terça-feira, 30 de junho de 2009

Faça-se justiça: PRENDAM-ME!

Foto: "A maioria daquele precioso néctar virou vinagre."
Foto: ..."fotografia aérea."





Vou confessar publicamente um crime que cometi, esperando que esta minha confissão sirva de atenuante na decisão final dos jurados. Passo a relatar os factos:
Possuo, ou melhor julgava que possuía, uma garrafeira invejável: devidamente acondicionadas nos seus “buracos” mais de 400 garrafas faziam as delícias de todos quantos para elas olhavam e não raras vezes me diziam: - Já não as consegues beber todas…
Pois bem. Ontem resolvi dar uma volta às minhas garrafinhas e cheguei à conclusão que assassinei nada mais nada menos que:
- 37 Garrafas de Abreu Callado (algumas de reserva) dos anos de 1976 a 1988
- 27 Garrafas de Reserva de Reguengos de Monsaraz dos anos de 1975/1976
- 3 Garrafas de Redondo
- 1 Garrafa Encostas do Enxoé
- 1 Garrafa Adega Cooperativa de Borba
- 2 – Garrafas de vinho verde
- Uma quantidade indeterminada de garrafas de vinho, por mim engarrafado, nos anos 80 e proveniente da Abreu Calado, altura em que era ali vendido vinho em garrafões.
Nas fotos acima a prova do meu crime: as garrafas encontram-se meias, pois que a outra metade ou se evaporou ou se entornou, apesar de rolhadas como se comprova pela fotografia “aérea”. A maioria daquele precioso néctar virou…vinagre.
Publicamente peço perdão ao José Ribeiro, dedicado adegueiro que tanto se tem esforçado na Adega da Fundação para que os vinhos ali produzidos sejam autênticos néctares dignos de deuses. Os rótulos das garrafas comprovam a autenticidade da antiguidade dos vinhos agora transformados em vinagre.
Peço a quem me julgar que me aplique uma pena leve, de serviços à comunidade, que poderão passar, por exemplo, por ter que beber, logo que possível, as restantes mais de trezentas e trinta garrafas que ainda repousam na minha garrafeira.
Mas será que este crime tem perdão?

domingo, 28 de junho de 2009

PELA NOSSA SAÚDE!


Recebi, via CTT, duas folhas dedicadas à saúde: a MESTR’EM SAÚDE de Junho de 2009 e o Nº 14 da FOLHA INFORMATIVA DO CENTRO DE SAÚDE DE AVIS, o que desde logo é digno de registo.
A primeira é um projecto da responsabilidade da Turma do 9ºA da E.B. Mestre de Avis, é distribuída como suplemento da segunda e congratulo-me com o facto de, apesar de o ano lectivo terminar, a folha ter continuidade, de acordo com os desejos expressos dos alunos que agora vão encarar novos desafios académicos. É de leitura fácil e bastante interessante. Parabéns a todos que nela participaram.
A segunda é da responsabilidade do Centro de Saúde de Avis e devo confessar que a leio sempre de fio a pavio. Como habitualmente vem recheada de ensinamentos em saúde, e é sempre agradável aprender sobre coisas que possam contribuir para um equilíbrio cada vez mais saudável.
Em relação a esta folha, não deixa de ser curioso o facto de nela se referirem as chegadas e as saídas para outros postos de trabalho dos profissionais de saúde que vão chegando e vão partindo e – admito que me tenha passado – não li uma só linha a referir o facto de no prazo de menos de uma ano terem saído por aposentação, nada mais nada menos que quatro elementos que durante muitos anos trabalharam no nosso Centro de Saúde. Estou-me a referir concretamente a duas Enfermeiras (uma delas com funções de chefia), uma chefe Administrativa, e uma Auxiliar de Acção Médica. Esta gente não mereceria uma menção na Folha ou será que a sua actuação profissional durante as várias décadas em que trabalharam no Centro de Saúde de Avis foi de tal modo negativa que não justificam essa referência? Possivelmente será essa a razão ou, como acima admito, fui eu que li mal ou não me apercebi da informação em anteriores folhas informativas. O futuro e o presente são essenciais, mas estes só são possíveis cimentados no passado.
Coitado, dizia o meu avô, (Deus lhe tenha a alma em descanso) que foi um homem que bebeu muito chá em pequenino, dizia ele que, se é importante e de boa educação darmos as boas vindas a quem chega a nossa casa, é igualmente importante quando alguém nos deixa despedirmo-nos quer seja com um “até um dia” quer seja com um “até sempre”…
Pois, que venham as próximas folhas!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

