domingo, 13 de setembro de 2009

AVIS EM ALTA (x+2)

Foto: "O GAIATO declamando uma das suas poesias"
MANUEL DOMINGOS RODRIGUES, “O GAIATO”, foi um dos dois representantes do concelho de Avis presentes no IV Encontro de Poetas Populares realizado ontem em Évora, na Sede da Sociedade Recreativa e Dramática Eborense (antiga Mocidade), integrado nas celebrações do 112º aniversário daquela colectividade.
Na imagem, “O Gaiato” declamando uma das suas poesias.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

CESTAS DE POESIA (LXXXV)

Damos hoje a conhecer mais um trabalho do nosso amigo Benavilense JOÃO MARTINS VILELA.
É este o trabalho escolhido para esta sexta-feira, dia de Cestas de Poesia:


Mote:
Eu não sei o que sou
E não sei o que venho a ser
Porque o fado é nosso avô
Não o consigo compreender

Quando era pequenino
Fui um dia de madrugada
O encontro de uma estrada
Onde estava o meu destino
Do que vi eu imagino
O fascismo massacrou
Ele nunca perdoou
A pobreza afinal
Mas digo-me onde está o mal
Eu não sei o que sou

Tinha seis anos de idade
Quando fui ajudar o gado
Mal podia com o cajado
E que não me ficou de saudade
Mas com a minha curiosidade
Passo a vida a sofrer
Eu nunca aprendi a ler
Porque não pude ir à escola
Para gente da minha bitola
Eu não sei o que vem a ser

Se a esquerda se unir
Somos capaz de vencer
Não haver mais sofrer
Nunca mais se repetir
E que já não venhamos a sentir
O tempo que já passou
O pobre sempre gostou
De viver na solidão
Acabar com a escravidão
Porque o fado é nosso avô

Ficou na história gravado
O vinte e cinco de Abril
Ele não sabe repetil
O que lhe foi conquistado
Deixou o povo desorientado
As contas querem fazer
Alguns não entenderem
E diz que nunca as farão
Eu sendo da mesma geração
Não consigo compreender

AUTOR: JOÃO MARTINS VILELA/BENAVILA ( Feito em 2001)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

CESTAS DE POESIA ( LXXXIV )

Foto: João Martins Vilela é um homem simples que sente orgulho nas “obras” que faz.

Não me lembro de ao longo destas já longas "Cestas de Poesia", por aqui ter trazido algum poeta popular de Benavila. Pois os meses de Setembro e Outubro vão ser preenchidos com décimas do amigo JOÃO MARTINS VILELA, residente e nascido em Benavila a 23 de Outubro de 1930.
João Martins Vilela é um homem simples que sente orgulho nas “obras” que faz. Brilham-lhe os olhos de entusiasmo quando fala dos seus trabalhos poéticos. E diz-me:

- Olhe que nunca faço poesia para “descadeirar” em ninguém. Só para dizer bem, para engrandecer. Só uma vez é que tive que “descadeirar” num, porque ele me fez umas quadras ofensivas e eu tive que me defender.
Vamos ver que efectivamente assim o é, à medida que for sendo publicado aquilo que consegui recolher junto deste poeta amigo.
Passemos então ao primeiro trabalho de quarenta pontos que foi dedicado ao Sr. Manuel Dionísio:

Mote:

Ó Manuel Dionísio
És um bom caçador
Tens tudo quanto é preciso
Eu dou-te muito valor

Quando vais caçar
É com uma grande opinião
Levas sempre o teu cão
Para a caça te levantar
Começas a “pinsar”
E com muito juízo
Nesse grande paraíso
Já se levantou um “librão”
Mas não digas não
Ó Manuel Dionísio

Foste caçar aos patos
Um dia de madrugada
Mas nunca mataste nada
Que eram muito fracos
Eles pareciam “ajactos”
Que até mudavam de cor
E se possível for
Continuam a voar
Eras capaz de os matar
Porque és um bom caçador

Quando vais aos pombos
Levas sempre a negaça
Chegas lá, não encontras caça
Ficas a olhar para os combros
No fim de tantos tombos
Ainda tens o teu sorriso
Pensas logo num “deslizo”
Vais caminho da Calatrava
Porque lá é que te dava
Porque tens tudo o que é preciso

Quando foste para França
Já não vieste aos cogumelos
E eles que são tão belos
Mas tiveste que fazer a mudança
Quem trabalha sempre alcança
Ouve, és um bom professor
Tratas tudo com amor
A nível nacional
Eu não te levo a mal
Eu dou-te muito valor.

AUTOR: JOÃO MARTINS VILELA/BENAVILA

terça-feira, 1 de setembro de 2009

SAUDANDO SETEMBRO

Bem-vindo, Setembro! Gosto de Setembro.
Tenho boas razões para não gostar pois que foi precisamente em 17 de Setembro de 1977 que faleceu minha mãe que, á data do óbito, tinha 54 anos. Daí não ter uma razão plausível que justifique esta minha obsessão por Setembro. Talvez a proximidade do Outono com os seus tons fortes de castanhos e amarelos emaranhados sejam a razão desta paixão.
Há vários anos que busco uma canção de Madalena Iglésias que fala precisamente de Setembro. Todos os anos por estas alturas – e só por estas alturas - tenho buscado incessantemente a canção e… nada. Andava por caminhos errados. Mas hoje eis que a descubro. E apresso-me a saudar Setembro na voz de Madalena Iglésias.
Os “cotas” como eu lembrar-se-ão por certo desta canção. Os outros terão oportunidade de a ouvir agora. Ora oiçam clicando abaixo:
Para todos vós um óptimo Setembro!