CESTAS DE POESIA (LXXIV)

Diz-me o Manel Gaiato que ouviu várias vezes estas décimas a esse grande poeta popular de Benavila, infelizmente já falecido, que ficou conhecido como RODRIGÃO. Tentei averiguar, inclusivamente junto de familiares, se efectivamente as décimas em causa eram da autoria de Rodrigão, mas a verdade é que não conhecem a obra do, neste caso, pai. Chamo a atenção para o facto do mote ser um só verso repetido quatro vezes. No Alentejo é frequente encontrarmos poetas a versejar assim.
Seja como for, vamos atribuir-lhe, embora sem certezas absolutas, a autoria das seguintes décimas:

Mote:
Essa mulher para mim morreu
Essa mulher para mim morreu
Essa mulher para mim morreu
Essa mulher para mim morreu


I
Não admito a ninguém
Conversas a esse fim
Que era mulher para mim
Já hoje valor não tem;
Para mim não me convém
Que sem razão me ofendeu
De mim não se compadeceu
Com uma dor tão sentida
Por isso direi toda a vida
Essa mulher para mim morreu!

II
Eu não posso mesmo a mangar
Que me falem em tal criatura
Para que não sirva de censura
Por onde quer que eu passar;
Isto tinha que acabar
Disto o culpado fui eu
Meu pobre coração sofreu
Uma paixão tão custosa
Não me falem mais na Rosa
Essa mulher para mim morreu!

III
A todos conheci vontade
Que eu amasse essa rosinha
Mas só ela é que não tinha
Nem de mim uma saudade;
Amava-a com lealdade
E o cravo dela era eu
De mim não se compadeceu
Da minha dor tão sentida
Direi para toda a vida
Essa mulher para mim morreu!

IV
Na primeira vez que a vi
Na verdade fiquei louco
Afinal durou pouco
Que eu depressa aborreci;
O amor que por ela senti
Foi coisa que não me prendeu
Tão depressa me esqueceu
São quase ânsias de morte
Juro pela minha boa sorte
Essa mulher para mim morreu!

Autor: Rodrigão – Benavila

terça-feira, 23 de junho de 2009

ESTÁ O "BALHO" ARMADO!



Foto: "São já bem visíveis as obras de requalificação no Largo do Convento..."

É verdade: o “balho” está armado!
São já bem visíveis as obras de requalificação do Largo do Convento, em Avis. Ainda não são audíveis os comentários de desaprovação das mesmas porque elas ainda não dão para entender como é que as coisas vão ficar. Mas esperem-lhe pela pancada.
A julgar pelo que ouvi e continuo a ouvir dizer em relação às modificações da Serpa Pinto, não tenho dúvidas de que se houvesse alguma hipótese credível do poder democraticamente cá instalado ser alterado, estas obras teriam sido adiadas por uns meses. Assim…vamos esperar para ver …ouvir...e depois contar.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

HÁ DIAS LIXADOS!

Foto 2 - "...ter que percorrer cerca de 1140 macieiras com um pulverizador de 16 litros ..."
Foto 2- " Os Abelterium encheram-me as medidas"



É verdade: há dias bons e há dias LIXADOS!
O passado sábado foi um desses dias (lixados).
Vejamos: já há tempos que andava ansioso que chegasse o dia 20 pois segundo o planeado iria ser um sábado em cheio: de manhã Auditório com ele para assistir ao colóquio sobre a sesta; depois, à tarde, Fundação Pais Teles no Ervedal para o lançamento da revista; às 19 horas lançamento do livro do meu Grande amigo, o Professor Ribeirinho Leal na Feira do Livro de Avis e à noite Feira do Livro. Estava pois tudo aparentemente programado ! Além do mais, com os calores que têm estado, a manhã seria climatizada no Auditório e à tarde na Pais Teles penso que também o clima seria amenizado por um qualquer ar condicionado. De referir que sou um defensor acérrimo da sesta, culto que pratico “religiosamente”, e grande admirador do Grupo de Cantares de Ervedal.
Mas este era o cenário previsto. O cenário real foi bem diferente:
Perante ordens entretanto recebidas, às cinco da manhã rumo ao trabalho agrícola. Vejam só: agora que sou velho, virei “jovem agricultor”. E o sábado de sonho virou sábado de pesadelo: ter que percorrer cerca de 1140 macieiras com um pulverizador de 16 litros de água às costas, barreiras acima, barreiras abaixo, sob uns bem medidos 37/38 graus às duas da tarde, garanto-vos que não é nada encorajador. De mais a mais para quem pensava ir para o fresquinho do Auditório…Mas a verdade é que os piolhos verdes tinham atacado e havia que exterminá-los. Não é por serem verdes, até podiam ser aranhiços vermelhos que tinham que levar o mesmo tratamento. A vida do campo é muito dura, óh se é…
Quase que apostava que ainda alguém me vai dizer que estou todo morenaço e que devo ter ido passar o fim-de-semana à praia. Vai uma aposta?
Como tudo que nasce torto acaba torto, terminei a noite a ouvir em directo e a cores (a preto e preto) os Buraka Som Sistema, "Os Buraka" para os amigos. Que mais me irá ainda acontecer???
Domingo a realidade amenizou com coisas boas: O meu amigo MANEL está a recuperar bem e em princípio terça-feira já cá está e isso é que é deveras importante. Os Abelterium encheram-me as medidas com aquela série de fados que cantaram no encerramento da Feira do livro de Avis.
Não há mal que sempre dure…


sexta-feira, 19 de junho de 2009

CESTAS DE POESIA ( LXXIII )


“Sei que você se interessa por estas coisas da poesia popular e eu há dias descobri umas décimas do meu pai. Veja lá se as quer…o meu pai quando as fez tinha já 84 anos.”
Quem me disse isto foi o Sr. Luís Borges Rosado em 27 de Agosto de 2004. Em boa hora eu as quis. O seu pai chamava-se JOÃO ROSADO SALVATERRA. O que escreveu e o seu filho me deu é o que eu deixo agora à vossa consideração:


Mote:
Vivo junto da saudade
Junto dela vou morrer,
A saudade é tão forte
Que eu não a posso vencer!


Diz-me linda saudade
O que vens aqui fazer
Eu desejava saber
Tu diz-me e fala a verdade
Não venhas com falsidade
Que é para eu te acreditar
Não penses em me enganar
Magoas-me o coração
Já não suporto a situação
Vivo junto da saudade!

Tenho no peito a saudade
De quem vou-lhes dizer
Meu pai e minha mãe quero ver
Mas não tenho essa liberdade
No desejo da amizade
Nunca pode acontecer
Não temos esse poder
Todos sabemos que não
Com a saudade na mão
Junto dela vou morrer!

Linda e velha saudade
Eu para ti vou falar
Tanta vez me anda a lembrar
Os risos da mocidade
Passam com facilidade
Tornar cá era uma sorte
Vamos indo até à morte
É este o meu entender
Mais uma vez te vou dizer
A saudade é tão forte!

Passa bem linda saudade
De ti me vou despedir
Quem te mandou aqui vir
Quem tem essa liberdade
Ouve cá linda saudade
Isto que te vou dizer
Tens em ti grande poder
Mas muitos dizem que não
Ficas no meu coração
Que eu não te posso vencer!

Autor: João Rosado Salvaterra/Avis (feito aos 84 anos - já falecido)

terça-feira, 16 de junho de 2009

AINDA PODE IR Á FESTA DA SAÚDE!!!

Foto 1 - REVISTA-SE DOS SEUS MELHORES SENTIMENTOS...
Foto 2 - VÁ OUVIR UMA HISTÓRIA DE ENCANTAR...

Foto 3 - DEPOIS BEBA UM REFRESCO...


Foto 4 - DIVIRTA-SE JOGANDO....


Foto 5 - ...OU DANÇANDO DE RODA




Foto 6 - DEPOIS...VÁ-SE EMBORA MAS FELIZ!






segunda-feira, 15 de junho de 2009

HAJA SAÚDE, HAJA FESTA, AMANHÃ E SEMPRE!


Por nos ter sido solicitado a sua divulgação, passamos a transcrever o seguinte:

FESTA DA SAÚDE 2009 / 16 DE JUNHO

OBJECTIVO: TRADUZIR O CONCEITO DE SAÚDE/DINAMISMO/PARTICIPAÇÃO ACTIVA

ORGANIZAÇÃO: AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE AVIS/GRUPO PES

LOCAL: ESCOLA BÁSICA 2, 3 MESTRE DE AVIS

ABERTURA : 10 HORAS



CORAÇÃO HUMANO A BATER AO RITMO DOS BOMBOS


. ACTIVIDADE FÍSICA E DANÇA
. AMBIENTE
. AFECTOS/EDUCAÇÃO SEXUAL E HIGIENE
. SEGURANÇA
. CULTURA E MÚSICA
. ALIMENTAÇÃO
. DANÇAS COLECTIVAS – LUDOTECA-NO PÁTIO

domingo, 14 de junho de 2009

VÂNDALOS EM AVIS - HÁ QUE ELIMINÁ-LOS!

Foto: "Para atestação fica a foto."

Continuando a sua troca de experiências culturais, a Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural trouxe hoje até Avis uma “embaixada” de 43 elementos da Universidade Sénior de Beja. É sempre interesse da Associação mostrar o que de melhor temos para exibir.
Uma das vistas mais belas da nossa vila é a que se obtém do cimo da Torre da Rainha. Tentaram obter a chave para lá se deslocarem. O responsável pelo Posto de Turismo disse-lhes que não podia dar a chave e explicou-lhes o porquê da recusa, explicação que os dirigentes da ACA aceitaram plenamente.
“DO CASTELO” soube do insólito e quis testemunhar o que se passava. Para atestação fica a foto. Bom seria poder publicar aqui a foto da cara de quem fez estes serviços nas escadas de acesso á Torre, depois da dita cara ter sido bem esfregada na porcaria que ali fizeram.
Com vândalos assim, é muito difícil fazer o quer que seja para bem da nossa terra. Se o único remédio é eliminar este energúmenos, pois que se eliminem nem que para tal se tenham de usar meios violentos.
Avis e oa Avisenses merecem mais respeito.

sábado, 13 de junho de 2009

A NOITE DE SANTO ANTÓNIO FOI DE "OS AVISENSES"

Foto: "A noites de Santo António em Avis pertenceu inteiramente ao Clube de Futebol Os Avisenses"
Foto: "O nosso povo gosta destes eventos."


A noite de Santo António em Avis pertenceu inteiramente ao “Clube de Futebol os Avisenses” que organizaram os festejos no largo junto ao Pelourinho. Todos sabemos das dificuldades porque passam “Os Avisenses” mas a vontade indómita de três ou quatro pessoas tentam, a todo o custo, evitar o seu encerramento definitivo. A perseverança e força de vontade podem muito e estou em crer que estes lutadores conseguirão os seus intentos.
O nosso povo gosta destes eventos. E é ver como nestas alturas até se esquece a crise, se convive, se dança e se ri. As sardinhas assadas pedem umas imperiais que a noite além de quente é de festa. O Palhinhas Caldeira, como lhe é apanágio, não se faz rogado nos”toques” e os pares não se fazem rogados nas danças. A alegria no ar pude-a eu próprio constatar pessoalmente no local da festa. A todos aqueles que, voluntariamente, com sacrifício das suas próprias vidas pessoais (oh! Se eu sei o que isso é!!!!) se dedicaram à realização deste evento os meus parabéns. Todos merecem felicitações e como não sei o nome de todos, todos estão incluídos neste três nomes: António Pinto Silva, José Luís Garcia Nunes Leão e Jorge Manuel Pereira Palma.
Só mais uma coisa que testemunha o meu apreço pela organização desta noite de Santo António pelos “Os Avisenses”. Hoje de manhã passei pelo recinto das festas e estava tudo impecavelmente limpo: nada de copos no chão, nada de espinhas de sardinhas espalhadas, nada de guardanapos ao vento. Quem não soubesse o que acontecera, não concluiria de modo nenhum o que ali se passara na noite anterior. Até nisso a rapaziada de “Os Avisenses” foram grandes! Parabéns.
Descendo a António José de Almeida, na zona em frente da barbearia do Mestre Orlando o inverso:
dezenas de copos de plástico deitados lá de cima, das grades, devam um ar de desmazelo à vila e mostravam o grau de civismo de muitos dos nossos jovens da noite. Se isto era por baixo das grades, como seria por cima?
Quem duvidar que passe por lá ainda hoje e veja com os seus próprios olhos.



sexta-feira, 12 de junho de 2009

CESTAS DE POESIA ( LXXII)


ANTÓNIO CARRILHO já faleceu há alguns anos. Consta que era um bom poeta popular. Era pai do meu amigo Manuel Carrilho e irmão, de João Joaquim Carrilho, igualmente amigo, que me deu as décimas que hoje publico nesta “Cestas de Poesia”. Pena que não haja muito mais obras registadas deste poeta.
Eis o que me deram:

Adeus fiel esposa querida
Eu vou fazer a operação,
Digo-te adeus para toda a vida
Não sei se volto se não!

Digo-te adeus a chorar
Tu pede a Deus que me ajude
Vou à Casa de Saúde
Para ver se a posso alcançar
Se eu nunca mais cá voltar
Faço a minha despedida
A minha viagem é comprida
Eu vou-me arriscar à morte
Voltar cá é uma sorte
Adeus fiel esposa querida!

Se em casa tenho ralhado
Muitas vezes sem razão
Desculpa e dá-me perdão
Que o mal é que era o culpado
De sofrer estou magoado
Nos músculos sinto a prisão
As forças faltando estão
Sinto o mal a bracejar
Para ver se me posso salvar
Eu vou fazer a operação!

Faz sempre por te animar
E anima os nossos filhinhos
Dá-lhe criação e carinhos
Que Deus é que te há-de pagar,
Quando eles em mim falar
Depois da minha partida
Diz-lhe que falta uma carta lida
Só o tempo a pode ler
Posso eu para lá morrer
Digo-te adeus para toda a vida!

Para mim era uma riqueza
Se ainda me visses curado
Não me importo ser colocado
Sobre uma fria marquesa
Falo-te esposa com franqueza
Com muita dor e paixão
Os dias passando vão
Eu sofro constantemente
Digo-te adeus para sempre
Que não sei se volto se não!

Autor: António Carrilho

segunda-feira, 8 de junho de 2009

ACONTECEU...NO DIA EM QUE VOCÊ NASCEU!!!!


Talvez que já se tenham alguma vez perguntado sobre quais as notícias mais significativas que terão ocorrido no dia em que vocês nasceram (obviamente para lá do vosso próprio nascimento). Pois “DO CASTELO” faculta-vos aqui e agora, a hipótese de vocês saberem, através de um jornal aquilo que sempre quizeram saber.
É muito giro, interessante e extremamente simples. Bastará clicar aqui:http://www.jornaldoaniversario.com/ e seguirem as instruções. Se nasceram em dia de eleições até terão lá os resultados….
Quando aparecer a página do Jornal, façam duplo clique.
Quem é amigo, quem é?

sábado, 6 de junho de 2009

AVIS EM ALTA!

Foto: "EUCLIDES PAIS...dirigiu 20 jovens num concerto que agradou..."

Numa altura em que Avis tem andado tão em baixo, sendo mesmo notícia de jornais por motivos que em nada nos dignificam, é com redobrado prazer que aqui noticiamos que nos Jogos Culturais de Montargil, ocorridos esta tarde, Avis esteve em alta por duas vezes. EUCLIDES PAIS, distinto avisense e professor musical, dirigiu 20 jovens num concerto que agradou e encantou todos que estiveram presentes nesta cerimónia. Este Grupo de jovens dá pelo esquisito nome de "Lagartos e Companhia". Vá lá saber-se porquê...
O nosso “conterrâneo” Fernando Máximo foi distinguido com o 8º lugar na modalidade de quadra que, segundo os organizadores, teve mais de trezentas a concurso.
Reproduz-se a quadra premiada, acrescentado que o tema a concurso, dado pela Organização, era "A Família"

Uma família completa
Tem sempre um pai e uma mãe,
Mas será muito incompleta
Sem ter muito amor também

sexta-feira, 5 de junho de 2009

CESTAS DE POESIA (LXXI)

Durante o mês de Junho irei trazer ao conhecimento dos meus leitores trabalhos de poetas que infelizmente já não se encontram entre nós. Alguns trabalhos foram recolhidos por mim junto daqueles que os sabiam. Outros foram já os seus familiares que mos transmitiram.
Começarei esta semana com um trabalho que recolhi de um homem que não fazia poesia mas sabia algumas décimas de cor. Tinha por hábito passar as tarde nos bancos que circundam as instalações da antiga Moagem. E foi precisamente ali, numa tarde em que fui até lá para lhe ler a ele e alguns companheiros que ali se encontravam uns versos, que ele me disse que também sabia umas décimas que aprendera em cachopo. Disse-as e eu escrevi-as. Em boa hora, digo-o agora.
O nome deste amigo era DOMINGOS ROSA DA SILVA.
Foi pois o meu amigo Domingos que me ensinou as seguintes décimas:
Mote:
QUANDO EU FUI ASSENTAR PRAÇA
MEU DESTINO ERA CHORAR,
SE ME QUISERES VER UM DIA
VEM À VIDA MILITAR!
I
ANDA UMA MÃE UM FILHO CRIANDO
COM PRAZER E ALEGRIA
EM CHEGANDO ÀQUELE DIA
PEGAM NELE E VÃO ANDANDO,
FICA A POBRE MÃE CHORANDO
RECLAMANDO SUA DESGRAÇA
E AS FEZES QUE UMA MÃE PASSA
SE AINDA TEM MAIS UM
JÁ IA NOS VINTE E UM
QUANDO EU FUI ASSENTAR PRAÇA!
II
QUANDO EU ENTREI NO QUARTEL
E QUE CHEGUEI À PARADA
VI SARGENTOS E BRIGADAS
E TAMBÉM TENENTE-CORONEL
VI PENA, TINTA E PAPEL
PR’Ó MEU NOME ASSENTAR
MAS NO LIVRO FUI JURAR
JÁ COM MINHA FÉ PERDIDA
POR NÃO TER GOSTO NA VIDA
O MEU DESTINO ERA CHORAR!
III
ADEUS PAI E ADEUS MANOS
E ADEUS MÃE DO CORAÇÃO
DEITE-ME A SUA BENÇÃO
QUE EU VOU PARA OS TIRANOS
CONSIDERE QUE SÃO DOIS ANOS
QUE EU VIVO SEM ALEGRIA
ESTOU NO OITO DE INFANTARIA
NO QUARTEL DE CAÇADORES
TAMBÉM DIGO MEUS SENHORES
SE ME QUISERES VER UM DIA!
IV
TRISTE SORTE FOI A MINHA
MEU PALPITE NUNCA ME ENGANA
FOI A SORTE MAIS TIRANA
QUE EU NO MUNDO CONHECI
A PENSAR QUE JÁ PERDI
NA MINHA TERRA O PASSEAR
E AINDA ESPERO DE ALCANÇAR
A LIBERDADE E PRAZER
SE TIVERES VONTADE EM ME VER
VEM À VIDA MILITAR!

Autor : DESCONHECIDO.
Recolha efectuada junto do Sr. DOMINGOS ROSA DA SILVA/AVIS ( 84 anos) em 17.04.2004

COMEMORA-SE HOJE O DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

Foto1 : Imediações da ETAR de Avis ( a jusante)
Foto 2: Água contaminada (proveniente da ETAR de Avis) junto ao local onde outrora corria a cristalina fonte da Torrinha...

Cada qual comemora à sua maneira...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

P'RÓ MARANHÃO

Hoje estou um mãos largas. Depois do merecido prémio que ofereci a todos os leitores, permitam-me que enderece um prémio especial ao meu colega "O MARANHÃO" pelo lindo post que, embora “usurpado”, dedicou ao lápis. Para ele dedico estes versos que eu “usurpei” da página 349 do livro de poesia, “Os versos que eu fiz”, da autoria de José da Silva Máximo, editado pela Município de Marvão, em 1988.
Ora leiam por favor e vejam se esta poesia não é também toda ela uma ternura de cumplicidade:

O MEU LÁPIS

Tenho um lápis com que faço
Dos meus versos, o borrão;
Ele é um amigalhaço
Que eu encontro sempre à mão.

Tenho pena de gastá-lo,
Por ser tão meu amiguinho;
Sempre que vou afiá-lo
Perco dele um bocadinho!...

Os golpes que já lhe dei
Sem queixas foi suportando;
Nada me diz, mas eu sei
Que aos poucos o vou matando.

De cada vez que o seu bico
Se desfaz na minha mão,
Eu confesso bem que fico
Sofrendo por compaixão.

Era esbelto, era fino,
‘screvia com perfeição;
Agora é tão pequenino
Que nem o acho na mão!...

Sempre que nele pegava
Fazia quadras bem feitas;
Era ele quem me ajudava
A fazer rimas “direitas”.

Já não me pode ajudar,
Tão reduzido ele está;
Tenho de o abandonar,
Já deu tudo, mais não dá!...

Deu o seu todo escrevendo,
Muitos versos escreveu!...
Pouco a pouco foi morrendo,
Foi p’ra isso que nasceu!...

É o fim que tudo tem,
Desde que no Mundo entre;
Qualquer dia eu vou também
Atrás do lápis p’ra sempre!...

Quando isso acontecer,
Após chegar o meu fim,
Fiquem os versos p’ra ler,
Feitos por ele e por mim!...

PARA OS MELHORES LEITORES DO MUNDO!

Os/as leitores/leitoras “DO CASTELO” já mereciam um prémio assim.
Vou-lhes oferecer a todos/todas, como prova de reconhecimento por me lerem, o seguinte: desde 1904 até à presente data, as 100 (CEM) músicas mais tocadas em cada ano. Assim poderá ouvir as músicas mais badaladas no ano em que você nasceu. E se o seu ano de nascimento não constar desta lista, informe-me que eu resolvo-lhe o problema.
Diga-me lá: alguma vez imaginava ter mais de 10.000 canções à mão de semear? Pois é isto que lhe quero e vou oferecer, leitor(a) amigo(a).
Peço-lhe para fazer um teste. Vá aos anos da sua juventude e recorde as músicas que o ajudaram a sonhar e a viver. Depois vá a 2008. Saque qualquer "balada". Compare. Se não ensurdecer ou se passar da cabeça está cheio de sorte. DIVIRTA-SE e recorde.
Recordar pode ser uma forma muito grata de VIVER...

VIVA, clicando aqui:

http://www.planetarei.com.br/100anos/index.htm

terça-feira, 2 de junho de 2009

É SEMPRE BOM LEMBRAR

Quem sabe, sabe, e em matéria de organização de eventos fotográficos, O MARANHÃO é que sabe!
Desculpe o meu caro colega vir meter a foice em seara alheia mas penso que será bom lembrar o Grupo dos 24 que nos encontramos em plena campanha de captação de … fotografias para o projecto 24x24x24. Não deixem o trabalhinho para os últimos dias porque depois pode já ser tarde demais. Eu por mim já comecei hoje e já compreendi que a minha é uma hora muito ruim. Mas alguma coisa se há-de arranjar.
Ah!Ah! você já nem sabe qual é a sua hora? Então vá aqui: http://omaranhao.blogspot.com/2009_05_01_archive.html e relembre-a no post do dia 15 de Maio.
Boas fotos!

SANTOS DE CASA...CONCLUSÃO!

Tinha prometido voltar a este tema na segunda-feira. Só quem nunca se deixou dormir no sofá a ver televisão é que não me perdoará estes seis minutos de atraso e logo, o facto de falar no assunto já terça-feira. Pois bem, não estávamos enganados quando afirmámos que deixávamos os parabéns à Professora Margarida Neves. Após segundo acto eleitoral para escolher o Director do Agrupamento Vertical de Escolas do Concelho de Avis, os números foram os seguintes:

Profª Margarida …………11 votos
Prof. Simão……………… 8 votos
Brancos………………….. 2 votos

Como podemos ver manteve-se a votação no Prof. Simão e um dos então três “amorfos” compreendeu que se estava naquele lugar era para votar em alguém e não para votar em branco. Realmente se nem sabem em quem votar que estão lá a fazer? Só havia dois candidatos cada qual com seu programa. Era assim tão difícil escolher o menos mau, ou por outras palavras, o melhor?
Adivinhava-se este resultado duma votação que não deixou de ter um certo suspense e factos curiosos. Será verdade que houve um “parceiro” que disse que votaria onde a Câmara votasse? Isso é que é ter convicções para não lhe chamar outra coisa... E quem começasse a criticar severamente uma das candidaturas e depois num volte-face sensacional acabasse por admitir publicamente que afinal votaria em quem criticara tão severamente?
Reitero os meus parabéns à Professora Margarida Neves, a grande vencedora, e penso que agora é altura de todos recolherem as espadas e todos, repito, todos, envidarem esforços para que a escola desempenhe a sua missão sempre no superior interesse das crianças e jovens.
A ver vamos.